Conecte-se conosco

header-top







 

14/11/2025
 

Saúde

Plano emergencial para crise do Hospital Universitário de Canoas foi lançado nesta segunda-feira

Redação

Publicado

em

Plano emergencial para crise do Hospital Universitário de Canoas foi lançado nesta segunda-feira - Foto: Guilherme Pereira

A Prefeitura de Canoas lançou nesta segunda-feira, 9, um plano de emergência com dez medidas para enfrentar a crise do Hospital Universitário (HU).

O principal objetivo é estabilizar as finanças e assegurar o funcionamento integral desta renomada instituição de saúde, uma das maiores do Estado e referência para 130 municípios.

O prefeito de Canoas, Jairo Jorge, apresentou essa nova estratégia de gestão durante uma coletiva de imprensa realizada no Paço Municipal.

Ele destacou a difícil situação financeira do município, ressaltando a queda de mais de 8% na arrecadação total este ano, bem como a redução de mais de 17% nos repasses do Estado para a área da saúde, em comparação com 2022.

Cortes do Programa Assistir

Jairo Jorge mencionou, em particular, os cortes nos recursos do Programa Assistir, que totalizaram uma média mensal de R$ 1,2 milhão de julho de 2022 a setembro de 2023. Isso equivale a uma perda total de mais de R$ 18 milhões para os hospitais de Canoas, uma das cidades mais impactadas por esse programa estadual.

Apesar de investir mais do que o exigido por lei na saúde, com percentuais de 17% em 2021, 19% em 2022 e previsão de 30% em 2023, o município enfrenta desafios significativos em sua saúde pública. Isso afeta especialmente a capacidade do Hospital Universitário, que atende a mais de 30% da população do Estado.

Para manter suas operações, o hospital tem um custo mensal de aproximadamente R$ 14 milhões. Além disso, a instituição acumulou dívidas devido a atrasos no pagamento de fornecedores, funcionários e rescisões trabalhistas desde o segundo semestre do ano passado, quando o contrato não foi renovado.

A situação se agravou com os cortes decorrentes do programa Assistir, resultando em uma dívida atual de R$ 30 milhões.

O prefeito enfatizou o compromisso da Prefeitura em superar essas dificuldades e apelou para a colaboração de organizações, instituições e líderes na recuperação do Hospital Universitário, uma das maiores instituições hospitalares do Rio Grande do Sul.

O Hospital Universitário em números:

– Referência para 130 municípios do Estado.

– Atendimento à população de mais de 400 cidades do Rio Grande do Sul em especialidades específicas.

– 546 leitos, incluindo 80 leitos de UTI.

– 1.497 funcionários, 300 médicos e 121 residentes.

No primeiro semestre deste ano, realizou 1.708 cirurgias, 1.598 partos, mil internações na UTI, 987 internações pediátricas, 3.062 internações adulto, mais de 40 mil exames e mais de 38 mil atendimentos ambulatoriais.

Plano emergencial para a crise no HU apresentado pela Prefeitura

Para recuperar a capacidade de atendimentos e conseguir o equilíbrio financeiro do Hospital Universitário, a Prefeitura de Canoas colocará em prática um conjunto de dez medidas.

As ações abrangem o repasse de valores da Prefeitura ao hospital, leilão de terrenos públicos e discussões para estancar os cortes financeiros do programa Assistir.

  1. Repasse de recursos pela Prefeitura

A partir da arrecadação de valores do Fundo Municipal de Saúde, emendas parlamentares, repasses do Ministério da Saúde e da Câmara de Vereadores, será possível aplicar no HU aproximadamente 6 milhões nos próximos 10 dias;

  1. Leilão de três terrenos de propriedade do município

A expectativa é de arrecadar entre R$ 20 milhões e R$ 25 milhões.

  1. Nova licitação para gestão do HU

A intervenção no Hospital Universitário foi prorrogada até janeiro de 2024, com o objetivo de elaborar o edital para contratação da entidade que assumirá a gestão do HU. O edital será lançado até o dia 18 de outubro de 2023;

  1. Parceria Público-Privada para o HU

Buscando qualificar a gestão da saúde no. Já foram realizadas visitas para conhecer as experiências de São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Amazonas;

  1. Medidas de economia na Prefeitura

Programa de economia interna que vai estabelecer medidas visando reduzir gastos. As ações de redução serão apresentadas até final de outubro;

  1. Aumento do Teto MAC

Protocolado junto ao Ministério da Saúde ofício solicitando o aumento do Teto MAC, que é o valor repassado pelo Governo Federal. O Teto é calculado com base na produtividade dos serviços de média e alta complexidade. Hoje, o município recebe cerca de R$ 7,6 milhões e gasta mais de R$ 9,1 milhões, ou seja, uma diferença superior a R$ 1,5 milhão, que está sendo requerida junto à União. Canoas propõe retroagir o novo teto MAC para 1º de janeiro de 2023, gerando um valor de R$ 15 milhões, em parcela única, para saldar dívidas com fornecedores;

  1. Plano de racionalização / reorganização / otimização dos serviços

O Hospital Universitário irá elaborar um plano para reorganizar os serviços, com o objetivo de ampliar a produtividade e capacidade de atendimento. O prazo para a entrega do documento é de 30 dias e será estruturado por um Grupo de Trabalho específico;

  1. Emendas parlamentares

Encaminhamento de pedidos de emendas parlamentares aos deputados federais do Rio Grande do Sul. Os recursos serão destinados à saúde pública com vistas a investimentos em custeio para o funcionamento da estrutura administrativa e de atendimento do HU. O pedido é de R$ 15 milhões para custeio e R$ 15 milhões para a aquisição de equipamentos;

  1. Revisão do Assistir pelo Governo do Estado

Evitar que o corte, que hoje é de R$ 1,2 milhão ao mês, passe a R$ 2,4 milhões em janeiro de 2024 e R$ 3,5 milhões em outubro de 2024. A continuidade dos cortes irá desestruturar ainda mais o HU e o HPSC no próximo ano. Uma Comissão da Granpal está discutindo o tema com a Secretaria Estadual da Saúde;

  1. Apoio da Assembleia Legislativa para alterar as regras do Assistir

Buscar apoio dos deputados estaduais para rediscutir os cortes do programa Assistir, do Governo do Estado, com base nas peculiaridades das cidades. O Município defende que o ponto de corte não pode ser apenas a produtividade das instituições de saúde, é preciso considerar o tamanho delas, o número de atendimentos, os serviços disponibilizados e a abrangência. A redistribuição como está sendo proposta vai prejudicar toda a Região Metropolitana e impactar em filas de especialidades e procedimentos cirúrgicos.

 

Saúde

Audiência pública debate crise no IPE-Saúde e cobra soluções urgentes

Redação

Publicado

em

Foto: Karen Mendes

A crise no atendimento do IPE-Saúde foi tema de uma audiência pública realizada na manhã do dia 13 de novembro, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A atividade foi proposta pelo deputado estadual Halley Lino (PT) e reuniu representantes de diversas entidades do funcionalismo, usuários do plano e parlamentares. Durante o encontro, servidores relataram dificuldades para acessar consultas, exames e procedimentos médicos devido à falta de credenciados, à escassez de especialistas em diversas regiões e aos atrasos nos repasses. Um dos momentos mais comoventes foi o depoimento de um pai que perdeu a filha de 11 meses após não conseguir atendimento adequado. Segundo ele, foram tentativas frustradas com vários pediatras tanto pelo IPE quanto pelo SUS. Participantes também destacaram a instabilidade na gestão do instituto, com cinco presidentes em pouco mais de um ano, como sinal da falta de prioridade dada ao tema. Houve críticas à desigualdade no acesso: enquanto a Região Metropolitana de Porto Alegre conta com mais opções de atendimento, o interior do estado enfrenta sérias limitações, mesmo com contribuições equivalentes dos usuários. Como encaminhamento, será solicitado um encontro com o atual presidente do IPE-Saúde, Paulo Rogério Silva dos Santos, para apresentação de um documento reunindo os relatos, críticas e propostas apresentadas durante a audiência.

Continuar a ler

Saúde

RS registra avanço nos casos de câncer de próstata e reforça alerta do Novembro Azul

Redação

Publicado

em

O Rio Grande do Sul segue entre os estados com maior incidência de câncer de próstata no país, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). O Brasil registra aproximadamente 71,7 mil novos diagnósticos por ano, o que representa um risco de 67,86 casos para cada 100 mil homens. Durante o Novembro Azul, mês destinado à conscientização sobre a doença, instituições reforçam a importância do cuidado preventivo diante da alta ocorrência desse tipo de câncer, que permanece entre os mais comuns entre os homens gaúchos, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma.

De acordo com o urologista Daniel Melecchi, do Grupo São Pietro, fatores genéticos e demográficos contribuem para o cenário no estado. A presença expressiva de homens de origem europeia, grupo apontado em estudos como tendo maior predisposição ao câncer de próstata, e a elevada expectativa de vida no Rio Grande do Sul aumentam a probabilidade de novos diagnósticos, considerando que a doença é mais frequente em idades avançadas.

Diagnóstico precoce é o maior aliado

A identificação antecipada continua sendo considerada decisiva para definir o tratamento e ampliar as chances de controle da doença. Nos estágios iniciais, o câncer de próstata costuma não apresentar sintomas, o que reforça a necessidade de consultas regulares. A recomendação é que homens a partir dos 50 anos realizem avaliação anual, incluindo exame de PSA e, quando necessário, toque retal. Para aqueles com histórico familiar, o acompanhamento deve começar aos 45 anos.

Nos últimos anos, novas ferramentas tecnológicas têm ampliado a precisão dos diagnósticos. A ressonância magnética multiparamétrica permite identificar áreas suspeitas com maior detalhe, enquanto a biópsia por fusão de imagem que integra ultrassom e ressonância, melhora a detecção de tumores clinicamente relevantes. Testes genômicos também vêm sendo utilizados para avaliar risco individual e orientar condutas. No campo cirúrgico, a cirurgia robótica se tornou uma das alternativas disponíveis em centros especializados, permitindo intervenções menos invasivas.

O medo e o preconceito devem ser combatidos

Apesar dos recursos disponíveis, o medo e o estigma ainda afastam muitos homens das consultas preventivas. Especialistas defendem que a discussão aberta sobre o tema contribui para reduzir resistências e esclarecer dúvidas, especialmente em relação ao exame de toque retal, ainda cercado por tabus. Campanhas do Novembro Azul buscam justamente ampliar o debate e estimular que familiares incentivem os homens a procurar atendimento.

Novembro Azul no Grupo São Pietro Hospitais e Clínicas

Ao longo de novembro, o Grupo São Pietro promove ações voltadas à conscientização sobre saúde masculina, como palestras educativas, iniciativas nas redes sociais e mutirões de atendimentos urológicos, com facilitação de acesso a consultas e exames. O objetivo é alcançar tanto aqueles que já realizam acompanhamento quanto homens que ainda não procuraram avaliação especializada.

Sobre o Grupo São Pietro Hospitais e Clínicas

O Grupo São Pietro atua em hospitais especializados, clínicas de oftalmologia e urologia, além de serviços destinados ao público sênior. A rede inclui o Hospital Banco de Olhos, referência em ensino e atendimento oftalmológico, e o Prime Day Hospital, voltado a procedimentos em urologia. Há unidades em Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo, Taquara e Xangri-lá.

Mais informações: www.saopietro.com.br

Continuar a ler

Saúde

UPAs de Canoas registram mais de 3 mil atendimentos na primeira semana sob nova gestão, afirma IMAS

Redação

Publicado

em

Foto: Vinicius Medeiros

De acordo com a gestão municipal, na primeira semana após a troca de gestão das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Canoas, foram registrados 3.228 atendimentos nas três unidades administradas pelo Instituto Maria Schmitt (IMAS). Os dados referem-se ao período entre 25 de outubro e 2 de novembro.
De acordo com o levantamento do IMAS, a UPA Guajuviras contabilizou 1.302 atendimentos, sendo 1.046 adultos e 256 pediátricos. A UPA Rio Branco recebeu 974 pacientes (713 adultos e 261 crianças), enquanto a UPA Liberty Dick Conter registrou 952 atendimentos (707 adultos e 245 pediátricos).

Ainda de acordo com as informações, os tempos médios de espera ficaram abaixo dos limites determinados pelos protocolos de classificação de risco. Para pacientes com ficha amarela, a média foi de 19 minutos (protocolo: até 60 minutos); para ficha verde, 40 minutos (protocolo: até 120 minutos); e para ficha azul, 61 minutos (protocolo: até 240 minutos).

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, a nova gestão retomou o funcionamento integral das unidades, com atendimento 24 horas para adultos e crianças. A secretária Ana Boll afirmou que as medidas adotadas estão dentro das expectativas contratuais e operacionais.

Durante o mesmo período, as unidades receberam novos enxovais e materiais hospitalares, incluindo 360 lençóis, 300 cobertores, 120 hampers e 360 peças de uniformes destinadas aos profissionais. O IMAS informou ainda que está realizando a reorganização dos fluxos assistenciais, contratação de profissionais, revisão das escalas médicas e implantação de novos protocolos de qualidade.

Continuar a ler
publicidade
festivalSicrediGraduação Lasalle

Destaques