Conecte-se conosco

header-top







 

01/07/2025
 

Opinião

Fabiano Vencato: “Somos ou não um movimento elitista?”

Redação

Publicado

em

Fabiano Vencato – Agenda Tradicionalista

SOMOS OU NÃO UM MOVIMENTO ELITISTA?

O Tradicionalismo não é um movimento elitista, nem está preocupado em preservar as tradições dos estancieiros, o folclore do patrão. Para o Tradicionalismo, o patrão é tão importante quanto o peão; o piá que declama, como o folclorista que pesquisa; o historiador que profere uma palestra, como a menina-moça que se elege primeira prenda; o rapaz que sapateia a chula e o ginete que enfrenta os corcovos de um aporreado; o colono, como o gaúcho da campanha, dos centros urbanos; o letrado e o analfabeto, ou os de menos saber e – vai sem dizer – o rico e o pobre.

Trago aos amigos leitores este pequeno trecho retirado do Plano de Ação Social do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), apresentado na gestão de Onésimo Carneiro Duarte, ex-presidente da instituição (1975 a 1977 e 1983 a 1985), como pode um documento escrito a mais de 38 anos (1983), refletir muitas das realidades do século XXI, realmente, o tradicionalismo gaúcho não é ou pelo menos não deveria ser um movimento elitista, porém quanto custa participar? Dependendo do segmento (campeiro, artístico, cultural ou esportivo) escolhido para atuar o custo pode ser bem elevado. O documento retrata a valorização do homem campeiro, de todos ressaltando a igualdade de direitos. Na prática o funcionamento é um pouco diferente, e isto se torna muito visível nos concursos realizados sejam concursos de Prendas, seja Rodeios Artísticos ou Campeiros, elevados custos para realização, prestação de serviços, pilchas, encilhas entre outros itens. Cabe neste momento uma reflexão, o que eu como tradicionalista, faço para oportunizar aos menos favorecidos um convívio social dentro de nossas entidade tradicionalista? O tradicionalismo é um movimento simples e assim deve ser preservado.

O ROBIN HOOD GAÚCHO

O Rio Grande do Sul já teve seu Robin Hood. Ele se chamava Domingos José da Costa, apelidado de Campara. Quando surgiu na cena policial, em 1861, tinha uns 30 anos. Diz a lenda que Campara roubava dos ricos para dar aos pobres e sempre conseguia burlar os planos de captura-lo. Sua atividade bandoleira tinha a região dos Campos de Cima da Serra como palco. Foi em Vacaria que acabou preso, mas por pouco tempo. Logo fugiu para Porto Alegre e recomeçou a assustar comerciantes e policiais. Sua prisão definitiva ocorreu quando a polícia descobriu que a única ligação permanente do salteador era a amante Maricota – a Maricota do Campara -, que ele visitava com frequência. Na casa dela, em 28 de novembro de 1862, foi apanhado. Condenado, passou longo tempo na cadeia. Depois de solto, morreu na miséria, em 1882.

12ª RT, PARTICIPA DO 5º ENENCAMP E 29º ABERTO DE ESPORTES

Realizou-se nos dias 05, 06 e 07 de novembro a 5ª edição do Encontro dos Esportes Campeiros (ENECAMP) e 29º Aberto de Esportes do MTG, na cidade de Marau 7ª Região Tradicionalista (RT), o evento reuniu competidores das 30 regiões tradicionalistas, que participaram das disputas de bocha campeira, bocha 48, tetarfe, solo, tava, truco cego e truco de amostra. A 12ª Região Tradicionalista obteve os seguintes resultados: 2º lugar Bocha 48 – Alencar da Silveira e José Maciel Rodrigues, CTG Tapera Velha – São Leopoldo, 4º lugar TETARFE – Jesus Antonio Veber, Valdir Machado, Orfeles Feijó e Luiz C. Machazesk – CTG Alma Crioula – Canoas, 2º lugar Tava Individual – José Dias – CTG Alma Crioula – Canoas, 1º lugar Truco de Amostra – Maria Aparecida Gomes, Juarez Alves Gomes e Cristiano Rodrigues – CTG Mata Nativa – Canoas, 1º lugar Truco Cego – Yuri de Souza, Jonathan Huffermann, Edson de Oliveira Pereira e Diogo da Cunha Bittencourt – CTG Mata Nativa – Canoas.  

Continuar a ler
Clique em Comentário

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Opinião

‘Punição exemplar para dar um basta à violência contra as mulheres’ (por Patrícia Alba – deputada estadual)

Redação

Publicado

em

'Punição exemplar para dar um basta à violência contra as mulheres' (por Patrícia Alba - deputada estadual)

Patrícia Alba*

Se a punição severa é a única maneira de frear os crimes contra as mulheres, quando se trata de uma autoridade, como o primeiro mandatário de uma grande cidade como Viamão, a sociedade saúda e aplaude a decisão da Justiça. O prefeito Rafael Bortoletti foi condenado pelo Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de Viamão a mais de nove anos de prisão, por divulgar áudios íntimos trocados com uma mulher e por tentar silenciar testemunhas que poderiam depor contra ele na Polícia Civil.

Em qualquer sociedade, quem ocupa um cargo público deve prezar pelo respeito, integridade física, moral e intelectual dos seus cidadãos. Agora, cabe ao Legislativo municipal a reparação diante do povo de sua cidade. Votos legitimam uma eleição, mas é a conduta e comportamento do eleito que consagra sua permanência no cargo. É imperioso que os vereadores investiguem e até abram um processo para cassar o mandato. Não podem aceitar essa condenação como um evento banal ou de menor importância. Aliás, em qualquer país ou sociedade civilizada, os ocupantes de cargos dessa representatividade já teriam renunciado, imediatamente.

É inaceitável o ato vil cometido contra a vítima que, seis anos depois, ainda é obrigada a se recolher em uma vida de vergonha. Vejam o absurdo: a vítima foi condenada à humilhação, e o agressor segue livre, no comando do sétimo município mais populoso do Rio Grande do Sul.

Vamos acompanhar esse caso de perto, para que a Justiça seja efetivamente cumprida, dando exemplo para os agressores em potencial e evitando outros casos. Sabemos que há muito trabalho e ações a serem feitas para reduzir a violência contra a mulher – seja física ou moral.

Viamão, uma cidade pujante, com um povo ordeiro e trabalhador, uma comunidade em que praticamente a metade da população é de mulheres, tem a oportunidade de mostrar para o Brasil que não aceita nem banaliza a violência, seja contra quem for e de onde venha, principalmente contra as mulheres.

*Deputada estadual (MDB-RS) e presidente da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia

Continuar a ler

Opinião

“Oportunidades perdidas!” (Por Carlos Marun – ex-Ministro)

Redação

Publicado

em

Oportunidades perdidas! (Por Carlos Marun - ex-Ministro)

OPORTUNIDADES PERDIDAS!

Por Carlos Marun – Advogado e ex-Ministro

Não exerço atualmente nenhuma função pública e também não sou aposentado. Sou Advogado e Engenheiro e obtenho a remuneração necessária ao meu sustento e de minha família através da prestação de serviços de advocacia e consultoria a particulares. Niels Bohr, ganhador do prêmio Nobel de Física e um dos pais do modelo atômico, declarou em determinada oportunidade: “A previsão é muito difícil, especialmente se for sobre o futuro!”. Pois bem, a obrigação do consultor é opinar, e muitas vezes sobre o futuro. Obviamente não utilizando uma bola de cristal ou poderes extra-sensoriais, mas a lógica somada a razoável conhecimento.

Acordo cedo e diariamente envio para clientes, até as 9hs da manhã, um boletim matinal com análises políticas e jurídicas sobre a vida governamental, jurídica e legislativa do país. No de 3a feira(07/01) passada, declarei pensar que o fato de a imensa maioria dos brasileiros continuarem repudiando os atos do 08 de Janeiro somado à onda de “patriotismo fraterno” decorrente da vitória de Fernanda Torres se constituíam em uma excelente oportunidade para Lula buscar atrair o Centro com gestos de pacificação. E daí opinei sobre o futuro, arriscando dizer que o Presidente da República não estava à altura de conseguir se posicionar desta forma.

Infelizmente, acertei. No dia 09/01, Lula, no lugar de agir neste sentido, retomou a verborragia tragicômica, afirmando durante visita à galeria de fotos de ex-presidentes da República que Dilma foi vítima de um golpe comandado por Temer.

Dilma caiu, na forma prevista na Constituição, porque cometeu crime de responsabilidade e porque a isto se somaram condições políticas resultantes do péssimo governo que fazia. Lula não consegue entender que Temer não é mais o Presidente da República pressionado por uma conspiração comandada pelo então Procurador Geral da República que, através de chantagem, obteve o apoio de dois dos maiores grupos econômicos do país, um do ramo das Comunicações e outro do ramo das proteínas animais.

Michel Temer é hoje enormemente reconhecido como o chefe de um exitoso Governo de Centro, que teve coragem de promover reformas fundamentais e positivas. Tão positivas que, não obstante a já citada verborragia, não foram até hoje revogadas pelo atual governo do PT. Até algumas foram levemente alteradas, mas sempre para pior.

Lula não consegue entender também que estas declarações constrangem seus aliados não PTistas ou PSOListas, muitos inclusive ministros(as) que foram na sua grande maioria favoráveis ao impeachment, inclusive votando desta forma. Constrangem de forma especial aqueles MDBistas que participam de seu governo, todos hoje concientes do avanço representado pelo breve Governo Temer.

Lula pensa que pode “comprar” o Centro com cargos. Está errado. Pode no máximo “alugar”. Ele me parece um “caso perdido” que precisa do Centro para a sua reeleição, mas que se afasta dele e dela cada vez que expressa o seu rancor pela deposição constitucional de Dilma, perfeitamente prevista no Estado Democrático de Direito do qual apregoa ser um “amante”.

Porém, como eu afirmei, consultor tem que opinar também sobre o futuro e vou então falar de outra oportunidade que provavelmente será perdida.

O Centro não tem candidato a presidência e segue como uma boiada para o matadouro, “mugindo tonta” e sabendo que ao final terá que optar entre um candidato de direita ou de esquerda. Pois bem, um simples gesto pode hoje fazer surgir este candidato.

Neste caso uma candidata. Falo de Simone Tebet e afirmo que se deixasse o Governo agora em função das palavras de Lula, estaria iniciando uma trajetória que poderia levar o Centro a Presidência em 2026. Não precisaria e nem deveria sair atirando em um governo do qual participa, mas teria que deixar claro que sai porque discorda destas palavras reincidentemente repetidas por Lula.

Conheço Simone. Trata-se de mulher capaz e honrada e que de forma alguma precisa do cargo de Ministra para viver. Mas por dever de ofício devo declarar que penso que ela não aproveitará esta oportunidade.

Continuar a ler

Opinião

“Quando o Jogo Se Torna Armadilha: A importância da Educação Financeira em Tempos de Apostas” (por Cristiane Souza)

Redação

Publicado

em

O crescimento das plataformas de apostas, popularmente conhecidas como “bets“, tem gerado um impacto profundo e preocupante em diferentes segmentos da população brasileira, especialmente entre as famílias em situação de vulnerabilidade econômica.

O fácil acesso a essas plataformas, aliado à promessa de ganhos rápidos, atrai indivíduos que, diante de oportunidades limitadas e dificuldades financeiras, veem no jogo uma esperança de alívio imediato. No entanto, essa promessa frequentemente se transforma em uma armadilha perigosa, levando a perdas financeiras expressivas e aumentando ainda mais a instabilidade das famílias.

Um dos aspectos mais alarmantes desse fenômeno é o uso de recursos provenientes de programas assistenciais, como o Bolsa Família, para financiar apostas. Segundo dados do Banco Central, em agosto deste ano, cerca de 3 bilhões de reais destinados a apoiar famílias em extrema pobreza foram direcionados para plataformas de apostas. Embora o Bolsa Família seja apenas uma das fontes de renda afetadas, o impacto das apostas não se restringe a esses beneficiários, atingindo diversas famílias de baixa renda que, por falta de orientação financeira, acabam comprometendo seu sustento em busca de ganhos ilusórios, oferecidos por jogos online.

Nesse aspecto, a educação financeira surge como uma ferramenta essencial para evitar que famílias sejam atraídas pelas armadilhas do jogo. Porque muitas vezes, a falta de conhecimento sobre os riscos envolvidos nas apostas e a ausência de planejamento financeiro adequado levam as pessoas a decisões impulsivas, agravando sua situação econômica. A falta de controle sobre os gastos, a tentação de compensar perdas com novas apostas e a dificuldade em priorizar necessidades básicas criam um ciclo vicioso que coloca em risco não apenas as finanças, mas também o bem-estar emocional e social dessa população.

É crucial que a educação financeira seja acessível e adaptada às realidades dessas populações, ensinando-as a planejar, poupar e gastar de forma consciente. Mais do que nunca, em um cenário de crescente popularidade das apostas, as famílias, especialmente as em situação de vulnerabilidade precisam ser capacitadas para tomar decisões financeiras responsáveis, evitando que o sonho de um ganho rápido as leve a uma armadilha de dívidas e frustrações.

Além disso, a conscientização sobre os perigos das apostas deve ser acompanhada por políticas públicas que incentivem o uso responsável dos recursos e ofereçam alternativas viáveis para melhorar a qualidade de vida dessas famílias. O jogo, em si, não é a raiz do problema, mas sim a combinação de vulnerabilidade econômica, falta de informação e ausência de planejamento financeiro que expõe famílias aos riscos das apostas.

Em tempos de apostas, é urgente reforçar a importância da educação financeira para proteger as famílias e oferecer-lhes a oportunidade de construir um futuro mais seguro e estável. Somente com conhecimento e conscientização será possível romper com o ciclo de perdas e garantir que os recursos recebidos sejam utilizados para sua verdadeira finalidade: promover dignidade e segurança.

Cristiane Souza – Educadora financeira e estudante de Psicologia

Continuar a ler
publicidade
Graduação Lasalle

Destaques