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Fundação de Saúde tem dívida milionária com o INSS
A Fundação Municipal de Saúde de Canoas (FMSC), órgão que integra a administração pública indireta do município, soma uma dívida que chega aos R$ 30 milhões referentes aos valores aproximados, não pagos, da cota patronal do INSS, contando juros e multas e alusivos aos anos de 2014, 2015 e 2016. A informação é do atual diretor presidente da entidade, Fernando Ritter, que concedeu entrevista ao Timoneiro, na última quarta-feira, 3. Na ocasião, o gestor também abordou a atual situação da fundação e o planejamento de atividades para 2018.
Avaliação
Fernando está no comando da Fundação desde os primeiros dias do governo Busato. Prestes a completar seu primeiro ano no comando da entidade, ele afirma que esperava encontrar uma situação melhor no local. “Algumas coisas me impressionaram. Tínhamos em torno de 19 processos licitatórios. Então, a primeira coisa que fizemos foi uma auditoria completa aqui na fundação”, conta Ritter. Ele ainda complementa que, no setor administrativo, havia contratos prestes a vencer e outros já vencidos.
Orçamento
De acordo com Fernando, as contas de 2017 estavam orçadas em torno de R$ 42 milhões. Esse valor, de acordo com ele, não foi suficiente, já que haviam dívidas da última gestão, além de pagamentos de décimo segundo e décimo terceiro salário de servidores e cotas patronais do INSS. “Em uma conversa com a Secretaria de Saúde, com a qual houve grande parceria, recalculamos o orçamento para 2017 e chegamos ao valor de R$ 63 milhões”, afirma Fernando. Já o orçamento de 2018, segundo ele, ficou na casa de R$ 58 milhões.
Dívida milionária
A fundação atualmente tem uma dívida referente aos valores aproximados, não pagos, da cota patronal do INSS, contando juros e multas alusivos aos anos de 2014, 2015 e 2016, somando R$ 30 milhões. “Já entramos com o pedido junto à justiça, que está analisando a situação. Estamos discutindo administrativamente isso e, em paralelo, tentamos conseguir a imunidade para deixar de pagar a cota, já que a fundação não tem fins lucrativos”, explica o diretor. Fernando afirma que a Fundação de Saúde de Porto Alegre conseguiu essa liberação e não precisa mais pagar essa cota.
Mudanças
Na última semana de 2017, a câmara de vereadores aprovou algumas mudanças na Fundação. Segundo Fernando, foram corrigidos alguns pontos administrativos da entidade: “Havia uma distorção nos papeis que eram desempenhados aqui dentro”. Como uma das principais mudanças, ele destaca um trabalho de co-gestão com a Secretaria do Meio Ambiente, no centro de Bem-Estar Animal (CBEA). “Mudamos o escopo da fundação, para atuar também em áreas afins. Eles precisavam essa parceria”, conta o diretor. Com isso, serão contratados veterinários, tratadores e outros profissionais, “no sentido de potencializar o trabalho no CBEA”. Ritter explica que há impacto financeiro, mas não é novo. De acordo com ele, antes era contratada uma empresa para prestar esse serviço. Agora esse dinheiro é encaminhado para a Fundação.
Planejamento de ações
“Esse ano vamos ampliar a cobertura estratégica da Saúde da família. Em 2017 tínhamos 52 equipes e agora temos 66 equipes. Queremos chegar a 75 % de cobertura, sendo que hoje temos 66 %”, afirma Ritter, como um dos principais objetivos da entidade. De acordo com ele, também serão ampliadas algumas unidades de Saúde da cidade: “A unidade Caic é uma das contempladas nessa adequação. Temos vazios assistenciais que estamos mapeando para poder resolver. Também estamos envolvidos no processo de informatização completa da Saúde. Todas as unidades terão prontuário eletrônico”, afirma.
Sobre a atuação da fundação, Ritter afirma que é um entusiasta do formato. “Acho que é uma alternativa muito viável, bem administrada e pensando no longo prazo, seguindo todas as regras legais e formais”. Para Fernando, enquanto existir a sombra da cota do INSS, a fundação não pode assumir mais responsabilidades do que as atuais: “Sem isso, podemos ter uma boa atuação no município, em conjunto com os demais atores de gestão do município”.
Destaques
Estado inicia repasse de R$ 179,7 milhões para sistemas de proteção contra cheias de Canoas

Foi efetivado pelo governador Eduardo Leite na quinta-feira, 24, o início do repasse que terá um total de R$ 179,7 milhões para o município de Canoas, por meio do programa Fundo a Fundo da Reconstrução, que integra o Plano Rio Grande.
O investimento se dará em diversas frentes de ação, como o hidrojateamento de redes de água e esgoto, a modernização de oito casas de bombas do município e a recuperação dos diques de proteção da cidade, danificados durante o evento meteorológico de 2024. Do valor total destinado a Canoas, R$ 62,8 milhões já foram depositados como primeira parcela. O restante será encaminhado conforme as entregas e obras forem sendo realizadas pela prefeitura.
“Não estamos apenas assinando um convênio, mas efetivamente depositando os recursos. Hoje, o Estado já transferiu R$ 62,8 milhões à conta do Fundo de Reconstrução do município. É a primeira parte dos R$ 179,7 milhões aprovados. A liberação é feita por etapas, à medida em que os projetos são executados”, afirmou Leite.
A destinação do Funrigs prioriza a recuperação de sistemas de proteção existentes, como forma de garantir eficácia e execução dentro do prazo previsto até 2027.
“Temos muito cuidado com a aplicação dos recursos. Cada projeto é analisado tecnicamente e validado pelo Comitê Científico, para assegurar que estamos financiando soluções consistentes e que protejam a população”, completou.
Obras vão minimizar o impacto das chuvas
O hidrojateamento permitirá a limpeza e desobstrução das redes pluviais e de esgoto, reduzindo entupimentos e prevenindo problemas futuros nas tubulações, especialmente em períodos de chuvas intensas.
A modernização das casas de bombas também está entre os projetos aprovados pelo governo do Estado. Os recursos serão utilizados na melhoria dos equipamentos e na realização de manutenções necessárias para garantir o funcionamento adequado das estruturas. Os diques que fazem a contenção da água no município receberão obras de recuperação.
“Essas obras são complexas e envolvem várias frentes e regiões densamente povoadas da cidade. Com esse apoio do Estado, vamos acelerar o ritmo e avançar nas etapas que já estavam preparadas. Estávamos tocando com recursos próprios e da venda da Corsan, mas agora podemos acelerar com segurança. O mais importante é devolver a tranquilidade às pessoas”, destacou o prefeito de Canoas, Airton de Souza.
Diques
Entre os projetos contemplados, estão a recuperação do dique da Niterói, com R$ 500 mil para contratação de projetos, e a reestruturação dos diques do Rio Branco e Matias Velho, com valores de R$ 62 milhões e R$ 34,2 milhões, respectivamente. As casas de bombas, que tiveram seu funcionamento comprometido durante a enchente, receberão R$ 78,7 milhões em obras estruturais, eletromecânicas e de automação.
O secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, reforçou que a liberação para Canoas é resultado de intenso trabalho técnico e colaboração entre as equipes estaduais e municipais. “Essa entrega só foi possível porque tivemos um esforço conjunto, com muito diálogo, ajustes de projeto e foco na solução. Canoas tem papel estratégico na proteção da Região Metropolitana, e o Estado está fazendo sua parte para garantir essa segurança”, pontuou.
Além de Porto Alegre e Canoas, que já tiveram repasses confirmados, cerca de 30 municípios manifestaram interesse e estão em diálogo com o Executivo Estadual para receber recursos do programa Fundo a Fundo da Reconstrução.
Também participaram da reunião o secretário em exercício da Fazenda, Itanielson Cruz, o vice-prefeito Rodrigo Busato e secretários municipais.
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CHUVAS: Mais de 7 mil pessoas desalojadas, quatro mortos e 146 municípios afetados no RS

Devido às fortes chuvas que causam estragos em diversas cidades do Rio Grande do Sul, o governo do Estado passou a divulgar boletins com informações para a população.
Confira abaixo o relatório mais recente
- Municípios afetados: 146
- Pessoas em abrigos
- Pessoas desalojadas: 7098
- Pessoas desaparecidas: 1
- Óbitos confirmados: 4
- Feridos: 2
- Pessoas resgatadas*: 733
- Animais resgatados*: 139
- Município com decreto de estado de calamidade pública: 1
Jaguari - Municípios com decreto de situação de emergência: 26
Dona Francisca
Cerro Branco
Agudo
Nova Palma
Cruzeiro do Sul
Passa Sete
São Sebastião do Caí
Cacequi
Rosário do Sul
Tupanciretã
Nova Santa Rita
São Francisco de Assis
Liberato Salzano
Amaral Ferrador
Toropi
Montenegro
Silveira Martins
São Vicente do Sul
Júlio de Castilhos
Paraíso do Sul
Dilermando de Aguiar
Canoas
General Câmara
São Gerônimo
Capão do Cipó
*Apenas as pessoas e os animais resgatados pelas forças de segurança do Estado.
Nível dos rios e lagos
A chuva deixou rios e lagos do Estado em situação de atenção, alguns inclusive atingindo cota de inundação. Confira:
- Rios retornando à normalidade:
Taquari (Santa Tereza a Bom Retiro do Sul) – Declínio dos níveis até o retorno para normalidade, com pequenas elevações em função das chuvas das últimas 24h.
Quaraí – Tendência de declínio.
Dona Francisca – Já declinou até retornar aos níveis normais. - Rios em cota de atenção:
Taquari (Encantado) – tendência de declínio.
Caí (Nova Palmira e Costa do Rio Cadeia) – Tendência de declínio em Nova Palmira e estabilidade em Costa do Rio Cadeia. - Rios em cota de alerta:
Taquari à montante de Encantado (entre Santa Tereza a Muçum) – Tendência de lento declínio dos níveis.
Taquari à jusante de Encantado (de Estrela/Lajeado a Porto Mariante) – Tendência de lento declínio em Estrela/Lajeado, devendo entrar em estabilidade entre Bom Retiro e Porto Mariante.
Caí (São Sebastião do Caí) – Tendência de lento declínio.
Guaíba – Tendência segue em estabilidade, devendo manter os níveis elevados durante os próximos dias, não tendo previsão de que os níveis atinjam as cotas de inundação do Cais Mauá (3 metros) ou da Usina do Gasômetro (3,6 metros).
Gravataí (Gravataí e Alvorada) – Tendência de estabilidade, mantendo os níveis elevados.
Paranhana (Taquara) – Tendência de lento declínio. - Rios em cota de inundação:
Uruguai (São Borja a Uruguaiana) – Tendência de estabilidade entre São Borja e Itaqui e lenta elevação em Uruguaiana.
Ibirapuitã (Alegrete) – Tendência de declínio, com níveis ainda em inundação ao longo do dia.
Ibicuí (Manoel Viana) – Tendência de lento declínio, com níveis ainda em inundação ao longo do dia.
Caí (Montenegro) – Tendência de estabilidade.
Taquari (Taquari) – Tendência de lenta elevação, devendo entrar em estabilidade ao longo do dia.
Jacuí (Cachoeira do Sul até São Jerônimo) – Constante declínio em Cachoeira do Sul e Rio Pardo, e variando entre estabilidade e lenta elevação em São Jerônimo.
Jacuí (Ilhas da RMPOA) – Tendência entre estabilidade e lenta elevação, mantendo os níveis elevados nos próximos dias.
Sinos (Campo Bom e São Leopoldo) – Tendência de lento declínio, já retornando para cota de alerta em Campo Bom. - Nível de rios e lagos
Mais informações
Informações sobre os pontos com bloqueios parciais e totais nas estradas do RS e situação das barragens, além dos avisos e alertas da Defesa Civil e imagens do radar meteorológico podem ser conferidas nos links abaixo.
Alertas
Para aumentar o nível de prevenção, as pessoas podem se cadastrar para receberem os alertas meteorológicos da Defesa Civil estadual. Para isso, é necessário enviar o CEP da localidade por SMS para o número 40199. Em seguida, uma confirmação é enviada, tornando o número disponível para receber as informações sempre que elas forem divulgadas.
Também é possível se cadastrar via aplicativo Whatsapp. Para ter acesso ao serviço, é necessário se registrar pelo telefone (61) 2034-4611 ou clicando aqui. Em seguida, é preciso interagir com o robô de atendimento enviando um simples “Oi”.
Após a primeira interação, o usuário pode compartilhar sua localização atual ou qualquer outra do seu interesse para, dessa forma, receber as mensagens que serão encaminhadas pela Defesa Civil estadual.
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CHUVAS: Sobe para quatro o número de mortos e mais de 130 municípios afetados no Rio Grande do Sul

As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul na última semana já causaram quatro mortes, segundo confirmou a Defesa Civil estadual no domingo, 22. A vítima mais recente é um homem de 59 anos, encontrado sem vida dentro de um carro no Rio Dourado, no município de Aratiba, no norte do estado.
A principal suspeita é de que o veículo tenha sido arrastado pela correnteza na última quinta-feira, 19, enquanto o homem tentava atravessar uma ponte. O desaparecimento foi registrado pela família no sábado, 21, à noite.
Além das vítimas fatais, um homem de 65 anos continua desaparecido em Candelária, na Região dos Vales. Ele estava em um carro com a esposa quando o veículo foi levado pela água na terça-feira, 17. O corpo da mulher já foi localizado.
De acordo com o boletim mais recente da Defesa Civil, divulgado na manhã desta segunda-feira, 23, 132 municípios relataram prejuízos em decorrência das chuvas. Ao todo, 6.258 pessoas estão desalojadas, e 1.071 estão abrigadas em 41 locais de acolhimento.
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