Cultura
A arte como instrumento de inclusão social e aprendizado sobre a diversidade
SIMONE DUTRA*
A Semana Nacional da Pessoa com Deficiência, que ocorre entre 21 e 28 de agosto, traz inúmeras reflexões acerca da acessibilidade e inclusão em quase todos os espaços sociais. A Inclusão Social defende o convívio de segmentos historicamente excluídos. Trata de pessoas abandonadas na sociedade e distantes das comuns oportunidades.
Este debate se torna cada vez mais necessário para que se possa esclarecer como funcionam os centros de apoio e os modelos de inserção dos que ainda são não estão completamente inseridos da vida cotidiana da população em geral, situações que ocorrem por algum tipo de deficiência, seja ela física ou intelectual, e com isso ter real equidade entre os indivíduos.
A arte para incluir
A arte tem se mostrado uma ferramenta para a melhoria das condições de vida das pessoas com deficiência. Em Canoas, um exemplo desse trabalho vem sendo desenvolvido pela Associação Legato, criada em agosto de 2008, através de projetos que visam a inclusão da Pessoa com Deficiência através da música, dança e teatro. A associação atende crianças, jovens e adultos canoenses, estendendo sua assistência a comunidades de Porto Alegre e Região Metropolitana.
O local serve também para adaptar, reabilitar e capacitar para a introdução no mercado de trabalho. Hoje, a entidade realiza os trabalhos de: Atendimento Educacional Especializado de Saúde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Social; Oficinas de Música, Teatro, Dança e Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Segundo o Diretor Administrativo da Associação, Pedro Dutra, “É uma honra e motivo de orgulho fazer parte deste projeto, que transforma através do universo artístico. Transforma a vida de quem participa e de sua família. Dificuldades enfrentamos, mas o resultado é motivador”.
Uma dessas vidas citadas por Pedro é a de Samuel Correa Machado, 30 anos, que tem Síndrome de Down, e que participou do coral da entidade desde 2005. Ele ainda frequenta a Associação todo sábado para atividades de grupos artísticos, como a Companhia Trivoli. “Aqui eu fiz amigos, aprendi a cantar e fazer contato com as outras pessoas”, comenta Samuel.
A música também está presente em outra entidade atuante no município, a Associação Canoense de Deficientes Físicos (Acadef). A organização não governamental, sem fins lucrativos, de utilidade pública municipal, estadual e federal, utiliza a arte através do Grupo Musical Piquelanos (Alunos Cadeirantes) com violão e voz, coordenado pelo professor Pedro Guisso.
Demais entidades
A EMEF Bilíngue para Surdos Vitória, Associação dos Deficientes Visuais de Canoas (Adevic), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Canoas (Apae), Associação Pestalozzi de Canoas e a ONG Chimarrão da Amizade são outros centros que prestam atendimento e apoiam as Pessoas com Deficiência e seus familiares em Canoas.
Panorama Nacional
Segundo o último Censo, realizado em 2010, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE), o Brasil possui mais de 45,6 milhões de pessoas com alguma deficiência (23,9% da população do país). Das quais, a deficiência mental ou intelectual foi declarada por mais de 2,6 milhões de brasileiros, cerca de 1,4% da população brasileira.
Confira a programação da XX Semana Municipal da Pessoa com Deficiência
25 de agosto, sexta-feira
13h30min às 17 horas: Fórum Municipal da Saúde da Pessoa com Deficiência.
Local: Associação Pestalozzi, avenida Guilherme Schell, 6206.
26 de agosto, sábado
13h30min: Piquenique da ONG Chimarrão da Amizade.
Local: Parque Getúlio Vargas (Capão do Corvo).
27 de agosto, domingo
13 às 19 horas: III Ação Beneficente do Clube Baixos Canoas
Arrecadação de alimentos para doação a entidades assistenciais.
Local: Parque Eduardo Gomes (Parcão).
16 horas: Apresentação da Associação Legato Circo Varietê.
Local: SESC Canoas – avenida Guilherme Schell, 5340.
28 de agosto, segunda-feira
9 horas: Abertura do CECA e PARACECA
Local: ULBRA – avenida Farroupilha, 8001, São José.
18 horas: Entrega do prêmio destaque COMDIP 2017
Local: Câmara de Vereadores – Rua Ipiranga, 121.
Cultura
Gaúcho Rafa Rafuagi recebe Ordem do Mérito Cultural do governo federal

Na terça-feira, 20, Rafa Rafuagi recebeu a Ordem do Mérito Cultural do governo federal em reconhecimento ao ineditismo do Museu da Cultura Hip Hop RS e por toda sua trajetória frente ao movimento no estado do Rio Grande do Sul. Fundador e coordenador do primeiro Museu de Hip Hop da América Latina, Rafuagi foi homenageado com a honraria, em uma cerimônia no Palácio, no Rio de Janeiro.
Os homenageados receberam a Ordem do Mérito Cultural durante a cerimônia que contou com a presença do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da Ministra da Cultura Margareth Menezes. Rafa Rafuagi e Bagre Fagundes são os únicos gaúchos entre os nomes agraciados.
Rafa Rafuagi é rapper com 23 anos de trajetória, detentor de 41 prêmios, escritor e patrono da Feira do Livro de Gravataí. Está à frente de projetos, coletivos e equipamentos culturais de enorme relevância nacional como Casa da Cultura Hip Hop de Esteio, Museu da Cultura Hip Hop RS, Partiu Aula na Justiça e Construção Nacional da Cultura Hip Hop. Rafuagi ainda atua como consultor de políticas públicas para órgãos internacionais.
Como visitar o Museu da Cultura Hip Hop RS?
Localizado na Rua Parque dos Nativos 545, Vila Ipiranga, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, o Museu fica aberto para visitação de terça-feira à sábado, das 9h às 12h e das 14h às 17h. Neste período, é possível optar por visitas agendadas ou livres.
As visitas agendadas acontecem duas vezes ao dia, às 9h e às 14h, sendo destinadas a grupos de até 50 pessoas. Para marcar uma visita basta acessar o formulário de agendamento – clique aqui. Toda visita agendada é guiada por mediadores que conduzem o grupo com explicações sobre as mostras em cartaz.
As visitas livres são abertas ao público, não sendo obrigatório agendamento. Nesta modalidade, caso o interessado deseje ser guiado pelos mediadores, basta chegar ao Museu no horário em que se iniciam as visitas agendadas para participar junto ao grupo do dia. Mais informações sobre programação através das redes oficiais do Museu da Cultura Hip Hop RS.
Sobre o Museu da Cultura Hip Hop RS
Inaugurado no ano do cinquentenário do hip hop no mundo, o Museu da Cultura Hip Hop RS é o primeiro na América Latina dedicado ao movimento. Com um espaço de quatro mil metros quadrados, o Museu é uma iniciativa coletiva da Associação da Cultura Hip Hop de Esteio, e objetiva o fortalecimento de outros estados brasileiros para criação de museus, organizando uma rede capaz de construir o Museu Brasileiro da Cultura Hip Hop nos próximos cinco anos.
O complexo reúne cerca de seis mil itens de acervo físico e digital sobre a história do hip hop gaúcho. Inspirado no The Universal Hip Hop Museum nos Estados Unidos, conta com salas expositivas, atelier de oficinas, café, loja, estufa agroecológica, biblioteca, estúdio musical, multipalco e a Quadra Petrobras.
O Museu da Cultura Hip Hop do RS tem financiamento da Lei Rouanet, patrocínio master da Petrobras e patrocínio do Instituto Neoenergia. Realização do Ministério da Cultura, Governo Federal, União e Reconstrução.
Cultura
Centros de Tradições Gaúchas já podem se inscrever no curso sobre captação de recursos públicos de fomento à cultura

Capacitar Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) para elaboração, gestão e prestação de contas de projetos culturais financiados por editais e leis de incentivo é o objetivo do curso “CTGs em movimento: acessando os recursos públicos para fomento à cultura”. A formação será realizada de forma presencial, no próximo sábado, 24, no 35 CTG, em Porto Alegre.
A realização do curso é do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), por meio do Departamento de Projetos, em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), por meio do Departamento de Fomento e da Coordenadoria do Tradicionalismo Gaúcho. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas por meio do formulário de inscrição.
A capacitação abordará as ferramentas e etapas necessárias para inscrição, execução e prestação de contas de projetos financiados por meio de mecanismos públicos de fomento como a Lei de Incentivo à Cultura (LIC), o Fundo de Apoio à Cultura (FAC), a Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) e a Cultura Viva, respeitando a realidade administrativa e cultural das entidades tradicionalistas gaúchas.
Voltado a coordenadorias regionais do MTG, integrantes e dirigentes de CTGs, e responsáveis pelas áreas culturais, administrativas e de projetos, a carga horária do curso será de oito horas.
O formulário de inscrição também servirá como instrumento de mapeamento do perfil dos participantes, incluindo questões sobre experiências prévias com editais e captação de recursos, a fim de orientar futuras ações do Movimento Tradicionalista.
Programação
- das 8h às 8h30: credenciamento
- das 8h30 às 8h45: abertura oficial
- das 8h45 às 10h: desvendando os caminhos do fomento cultural – cultura como política pública
Ministrante: Rafael Balle
Ementa: apresentação do Sistema Nacional, Estadual e Municipal de Cultura; marco legal do fomento cultural; funcionamento do Pró-Cultura RS; mecanismos diretos e indiretos de financiamento com foco em entidades tradicionalistas
- das 10h às 10h30: fortalecendo as bases – regularização dos CTGs como proponentes de projetos
Ministrante: Clóvis Rocha
Ementa: documentos e exigências legais para habilitação institucional dos CTGs; Cadastro Estadual de Produtor Cultural (CEPC), certidões, estatuto e boas práticas administrativas
- das 10h30 às 10h45: intervalo
- das 10h45 às 12h: LIC/RS na prática – passo a passo para projetos bem-sucedidos
Ministrante: Alessandro Gomes
Ementa: elaboração, tramitação e captação de projetos via LIC/RS; estrutura do projeto; contrapartidas; parcerias com empresas; cases de sucesso no meio tradicionalista
- das 12h às 13h30: intervalo para almoço
- das 14h às 15h30: oportunidades diretas – FAC/RS como financiamento à cultura gaúcha
Ministrante: Igor Fattori
Ementa: compreensão de editais do FAC/RS; critérios, rubricas, execução e prestação de contas; especificidades para cultura popular e CTGs; leitura crítica de editais
- das 15h30 às 15h45: intervalo
- das 15h45 às 17h: novos horizontes – Cultura Viva e PNAB para o tradicionalismo gaúcho
Ministrante: Adriane Minervino
Ementa: PNAB e Política Nacional Cultura Viva; como CTGs podem acessar esses mecanismos; análise de editais federais e relatos de experiências
- das 17h às 18h: encerramento e rodada de dúvidas
Cultura
Canoas recebe espetáculos teatrais do 19ª Festival Palco Giratório Sesc

A 19ª edição do Festival Palco Giratório Sesc leva ao Teatro do Sesc Canoas uma programação diversa e emocionante, que conecta o público a diferentes realidades culturais do Brasil. Entre os dias 20 de maio e 08 de junho, a cidade recebe três espetáculos que transitam entre o drama, a celebração da cultura amazônica e o teatro para as infâncias.
“Parto Pavilhão”
A abertura da programação em Canoas acontece no dia 20 de maio, às 19h30, com a obra “Parto Pavilhão”. Dirigida por Naruna Costa (RS), a peça mergulha no cotidiano de uma penitenciária provisória para mães, onde Rose, ex-técnica de enfermagem e detenta, auxilia outras mulheres nos partos e cuidados com os filhos.
Com classificação etária de 14 anos e duração de 60 minutos, o espetáculo convida o público a refletir sobre maternidade, resistência e esperança em ambientes de privação de liberdade.
“A Amazônia é Azul e Vermelho”
No dia 7 de junho, às 18 horas, é a vez da Amazônia invadir o palco com cores, ritmos e tradições no espetáculo “A Amazônia é Azul e Vermelho”, do Grupo Kboclos (AM). Vindo diretamente do Norte do país, o grupo leva ao público uma experiência sensorial que reúne dança, música e elementos simbólicos do Festival Folclórico de Parintins.
A presença da Cunhã Poranga, do pajé e dos icônicos bois Caprichoso e Garantido transforma o teatro em um verdadeiro mosaico da cultura amazônica, com classificação livre e duração de 50 minutos.
“Itan e Tal”
Fechando a programação no Sesc Canoas, o espetáculo “Itan e Tal”, do grupo Fulano di Tal (MS), acontece no dia 08 de junho, às 16h. Voltado para crianças, a obra acompanha a menina Nati, que ao brincar com seu nome ao contrário, “itaN”, embarca numa jornada mágica de autodescoberta.
Em um percurso entre passado e futuro, ela encontra suas raízes afro-indígenas e aprende sobre a importância de sua ancestralidade. Com diversas premiações no Festival de Teatro da Amazônia e no Troféu Gralha Azul, a peça é uma celebração da identidade e da imaginação, com classificação livre e duração de 65 minutos.
Ingressos
Os ingressos para os espetáculos estão disponíveis no site www.sesc-rs.com.br/
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