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07/09/2024
 

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Familiares questionam HU por morte de bebê recém-nascido

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Graziela Michele Lima tinha tudo para passar seu primeiro dia das mães com o filho Pietro em seus braços. A história, que poderia ser feliz, acabou de forma trágica. Internada no Hospital Universitário desde o dia 5, ela passou por um parto humanizado que culminou na morte do bebê. Na tarde de terça-feira, 9, familiares realizaram protesto em frente ao hospital e pediram explicações sobre o ocorrido.

Risco

De acordo com Carmen Cunha, sogra de Graziela, a gravidez já era de risco e por isso não deveria ter ocorrido o parto normal. Em boletim de ocorrência registrado à polícia, ela afirma que a gestação estava na 37ª semana e que houve a ruptura da bolsa. Graziela foi levada imediatamente ao HU, na sexta-feira, 5, onde foi internada. Ainda, segundo Carmen, os procedimentos pré-parto foram iniciados às 14 horas do mesmo dia, mas o parto só ocorreu por volta de meia noite, já na madrugada do dia 6 de maio. Também, na ocorrência, Carmen relata que o bebê nasceu sem estar respirando, e que logo após foi encaminhado à UTI, onde faleceu às 5h55min.

Causas

Na declaração de óbito fornecida pelo Hospital, de acordo com o relato de Carmen à policia civil, consta que a causa da morte de Pietro foi por insuficiência respiratória e encefalopatia hipoxico-isquemica. Já na perícia assinada pelo médico legista André Martins de Lima, consta que entre as causas de morte estão: choque hemorrágico, hemorragia intra-abdominal, lesão hepática e fratura de úmero.

Explicações

“Quem é que está mentindo?”, perguntava Carmen durante seu protesto em frente ao HU. Ela ainda criticou a administração do hospital: “foi uma negligência completa”. A sogra de Graziela afirma que está tomando providências judiciais com relação ao caso.

O que diz o Gamp

Em nota, o Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp), afirma que “O Hospital Universitário de Canoas lamenta o falecimento da criança recém-nascida, ocorrido na noite de sábado, 6. A instituição informa que abriu sindicância interna para apurar todos os procedimentos adotados desde o pré-natal até o momento do nascimento, sendo instaurada, em caráter extraordinário, uma comissão de óbito para averiguar em várias frentes o que pode ter ocasionado este fato e, assim que detectado, tomar as devidas providências.

A direção do HU procurou a família, reiterando as providências tomadas, que poderão ser acompanhadas diretamente pelos familiares. A mãe da criança, Graziela Lima, está recebendo atendimento médico e psicológico.

O que diz a Prefeitura

Também em nota, a Secretaria Municipal da Saúde de Canoas afirma que “vai acompanhar a sindicância aberta pelo Gamp com a sua equipe de investigação de Mortalidade Infantil, composta por um médico e um técnico, no caso do bebê de Graziela Michele Lima.”

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Prefeitura disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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