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18/08/2025
 

Comunidade

Moradores de rua realizam protesto por melhor estrutura e mais dignidade

Ato foi realizado no dia 29 de setembro pelo Movimento Nacional da População de Rua

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Manifestação dos moradores de rua. Foto: Bruno Lara/OT

Manifestação dos moradores de rua. Foto: Bruno Lara/OT

Sinara Dutra

Na manhã do dia 29, em frente à Secretaria Municipal de Saúde, na rua Doutor Barcelos, um grupo formado por dezenas de moradores de rua realizou um protesto. O ato foi organizado pelo Movimento Nacional da População de Rua (MNPR), em referência ao aniversário de 12 anos do massacre da Sé, ocorrido em São Paulo, em setembro de 2004.

Em Canoas, os moradores buscam mais vagas no albergue municipal, além de chuveiro quente, privadas desentupidas sempre, além de mais roupas disponibilizadas no espaço. Eles reclamam também que na cidade o Centro Pop, espaço destinada à assistência social, está vinculado ao albergue, quando deveria funcionar de forma independente. O morador de rua Cristiano Camargo, 32 anos, pede um tratamento mais igualitário. “Buscamos mais dignidade para nós, moradores de rua, que também somos gente”, aponta.
André Jackel, 36 anos, que vive na rua há 13 anos, sendo 10 deles em Canoas, afirma que, além de lembrar o massacre da Sé, o ato também tem por objetivo buscar melhor qualidade de vida para o morador de rua.

O movimento

Em dez anos de existência, o MNPR declara entre suas conquistas emblemáticas, a aprovação da Política Nacional para a População em Situação de Rua, por meio do decreto 7053/2009. Instituída em decorrência das disposições da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS – Lei 8.742/93), a política nacional prevê, dentre outros objetivos, o desenvolvimento de ações educativas permanentes que contribuam para a “formação de uma cultura de respeito, ética e solidariedade entre a população em situação de rua e os demais grupos sociais, de modo a resguardar a observância aos direitos humanos”, além da implantação de Centros de defesa dos direitos humanos para a população em situação de rua, prevendo também a participação da referida população no Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Nacional da População em Situação de Rua.
O que diz a Prefeitura
Consultada por OT, a Prefeitura informou que o albergue municipal possui espaço para 54 pessoas, sendo 36 vagas masculinas, 12 femininas e 6 vagas no quarto da diversidade. Sobre o assunto, a administração municipal diz ainda: “As portas abrem às 19 horas, para pernoite, e as pessoas podem permanecer até às 7 horas do dia seguinte. Elas recebem material de higiene e uma refeição completa, além do café da manhã. Havendo necessidade, permanecem por mais tempo para atendimento de saúde. Há uma flexibilidade no tempo, baseada numa entrevista feita pela equipe de funcionários do albergue municipal”.
A respeito do ato realizado no dia 29, a prefeitura diz: “Durante o ato promovido, nesta quinta-feira, 29, pelo Movimento Nacional da População de Rua em frente à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o secretário Marcelo Bósio dirigiu-se ao grupo para ouvir suas reivindicações. Estavam reunidas cerca de 30 pessoas, sendo que de Canoas eram apenas 4. Naquele momento, a maioria dos manifestantes se afastou. Uma representante de Canoas questionou sobre a exoneração de uma funcionária da SMS. O secretário explicou que iria tratar de políticas públicas e não personalizar a conversa”. A administração municipal lembrou ainda que foi questionada recentemente por OT sobre o caso desta funcionária e concluiu a nota dizendo: “Novamente, a SMS afirma ao OT que as alterações realizadas tratam-se, tão somente, de processos de trabalho e de resultado de metas”.

Manifestação dos moradores de rua. Foto: Bruno Lara/OT

Manifestação dos moradores de rua. Foto: Bruno Lara/OT

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XVI Conferência Municipal da Assistência Social reúne comunidade e entidades em Canoas

Redação

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XVI Conferência Municipal da Assistência Social reúne comunidade e entidades em Canoas

Na quinta-feira, 14, a Associação Pestalozzi de Canoas foi palco da XVI Conferência Municipal da Assistência Social, que teve como tema “20 anos do SUAS: Construção, Proteção Social e Resistência”. O evento reuniu usuários, trabalhadores, entidades e gestores da política de assistência social, promovendo debates e a troca de experiências.

O objetivo, conforme a gestão municipal, foi fortalecer as ações de assistência social no município, com espaço para discussão sobre políticas públicas municipais, estaduais e nacionais. Para Edina Aparecida Alegro, presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, “estamos aqui num momento muito importante de fala para tratar de políticas ligadas à assistência social em todas as esferas”.

Participante do encontro, Paola Estalamartes, integrante da Associação das Senhoras das Campanhas dos Bebês, destacou a relevância do apoio recebido: “Somos gratos pelo apoio da Prefeitura e de instituições parceiras. Nosso foco é trabalhar o fortalecimento do vínculo familiar”.

Representando a gestão municipal, o secretário de Assistência Social, Márcio Freitas, reforçou o compromisso com a área: “Estamos participando deste grande evento com o comprometimento de manter e ampliar as políticas públicas de assistência social, voltadas especialmente para a população que mais precisa”.

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Canoas retoma acordo para regulamentar comércio indígena no Centro

Redação

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Canoas retoma acordo para regulamentar comércio indígena no Centro

O comércio indígena no Centro de Canoas passará por mudanças nos próximos meses. Representantes de quatro aldeias, do Ministério Público Federal (MPF), da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação (SMDEI) definiram a retomada do acordo firmado em 2019, que estabelece 12 pontos fixos para a comercialização de produtos.

O pacto original foi firmado após o Município relatar ao MPF a expansão das bancas indígenas, a venda de produtos industrializados e problemas de circulação de pedestres e veículos, especialmente na Rua Quinze de Janeiro. Na época, ficou determinado que, fora dos pontos autorizados, valeria a legislação municipal que proíbe o comércio transitório na área central.

Em vistoria realizada em julho deste ano, a SMDEI identificou 29 bancas ativas no Centro, número superior ao acordado. O levantamento motivou pedidos de providências de entidades empresariais e levou à retomada das negociações.

Com o novo entendimento, será mantido o limite de 12 bancas, que receberão placas e crachás de identificação para facilitar a fiscalização. Três boxes da Praça da Bíblia serão disponibilizados para depósito de materiais.

Segundo a SMDEI, a medida busca equilibrar a preservação do direito de comercialização dos povos indígenas com a organização do espaço público e o cumprimento da legislação municipal.

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Comunidade

Campanha do Agasalho 2025 de Canoas recebeu 28.340 peças e distribuiu 15.774

Redação

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Campanha do Agasalho 2025 de Canoas recebeu 28.340 peças e distribuiu 15.774

A Campanha do Agasalho deste ano em Canoas atingiu os quantitativos de 28.340 peças recebidas e 15.774 itens distribuídos. Nesta quarta-feira, 6, a ação ocorreu com parceria entre agentes da Defesa Civil do município e voluntários para estender solidariedade aos moradores do bairro Rio Branco.

Em uma busca cuidadosa, pilha após pilha, sem desdobrar nem desarrumar os itens separados sobre uma grande mesa, propiciou que a dona de casa Tânia de Jesus, 46 anos, encontrasse roupas para proteger seus quatro filhos, de 13, 11, 8 e dois anos de idade.

Conforme o secretário de Defesa Civil e Resiliência Climática de Canoas, Vanderlei Marcos, a ação é estratégica para fazer com que os bens doados pela comunidade cheguem efetivamente para quem precisa. “A parceria com lideranças e pessoas que são referências nas localidades é fundamental para ampliar o acesso daqueles que precisam dos agasalhos”, descreve o gestor.

Ao lado da parceira de voluntariado Celi Oliveira, Vera confirma que o elo se fortalece e a corrente de solidariedade estende sua proteção.

“Fazemos isso há dez anos. Abro minha casa para receber quem precisa da ajuda. Cada pessoa que sai daqui com uma roupinha para sua família faz valer o trabalho da gente”, define Vera.

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