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07/09/2024
 

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Opinião: Semana eletrizante na política

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bruno26022016

 

DIA DA MULHER

Uma pena que, em pleno o século XXI, ainda seja preciso de “dias” para discutir temas e buscar igualdades. Mas o dia das mulheres está aí. Muitos perguntaram minha opinião sobre a questão dos shortinhos do Colégio Anchieta. Elas deram aula aos professores. Isso é o que eu penso. Jovens de 13 a 17 anos que ensinaram a mulheres de 13 a 90 anos que a solução para o problema da objetização do corpo feminino não é escondê-lo, mas educar os homens que não controlam seus instintos medievais. Em tempos de Ana Paula, usar shortinho é realmente uma ameaça.

Vejam só, fui xingado de militante do PSOL. Afinal, usar shorts é coisa de meninas da esquerda comunista.

 

Manifestação pró-shorts em escola da capital levanta discussões nas redes sociais

 

CENTRO DAS ATENÇÕES

Assunto nas mesas de todo o país, não por participar de um programa querido pela audiência, mas por ser levemente insuportável, é Ana Paula. A recém eliminada do Big Brother Brasil. Desde suas manifestações preconceituosas e intolerantes que beiravam a demência, o que mais me surpreendeu foi a “profissão” da sister. Jornalista. Como acadêmico e postulante ao título sinto-me intimamente envergonhado. Imagino a reação dos já conceituados profissionais que, a cada vez que a palavra aparecia ao lado daquela que, na verdade, nunca exerceu a função na vida. Percebe-se, inclusive, nas ações e opiniões. Ao estapear o brother concorrente, Ana Paula deu dois tapas na cara de quem a apoiava. “Olha elaaaaaaa” fora da casa.

 

EPICENTRO DE UM PAÍS

Já está realmente chato ler, ver, ouvir falar de Lula no país. Desde a sexta-feira, 4, é só o que todos os meios de comunicação falam. Não acredito que se trate de uma grande conspiração midiática para derrubar a imagem do ex-presidente. Pelo contrário. Só o favoreceu e deu o combustível necessário para a reorganização interna do PT rumo às eleições que estão por vir. Mas fica chato para qualquer comunicador não se posicionar sobre o assunto.

Minha posição, portanto, é simples. O Brasil vive um momento político sem líderes, onde o nação se divide entre os que apoiam Lula e os que o odeiam. O que está no centro das discussões não é a economia, a segurança, a corrupção, a fome, a miséria, os shorts, os jovens com medo de tomar tiros na vila de Porto Alegre. O que está nas conversas de bar é: O Lula roubou?

O pior erro de Lula, que dizia que não poderia errar, foi acabar com a esperança que ele mesmo deu ao povo

Ele é o epicentro e atingi-lo não foi bom para a fraca e inexpressiva oposição brasileira. O ocorrido na última sexta-feira marcou o início da campanha eleitoral que pode levar Lula novamente à Presidência da República em 2018. Não entendo, apenas, por qual motivo o discurso é feito no Sindicato dos Bancários. Petistas não são contra os banqueiros? Em tempo, para mim, o destaque nessa operação toda é quem dá nome as operações da Polícia Federal. Você, se estiver lendo, saiba que é o (a) melhor!

 

Ex-presidente Lula. Foto: Agência Brasil

Ex-presidente Lula. Foto: Agência Brasil

 

 

LAVA JATO EM CANOAS

É importante e preciso ser cobrado do ex-presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal canoense Marco Maia, explicações sobre o citar de seu nome em uma delação premiada feita por alguém do alto escalão do partido dos trabalhadores. O senador Delcídio do Amaral, que disse que Maia chantageou executivos durante a CPI que foi relator, era nada mais, nada menos, que líder do governo no Senado Federal.

Marco Maia tem muitas explicações a dar sobre o que foi informado com exclusividade pela revista IstoÉ. Chantagear executivos das empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, principalmente enquanto relator de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, se comprovado, é grave e merece esclarecimentos não só para a Justiça, mas para seus eleitores, conterrâneos e para o povo em geral.

Marco Maia (PT) em ato na Praça do Avião de Canos em 25 de setembro de 2015 com o prefeito Jairo Jorge. Foto: Bruno Lara/OT

Marco Maia (PT) em ato na Praça do Avião de Canos em 25 de setembro de 2015 com o prefeito Jairo Jorge. Foto: Bruno Lara/OT

 

SAINDO DA BOLHA

Como não vivemos em uma bolha, sempre é bom dar uma passada pelo que acontece fora do Brasil. A disputa para a presidência nos Estados Unidos é o que mais tem atenção no mundo atualmente e está entre a democrata Hillary Clinton e o conservador Donald Trump. O favorito, mesmo que a disputa ainda esteja em fase preliminar, é Trump, milionário da extrema direita que quer construir um muro entre os EUA e o México. Se ele for eleito, concordo com ele. Com esse pensamento, os cidadãos mexicanos não precisarão conviver com Trump. Sorte deles.

Para entender melhor as eleições em todo o mundo, recomendo a série da Netflix House of Cards, que estreou sua quarta temporada na sexta-feira, 4. Uma ótima forma de se passar o final de semana.

 

BASTIDORES DA NOTÍCIA

A frase é do jornalista e amigo Júlio Fontes (autor da foto abaixo), a quem aproveito o espaço para agradecer o registro e a parceria de sempre. O entrevistado é Eracildo Linck. Político e empresário de Canoas. Sereno e sincero, Linck foi o primeiro personagem de um novo projeto de O Timoneiro. Espero que gostem. Está dando trabalho e sendo feito com carinho.

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Prefeitura disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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