Comunidade
Canoense com câncer de mama terminal sem luz desde o dia 15 de outubro
Na quinta-feira, 22, a AES Sul foi criticada na Câmara de Vereadores pelo serviço que presta ao município
Velocina Izair Ferreira, 55 anos, visitava o filho no dia do temporal que levou Canoas a decretar situação de emergência, 15 de outubro, quando um caminhão passou pela rua São Nicolau, no bairro Estância Velha e danificou os fios de sua residência. Cientes da demora para religar a energia, ligaram por diversas vezes, mas o temporal foi a desculpa para não realizarem os reparos.
No dia 20 de outubro, cinco dias após a queda dos fios, dois técnicos da empresa AES Sul foram até a casa. “Nós pensando que eles iriam ligar. Mas entraram no pátio e simplesmente levaram o relógio e disseram que meu poste estava condenado”, relata Izair.
A situação é ainda mais grave quando se trata de uma canoense que trata um câncer de mama terminal. “Eu disse para eles. Não posso ficar sem luz, estou tratando de um câncer. Como vou ficar em casa sem luz?”, questionou sem sucesso. A moradora do Estância Velha descobriu o nódulo em junho deste ano. “Dia 24 de agosto eu operei. Tirei um maligno. Semana passa foi no médico e descobriram outro tumor. Agora estou fazendo tratamento”, explica lembrando que a quimioterapia e a radioterapia são os próximos passos do tratamento.
A solução, segundo ela, é abdicar do conforto da casa e buscar alternativas como pode. “Eu to um pouco em cada casa. Não posso ficar na minha casa. To me sentindo deslocada”, uma das filhas, onde passa boa parte do tempo, é no bairro Rio Branco. Ir até lá é literalmente ter que atravessar a cidade. “Ás vezes ela tem que pagar táxi, pois não posso me movimentar muito”, lembra.
A campanha do Outubro Rosa foi bonita, gastou recursos, mas parece ter ficado nos desfiles no centro. Ela entrou em contato com a prefeitura, foi até a sede do poder Executivo municipal, mas nada resolveu. “Um passa para o outro, mas não dá em nada”, lamenta. Segundo ela, a troca que não obteve se quer um aviso prévio não pode ser mais importante que cuidar da saúde. “O dinheiro que eu estava juntando eu prefiro pagar o meu tratamento”, afirma referindo-se ao poste que, segundo ela consultou, custa em média R$ 800,00.
Câmara criticou
Não é a primeira vez que os parlamentares fazem uso da palavra no Plenário da Câmara dos Vereadores para criticar o atendimento prestado pela AES Sul no município. O assunto voltou a ser abordado na sessão desta quinta-feira, 22.
Em seu pronunciamento, o vereador José Carlos Patricio (PSD) defendeu maior rigor na fiscalização dos serviços prestados pela concessionária. “É preciso cobrar de forma mais rígida a responsabilidade da concessionária e o reajuste da tarifa deve estar acompanhado de retorno de investimento. A empresa tem mostrado falta de planejamento em suas ações”, sugeriu. Autor de Grande Expediente que contou com a participação de gestores da empresa, em setembro, o vereador Julio Barbosa (PP) reiterou que a empresa não respeita a administração pública e os moradores da cidade.
Governo do estado
não fala com AES Sul
A equipe de O Timoneiro entrou em contato com a assessoria de comunicação do governo do estado do Rio Grande do Sul. Com uma estrutura despreparada, inclusive atendendo ao telefone sem dizer o nome do órgão, respondeu que “a AES Sul é uma empresa privada e que não presta serviços pro governo do estado”. Questionados sobre um contato da empresa para que OT pudesse ouvir o lado da AES Sul, a Secretaria de Comunicação do Rio Grande do Sul disse não possuir contato com a empresa, apenas com a CEEE.
O que diz a Prefeitura
Em resposta, a Prefeitura de Canoas informou que a “SMSU avalia que o serviço da AES Sul é bom”. Sobre Izair, informou que “A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSU) questiona o verdadeiro motivo da falta de energia da munícipe em questão.”
Comunidade
Moradores que decidiram permanecer na Praia do Paquetá recebem auxílio da Defesa Civil

De acordo com a gestão municipal, desde a quinta-feira, 19, quando as águas começaram a subir na Praia do Paquetá, a comunidade local começou a receber suporte da Prefeitura de Canoas, com coordenação da Defesa Civil e contando com a ação integrada entre diversas secretarias.
Entre as ações voltadas a quem optou por permanecer no local, ocorreram entregas de cestas básicas e suporte com acolhimento a famílias atingidas, além de resgate de pets encontrados na região. Na localidade vivem 120 famílias, das quais 100 optaram por permanecer nas suas casas.
Para o secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos, a estratégia prioritária é antecipar o suporte humanitário, mitigando o impacto sobre a vida das pessoas. Além da entrega de ranchos completos, a Defesa Civil atuou no alerta sobre riscos e na oferta de transporte para quem necessitasse buscar segurança por decorrência da cheia.
Já o secretário da Assistência Social, Márcio Freitas, trabalhou na entrega de alimentos e comandou o serviço de abrigos públicos para desalojados. A secretária de Bem-estar Animal, Paula Lopes, liderou o resgate de bichinhos de estimação para castração e encaminhamento a tutores. As atividades prosseguirão ao longo do final de semana.
“A nossa comunidade vive da pesca e do turismo. Com o tempo adverso, não tem como pescar, nem tem pessoas para comprar nosso pescado. Esse alimento garante segurança para estes dias difíceis”, pontuou o presidente da Associação de Moradores e Pescadores da Praia de Paquetá, Paulo Denilto.
Moradora de Paquetá, Elisabete Saroba agradeceu o donativo que irá manter a família formada por sete pessoas, cujos adultos trabalham na pesca e na construção, pelas próximas semanas. A Defesa Civil mantém plantão na entrada do bairro para orientar e transportar pessoas para acolhimento. As demais áreas da cidade não apresentam mais zonas de alagamento.
Comunidade
Abrigo em Canoas acolhe 129 pessoas atingidas pelas fortes chuvas da madrugada

Na tarde desta quarta-feira, 18, a cidade de Canoas segue monitorando os impactos das fortes chuvas registradas na noite anterior. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Assistência Social, 129 pessoas seguem acolhidas no Ginásio São Luís, no bairro São Luís.
O abrigo emergencial foi estruturado para garantir acolhimento seguro e digno à população afetada. Além disso, 35 pessoas que estavam abrigadas já puderam retornar com segurança para suas residências no bairro Mathias Velho, uma das regiões mais atingidas.
A Prefeitura reforça que permanece mobilizada, por meio de suas equipes técnicas e voluntários, para oferecer suporte imediato às famílias em situação de vulnerabilidade durante este período de instabilidade climática. A estrutura no Ginásio São Luís conta com alimentação, espaço para higiene, roupas, colchões, atendimento ambulatorial e também acolhimento de animais de estimação.
Comunidade
Canoas lança Campanha do Agasalho 2025 com o tema “O seu roupeiro não sente frio”

Com o tema “O seu roupeiro não sente frio – desapegue do que você não usa mais e aqueça quem precisa”, a Campanha do Agasalho 2025 de Canoas foi lançada oficialmente na manhã de sábado, 14, durante a 3ª edição do evento Prefeitura na Tua Casa, na Praça Dona Mocinha, no bairro Niterói.
A iniciativa busca mobilizar a comunidade para a doação de roupas e cobertores, com foco no acolhimento das pessoas em situação de vulnerabilidade social e em situação de rua. Diante da antecipação das ondas de frio, antes mesmo do início oficial do inverno, a campanha ganha ainda mais relevância neste momento.
Neste ano, a ação contará com telebusca de doações, facilitando a entrega dos itens pela população, além de uma parceria com uma lavanderia industrial de Cachoeirinha, que garantirá a higienização das peças arrecadadas.
Coordenada pela Secretaria Municipal da Defesa Civil e Resiliência Climática, a campanha envolve a parceria das secretarias de Assistência Social, Segurança Pública, Desenvolvimento Econômico e Inovação e Cidadania, Mulher e Inclusão, integrando esforços para ampliar o alcance das ações.
O secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos, ressaltou o papel fundamental da população na construção de uma cidade mais solidária:
“Essa campanha é um esforço coletivo que depende do engajamento de toda a sociedade. Cada doação representa uma barreira contra o frio para quem não tem proteção. Nosso trabalho é garantir que esses itens cheguem com dignidade a quem mais precisa, e para isso, contamos com o espírito solidário dos canoenses.”
Durante o lançamento, o prefeito em exercício Rodrigo Busato destacou a importância da união da sociedade em torno da causa.
“A Campanha do Agasalho é mais do que uma ação de inverno, é um gesto de cuidado com quem mais precisa. Cada peça doada representa acolhimento e respeito. Nosso compromisso de governo é garantir que nenhum canoense enfrente o frio sem o mínimo necessário para se proteger”, afirmou Rodrigo Busato.
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