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14/08/2025
 

Comunidade

Canoense com câncer de mama terminal sem luz desde o dia 15 de outubro

Na quinta-feira, 22, a AES Sul foi criticada na Câmara de Vereadores pelo serviço que presta ao município

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Velocina Izair Ferreira, 55 anos, moradora do Estância Velha

Velocina Izair Ferreira, 55 anos, moradora do Estância Velha. Foto: Bruno Lara/OT

Velocina Izair Ferreira, 55 anos, visitava o filho no dia do temporal que levou Canoas a decretar situação de emergência, 15 de outubro, quando um caminhão passou pela rua São Nicolau, no bairro Estância Velha e danificou os fios de sua residência. Cientes da demora para religar a energia, ligaram por diversas vezes, mas o temporal foi a desculpa para não realizarem os reparos.
No dia 20 de outubro, cinco dias após a queda dos fios, dois técnicos da empresa AES Sul foram até a casa. “Nós pensando que eles iriam ligar. Mas entraram no pátio e simplesmente levaram o relógio e disseram que meu poste estava condenado”, relata Izair.
A situação é ainda mais grave quando se trata de uma canoense que trata um câncer de mama terminal. “Eu disse para eles. Não posso ficar sem luz, estou tratando de um câncer. Como vou ficar em casa sem luz?”, questionou sem sucesso. A moradora do Estância Velha descobriu o nódulo em junho deste ano. “Dia 24 de agosto eu operei. Tirei um maligno. Semana passa foi no médico e descobriram outro tumor. Agora estou fazendo tratamento”, explica lembrando que a quimioterapia e a radioterapia são os próximos passos do tratamento.
A solução, segundo ela, é abdicar do conforto da casa e buscar alternativas como pode. “Eu to um pouco em cada casa. Não posso ficar na minha casa. To me sentindo deslocada”, uma das filhas, onde passa boa parte do tempo, é no bairro Rio Branco. Ir até lá é literalmente ter que atravessar a cidade. “Ás vezes ela tem que pagar táxi, pois não posso me movimentar muito”, lembra.
A campanha do Outubro Rosa foi bonita, gastou recursos, mas parece ter ficado nos desfiles no centro. Ela entrou em contato com a prefeitura, foi até a sede do poder Executivo municipal, mas nada resolveu. “Um passa para o outro, mas não dá em nada”, lamenta. Segundo ela, a troca que não obteve se quer um aviso prévio não pode ser mais importante que cuidar da saúde. “O dinheiro que eu estava juntando eu prefiro pagar o meu tratamento”, afirma referindo-se ao poste que, segundo ela consultou, custa em média R$ 800,00.

Câmara criticou
Não é a primeira vez que os parlamentares fazem uso da palavra no Plenário da Câmara dos Vereadores para criticar o atendimento prestado pela AES Sul no município. O assunto voltou a ser abordado na sessão desta quinta-feira, 22.
Em seu pronunciamento, o vereador José Carlos Patricio (PSD) defendeu maior rigor na fiscalização dos serviços prestados pela concessionária. “É preciso cobrar de forma mais rígida a responsabilidade da concessionária e o reajuste da tarifa deve estar acompanhado de retorno de investimento. A empresa tem mostrado falta de planejamento em suas ações”, sugeriu. Autor de Grande Expediente que contou com a participação de gestores da empresa, em setembro, o vereador Julio Barbosa (PP) reiterou que a empresa não respeita a administração pública e os moradores da cidade.

Governo do estado
não fala com AES Sul
A equipe de O Timoneiro entrou em contato com a assessoria de comunicação do governo do estado do Rio Grande do Sul. Com uma estrutura despreparada, inclusive atendendo ao telefone sem dizer o nome do órgão, respondeu que “a AES Sul é uma empresa privada e que não presta serviços pro governo do estado”. Questionados sobre um contato da empresa para que OT pudesse ouvir o lado da AES Sul, a Secretaria de Comunicação do Rio Grande do Sul disse não possuir contato com a empresa, apenas com a CEEE.

O que diz a Prefeitura
Em resposta, a Prefeitura de Canoas informou que a “SMSU avalia que o serviço da AES Sul é bom”. Sobre Izair, informou que “A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSU) questiona o verdadeiro motivo da falta de energia da munícipe em questão.”

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Campanha do Agasalho 2025 de Canoas recebeu 28.340 peças e distribuiu 15.774

Redação

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Campanha do Agasalho 2025 de Canoas recebeu 28.340 peças e distribuiu 15.774

A Campanha do Agasalho deste ano em Canoas atingiu os quantitativos de 28.340 peças recebidas e 15.774 itens distribuídos. Nesta quarta-feira, 6, a ação ocorreu com parceria entre agentes da Defesa Civil do município e voluntários para estender solidariedade aos moradores do bairro Rio Branco.

Em uma busca cuidadosa, pilha após pilha, sem desdobrar nem desarrumar os itens separados sobre uma grande mesa, propiciou que a dona de casa Tânia de Jesus, 46 anos, encontrasse roupas para proteger seus quatro filhos, de 13, 11, 8 e dois anos de idade.

Conforme o secretário de Defesa Civil e Resiliência Climática de Canoas, Vanderlei Marcos, a ação é estratégica para fazer com que os bens doados pela comunidade cheguem efetivamente para quem precisa. “A parceria com lideranças e pessoas que são referências nas localidades é fundamental para ampliar o acesso daqueles que precisam dos agasalhos”, descreve o gestor.

Ao lado da parceira de voluntariado Celi Oliveira, Vera confirma que o elo se fortalece e a corrente de solidariedade estende sua proteção.

“Fazemos isso há dez anos. Abro minha casa para receber quem precisa da ajuda. Cada pessoa que sai daqui com uma roupinha para sua família faz valer o trabalho da gente”, define Vera.

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Novo lote do Programa Volta por Cima é pago a famílias atingidas pelas chuvas de junho

Redação

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Novo lote do Programa Volta por Cima é pago a famílias atingidas pelas chuvas de junho

O governo do Estado informou que pagou, na sexta-feira, 1, o sexto lote dos recursos previstos pelo Programa Volta por Cima para famílias vítimas das chuvas intensas e enchentes no Rio Grande do Sul no período de 14 a 20 de junho de 2025. O benefício foi creditado no Cartão Cidadão de 498 famílias de oito municípios.

O valor do lote soma R$ 996 mil em apoio financeiro por parte do Executivo, totalizando RS 4 milhões em repasses nesta edição do programa. Foram destinados R$ 2 mil para famílias desabrigadas ou desalojadas, de acordo com os seguintes critérios:

  • ter sido desabrigada ou desalojada em razão das chuvas intensas e enchentes ocorridas entre 14 e 20 de junho de 2025, conforme Decreto 58.235;
  • residir em município com Decreto de Situação de Emergência ou Calamidade Pública homologado pelo governo do Estado;
  • ter sido identificada como moradora de área atingida a partir de mapeamento realizado pelo governo estadual;
  • constar no Cadastro Único (CadÚnico) na condição de pobre ou extremamente pobre, com atualização nos últimos 12 meses.

Para saber se foram contemplados com o benefício nos lotes já pagos, os cidadãos podem fazer a consulta pelo número do CPF no site do Volta por Cima.

O mapeamento de áreas atingidas está em constante atualização. Assim, famílias que atendam aos requisitos do programa e residam na mesma cidade podem receber o benefício em lotes diferentes.

Programa integra o Plano Rio Grande

A ação integra o Plano Rio Grande, programa liderado pelo governador Eduardo Leite para reconstruir o Estado e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro.

A gestão do recurso do Volta por Cima compete à Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), com apoio da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG) e da Secretaria da Fazenda (Sefaz), além do Banrisul.

Identificação das famílias beneficiárias

Famílias desalojadas ou desabrigadas serão automaticamente identificadas com base no cruzamento de dados oficiais de domicílio com o mapeamento das áreas atingidas.

Estão sendo usados satélites com tecnologia SAR, que permite a observação mesmo em condições de pouca ou nenhuma luz e através de nuvens e chuva. O levantamento é conduzido pelo Departamento de Economia e Estatística da SPGG, com apoio das prefeituras.

Em casos excepcionais, em que não ocorra a inclusão automática dos beneficiários, a Sedes orientará os municípios para o cadastramento das famílias.

O pagamento

O valor do benefício é creditado no Cartão Cidadão da pessoa de referência de cada núcleo familiar. Podem utilizar o recurso, a partir de 1º de agosto, os beneficiários do sexto lote que já têm o Cartão Cidadão em mãos em função de outro programa do governo.

Aqueles beneficiários que não possuem o cartão terão o documento emitido automaticamente, podendo retirá-lo na agência do Banrisul designada na sua cidade a partir de 18 de agosto.

O prazo para retirada dos cartões com o valor do auxílio vai até 30 de novembro de 2025. Após essa data, os valores não resgatados retornarão aos cofres públicos.

Quem perdeu o cartão deve ligar para 0800-5412323 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, e aos sábados, das 8h às 14h) e solicitar a emissão da segunda via.

Transparência e controle 

Todas as informações sobre os repasses estão disponíveis no Portal da Transparência do Estado, e denúncias podem ser encaminhadas pela Central do Cidadão.

O programa

O Volta por Cima é fundamentado na Lei 15.977/2023, que autoriza a concessão de auxílios em situações de emergência ou calamidade pública. Desde sua criação, o programa tem desempenhado papel fundamental na assistência às vítimas dos eventos meteorológicos extremos.

Em 2023, o Volta por Cima beneficiou 23.533 famílias, com mais de R$ 37 milhões em repasses. Após as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024, a iniciativa atendeu mais de 100 mil famílias em situação de vulnerabilidade social, desalojadas ou desabrigadas, totalizando mais de R$ 250 milhões em recursos estaduais.

Municípios com beneficiários no 6º lote

  • Eldorado do Sul
  • Mata
  • Nova Santa Rita
  • Rio Pardo
  • São Pedro do Sul
  • São Vicente do Sul
  • Sapucaia do Sul
  • Triunfo
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Devolve ICMS paga R$ 76,4 milhões a 584 mil famílias na quinta-feira, 31

Redação

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Devolve ICMS paga R$ 76,4 milhões a 584 mil famílias nesta quinta-feira, 31

Famílias incluídas no programa Devolve ICMS recebem, na quinta-feira, 31, o pagamento referente ao segundo trimestre do ano. Serão repassados R$ 76,4 milhões para 584.138 grupos familiares inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal.

O valor é depositado no Cartão Cidadão dos titulares, que funciona como um cartão de débito e pode ser utilizado para compras em supermercados, farmácias e outros estabelecimentos comerciais. Ele é aceito em mais de 140 mil locais conveniados à Rede Vero, sem cobrança de taxa de manutenção.

Os cartões para os novos beneficiários que ingressaram nesta rodada poderão ser retirados a partir do dia 10 de setembro, já com a nova recarga.

O pagamento muda de família para família, pois é composto por duas parcelas depositadas na mesma data:

  • Parcela fixa: valor de R$ 100 pago para todos os beneficiários.
  • Parcela variável: valor que se altera conforme a renda declarada do CadÚnico e o volume de notas fiscais com CPF solicitadas pelo titular no trimestre de referência (neste caso, abril, maio e junho). Nesta rodada, são 265.317 famílias beneficiadas, somando R$ 18,1 milhões. O valor médio é de R$ 68,26.

Neste trimestre, 2.159 grupos familiares passaram a fazer parte do programa, e outros 1.884 reingressaram – estes poderão seguir usando os cartões antigos. Além disso, 4.330 deixaram de participar. Essas mudanças ocorrem conforme a entrada ou saída do CadÚnico – a apuração considerou o mês de abril de 2025.

A atualização do cadastro é essencial para que os cidadãos tenham acesso a políticas públicas construídas para sua faixa de renda.

O Devolve ICMS

Coordenado pela Secretaria da Fazenda (Sefaz), por meio da Receita Estadual, o Devolve ICMS é uma iniciativa de cashback que devolve parte do ICMS arrecadado pelo Estado a pessoas em situação de vulnerabilidade.

O programa de justiça social e tributária busca fazer com que o principal imposto estadualimpacte esse grupo de forma menos significativa, pois parte dele é devolvido. A maior parte do valor costuma ser usada para compra de alimentos e itens de primeira necessidade, além de medicamentos.

Quem tem direito

Têm direito ao benefício famílias inscritas no CadÚnico que recebam o benefício do Bolsa Família ou nas quais o titular familiar tenha algum dependente matriculado na rede estadual de Ensino Médio.

Todas as famílias possuem renda mensal de até três salários mínimos nacionais ou renda per capita por mês inferior a meio salário mínimo nacional, conforme dados do CadÚnico. Além disso, é necessário que o responsável familiar tenha domicílio no RS e mantenha o CPF ativo.

No  site do Devolve ICMS, é possível informar CPF e data de nascimento para saber se está incluído(a) no programa.

Dúvidas podem ser esclarecidas pela central do Devolve ICMS, que atende no telefone 0800 541 2323. O serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, e aos sábados, das 8h às 14h.

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