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27/06/2025
 

Comunidade

Coral de Canoas completa 50 anos de história, canto e alegrias

O coral público da cidade continua suas atividades, mesclando números e estilos variados sem deixar de lado sua trajetória

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O cocan apresenta-se todo fim de ano na Noite das Canções, que organiza há 45 anos. Foto: Divulgação.

O cocan apresenta-se todo fim de ano na Noite das Canções, que organiza há 45 anos. Foto: Divulgação.

Marcelo Griza

Em 13 de agosto de 2015, o Coral de Canoas (Cocan) completa 50 anos de atividade. Sua história é importante para a cidade pelo legado deixado para as décadas seguintes à de 1960. O Timoneiro, que completa o cinquentenário em 2016, estava também em seu começo de caminhada, e noticiava algumas das primeiras apresentações do grupo. Hoje, os ensaios ainda acontecem na sede da Associação dos Servidores Municipais de Canoas, a ASMC, e o Coral apresenta-se em jantares e eventos diversos da cidade.
Toda esta trajetória possivelmente não aconteceria sem Octavio Longhi. O professor aposentado, hoje com 88 anos, é o fundador e o regente que mais tempo permaneceu no Cocan, atuando também como dirigente e somando 40 anos de serviços prestados à entidade. Entre as vozes canoenses que já passaram pelo Coral estiveram muitos alunos de colégios como Marechal Rondon, Maria Auxiliadora e LaSalle, nos quais lecionou por décadas.

Octavio José Longhi ao lado da coleção de troféus e prêmios que o Cocan acumulou em 50 anos de história. Foto: Divulgação.

Octavio José Longhi ao lado da coleção de troféus e prêmios que o Cocan acumulou em 50 anos de história. Foto: Divulgação.

A história de Octavio, entretanto, começou antes. Natural de Santa Maria, na região central do Estado, veio para Canoas em 1960. Sua formação católica passa pelos seminários de sua terra natal, além de Salvador do Sul, Pareci Novo e São Leopoldo.
Regente do Coral da Igreja Pio X, no bairro Mathias Velho, Octavio teve a ideia de reunir os membros depois que o grupo se desfez, logo após o Concílio Vaticano II, em 1963. As recomendações do Concílio incluíam a maior participação do povo nas missas cantando, eliminando o uso dos corais nas igrejas católicas. Depois disso, apesar de unidos, ainda faltava um local para iniciarem os trabalhos. Aí entrou a figura do Cônego José Leão Hartmann, que até hoje dá nome à rua da Igreja São Luís Gonzaga: ele cedeu as dependências da paróquia para os reuniões e ensaios do Coral.
No final da década de 1960, a situação política enfraquecia grupos como o do Cocan: com apenas 8 membros em 1969, houve paralisação das apresentações, mas os ensaios mantiveram-se. Isso ocorreu até 1971, quando houve a primeira mudança de sede. Assim, os ensaios passam a ser feitos no Centro Educacional LaSalle.
Nesse meio tempo, em 1974, o Coral tornou-se uma entidade civil, passando a ser registrada com estatuto e diretoria. É o primeiro coral público da cidade. O primeiro presidente, eleito naquele mesmo ano, foi Vinício Cassiano.

Em 1978, foi a vez do terraço coberto da Casa Dick, que foi cedido gratuitamente pelo dono à época, Liberty Conter. De lá, nos anos 80, o Cocan voltou para a Paróquia São Luís, passando também pela Paróquia NsªSrª da Gorete. Finalmente, em 2013, o Coral obteve a permissão de utilizar salas da ASMC, na qual permanece até hoje.

“Primeiro a gente ainda fazia tudo em uníssono no canto”, lembra Octavio. “Mas, depois, começamos a botar mais de uma voz, porque para nós era uma novidade do fazer naquele momento.” O esforço de todos e o trabalho dedicado, de amor à música, fizeram com que o Coral adotasse o seguinte lema: “Povo que canta é povo feliz.”
Trabalhar dessa forma também trouxe muitos resultados práticos, representando uma série de posições nos quais o Cocan foi pioneiro. Além de se tornar o primeiro encontro de corais da região, em 1967, é o único coral do Estado com 50 anos de atuação ininterrupta. Foi também o primeiro de Canoas a se apresentar fora do país, em 1984, quando foi a Montevideo, capital do Uruguai – para onde voltou em 1994 para uma segunda apresentação em Santiago. “É a melhor lembrança que tenho dessas viagens com o Coral. No Uruguai eram encontros e apresentações com uma importância maior”, afirmou o fundador Octavio Longhi.
Em décadas passadas, sem ter fontes de arrecadação, o Cocan organizou eventos como o Festival do Kerb, que ocorreu anualmente entre 1973 e 1993. Mais tarde, o poder público passou a também fazer repasses. “Mas como tudo neste momento de crise, estamos nos virando neste momento”, afirma a atual presidente da entidade, Nilza Maria da Rosa Rembowski.
Hoje, o grupo, que conta com canoenses e membros de outras localidades, e regidos pelo maestro Luiz André da Silva, prepara-se para os eventos do final do ano. Já no próximo dia 21 de agosto, ocorrerá um jantar com apresentação especial no DTG Morada dos Guapos, localizado na ASMC. Da mesma forma, em 8 de novembro, ocorrerá a 45ª edição da Noite das Canções, um encontro de corais com a participação de outros grupos de dentro e fora do Estado.
Em 22 de novembro, ocorre o espetáculo especial “MisaCriolla”, com a canção-título como principal tração: a composição de Ariel Ramirez é a única obra musical argentina editada nos cinco continentes, e já foi gravada por astros como José Carreras e Mercedes Sosa. Por mim, no dia 6 de dezembro, o Cocan participa de mais uma edição do Sesi Catedrais, na Paróquia Santa Luzia.
Os interessados em participar do Coral de Canoas podem enviar e-mail para o endereço coraldecanoas@gmail.com ou acessar o site http://coraldecanoas-rs.blogspot.com.br/.

Foto: Divulgação

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Moradores que decidiram permanecer na Praia do Paquetá recebem auxílio da Defesa Civil

Redação

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Moradores que decidiram permanecer na Praia do Paquetá recebem auxílio da Defesa Civil

De acordo com a gestão municipal, desde a quinta-feira, 19, quando as águas começaram a subir na Praia do Paquetá, a comunidade local começou a receber suporte da Prefeitura de Canoas, com coordenação da Defesa Civil e contando com a ação integrada entre diversas secretarias.

Entre as ações voltadas a quem optou por permanecer no local, ocorreram entregas de cestas básicas e suporte com acolhimento a famílias atingidas, além de resgate de pets encontrados na região. Na localidade vivem 120 famílias, das quais 100 optaram por permanecer nas suas casas.

Para o secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos, a estratégia prioritária é antecipar o suporte humanitário, mitigando o impacto sobre a vida das pessoas. Além da entrega de ranchos completos, a Defesa Civil atuou no alerta sobre riscos e na oferta de transporte para quem necessitasse buscar segurança por decorrência da cheia.

Já o secretário da Assistência Social, Márcio Freitas, trabalhou na entrega de alimentos e comandou o serviço de abrigos públicos para desalojados. A secretária de Bem-estar Animal, Paula Lopes, liderou o resgate de bichinhos de estimação para castração e encaminhamento a tutores. As atividades prosseguirão ao longo do final de semana.

“A nossa comunidade vive da pesca e do turismo. Com o tempo adverso, não tem como pescar, nem tem pessoas para comprar nosso pescado. Esse alimento garante segurança para estes dias difíceis”, pontuou o presidente da Associação de Moradores e Pescadores da Praia de Paquetá, Paulo Denilto.

Moradora de Paquetá, Elisabete Saroba agradeceu o donativo que irá manter a família formada por sete pessoas, cujos adultos trabalham na pesca e na construção, pelas próximas semanas. A Defesa Civil mantém plantão na entrada do bairro para orientar e transportar pessoas para acolhimento. As demais áreas da cidade não apresentam mais zonas de alagamento.

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Abrigo em Canoas acolhe 129 pessoas atingidas pelas fortes chuvas da madrugada

Redação

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Abrigo em Canoas acolhe 129 pessoas atingidas pelas fortes chuvas da madrugada

Na tarde desta quarta-feira, 18, a cidade de Canoas segue monitorando os impactos das fortes chuvas registradas na noite anterior. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Assistência Social, 129 pessoas seguem acolhidas no Ginásio São Luís, no bairro São Luís.

O abrigo emergencial foi estruturado para garantir acolhimento seguro e digno à população afetada. Além disso, 35 pessoas que estavam abrigadas já puderam retornar com segurança para suas residências no bairro Mathias Velho, uma das regiões mais atingidas.

A Prefeitura reforça que permanece mobilizada, por meio de suas equipes técnicas e voluntários, para oferecer suporte imediato às famílias em situação de vulnerabilidade durante este período de instabilidade climática. A estrutura no Ginásio São Luís conta com alimentação, espaço para higiene, roupas, colchões, atendimento ambulatorial e também acolhimento de animais de estimação.

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Canoas lança Campanha do Agasalho 2025 com o tema “O seu roupeiro não sente frio”

Redação

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Canoas lança Campanha do Agasalho 2025 com o tema “O seu roupeiro não sente frio

Com o tema “O seu roupeiro não sente frio – desapegue do que você não usa mais e aqueça quem precisa”, a Campanha do Agasalho 2025 de Canoas foi lançada oficialmente na manhã de sábado, 14, durante a 3ª edição do evento Prefeitura na Tua Casa, na Praça Dona Mocinha, no bairro Niterói.

A iniciativa busca mobilizar a comunidade para a doação de roupas e cobertores, com foco no acolhimento das pessoas em situação de vulnerabilidade social e em situação de rua. Diante da antecipação das ondas de frio, antes mesmo do início oficial do inverno, a campanha ganha ainda mais relevância neste momento.

Neste ano, a ação contará com telebusca de doações, facilitando a entrega dos itens pela população, além de uma parceria com uma lavanderia industrial de Cachoeirinha, que garantirá a higienização das peças arrecadadas.

Coordenada pela Secretaria Municipal da Defesa Civil e Resiliência Climática, a campanha envolve a parceria das secretarias de Assistência Social, Segurança Pública, Desenvolvimento Econômico e Inovação e Cidadania, Mulher e Inclusão, integrando esforços para ampliar o alcance das ações.

O secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos, ressaltou o papel fundamental da população na construção de uma cidade mais solidária:

“Essa campanha é um esforço coletivo que depende do engajamento de toda a sociedade. Cada doação representa uma barreira contra o frio para quem não tem proteção. Nosso trabalho é garantir que esses itens cheguem com dignidade a quem mais precisa, e para isso, contamos com o espírito solidário dos canoenses.”

Durante o lançamento, o prefeito em exercício Rodrigo Busato destacou a importância da união da sociedade em torno da causa.

“A Campanha do Agasalho é mais do que uma ação de inverno, é um gesto de cuidado com quem mais precisa. Cada peça doada representa acolhimento e respeito. Nosso compromisso de governo é garantir que nenhum canoense enfrente o frio sem o mínimo necessário para se proteger”, afirmou Rodrigo Busato.

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