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22/11/2024
 

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Opinião: A segurança pública e o shortinho

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Zeca01032016

 

Historiadores afirmam que em todo começo de século ocorrem grandes mudanças na humanidade.  O inicio do século XX foi realmente bastante conturbado. Além de a Inglaterra vir a perder espaço para novas potências econômicas, a Primeira Guerra Mundial é vista como o grande acontecimento do século XX, pois põe fim a uma época sem conflitos na Europa (1871 a 1914). Este período é marcado pelo grande momento da burguesia, graças ao crescimento do capitalismo imperialista junto à exploração dos proletariados.  Lá se vão dezesseis anos do século XXI e ainda estamos tentando sanar erros do anterior, mas também não conseguimos visualizar, em longo prazo, um contexto favorável para o desenvolvimento humano.

Analisemos isto em um contexto mais regional, dentro de um país com uma democracia jovem – sim, jovem – que teve seu processo de amadurecimento e progresso interrompido por uma ditadura militar. Perderam-se ali quase 30 anos. Mas o que isso tem a ver com a segurança no nosso estado e, principalmente, na nossa Capital e área metropolitana? Tudo. Não podemos analisar uma questão de segurança pública apenas como uma questão regional, quando todo um país tem o mesmo problema, impulsionado principalmente pela disputa de poder político que é incapaz de elaborar um plano de segurança pública em longo prazo e muito menos uma transformação cultural.

O colunista e ativista Manoel Soares manifestou que se sentia triste por que a revolta das meninas que querem usar shortinho na escola repercutiu  mais do que o menino que mora em uma área de risco dizer que tem medo de levar tiro. Fica bom para postar nas redes sociais, mas temos que diferenciar os contextos para não cair na desonestidade intelectual. O medo do menino é um medo real, reforçado pela mídia que cria chamadas com uma música de suspense no fundo e coloca frases fora de contexto. O dever da mídia é de informar, de chamar a população para um debate honesto sobre o papel de cada um na redução da violência, que deixou de ser urbana e das grandes cidades para espalhar-se até pelas pequenas cidades do interior e na zona rural. Não há como pedir um maior controle na segurança pública se não houver envolvimento total da sociedade.

Já o protesto pelo uso do shortinho requer uma análise. Separada ou não, dependendo do interesse do interlocutor, já que muita gente tem isso como “falta do que fazer”, talvez por que todas as manifestantes fossem do sexo feminino, o que reforça ainda mais o protesto, pois, não há nada mais arcaico e atrasado dizer a uma mulher que protestar por um direito é falta do que fazer, mas o que mais surpreende que essa frase foi proferida, acreditem, pela maioria mulheres. Seria bom que todos que pensam assim assistirem o filme “As sufragistas”. A luta pela igualdade de gênero é, também, uma luta pela segurança. Uma luta para que uma forma de se vestir não desperte os desejos mais primitivos, não só no colégio, mas na rua, na balada ou em qualquer lugar que uma mulher deseje estar confortável.

Segurança pública se constrói com participação da sociedade como um todo, não se consegue erguendo muros e usando as redes sociais como desabafo, nem deixando nas mãos do Estado, muitas vezes incompetente, uma questão que é de interesse de todos.

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Canoas alerta sobre tentativa de golpe contra empreendedores

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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