ENCHENTE RS
Mais de 600 apenados são mobilizados em auxílio à população nas enchentes

Desde o início de maio, a Polícia Penal do RS tem colocado à disposição a mão de obra de pessoas privadas de liberdade para prestar auxílio à população atingida pelas enchentes.
Até a segunda-feira, 27, mais de 600 apenados de 47 estabelecimentos prisionais foram mobilizados para limpeza das cidades e fabricação de itens como camas, rodos, berços e casas para cães, entre outras atividades.
De acordo com o secretário de Sistemas Penal e Socioeducativo, Luiz Henrique Viana, as ações irão durar o tempo que for necessário para a reconstrução do Estado. “Assim como ocorreu nas cheias do ano passado, a Polícia Penal está focada em auxiliar nas demandas que surgirem, atuando em prol das comunidades e com foco no suporte aos atingidos”, pontuou.
Uma das frentes de trabalho dos apenados é na limpeza e no suporte ao descarregamento, à triagem, à organização e à distribuição de donativos. Esse tipo de atividade, coordenada por servidores penitenciários, conta com o apoio de pessoas privadas de liberdade dos institutos penais de Montenegro, Canoas, Miguel Dario e Patronato Lima Drummond; das penitenciárias de Venâncio Aires e Guaíba; e dos presídios de Santa Cruz do Sul, Lajeado, Arroio do Meio, Encantado, Sobradinho e Candelária.
Outra forma de auxílio é na limpeza na limpeza de ruas e prédios públicos de cidades. Taquara, Igrejinha, Parobé, Canoas, Nova Prata, São Francisco de Paula, Três Coroas, Santa Cruz do Sul, Lajeado, Arroio do Meio, Encantado, Sobradinho e Candelária têm recebido o suporte de apenados.
Além disso, 20 pessoas privadas de liberdade estão trabalhando, através de termos de cooperação com a SSPS, na limpeza das sedes administrativas da Polícia Penal, da 10ª Delegacia Penitenciária Regional e do Grupo de Ações Especiais, todas localizadas em Porto Alegre e atingidas pela enchente, além do Centro Administrativo de Contingência, onde estão funcionando, temporariamente, as secretarias estaduais.
Um dos itens mais demandados para a retirada do lodo dos espaços inundados é o rodo de madeira, ferramenta que facilita a limpeza de locais com grande concentração de lama. Atualmente, 11 estabelecimentos prisionais estão produzindo os rodos. Até o momento, 1,4 mil unidades já foram montadas por apenados.
Suporte à população em abrigos
Apenados dos presídios de Iraí e Canela iniciaram a produção de camas de madeira. A meta é chegar a 235. Parte delas já foi entregue a municípios atingidos.
Em Canela, há ainda a confecção de berços para bebês. Inicialmente, 20 unidades serão fabricadas. Além disso, no Presídio de Jaguarão, sete mil fraldas foram produzidas para serem doadas em Pelotas, Jaguarão, Canoas, Arroio do Meio e Rio Grande.
Nas penitenciárias de Canoas I, Ijuí, Osório e Caxias do Sul e nos presídios de Sarandi e Arroio do Meio, ocorre a produção de casinhas para cães, que são doadas a abrigos. Até o dia 27, 122 unidades foram construídas.
Além disso, em Osório, os apenados produzem caminhas para os animais com o tecido de roupas doadas que não estão em condições de uso. Os 50 itens confeccionados foram destinados a abrigos em Tramandaí e Porto Alegre.
Na Penitenciária Estadual de Porto Alegre, também há pessoas privadas de liberdade produzindo camas e roupas para pets que serão entregues a desabrigados. A previsão é que mais 50 unidades sejam doadas.
O Presídio Regional de Pelotas e a Penitenciária de Rio Grande estão fabricando roupas de cama, e os presos da 2ª Região Penitenciária atuam na costura de roupas para os desabrigados, em parceria com o curso de Moda da Universidade Franciscana, em Santa Maria. Apenados da 3ª Região Penitenciária também trabalham na produção de cobertores feitos de retalhos de roupas.
Com o apoio de doações da comunidade, houve também a produção de sete mil bolachas caseiras no Presídio de Lagoa Vermelha, que foram distribuídas às pessoas abrigadas no Ginásio Municipal e aos voluntários de Muçum em 16 de maio. Na Penitenciária Modulada de Osório, foi realizada a produção de 500 pães e 200 fatias de bolo para distribuição a pessoas que estão abrigadas em Tramandaí.
Ajuda a comunidades e instituições
Desde 11 de maio, a Penitenciária Estadual de Bento Gonçalves tem prestado serviços de lavanderia e higienização de roupas de cama e vestuário do Hospital de Roca Sales, quando necessário.
Para dar suporte às mães que perderam os enxovais na enchente, o Presídio de Júlio de Castilhos confeccionou e doou 22 bolsas e 22 necessaires para kits de maternidade da Associação dos Amigos do Hospital Universitário de Santa Maria.
“Temos diversas frentes de atuação, seja com os nossos servidores atuando no resgate de vítimas e no transporte de donativos, seja com a participação da mão de obra prisional na limpeza, na manutenção e na produção de itens que vão auxiliar as pessoas atingidas a enfrentar este momento tão doloroso”, afirmou o superintendente dos Serviços Penitenciários, Mateus Schwartz.
A Polícia Penal permanece mobilizada e atenta às demandas da população e dos municípios para prestar apoio nas atividades que podem ser realizadas com mão de obra de pessoas privadas de liberdade durante o período de recuperação do Rio Grande do Sul.
ENCHENTE RS
Nome de canoense é retirado da lista de óbitos e desaparecidos decorrentes da inundação de 2024

A Defesa Civil Estadual informa que a lista de danos humanos em decorrência da inundação de 2024 recebeu atualização.
Conforme o protocolo para confirmação de óbitos ajustado com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o Centro de Operações confirmou, a partir da perícia do Instituto Geral de Perícias (IGP) e da apuração da Polícia Civil (PC), a identificação de restos mortais por meio de exames de material genético, confirmando o óbito de ADRIANA MARIA DA SILVA, da cidade de Cruzeiro do Sul. Desta forma, seu nome foi retirado da lista oficial de desaparecidos do evento, e incluído na lista das pessoas com óbito confirmado.
O nome de ADRIANO SANDAOWSKI, da cidade de Canoas, foi retirado da lista de pessoas desaparecidas pela Polícia Civil pois, de acordo com registro realizado naquele órgão no final do mês de julho, familiares confirmaram que Adriano mudou-se para uma cidade em outro estado.
Dessa forma, o desastre de 2024 passa a contabilizar nos danos humanos 185 óbitos e 23 pessoas desaparecidas.
ENCHENTE RS
Cavalo Caramelo vira símbolo em estudo internacional sobre catástrofe no RS

Símbolo da resiliência do povo gaúcho na enchente de maio de 2024, o cavalo Caramelo virou símbolo em estudo internacional sobre catástrofe climática no Rio Grande do Sul. A pesquisa sobre os efeitos da crise ambiental nos municípios está sendo desenvolvida pela americana Carolina Marques de Mesquita, na Universidade Yale, em New Haven, Connecticut.
Filha de brasileiros, Carolina Marques de Mesquita, 27 anos, visitou o animal que foi adotado oficialmente pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), após ter sido resgatado de cima de um telhado de zinco, onde permaneceu por cinco dias ilhado pelas águas em Canoas.
“Achei o Rio Grande do Sul uma boa referência para o meu estudo. O Caramelo ficou conhecido mundialmente”, disse a estudante.
Formada em Ciências Políticas e Letras pela Universidade Estadual do Arizona e mestre em Relações Internacionais pela Universidade de Chicago, Carolina é doutoranda do terceiro ano no Departamento de Ciência Política de Yale. Sua pesquisa explora política ambiental, movimentos sociais e cultura política juvenil, com foco nos EUA e no Brasil.
“Tive interesse em ver como os municípios e os ativistas estão respondendo a essa crise ambiental, ainda mais depois da enchente. Estou numa fase preliminar do estudo. Pretendo voltar em janeiro para continuar as entrevistas”, explica.
O diretor de Relações Internacionais da Ulbra, Antônio Costa, recepcionou a doutoranda, apresentou a estrutura da Universidade e contou sobre o período em que a Ulbra se tornou o maior abrigo de atingidos por eventos climáticos da América Latina.
“Começamos acolhendo 200 pessoas e chegamos a 8 mil, além dos 3 mil animais. Voluntários e alunos de muitos cursos de graduação ajudaram. Foram 54 dias”, ressalta. O professor se colocou à disposição para dar apoio à pesquisadora e lembrou da importância da troca de conhecimentos entre as instituições de ensino.
“A Ulbra tem mais de 54 convênios de cooperação acadêmica com instituições de ensino de 20 países. Temos muitos alunos que vão fazer intercâmbio e estágios que possibilitam conexões e novos aprendizados”, ressaltou o diretor de Relações Internacionais da Ulbra.
Acolhimento no Hospital Veterinário
A história do cavalo Caramelo ganhou repercussão internacional, incluindo menções no New York Times, ABC News, El País, CNN Chile e The Guardian, entre outros. O resgate foi realizado em 9 de maio de 2024 por uma equipe que anestesiou o cavalo ainda no telhado, transportou-o em um bote e, posteriormente, o transferiu em um caminhão do Exército até Hospital Veterinário (HV) da Ulbra, que é referência no tratamento de animais de grande porte. Além de Caramelo, cerca de 1,5 mil animais receberam atendimento no HV da Ulbra, incluindo cães, gatos e equinos.
Quando chegou à Ulbra, Caramelo foi atendido pela equipe de veterinários da Universidade. O animal apresentava desidratação leve, exaustão física devido ao jejum prolongado, lesões cutâneas e um acentuado estado de desnutrição.
Caramelo apresentou completa recuperação após o resgate, fez exames, foi vacinado, ganhou cuidados odontológicos e a implantação de um microchip para identificação, garantindo a sua identidade e facilitando o controle e monitoramento de sua saúde.
Sua cronologia dentária aponta que o animal tem entre seis e oito anos de idade. Atualmente, Caramelo está saudável e engordou mais de 50 quilos desde que chegou à Ulbra, já pesando cerca de 400 quilos. Ele é mantido na fazenda-escola da Universidade, ao lado de outros animais de grande porte.
ENCHENTE RS
Prefeituras têm até sexta-feira, 25, para aderir ao programa Partiu Futuro Reconstrução

Encerra na sexta-feira, 25, o prazo para que prefeituras realizem a adesão à segunda edição do programa Partiu Futuro Reconstrução, ação do governo do Estado que prevê a contratação de 2.785 jovens aprendizes atingidos pelas enchentes de 2024. Ao todo, 103 municípios gaúchos que decretaram situação de calamidade ou fazem parte do programa RS Seguro podem ser beneficiados.
A previsão de investimento do programa é de R$ 99,5 milhões e ele tem como público jovens de 14 a 22 anos incompletos, inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) e em situação de vulnerabilidade social, como desabrigados ou desalojados e atingidos. Os selecionados atuarão como aprendizes em órgãos públicos estaduais e municipais, com direito a carteira assinada, bolsa-auxílio, vale-alimentação e acompanhamento educacional e psicossocial.
Intercâmbio cultural levará candidatos para a Espanha
A manifestação de interesse por parte das prefeituras precisa ser feita por meio de ofício, encaminhado para o e-mail partiufuturo@social.rs.gov.br, indicando o número de jovens que o município deseja atender. O edital foi publicado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) no dia 18/7.
Uma novidade desta edição é a oferta de vagas para intercâmbio cultural internacional, para jovens de Porto Alegre e de Canoas. Os candidatos poderão inscrever-se para concorrer a uma das cincos vagas, sendo três para a Capital e duas para Canoas, para uma viagem de sete dias a Barcelona e Valência, na Espanha. Eles serão selecionados com base no desempenho escolar e participação no programa.
Partiu Futuro Reconstrução
Lançado em 2024, o Partiu Futuro Reconstrução foi criado para dar suporte a jovens de 14 a 22 anos incompletos, atingidos pelas enchentes no Estado e inscritos no Cadastro Único (CadÚnico). Foram selecionados 1,5 mil jovens, entre estudantes e egressos da rede pública de ensino, que têm atuado como aprendizes em órgãos públicos municipais, estaduais ou federais.
Os jovens têm direito a carteira assinada, jornada de 20 horas semanais, bolsa-auxílio de R$ 894,52 e vale-alimentação de R$ 550. Além da experiência prática, eles têm acesso a aulas teóricas, acompanhamento psicológico, orientação jurídica, reforço escolar, telemedicina e seguro.
O programa é executado pela Demà Jovem by Renapsi, em Porto Alegre e Canoas, e pelo Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) nos outros 21 municípios abrangidos do interior do Estado.
A iniciativa faz parte do Plano Rio Grande, programa de Estado liderado pelo governador Eduardo Leite e criado para reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro.
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