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17/10/2024
 

Comunidade

GUAJUVIRAS 37 ANOS: Moradores lembram da luta pela moradia no surgimento do segundo maior bairro de Canoas

Redação

Publicado

em

Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

Nesta quarta-feira, 17, um dos maiores bairros de Canoas comemora 37 anos de existência. Em 17 de abril de 1987, começava a ocupação do que viria a se tornar o Guajuviras. Com 42.749 habitantes, é o segundo em termos de população na cidade. Mas para quem mora lá, vem em primeiro lugar.

Trajetória

A história do bairro é também uma história de lutas. Originalmente, o espaço do Guajuviras era chamado de Conjunto Habitacional Ildo Meneghetti. No local, construído pela Companhia de Habitação do Estado do Rio Grande do Sul (Cohab) haviam 5.974 unidades habitacionais, muitas delas abandonadas, e que foram ocupadas para formar o que inicialmente foi considerado uma invasão. A obra, que deveria ter 6.400 unidades, nunca foi finalizada pelo órgão estadual e, por isso, não havia sido entregue aos inscritos no programa de habitação popular. A Cohab chegou a tentar repassar as obras à Prefeitura de Canoas em 1984, sem sucesso.

Isso ocorria por conta da conjuntura econômica do país no período. Em 1987, o Brasil estava no período da hiperinflação, com mais de 250% ao ano após o fim do Plano Cruzado. Havia desabastecimento, e o preço dos alugueis se tornava demais para que muitos pudessem pagar.

Foto: Marcelo Grisa/OT

Espera e invasão

Herminio Farinha Vargas chegou no primeiro dia. Aquele 17 de abril era um domingo de Páscoa, e Farinha recebeu o aviso de que muitos estavam indo para lá. Ele e sua esposa, Otacília, foram até o local. “A gente nunca quis o direito de ganhar uma casa, mas o direito de pagar o preço justo por uma. Muitos, como nós, estávamos inscritos na Cohab”, diz.

Otacília explica que a situação se arrastava há anos. “Já tinha um tempo que o pessoal dizia que seria o ideal invadir. Eu passei um dia todo no sol, grávida, em frente à Praça do Avião, para me inscrever na Cohab, em 1982. Cinco anos depois e nada. Pior: algumas moradias já começavam a ser invadias por gente até de municípios vizinhos, que não estavam inscritas”, lamenta.

Maria Aparecida Flores estava no Guajuviras desde os primeiros dias da ocupação. Chegou com dois filhos. A filha mais velha e o marido não quiseram vir de Arambaré, onde morava. A nova vida começava com desafios extras. “O terreno onde hoje fica a igreja de Nossa Senhora Aparecida estava com uma cerca. Eu e mais umas 20 mulheres derrubamos. Precisávamos também de um espaço para a comunidade. Fizemos oficinas, forno coletivo para fazer pão, e conversávamos sobre as nossas vidas e nossos direitos”, recorda.

Ela lembra que, naquele momento de transição democrática do Brasil, ainda haviam resquícios da repressão dos anos da ditadura militar, que terminou oficialmente em 1985. “Antes de vir a Brigada Militar, mandaram o Exército para cercar o bairro. Ninguém entrava, ninguém saía. Fiquei dez dias sem comer por conta disso. Quando a ajuda chegou, eu tentei me alimentar e vomitei”, relata.

Foto: Marcelo Grisa/OT

Organização

Cida, como é conhecida no bairro, também fez parte da Comissão dos Setenta, o grupo que atuava nas negociações junto à Cohab. Ela aponta que a organização entre os moradores foi fundamental para garantir o direito à moradia. “Nós nunca fizemos nada debaixo dos panos. Tínhamos os líderes de cada quadra, que precisavam saber tudo que discutíamos em conjunto. Depois cada um precisava ir na sua quadra, chamar todo mundo e repassar”, explica.

Farinha, que também integrou o grupo, diz que o esforço precisava ser constante, com reuniões diárias. “Era difícil. Não tínhamos água, luz, nada. E a maioria de nós trabalhava. O encontro começava às 20 horas e terminava entre uma e duas da manhã. Mas valeu a pena”, observa.

Comunidade

Mais de 4 mil pessoas celebram o Dia das Crianças em Canoas em ação solidária do Instituto Combustível da Vida e Lance de Craque

Redação

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Mais de 4 mil pessoas celebram o Dia das Crianças em Canoas em ação solidária do Instituto Combustível da Vida e Lance de Craque

No sábado, 12, mais de 4 mil pessoas participaram de uma grande celebração do Dia das Crianças na Escola Estadual de Ensino Médio São Francisco de Assis, no bairro Mathias Velho, em Canoas.

O evento foi organizado pelo Instituto Combustível da Vida, entidade sem fins lucrativos da RodOil, em parceria com o projeto Lance de Craque, idealizado pelo ex-jogador de futebol Andrés D’Alessandro.

Mais de 4 mil pessoas celebram o Dia das Crianças em Canoas em ação solidária do Instituto Combustível da Vida e Lance de Craque

Ex-jogador de futebol D’Alessandro

Participação de 2 mil crianças

Cerca de 2 mil crianças participaram das atividades e tiveram a oportunidade de se divertir enquanto recebiam vales para doces, refrigerantes, água e picolés.

O evento foi possível graças ao apoio de 60 voluntários que se mobilizaram para atender às famílias presentes. A ação contou com uma série de atividades recreativas, incluindo brinquedos infláveis e jogos esportivos.

Além das atividades lúdicas, a solidariedade foi um dos destaques da ação. Foram distribuídos 2 mil kits de materiais escolares da Faber Castell, 2 mil kits de lanche e 120 conjuntos de móveis para famílias afetadas pelas recentes enchentes, as famílias agraciadas com os móveis serão divulgadas na próxima sexta-feira.

Ao todo, aproximadamente R$ 500 mil em produtos foram doados, impactando diretamente a comunidade local.

Roberto Tonietto, presidente da RodOil, reforçou que toda empresa deve ter um olhar atento para a parte social.

“É gratificante ver o impacto positivo que o Instituto Combustível da Vida tem alcançado. Essa ação no Dia das Crianças é um exemplo claro de como podemos unir forças com iniciativas como o Lance de Craque para fazer a diferença na vida de tantas famílias, especialmente em momentos de necessidade como o que Canoas enfrenta após as enchentes”, declarou.

O presidente também revelou que foram doados dois equipamentos de lava jato, um para a Escola São Francisco de Assis e outro para a Escola Tereza Francescutti.

O ídolo colorado D’Alessandro esteve presente e atendeu com fotos e autógrafos as crianças no evento.

Eu estou muito orgulhoso das pessoas de Canoas, a gente sabe que a Mathias Velho foi muito atingida, tem pessoas que ainda não conseguiram se reerguer, voltar para suas casas, pessoas que perderam coisas.Então eu queria parabenizar as pessoas de Canoas pela sua força de vontade. Vocês são um exemplo para nós”, finalizou o atual diretor colorado.

A ação é uma realização do Instituto Combustível da Vida, Lance de Craque e RodOil e contou com a parceria da Faber-Castell, Soprano, Grupo Zaffari, Brinox, OTC.doc, Sorvelândia, P&P Móveis em Madeira, San Rafael, Sesi-Senai, Jolimont, Transul, Docile, Anjo Tintas e Swan.

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Último dia para aposentados, pensionistas e pessoas com renda de até um salário mínimo solicitarem isenção de IPTU 

Redação

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Último dia para aposentados, pensionistas e pessoas com renda de até um salário mínimo solicitarem isenção de IPTU 

Aposentados, pensionistas e com renda até um salário mínimo podem solicitar a isenção do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e da Taxa de Coleta de Lixo (TCL). A medida é prevista no Artigo 86 da Lei Municipal 1.943/1979.

O prazo para protocolar o pedido de isenção é até 30 de setembro. Caso aprovado, o benefício abrangerá o IPTU e a TCL para os cinco anos subsequentes, iniciando-se no ano seguinte à solicitação.

Os interessados em obter essa isenção devem iniciar um processo administrativo denominado “Isenção de IPTU”.

Esse processo pode ser feito de forma digital, com o envio da documentação necessária por e-mail (atendimento.cidadao@canoas.rs.gov.br) ou pelo Portal da Fazenda, na opção “Isenção de IPTU ‘ Aposentado / Pensionista”.

Quem tem direito à isenção:

– Aposentados ou pensionistas com renda total de até três salários mínimos
– Aposentados por invalidez permanente, independentemente da renda
– Idosos ou beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC)
– Trabalhadores com renda de até um salário mínimo

Requisitos do imóvel:
– Ser o único imóvel do proprietário ou do cônjuge falecido
– O imóvel deve servir apenas como moradia, sem cadastro econômico no endereço (comércio, indústria, serviço)
– Valor venal do imóvel deve ser de no máximo 67.162 URMs (Unidade de Referência Municipal)
– Imóvel cadastrado como tipo predial (com construções)

Documentação obrigatória:
– Requerimento de Isenção assinado
– Documento de Identificação (RG ou CNH)
– Capa do carnê do IPTU ou Boletim de Cadastro Imobiliário (BCI)
– Comprovante de moradia (conta de água ou luz emitida nos últimos 3 meses)
– Certidão de único bem no município, emitida pelo Registro de Imóveis
– Certidão de casamento e atestado de óbito do cônjuge (se aplicável)
– Comprovante de renda (CNIS para rendas recebidas pelo INSS)

Documentação adicional para rendimentos de até um salário mínimo:
– Cópia dos três últimos comprovantes de renda do requerente e do cônjuge
– Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS)
– Carteira de Trabalho (identificação do trabalhador e último vínculo)

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Mutirão de Documentação para imigrantes em Canoas na próxima semana

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Mutirão de Documentação para imigrantes em Canoas na próxima semana

 

A Prefeitura de Canoas, por meio da Coordenadoria de Igualdade Racial, Povos Originários e Imigrantes, realiza, na próxima segunda, 29, e na terça-feira, 30, o Mutirão de Documentação para Imigrantes Atingidos pela Enchente.

A atividade ocorrerá no prédio anexo da Prefeitura (Rua 15 de Janeiro, 15 – térreo), das 8h às 17h.

O que precisa levar

Para entrar com o pedido dos documentos é necessário fazer o boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia e levar o comprovante de residência atualizado.

Se a pessoa tiver o Registro Nacional Migratório (RNM) ou cédula do país, também pode apresentá-los. Além disso, imigrantes que estão há pouco tempo no Brasil, sem documentação ou com documento vencido também serão atendidos.

 

 

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