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17/09/2025
 

Comunidade

Idosa luta por moradia e renda no Mathias

Eni da Silva Dias virou recicladora há oito anos para criar filho, neta e bisneta

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Eni da Silva Dias é recicladora no Mathias. Foto: Marcelo Grisa.

Eni da Silva Dias é recicladora no Mathias. Foto: Marcelo Grisa.

 

Por Marcelo Grisa

A catadora Eni da Silva Dias tem 76 anos e mora há 40 anos na divisa entre as ruas São Paulo e Curitiba, no bairro Mathias Velho. Sua luta diária em busca de materiais recicláveis acompanha outras, mas sua energia e a ajuda que recebe dos amigos e vizinhos lhe dão forças para continuar.

“Se fosse só do meu trabalho eu não vivia”, relata a idosa. Além da ameaça de despejo do terreno que ocupa, hoje propriedade da Prefeitura Municipal, ela enfrenta a diminuição dos benefícios de seu filho e de sua bisneta, além de abrigar a irmã e um sobrinho desalojados.

A recicladora revela que, no momento, seu maior desejo é reconstruir a cerca de sua casa, dando um espaço para que Alexandre possa aproveitar a parte externa da casa. A grade anterior foi derrubada pelas máquinas da prefeitura na derrubada das outras casas que ficavam no local.

Casa da Eni serve de abrigo para quatro pessoas. Foto: Marcelo Grisa.

Casa da Eni serve de abrigo para quatro pessoas. Foto: Marcelo Grisa.

A grande maioria dos moradores foi encaminhada para apartamentos do programa Minha Casa, Minha Vida. Entretanto, ela não quis sair do local pela falta de condições para acomodação do filho, Alexandre Luis Dias Moreno, de 40 anos. “Preciso de um espaço pra guardar os sacos que eu separo o lixo; preciso de três quartos, porque a doença exige que ele fique sozinho; e preciso de uma garantia que vai estar tudo pronto na hora de transferir ele de uma casa para outra” esmiúça.

Eni recebia valores para Alexandre até 2010 do governo, quando a idosa pediu revisão do benefício. O órgão cometeu um erro, e agora os remédios são comprados com apenas um terço de um salário mínimo. O valor do Bolsa Família de sua bisneta, por sua vez, foi diminuído de 112 para somente 35 reais com o ingresso dela na 1ª série do Ensino Fundamental.

Eni segue reciclando para conseguir sustentar o filho, mesmo que enfrentando um iminente despejo. Foto: Marcelo Grisa.

Eni segue reciclando para conseguir sustentar o filho, mesmo que enfrentando um iminente despejo. Foto: Marcelo Grisa.

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Comunidade

Programa de benefício de R$ 2 mil a famílias afetadas pelas chuvas de junho retoma cadastramento

Redação

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Programa de benefício de R$ 2 mil a famílias afetadas pelas chuvas de junho retoma cadastramento

O cadastramento para o programa Volta por Cima já está aberto em Canoas. A medida é voltada a famílias atingidas pelas chuvas e enchentes ocorridas entre 14 e 20 de junho de 2025 e segue até o dia 5 de setembro, nos CRAS Harmonia, Mathias Velho e Rio Branco, conforme o endereço de residência.

O benefício, no valor de R$ 2 mil em parcela única, é destinado a famílias em situação de vulnerabilidade social que atendam aos requisitos estabelecidos pelo Decreto Estadual 58.235/2025. O objetivo é garantir apoio financeiro emergencial às pessoas que não foram identificadas automaticamente pelo mapeamento do governo estadual.

Podem solicitar o benefício as famílias que:

  • Tenham sido desabrigadas ou desalojadas em razão das chuvas intensas e enchentes de junho de 2025;
  • Não tenham sido identificadas automaticamente pelo mapeamento do governo estadual;
  • Residam em município com decreto de situação de emergência ou calamidade pública homologado pelo Estado;
  • Estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) como pobres ou extremamente pobres, com atualização nos últimos 12 meses.

Segundo o secretário de Assistência Social, Márcio Freitas, o cadastramento representa uma oportunidade de reparação para as famílias que ainda não tinham sido contempladas,

“O programa busca assegurar que todas as pessoas em situação de maior vulnerabilidade, impactadas pelas chuvas de junho, recebam o benefício e possam enfrentar este momento com mais dignidade”, destacou.

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Comunidade

Governo do Estado paga mais de R$ 1,3 milhão do Programa Volta por Cima a famílias atingidas pelas chuvas de junho

Redação

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Programa de benefício de R$ 2 mil a famílias afetadas pelas chuvas de junho retoma cadastramento

O governo do Rio Grande do Sul realizou, nesta quarta-feira, 20, o pagamento de R$ 1,3 milhão em benefícios do Programa Volta por Cima para famílias afetadas pelas chuvas e enchentes registradas entre 14 e 20 de junho de 2025. Os valores foram creditados no Cartão Cidadão de 686 famílias de nove municípios, concluindo o sexto lote da iniciativa.

Com esse repasse, o programa já soma mais de R$ 5,3 milhões destinados a famílias em situação de vulnerabilidade. Cada núcleo familiar desalojado ou desabrigado recebeu R$ 2 mil, conforme critérios definidos em decreto estadual, que incluem comprovação de residência em áreas atingidas, cadastro atualizado no CadÚnico e reconhecimento da situação de emergência ou calamidade no município.

O benefício é gerido pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), com apoio da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), da Secretaria da Fazenda (Sefaz) e do Banrisul. Inicialmente, o governo havia destinado R$ 4 milhões ao programa, ampliados com um novo aporte de R$ 1,3 milhão.

As famílias contempladas foram identificadas por meio de mapeamento das áreas afetadas, realizado com imagens de satélite e cruzamento de dados oficiais, em parceria com prefeituras. Em casos excepcionais, municípios poderão cadastrar beneficiários não incluídos automaticamente.

O pagamento é feito pelo Cartão Cidadão. Quem já possui o documento pode acessar o recurso imediatamente. Para os novos beneficiários, o cartão estará disponível para retirada em agências do Banrisul a partir de 4 de setembro, com prazo até 30 de novembro. Valores não resgatados até essa data retornarão aos cofres públicos.

Todas as informações sobre os repasses estão disponíveis no Portal da Transparência do Estado. Denúncias podem ser encaminhadas pela Central do Cidadão.

Nesta etapa, foram contemplados moradores de Eldorado do Sul, Esteio, Mata, Nova Santa Rita, Restinga Sêca, Rio Pardo, São Vicente do Sul e Sapucaia do Sul e Triunfo.

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Comunidade

XVI Conferência Municipal da Assistência Social reúne comunidade e entidades em Canoas

Redação

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XVI Conferência Municipal da Assistência Social reúne comunidade e entidades em Canoas

Na quinta-feira, 14, a Associação Pestalozzi de Canoas foi palco da XVI Conferência Municipal da Assistência Social, que teve como tema “20 anos do SUAS: Construção, Proteção Social e Resistência”. O evento reuniu usuários, trabalhadores, entidades e gestores da política de assistência social, promovendo debates e a troca de experiências.

O objetivo, conforme a gestão municipal, foi fortalecer as ações de assistência social no município, com espaço para discussão sobre políticas públicas municipais, estaduais e nacionais. Para Edina Aparecida Alegro, presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, “estamos aqui num momento muito importante de fala para tratar de políticas ligadas à assistência social em todas as esferas”.

Participante do encontro, Paola Estalamartes, integrante da Associação das Senhoras das Campanhas dos Bebês, destacou a relevância do apoio recebido: “Somos gratos pelo apoio da Prefeitura e de instituições parceiras. Nosso foco é trabalhar o fortalecimento do vínculo familiar”.

Representando a gestão municipal, o secretário de Assistência Social, Márcio Freitas, reforçou o compromisso com a área: “Estamos participando deste grande evento com o comprometimento de manter e ampliar as políticas públicas de assistência social, voltadas especialmente para a população que mais precisa”.

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