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29/10/2025
 

Geral

23% das crianças e adolescentes dizem ter sofrido violência sexual na internet

Redação

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23% das crianças e adolescentes dizem ter sofrido violência sexual na internet

O Governo do Brasil apresentou o resumo executivo da etapa de pesquisa do projeto Diagnóstico da Violência Sexual Online – Crianças e Adolescentes. Produzido em parceria do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania com a Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o estudo revela que 23% das crianças e adolescentes entrevistados sofreram algum tipo de violência sexual online, entre 2022 e 2023.

O Diagnóstico registra ainda que 76% das crianças e adolescentes que são vitimizadas com esse tipo de violência são meninas. A ampla maioria dos predadores, 87%, ainda segundo o estudo, é composta por homens.

A proporção de crianças e adolescentes que afirmam ter sofrido algum tipo de ataque sexual na internet pode ser menor que o que de fato ocorre. Essa hipótese é reforçada por outro dado trazido pelo diagnóstico: 65% dos participantes de pesquisa internacional afirmam que, quando eram menores de idade e conversaram com adultos desconhecidos, experimentaram solicitação sexual por parte desses últimos.

Isso faz supor que falar de tal experiência é mais fácil quando a vítima atingiu a idade adulta, daí a maior percentagem de casos relatados.

Outro sinal de que crianças e adolescentes podem ocultar eventos de agressão sexual na internet é que a maior parte das denúncias desse tipo de violação são realizadas por terceiros (93,9%).

Novas e melhores leis

O estudo não pretende apenas revelar o quadro das violências sexuais praticadas na internet, mas também propor ferramentas para o enfrentamento e um guia de boas práticas.

Uma das conclusões do estudo aponta o óbvio: é preciso construir e aprovar legalmente legislação que regulamente as plataformas digitais e o uso delas.

O relatório preconiza a necessidade de “visibilizar, no sistema jurídico brasileiro, a responsabilização para provedores de serviços de internet, plataformas e afins, incluindo sobre a obrigatoriedade de denúncias, detecção e exclusão de conteúdos”.

Outro dado do relatório aponta um conjunto de 16 iniciativas nacionais de âmbito federal correlacionadas à violência sexual online contra crianças e adolescentes. Por outro lado, segundo o documento, “nos 26 estados e DF, não foram identificadas iniciativas estruturadas e visibilizadas sobre o tema”.

Ainda segundo o Diagnóstico produzido pelo MDHC e a PNUD, “as principais dificuldades para o enfrentamento à problemática seriam a falta de regulação e monitoramento efetivo das plataformas digitais e conteúdos hospedados, as condições socioeconômicas da população, apontadas como fatores de risco à produção e compartilhamento de imagens abusivas e o déficit de letramento digital das famílias para acompanhamento de crianças e adolescentes e delas próprias para a sua autoproteção”.

A base de dados da pesquisa inclui, entre as fontes, relatório do Disque 100, coordenado pelo MDHC. Entre  2022 e 2023,o Disque 100 registrou 6.364 denúncias relacionadas a violência sexual online contra crianças e adolescentes.

A iniciativa do MDHC tem o objetivo de avaliar a atuação do Brasil no enfrentamento da violência sexual em ambientes digitais, envolvendo sociedade civil, União, estados, municípios e Distrito Federal. Outra prioridade é promover ações de engajamento e capacitação de organizações governamentais e não-governamentais nessa pauta.

O estudo busca contribuir para o fortalecimento de políticas públicas e iniciativas privadas voltadas à proteção integral de crianças e adolescentes na internet. O diagnóstico mostra que, apesar dos avanços no marco legal e nas ações de prevenção, o Brasil ainda enfrenta graves desafios para proteger esse público no ambiente digital. Segundo o documento, a violência sexual online apresenta características próprias que exigem novos marcos regulatórios, respostas tecnológicas e estratégias de acolhimento específicas.

Entre os avanços mapeados, o levantamento destaca o papel da sociedade civil na prevenção e mobilização social. Ressalta, ainda, que em todos os setores é necessária atuação mais colaborativa.

A análise identificou lacunas a partir de seis domínios:

  • Políticas públicas e governança : com foco em proteção, reparação e/ou intervenção frente à violência sexual online.
  • Justiça criminal : reúne experiências voltadas ao sistema de justiça, incluindo acolhimento de denúncias, investigações, responsabilização de autores e apoio às vítimas e suas famílias.
  • Priorização da vítima : com foco em ações centradas no cuidado e proteção de crianças e adolescentes vítimas, bem como de seus familiares.
  • Responsabilidade da sociedade : inclui experiências promovidas por organizações da sociedade civil que contribuem para o enfrentamento da violência sexual online.
  • Responsabilidade do mundo corporativo : práticas desenvolvidas por empresas e instituições do setor privado no âmbito da responsabilidade social empresarial.
  • Atuação da mídia e comunicação : estratégias midiáticas e comunicacionais comprometidas com a ética e os direitos da infância e adolescência.

Parcerias

O projeto é coordenado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), por meio da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e execução da Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (FUNPEC).

A iniciativa integra o Projeto PNUD BRA/18/024 – “Fortalecimento da garantia do direito à vida e da redução da violência contra crianças e adolescentes no Brasil” e foi conduzido pelo Observatório da População Infantojuvenil em Contextos de Violência da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (OBIJUV/UFRN).

A coordenadora-geral de Enfrentamento às Violências da SNDCA, Célia Nahas, explicou que o estudo não se limita a mapear a violência sexual, mas ajuda a ampliar o olhar para outras violações no ambiente digital. “É preciso compreender que a internet, além de espaço de oportunidades, também pode ser um território de riscos. Crianças e adolescentes enfrentam situações de exploração, aliciamento, trabalho infantil e até incentivo à automutilação”, avaliou.

Banco de Boas Práticas

Também foi apresentado o Banco de Boas Práticas, plataforma que reúne experiências bem-sucedidas no enfrentamento à violência sexual online, selecionadas com base em critérios como efetividade, impacto, inovação e alinhamento com tratados internacionais de direitos humanos. O objetivo é compartilhar conhecimentos e fortalecer ações para proteger crianças e adolescentes nesse contexto.

Iniciativa conjunta da SNDCA, do PNUD e do OBIJUV/UFRN, a agenda foi promovida em conjunto pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), pela Comissão Intersetorial de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes (CIEVSCA) e pelo Comitê Interministerial de Proteção às Crianças e Adolescentes no Ambiente Digital.

Fonte: Agência Brasil

Policial

Governo do RJ confirma 121 mortos em megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha; 4 eram policiais

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Governo do RJ confirma 121 mortos em megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha; 4 eram policiais

O governo do Rio de Janeiro confirmou nesta quarta-feira, 29, que 121 pessoas morreram durante a megaoperação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da capital. Segundo o secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, entre as vítimas estão quatro policiais e 117 suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas. A ação é considerada a mais letal da história do estado.

Moradores da Penha afirmam ter encontrado dezenas de corpos em áreas de mata, que foram levados para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas. A Polícia Civil informou que 63 corpos foram localizados na região da Vacaria, na Serra da Misericórdia, local de intensos confrontos entre agentes e criminosos.

O número de mortos foi atualizado ao longo dos últimos dias. Na terça-feira (28), o governo havia informado 64 mortes. Já na manhã desta quarta, o governador Cláudio Castro (PL) confirmou 58 óbitos, sem explicar a divergência. Mais tarde, a cúpula da Segurança Pública consolidou o número em 121 mortos.

Durante entrevista coletiva, o governador classificou a operação como “um sucesso” e afirmou que apenas os quatro policiais mortos são “vítimas”. Ele destacou que os dados oficiais consideram apenas os corpos registrados no Instituto Médico-Legal (IML).

O secretário da Polícia Militar, Marcelo de Menezes, explicou que a estratégia da operação envolveu o cerco de criminosos na Serra da Misericórdia por meio de uma tática chamada “Muro do Bope”. Já o secretário de Segurança Pública, Victor Santos, disse que o “dano colateral” foi “muito pequeno”, mencionando quatro mortes de civis sem envolvimento com o crime.

Ao todo, 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar participaram da ação, que também resultou em 113 prisões — incluindo 33 suspeitos de outros estados, como Amazonas, Ceará, Pará e Pernambuco. A perícia vai apurar se os corpos encontrados pelos moradores têm relação direta com os confrontos da operação.

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Geral

BRDE recebe visita da cônsul-geral da França para tratar de iniciativas de sustentabilidade

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Juliana Roll/BRDE

Para reforçar as relações de parceria em favor de projetos de alto impacto ambiental na região Sul, a cônsul-geral da França em São Paulo, Alexandra Mias, esteve em visita oficial ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), na manhã desta quarta-feira, 24. O encontro faz parte de uma agenda que a representação diplomática terá ao longo do dia no Rio Grande do Sul, que incluiu audiência com o governador Eduardo Leite e secretários.

A cônsul-geral foi recebida pelo diretor-presidente do BRDE, Ranolfo Vieira Júnior; ao lado do diretor Financeiro do banco, João Paulo Kleinübing, e de Planejamento, Leonardo Busatto. Alexandra Mias estava acompanhada do diretor-adjunto para o Brasil da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), Léo Gaborit. Também estavam presentes a chefe de Equipe de Projetos de Desenvolvimento Urbano do Consulado da França, Mathilde Moulino, e a gerente de Projetos da AFD, Camila Leotti. Pelo BRDE, acompanharam ainda o o superintendente Financeiro, Gustavo Trombini; o coordenador de Responsabilidade Socioambiental, Fernando Laurent; o chefe interino do Departamento de Captações e Negócios Internacionais, Natan Hummes, e o chefe interino do Setor de Captação Internacional, Rafael Pereira.

Parceria

Iniciadas ainda em 2018, as relações bilaterais entre o BRDE e a Agência já somam mais de 340 milhões de euros. As operações têm como prioridade financiar projetos com foco na agricultura sustentável, geração de energias limpas e renováveis, uso racional e eficiente da água, gestão de resíduos e cidades inteligentes.
O contrato mais recente foi celebrado ainda em junho deste ano, no valor de 120 milhões de euros (cerca de R$ 770 milhões pela cotação atual), durante o Fórum Econômico Brasil-França, que aconteceu em Paris reunindo autoridades e líderes empresariais dos dois países. Além do presidente do BRDE, o ato contou com a presença do diretor-geral da AFD, Rémy Rioux.
As duas instituições também atuam em conjunto no projeto Aliaza Mais, iniciativa que tem por objetivo oportunizar assistência técnica, incentivos e financiamento de projetos produtivos que aliem maior produtividade para a agropecuária associado à conservação da biodiversidade do Bioma Pampa. Trata-se de parceria com Associação para Conservação das Aves do Brasil (SAVE Brasil)/Alianza del Pastizal) e que prevê investimentos de 7 milhões de euros (algo próximo de R$ 40 milhões pela cotação atual) em favor da conservação dos campos nativos do Pampa e, desta maneira, contribuir com os desafios das mudanças climáticas. Deste total, 2 milhões de euros têm origem em aporte do Fundo Francês para o Meio Ambiente Mundial (FFEM).

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Campanha de arrecadação de cabelos termina na quinta-feira, 30, em Canoas

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Encerra na próxima quinta-feira, 30, a campanha de arrecadação de mechas de cabelos, promovida pela Secretaria da Mulher, Cidadania e Inclusão (SMMC), por meio da Diretoria da Mulher. A iniciativa, intitulada Esperança em Cada Fio, é realizada em alusão ao Outubro Rosa, que reforça a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do apoio às mulheres que enfrentam o câncer de mama.

As doações podem ser feitas diretamente na sede da Secretaria, localizada na Rua Fioravante Milanez, 256, quinto andar, das 8h às 18 horas.  As mechas devem ter no mínimo 15 centímetros, estar bem amarradas e limpas antes da entrega. Até esta sexta-feira, 24, sete mechas já haviam sido arrecadadas. Elas serão entregues no dia 31 à Liga Feminina de Combate ao Câncer de Canoas, que fará a confecção das perucas para as mulheres em tratamento do câncer.

Para a secretária-adjunta Carmen Marin, a iniciativa busca resgatar a autoestima das mulheres em tratamento oncológico.

“O projeto é uma iniciativa de grande relevância social, que reforça o compromisso da Secretaria da Mulher, Cidadania e Inclusão com o acolhimento e a valorização das mulheres. A importância da doação de cabelos é o resgate da autoestima de pacientes, que perdem os fios devido ao tratamento, proporcionando esperança e bem-estar emocional durante a luta contra o câncer. O gesto simboliza a solidariedade, esperança e demonstra que, quando atuamos juntos, podemos transformar a vida de muitas mulheres”, diz.

Diretora da Diretoria da Mulher, Sara Amaral Ávila também destaca a importância da campanha.

“É algo que, com certeza, terá um significado para muitas mulheres que vão receber este cabelo, porque sabemos que é um momento muito difícil da fase do tratamento em que a maioria das mulheres perdem o seu cabelo, que é sua referência do cuidado, da beleza, do autocuidado. É uma forma de contribuirmos envolvendo a comunidade para amenizar um pouquinho a dor destas mulheres”, destaca.

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