Canoas 86 anos
EMEI Beija-flor apresenta exposição em homenagem a Canoas

Inspirada pelo aniversário de 86 anos de Canoas, a EMEI Beija-flor, do bairro Niterói, está com uma exposição temática que apresenta fotografias da cidade e cenários que reproduzem os principais pontos turísticos canoenses. As crianças da unidade de ensino participaram do processo de confecção dos trabalhos e até mesmo os pequenos do berçário também foram inseridos no universo criativo.
A diretora da EMEI Beija-flor, Mara Regina Morales, explica como a exposição foi pensada para prestar uma homenagem a cidade e mobilizar a comunidade escolar.
“A gente pensou essa exposição de uma maneira muito lúdica com as crianças, famílias, grupo de professores e com todos os funcionários da escola envolvidos em trazer os pontos turísticos de Canoas, de uma maneira lúdica, brincando e aprendendo”, disse.
Os trabalhos podem ser conferidos de perto pela comunidade até a próxima sexta-feira (27), data do aniversário de Canoas. A visitação na EMEF Beija-flor, que está localizada na Rua Santa Cruz, 154, pode ser feita das 9h30 às 16h.
A professora do Maternal 1, Karina Bengochea, explica como se deu o envolvimento de sua turma na confecção de um dos cenários.
“Nosso trabalho foi sobre a Praça do Avião. Trabalhamos de uma maneira mais lúdica e usamos historinhas para contar sobre o que nós temos em Canoas. Eles se envolveram bastante, especialmente por se tratar da praça que tem um avião. Algumas crianças já conheciam o local, os pais mandaram fotos e muitos participaram efetivamente da construção dos aviões menores”, disse ao lado das réplicas com materiais recicláveis fixadas em um dos ambientes.
Canoas 86 anos
Brava Gente Canoense: Uma cidade construída por histórias

No coração da Região Metropolitana de Porto Alegre, a apenas 14 km da capital, ergue-se Canoas — fundada oficialmente em 27 de junho de 1939, mas com raízes que remontam a séculos antes, quando tropeiros cruzavam essas terras e indígenas Tapes viviam às margens dos rios Gravataí, Sinos e Jacuí. A pequena estação férrea inaugurada em 1874, parte da linha São Leopoldo–Porto Alegre, foi o estopim de um povoado que cresceria e se transformaria em cidade.
Nome
O nome “Canoas” — herança das embarcações esculpidas na madeira local pelas margens — já dizia dos primeiros vínculos entre terra, trabalho e matéria-prima. Desde então, gerações inteiras escolheram Canoas como lar.
Essa gente veio não apenas de outras regiões do Rio Grande do Sul — como Gravataí, São Leopoldo, Uruguai e do interior gaúcho —, mas também de diversos países: Itália, Alemanha, Ucrânia, além de fluxos migratórios mais recentes do Haiti, Venezuela e outros. Cada história chegava com sonhos de moradia, esperanças de trabalho e futuro para seus filhos. Aqui, se erguiam casas, se abriam negócios, se formavam famílias — era nesse pedacinho de chão que muitos acreditavam poder recomeçar.
Geografia
A posição geográfica estratégica de Canoas — margeada pela BR-116, BR-386 e BR-448, com seis estações do Trensurb e a proximidade de Porto Alegre — fez da cidade um polo logístico natural. Aliou-se à vocação industrial — presente já nos anos 70 — e hoje ocupa a segunda economia do estado, com PIB superior a R\$ 16 bilhões, destaque em setores como gás, metalurgia, indústria e serviços. A refinaria da Petrobras (REFAP), centros como AGCO, Midea e a Base Aérea-FAB reforçam esse dinamismo.
Cheias e resiliência
Mas Canoas também conhece adversidades. Suas planícies são férteis, mas vulneráveis a cheias e enchentes; o clima subtropical favorece veranicos entre 23 °C e mais de 40 °C, assim como temporadas chuvosas intensas. Quando a água invade bairros como Mathias Velho, Niterói ou Rio Branco, transformando lares em abrigos improvisados, moradores se veem diante do desafio de reconstruir — e recomeçar.
É nesses momentos, porém, que o espírito canoense se revela: um povo que chorou, sim, mas que também se mobilizou. Vizinhos ajudaram vizinhos, voluntários deram as mãos, o comércio reabriu, as famílias se ergueram. Canoas não se rendeu ao medo — ela se afirmou na resiliência. Escolheu resistir. Escolheu seguir em frente.
Hoje, ao completar 86 anos de emancipação política, Canoas se orgulha de sua gente que escolhe ficar, que constrói o presente e acredita no futuro. Irradia força: escolas cheias, comércios pulsantes, parques e universidades (Ulbra, La Salle, IFRS) com protagonismo regional. São esses canoenses — trabalhadores, migrantes, jovens e idosos — que fazem desta cidade um lugar de pertencimento.
Brava Gente Canoense
“Brava Gente Canoense” é o título que ecoa como início do hino de Canoas, e resume nossa homenagem: mais do que tempo, é história; mais do que espaço, é território tecido por pessoas. Que celebram, com 86 anos, a coragem de morar, construir, resistir — e amar Canoas.
Canoas 86 anos
O trem, o avião e a cidade: conheça a história de Canoas

Legenda: Almoço comemorativo à emancipação de Canoas em 27 de junho de 1939, no Salão Paroquial da cidade. Foto: Arquivo Histórico Municipal/Divulgação/OT
Nesta sexta-feira, 27 de junho, Canoas completa 86 anos de emancipação política ainda em meio à maior crise de sua história. Entretanto, é necessário conhecer a história da cidade para pensar nas próximas décadas. Muitos indivíduos e organizações tornaram o munícipio uma realidade, e outras tantas possibilitaram o seu crescimento até os dias atuais.
Origens e nome
A primeira estação de trem, de madeira, foi inaugurada em 1874, há 150 anos, onde hoje fica a Av. Victor Barreto. O local era uma das estações de uma linha férrea anterior à Trensurb. Essa linha chegou a ser usada no caminho entre Porto Alegre e cidades como Caxias do Sul e Uruguaiana, na Fronteira Oeste do Estado.
À época, o território canoense e de outras cidades da Região Metropolitana era a Fazenda Gravataí. Sua sede ficava onde hoje é o bairro Estância Velha. O povoamento foi ideia do Coronel Vicente Ferrer da Silva Freire, marido de Rafaela Pinto Bandeira, uma das herdeiras daquelas terras.
Os trabalhadores aproveitavam as toras derrubadas na construção para fazer canoas, necessárias para a travessia dos córregos e arroios da região. Por isso, a vila que cresceu em volta da estação passou a se chamar Capão das Canoas. Era, na época, ponto de veraneio das famílias de Porto Alegre.
Ao longo das décadas, o território, então pertencente a Gravataí, foi se expandindo. Em 1908, os irmãos lassalistas chegaram à cidade e fundaram o que viria a se tornar, atualmente, a Unilasalle, que fica hoje em frente à antiga estação de trem.
A autonomia religiosa pela Igreja Católica foi o primeiro de uma série de movimentos que viria a culminar na emancipação política.
Década de 1930 e a emancipação

Trabalhadores constroem via férrea em Canoas
Em 1934, há 90 anos, o atual prédio da estação férrea passava a funcionar. O local hoje abriga um espaço para encontros, ensaios e apresentações de grupos culturais.
Três anos depois, em 1937, instalava-se o 3º Regimento de Aviação Militar (RAV). A ocupação pela Aeronáutica colocava o local como uma base aérea estratégica próximo da capital. Isso viria a ser provado em várias ocasiões, tais como a enchente de 2024, com o local sendo usado como aeroporto na impossibilidade de uso do Salgado Filho, em Porto Alegre.
Depois disso, em 1938, Canoas é elevada à condição de vila pelo governo do Estado. Esse movimento foi encabeçado pelo médico Victor Hugo Ludwig, que levou à Porto Alegre uma carta, ainda no ano anterior, expondo os motivos para a emancipação.
Canoas se tornaria uma cidade de fato apenas um ano depois, em 27 de junho de 1939. O primeiro prefeito, apontado pelo interventor federal no Estado, o general Flores da Cunha, foi Edgar Braga da Fontoura, em 15 de janeiro de 1940.
A pessoa que passou mais tempo como prefeito de Canoas foi Hugo Simões Lagranha. Além de ter sido eleito para três mandatos, também foi nomeado em duas oportunidades, somando 18 anos no comando do Executivo municipal. O Museu Histórico Municipal, inaugurado por ele em 1990, mais tarde passaria a levar seu nome.
Desenvolvimento
O que começou como um ponto de veraneio passou a se expandir de forma ainda mais rápida após a emancipação. Na década de 1970, o município teve ampla expansão populacional, e hoje é o terceiro maior do RS, com 347.657 habitantes, atrás apenas de Caxias do Sul e da capital.
Canoas também tem forte presença da indústria ao longo dos anos. A construção da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) pela Petrobrás incluiu a cidade no polo petroquímico estadual, atraindo outras empresas.
O município também conta com sedes de grandes empresas de máquinas e implementos agrícolas, por exemplo. Essas e outras empresas, junto com os setores de serviço e comércios da cidade, fizeram dela o terceiro maior PIB do Estado.
Segundo dados relativos a 2021, Canoas tem um Produto Interno Bruto de cerca de R$ 21,99 bilhões, o 56º maior resultado do país. A cidade produz R$ 63.267,42 por habitante, o chamado PIB per capita.
Canoas 86 anos
Semana de Canoas é marcada por atividades e início de obras de unidades de saúde

Próximo do aniversário de Canoas, a gestão municipal anunciou uma série de atividades em diversos setores da sociedade. Na semana anterior, no dia 17, foi assinada a ordem de início das obras da nova Unidade de Saúde Rio Branco, que atenderá a população de diversos bairros, incluindo Rio Branco, São José e São Luiz. A previsão é que a obra seja concluída no segundo semestre de 2024.
De acordo com a administração do município, a nova unidade será equipada com modernas instalações e contará com consultórios médicos, salas de exames e vacinação. Com a construção dessa unidade, a Prefeitura busca ampliar a oferta de serviços de saúde e melhorar o atendimento à população, que, atualmente, enfrenta uma alta demanda pelos serviços médicos. A expectativa é que a nova unidade beneficie milhares de moradores da região, oferecendo um atendimento mais próximo e eficaz.
Unidade de Saúde Estância Velha
Em paralelo, nesta semana, na segunda-feira, 23, a Prefeitura também deu início às obras para a construção da nova Unidade de Saúde Estância Velha. Conforme a administração da cidade, o projeto visa melhorar o atendimento médico à população daquela região, que sofre com a falta de infraestrutura adequada para serviços de saúde.
A nova unidade contará com ambulatórios, salas de atendimento e demais infraestrutura necessária para garantir a qualidade no atendimento dos moradores. As obras estão previstas para serem concluídas no final de 2024, com o objetivo de garantir um espaço mais moderno e acessível para os cidadãos de Estância Velha e bairros adjacentes.
Programa “Conquiste Seu Espaço”
Entre os projetos apresentados no últimos dias está a terceira edição do programa “Conquiste Seu Espaço”, realizado no Calçadão de Canoas na quarta-feira, 25. O evento reuniu uma grande quantidade de pessoas e microempresários que tiveram a chance de expor e comercializar seus produtos.
De acordo com informações dos organizadores, o “Conquiste Seu Espaço” visa promover a inclusão social e econômica dos empreendedores locais, dando visibilidade aos pequenos negócios e incentivando o comércio na região. Com o sucesso das edições anteriores, a Prefeitura de Canoas já planeja novas edições para os próximos anos, expandindo o alcance do programa e beneficiando cada vez mais cidadãos.
19ª Caravana de Empregos
Também na quarta-feira, 25, Canoas recebeu a 19ª edição da Caravana de Empregos. Desta vez, a ação aconteceu no bairro Igara, proporcionando aos moradores da região o acesso a vagas de emprego oferecidas por empresas de diversos setores.
A Caravana de Empregos já é um evento tradicional da cidade, sendo responsável por conectar empresas e trabalhadores, além de oferecer orientação e qualificação profissional. A edição de novembro foi marcada pelo grande número de participantes, que puderam se candidatar a vagas de emprego e obter informações sobre cursos de capacitação profissional.
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