A Prefeitura de Canoas anunciou nesta segunda-feira, 14, que lançará, nas próximas semanas, um novo cadastro para inscrição em programas de moradias populares. De acordo com a atual gestão, o objetivo é atualizar a dimensão da demanda por habitação na cidade, a qual foi acentuada após os danos provocados pela tragédia climática de 2024.

Em etapa posterior, tanto as pessoas que tiveram suas casas destruídas, quanto o público em geral, poderão inscrever-se para concorrer aos imóveis disponibilizados pelos programas administrados pela Prefeitura. Para participar dos programas de caráter social, é imprescindível estar com o Cadastro Único do governo federal (CadÚnico) atualizado.

Os programas atualmente contam com cerca de 3,4 mil imóveis, com potencial de ampliação no decorrer do cadastro. As inscrições ocorrerão prioritariamente por formulário on-line, cuja forma de acesso será divulgada pela Prefeitura. A data de início das inscrições também será divulgada nos canais oficiais da administração municipal.

Segundo o secretário de Habitação e Regularização Fundiária, Fabiano Siqueira, o último cadastramento havia ocorrido em 2018 e já não demonstra a dimensão do passivo habitacional da cidade.

“Além de realocar as famílias que perderam suas casas, este grande movimento irá mostrar com mais precisão quantos canoenses estão a procura da moradia própria através de programas sociais. Desta forma, desenvolver projetos e buscar financiamentos e parcerias”, define Siqueira.

A Prefeitura de Canoas, a União e a construtora Alea assinaram, na quinta-feira, 10, a autorização para contratar a construção de 1,5 mil casas novas em Canoas. O projeto, o qual integra ações do programa Minha Casa, Minha Vida – Reconstrução, tem investimento de R$ 300 milhões financiados pela Caixa Econômica Federal (CEF).

As moradias serão destinadas aos canoenses que tiveram suas casas destruídas pela enchente do ano passado. É o maior empreendimento na nova fase do programa Minha Casa, Minha Vida na atualidade no Brasil.

Durante a cerimônia ocorrida pela manhã, no Auditório Sady Schivitz, com a presença de autoridades públicas e representações da sociedade, o prefeito Airton Souza expressou alegria pela magnitude do projeto, que representará, segundo ele, um importante passo na direção da recuperação de Canoas após a calamidade que assolou a cidade em 2024.

O projeto denominado Casapatio, formado integralmente por casas com pátio privativo, será edificado no bairro Brigadeira, em área de 50 hectares localizada aos fundos da Refinaria Alberto Pasqualini.

A obra ocorrerá sob metodologia construtiva inovadora, pela qual as moradias são compostas por blocos pré-moldados. Segundo o secretário de Habitação do Ministério das Cidades, Augusto Rabelo, a magnitude do projeto e do investimento é notável, pois a atual configuração dos projetos orbita em torno das 200 unidades habitacionais.

O vice-prefeito Rodrigo Busato exaltou a existência de um ambiente de diálogo entre os governos e as instituições pela reestruturação do município.

“O olhar de todos é por Canoas, independentemente de partido ou ideologia. Ficamos gratos pela união, pelo interesse no bem comum, em seis meses de muitos desafios, muita vontade e muito trabalho”, definiu.

Compra assistida

Na cerimônia, aconteceu a entrega simbólica de chaves a cinco famílias contempladas com moradias pelo programa Compra Assistida, outra frente de apoio à recuperação após a tragédia climática de 2024.

Canoas está entre as cidades gaúchas beneficiadas com a assinatura de contratos e início das obras de moradias por meio do Minha Casa, Minha Vida. Em passagem pelo Rio Grande do Sul, o Ministro das Cidades, Jader Filho, assinou os documentos durante uma cerimônia em Porto Alegre, na quarta-feira. 30, na Secretaria para Apoio à Reconstrução.