Meio Ambiente
Relatório do MapBiomas aponta queda de 42% no desmatamento do bioma Pampa em 2024

O último relatório divulgado pelo MapBiomas com o balanço do desmatamento de todos os biomas brasileiros no ano de 2024 trouxe uma boa notícia para o Rio Grande do Sul. O bioma Pampa, que no Brasil é exclusivo do Estado, teve uma queda de 42% no desmatamento. O bioma aparece com a menor área de desmatamento do relatório: 0,1% do total, ou 896 hectares, segundo o Relatório Anual do Desmatamento no Brasil (RAD), divulgado em 15 de maio.
“O Rio Grande do Sul vem implementando uma série de ações voltadas à preservação do bioma Pampa, que ocupa 68% do território do Estado. Uma das medidas foi a inclusão do Pampa como bioma no novo Código Estadual do Meio Ambiente. Também houve a migração do Cadastro Ambiental Rural para a plataforma federal e o acordo judicial que trouxe consensos relativos às tipologias existentes no Pampa. Temos a convicção de que a preservação das espécies nativas presentes no pampa gaúcho estarão cada vez mais protegidas”, informou a titular da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Marjorie Kauffmann.
De acordo com o RAD, todos os biomas brasileiros tiveram redução na área desmatada em 2024. A exceção foi o bioma Mata Atlântica, que se manteve estável com relação a 2023. De acordo com o MapBiomas, os resultados apontados neste bioma foram influenciados pelos eventos meteorológicos extremos que atingiram o Rio Grande do Sul entre abril e maio do ano passado. Caso esses eventos não tivessem ocorrido, o bioma teria registrado uma redução de pelo menos 20% na área afetada em relação ao ano anterior.
A perda de vegetação atribuída aos deslizamentos de terras na enchente histórica também foi registrada no relatório desenvolvido pelo SOS Mata Atlântica, divulgado neste mês de maio. De acordo com o estudo, os eventos classificados como “desastres naturais” responderam pela maior parte dos 3.307 hectares desmatados no ano.
Outras iniciativas
- Corredores Ecológicos
Esses corredores promovem a conservação da biodiversidade por meio de estratégias de gestão territorial que mantêm ou recuperam processos ecológicos, conectando áreas protegidas e facilitando a dispersão de espécies, além da recolonização de áreas degradadas. A Sema tem trabalhado na implementação do Corredor Ecológico da Quarta Colônia, que conecta os biomas Pampa e Mata Atlântica.
- Rota dos Butiazais
Esse é um acordo de cooperação técnica entre a Sema e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que prevê ações de pesquisa, extensão rural e normatização do uso sustentável de espécies de butiá, fruto nativo do bioma Pampa. A rota conecta pessoas em prol da conservação e uso consciente da biodiversidade nas áreas de ocorrência dos butiazais no Brasil, Uruguai e Argentina.
- Trilhas de Longo Curso
Essa iniciativa visa promover experiências turísticas, incentivar a cultura, o esporte e o lazer, além de gerar renda e trabalho para as comunidades locais. Atualmente, o Rio Grande do Sul conta com 12 Trilhas de Longo Curso implementadas e lançou, em 2024, o decreto que institui o Programa Estadual de Trilhas de Longo Curso, que busca ampliar as experiências positivas do contato dos visitantes com o ambiente natural.
- Certificação Ambiental para Extrativismo Sustentável
A Sema emite certificações para aqueles que possuem áreas de flora nativa e desejam extrair ou coletar produtos e subprodutos, como frutos, folhas, sementes e óleos essenciais, respeitando os limites da legislação atual e praticando métodos sustentáveis. Essa certificação aproxima o órgão ambiental das ações no campo e ajuda a monitorar o impacto das atividades humanas na natureza.
- Cadastro Ambiental Rural (CAR)
É um registro eletrônico de informações ambientais, obrigatório para todos os imóveis rurais. A ferramenta do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR) promove a identificação e integração das informações das propriedades, contribuindo para o planejamento ambiental, monitoramento, combate ao desmatamento e regularização ambiental.
- Reposição Florestal Obrigatória (RFO)
Medida legal para atenuar, compensar ou reparar impactos ambientais causados pelo corte de árvores nativas, buscando a recuperação de áreas degradadas. A Sema é responsável por analisar e emitir pareceres técnicos para os projetos de RFO, que no bioma Pampa envolvem o manejo conservacionista dos campos nativos, estratégias para a reintrodução de espécies ameaçadas e a erradicação de espécies exóticas invasoras.
- Estratégia Nacional para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (GEF – Pró-espécies)
Esse projeto, desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente e executado pela Sema, visa mitigar impactos sobre espécies ameaçadas que não estão em áreas protegidas nem contempladas pelos Planos de Ação Nacional (PAN). Por meio do GEF – Pró-Espécies, são promovidas ações para combater a caça, pesca e extração ilegal de espécies silvestres.
- Programa Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa do Estado do Rio Grande do Sul (Proveg-RS)
Tem como objetivo promover, integrar e articular políticas e ações que induzam à restauração e conservação da vegetação nativa no Estado. O Proveg-RS contribui para a conservação dos ambientes nativos e a recuperação de áreas degradadas, preservando a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos.
- Campos do Sul
Visa garantir a conservação dos campos nativos dos biomas Pampa e Mata Atlântica. Por intermédio da oferta de assistência técnica especializada, o Campos do Sul incentiva proprietários rurais a adotarem boas práticas ambientais e de manejo, assegurando a proteção dos serviços funcionais e ecossistêmicos dos ambientes campestres e sua diversidade biológica.
- Implementação de Planos de Ação Territoriais para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (PATs)
Essa iniciativa, adotada em nível nacional, visa definir estratégias para a conservação de espécies criticamente ameaçadas de extinção que carecem de planejamento. A Sema é executora de dois PATs: o PAT Planalto Sul, que envolve os campos de altitude e a Floresta Ombrófila Mista no bioma Mata Atlântica; e o PAT da Campanha Sul e Serra do Sudeste, abrangendo os Campos da Campanha e a Serra e Encosta de Sudeste, no bioma Pampa.
No âmbito do bioma Pampa, a Sema coordena o Plano de Ação Territorial (PAT) – Bagé, que busca melhorar o estado de conservação das espécies focais e seus habitats, promovendo práticas sustentáveis.
- Projeto GEF – Terrestre
Desenvolvido pelo governo federal em parceria com a Sema, esse projeto envolve comunidades locais e proprietários nas áreas ao redor das Unidades de Conservação (UCs). Ele atua por meio de estratégias que visam qualificação, regularização e ações nas unidades existentes, trabalhando na restauração da vegetação nativa e na proteção de espécies ameaçadas.
Sobre o MapBiomas
O MapBiomas é uma iniciativa colaborativa criada em 2015 que reúne diversas instituições para mapear anualmente o uso da terra no Brasil e monitorar mensalmente a água e o fogo desde 1985. Utilizando tecnologias como o Google Earth Engine, o projeto busca tornar acessíveis informações sobre o território, além de apoiar a conservação ambiental e o combate às mudanças climáticas.
Meio Ambiente
CMPC amplia manejo integrado de pragas com uso de controle biológico

Com o objetivo de proteger a produção sem comprometer o meio ambiente, a CMPC vem ampliando o uso de práticas inovadoras dentro do manejo integrado de pragas. Uma das principais estratégias é o controle biológico, realizado por meio da aplicação de organismos vivos que atuam como agentes naturais, capazes de manter o equilíbrio nos cultivos e minimizar os danos causados pelas pragas.
Segundo o diretor-geral de Celulose da CMPC no Brasil, Antonio Lacerda, a iniciativa representa um avanço importante. “Estamos investindo em soluções que unem tecnologia, respeito à natureza e produtividade, garantindo a preservação para as futuras gerações”, destaca.
Entre as pragas controladas está principalmente o Thaumastocoris peregrinus (percevejo-bronzeado), inseto que se alimenta da seiva das folhas e compromete o desenvolvimento saudável das árvores. Nesse sentido, as equipes de pesquisa da companhia trabalham no desenvolvimento de um pequeno aliado natural que tem feito toda a diferença no campo: o Cleruchoides noackae, um inseto que parasita os ovos do percevejo, com atuação silenciosa, porém eficaz, e que não causa danos ambientais nos plantios. Desde 2015, a CMPC conta com o apoio desse agente, que age de maneira precisa, impedindo que a praga se reproduza e se espalhe.
Tecnologia e pesquisa
Criado no laboratório do viveiro, localizado na Fazenda Barba Negra, em Barra do Ribeiro (RS), o agente natural é liberado nas áreas monitoradas com o apoio de drones, em cápsulas biodegradáveis. A utilização potencializa o processo, garantindo maior precisão na aplicação, otimização de recursos e eficiência operacional, além de reduzir a dependência de defensivos químicos.
Os resultados do controle biológico têm sido expressivos. Em 2025, mais de 700 hectares deixaram de ser afetados, evitando a redução da produtividade de plantios e eliminando a aplicação de defensivos químicos.
Para o pesquisador Norton Borges Junior, um dos responsáveis pelo estudo em fitossanidade na CMPC, o diferencial da técnica está justamente na antecipação. “Quando começamos a identificar a presença do percevejo nas armadilhas, conseguimos agir rápido com o parasitoide. Isso evita que a praga alcance níveis críticos e garante um controle mais eficaz e duradouro”, explica.
Esse modelo também conecta a CMPC a outras empresas do setor por meio de parcerias e iniciativas com cooperativas para pesquisas. Ao apostar em soluções que respeitam a natureza e aumentam a eficiência no campo, a companhia reafirma seu compromisso com o desenvolvimento responsável.
Sobre a CMPC
A CMPC é uma empresa centenária do setor florestal que atua em três segmentos de negócio: celulose, itens de higiene pessoal (tissue) e embalagens. A companhia é uma representante da bioeconomia e possui suas operações alicerçadas na sustentabilidade e na economia circular. Presente no Brasil desde 2009, a CMPC possui operações em sete estados.
O grupo CMPC conta com mais de 25 mil colaboradores, 54 unidades produtivas distribuídas em nove países da América Latina e cerca de 24 mil clientes atendidos ao redor do mundo. Em 2023, conquistou a 1ª posição do ranking de sustentabilidade corporativa da S&P Global.
Em 2024, foi apontada pela segunda vez consecutiva como a Empresa Florestal Mais Sustentável do Mundo pelo Índice Dow Jones de Sustentabilidade e, com o BioCMPC, de forma inédita no Brasil, a CMPC levantou o Prêmio PMI Awards de Projeto do Ano de Engenharia, Construção e Infraestrutura, o reconhecimento mais importante do setor em nível global.
O CEO do Grupo CMPC, Francisco Ruiz-Tagle, foi eleito pela Council of the Americas o CEO do Ano (2023) em Sustentabilidade. Em 2024, Ruiz-Tagle recebeu o título de CEO do Ano pela Fastmarkets Forest Products PPI Awards, que também elegeu a CMPC como líder mundial em Sustentabilidade. Outras informações estão no site: https://cmpcbrasil.com.br/
Meio Ambiente
Prefeitura recebe convite para o lançamento da Iniciativa Canoas Resiliente e Sustentável

O prefeito Airton Souza e o vice-prefeito Rodrigo Busato receberam, nesta quarta-feira, 17, no Paço Municipal, a presidente do Fórum das Entidades de Canoas, Maria Isabel Bodini Viegas, a diretora do Instituto Nia Hub, Helena Grundig, e a advogada e ex-vice-prefeita Gisele Uequed.
Na ocasião, foi entregue o convite para o evento de lançamento da Iniciativa Canoas Resiliente e Sustentável, que ocorrerá no dia 30 de outubro, na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CICS).
Idealizado pelo Fórum das Entidades, a iniciativa foi desenvolvida em parceria com o Instituto Nia Hub e tem como meta posicionar Canoas para se tornar a primeira cidade sustentável do Brasil a conquistar o selo internacional LEED (Leadership in Energy and Environmental Design).
A iniciativa também prevê a criação de uma plataforma digital, que será gerida pela sociedade civil e universidades locais, garantindo continuidade e participação permanente da comunidade acadêmica.
O prefeito Airton Souza destacou o compromisso da gestão com a construção de uma cidade mais preparada para o futuro.
“É minha missão trabalhar todos os dias para que Canoas seja uma cidade melhor. O lançamento do Projeto Canoas Resiliente e Sustentável é um passo fundamental nessa caminhada. Vamos fazer de tudo para que esse projeto tenha êxito, porque ele representa qualidade de vida, inovação e responsabilidade com as próximas gerações.”
O vice-prefeito Rodrigo Busato reforçou a importância da perenidade da proposta.
“A grandeza desse projeto está também no fato de que ele será conduzido pelas universidades, o que garante que a iniciativa não dependa de ciclos políticos ou trocas de gestão. Canoas vai colher resultados duradouros, que ficarão como legado para a cidade e para toda a região.”
A presidente do Fórum das Entidades, Maria Isabel Bodini Viegas, ressaltou a necessidade de fortalecer a cidade diante dos desafios climáticos.
“Depois da enchente de 2024, é essencial que Canoas se torne mais resiliente e sustentável. O selo LEED nos dá parâmetros internacionais para que possamos planejar e agir de forma responsável, tornando nossa cidade um exemplo para o país.”
A ex-vice-prefeita e advogada Gisele Uequed destacou o impacto positivo que a certificação pode trazer para o desenvolvimento econômico. “Ao conquistar o selo LEED, Canoas estará preparada para atrair novos investimentos, gerar oportunidades e mostrar ao Brasil e ao mundo que somos uma cidade que aposta no futuro sustentável.”
Já a diretora do Instituto Nia Hub, Helena Grundig, apontou que o município pode se tornar referência nacional na reconstrução urbana. “Canoas tem todas as condições de ser um modelo de cidade sustentável. Com esse projeto, temos a oportunidade de mostrar como é possível enfrentar grandes desafios, como os que vivemos em 2024, e transformar a experiência em referência para outras cidades brasileiras.”
O LEED é o sistema de certificação de edificações, comunidades e cidades sustentáveis mais reconhecido do mundo, fornecendo diretrizes abrangentes para construções e cidades eficientes, saudáveis e econômicas. Globalmente reconhecida, a certificação conta com o apoio de uma ampla rede de organizações e profissionais comprometidos em impulsionar práticas cada vez mais sustentáveis.
Meio Ambiente
Reunião mensal do Consórcio Público de Saneamento Pró-Sinos é realizada em Canoas

Na quinta-feira, 21, Canoas foi sede do encontro mensal dos interlocutores do Consórcio Público de Saneamento Pró-Sinos. A reunião, que acontece rotativamente em cada um dos 26 municípios integrantes, teve como objetivo a apresentação de projetos locais e a troca de conhecimentos em torno do saneamento básico e da educação ambiental.
Estiveram presentes a secretária da Educação, Beth Colombo, a secretária-adjunta da Educação, Gisele Bervig, a coordenadora de projetos Luana Vieira, Silvia Coan (Meio Ambiente), Renata Goutier (Mini Zoo) e Fernanda Corrêa Gewehr (Apoema).
O encontro também contou com momentos de aprendizado coletivo, ressaltando a importância da integração entre os municípios. Para encerrar as atividades, os participantes visitaram a cooperativa de reciclados Canoas de Mãos Dadas, conhecendo de perto o trabalho desenvolvido no município.
O Consórcio Público de Saneamento Pró-Sinos é uma associação pública de natureza autárquica, que segue os princípios da administração pública previstos no artigo 37 da Constituição Federal. Formado por servidores de carreira dos entes consorciados e pessoal contratado, o Pró-Sinos atua para fortalecer a capacidade administrativa, técnica e financeira dos serviços públicos de saneamento básico.
Além disso, o consórcio desenvolve estudos técnicos e sociais nas áreas de meio ambiente e saneamento, mantendo um programa permanente de educação ambiental que beneficia todos os municípios consorciados: Araricá, Cachoeirinha, Campo Bom, Canela, Canoas, Capela de Santana, Caraá, Dois Irmãos, Esteio, Gramado, Glorinha, Igrejinha, Ivoti, Nova Hartz, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Parobé, Portão, Riozinho, Rolante, Santo Antônio da Patrulha, São Francisco de Paula, São Leopoldo, Sapiranga, Sapucaia do Sul e Três Coroas.

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