Meio Ambiente
Governo Federal confirma que horário de verão não será adotado em 2024

O Governo Federal descartou a necessidade de adoção do horário de verão neste ano. O anúncio foi realizado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em entrevista coletiva no início da tarde desta quarta-feira, 16, após se reunir com representantes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
“Temos a segurança energética assegurada. É o início de um processo de restabelecimento da nossa condição hídrica ainda muito modesto, mas temos condições de chegar, depois do verão, em condição de avaliar a volta desta política [para o ano que vem]”, afirmou o ministro.
“Chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão para este verão”, acrescentou Silveira.
“O pico do custo-benefício do horário de verão é nos meses de outubro e novembro, até meados de dezembro. Se nossa posição fosse decretar o horário de verão agora, usufruiríamos muito pouco deste pico. Porque teríamos que fazer um planejamento mínimo para os setores poderem se adaptar. Conseguiríamos entrar com isso só em meados de novembro e o custo-benefício seria muito pequeno”, explicou o ministro.
O horário de verão brasileiro foi instituído em 1931
Seguiu sendo adotado de forma irregular até 1985, quando passou a ser implementado sistematicamente, com a justificativa de contribuir para a redução do consumo de energia elétrica e beneficiar setores de lazer e consumo como o turismo, comércio, bares e restaurantes a partir do melhor aproveitamento da luz natural.
Meio Ambiente
Relatório do MapBiomas aponta queda de 42% no desmatamento do bioma Pampa em 2024

O último relatório divulgado pelo MapBiomas com o balanço do desmatamento de todos os biomas brasileiros no ano de 2024 trouxe uma boa notícia para o Rio Grande do Sul. O bioma Pampa, que no Brasil é exclusivo do Estado, teve uma queda de 42% no desmatamento. O bioma aparece com a menor área de desmatamento do relatório: 0,1% do total, ou 896 hectares, segundo o Relatório Anual do Desmatamento no Brasil (RAD), divulgado em 15 de maio.
“O Rio Grande do Sul vem implementando uma série de ações voltadas à preservação do bioma Pampa, que ocupa 68% do território do Estado. Uma das medidas foi a inclusão do Pampa como bioma no novo Código Estadual do Meio Ambiente. Também houve a migração do Cadastro Ambiental Rural para a plataforma federal e o acordo judicial que trouxe consensos relativos às tipologias existentes no Pampa. Temos a convicção de que a preservação das espécies nativas presentes no pampa gaúcho estarão cada vez mais protegidas”, informou a titular da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Marjorie Kauffmann.
De acordo com o RAD, todos os biomas brasileiros tiveram redução na área desmatada em 2024. A exceção foi o bioma Mata Atlântica, que se manteve estável com relação a 2023. De acordo com o MapBiomas, os resultados apontados neste bioma foram influenciados pelos eventos meteorológicos extremos que atingiram o Rio Grande do Sul entre abril e maio do ano passado. Caso esses eventos não tivessem ocorrido, o bioma teria registrado uma redução de pelo menos 20% na área afetada em relação ao ano anterior.
A perda de vegetação atribuída aos deslizamentos de terras na enchente histórica também foi registrada no relatório desenvolvido pelo SOS Mata Atlântica, divulgado neste mês de maio. De acordo com o estudo, os eventos classificados como “desastres naturais” responderam pela maior parte dos 3.307 hectares desmatados no ano.
Outras iniciativas
- Corredores Ecológicos
Esses corredores promovem a conservação da biodiversidade por meio de estratégias de gestão territorial que mantêm ou recuperam processos ecológicos, conectando áreas protegidas e facilitando a dispersão de espécies, além da recolonização de áreas degradadas. A Sema tem trabalhado na implementação do Corredor Ecológico da Quarta Colônia, que conecta os biomas Pampa e Mata Atlântica.
- Rota dos Butiazais
Esse é um acordo de cooperação técnica entre a Sema e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que prevê ações de pesquisa, extensão rural e normatização do uso sustentável de espécies de butiá, fruto nativo do bioma Pampa. A rota conecta pessoas em prol da conservação e uso consciente da biodiversidade nas áreas de ocorrência dos butiazais no Brasil, Uruguai e Argentina.
- Trilhas de Longo Curso
Essa iniciativa visa promover experiências turísticas, incentivar a cultura, o esporte e o lazer, além de gerar renda e trabalho para as comunidades locais. Atualmente, o Rio Grande do Sul conta com 12 Trilhas de Longo Curso implementadas e lançou, em 2024, o decreto que institui o Programa Estadual de Trilhas de Longo Curso, que busca ampliar as experiências positivas do contato dos visitantes com o ambiente natural.
- Certificação Ambiental para Extrativismo Sustentável
A Sema emite certificações para aqueles que possuem áreas de flora nativa e desejam extrair ou coletar produtos e subprodutos, como frutos, folhas, sementes e óleos essenciais, respeitando os limites da legislação atual e praticando métodos sustentáveis. Essa certificação aproxima o órgão ambiental das ações no campo e ajuda a monitorar o impacto das atividades humanas na natureza.
- Cadastro Ambiental Rural (CAR)
É um registro eletrônico de informações ambientais, obrigatório para todos os imóveis rurais. A ferramenta do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR) promove a identificação e integração das informações das propriedades, contribuindo para o planejamento ambiental, monitoramento, combate ao desmatamento e regularização ambiental.
- Reposição Florestal Obrigatória (RFO)
Medida legal para atenuar, compensar ou reparar impactos ambientais causados pelo corte de árvores nativas, buscando a recuperação de áreas degradadas. A Sema é responsável por analisar e emitir pareceres técnicos para os projetos de RFO, que no bioma Pampa envolvem o manejo conservacionista dos campos nativos, estratégias para a reintrodução de espécies ameaçadas e a erradicação de espécies exóticas invasoras.
- Estratégia Nacional para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (GEF – Pró-espécies)
Esse projeto, desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente e executado pela Sema, visa mitigar impactos sobre espécies ameaçadas que não estão em áreas protegidas nem contempladas pelos Planos de Ação Nacional (PAN). Por meio do GEF – Pró-Espécies, são promovidas ações para combater a caça, pesca e extração ilegal de espécies silvestres.
- Programa Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa do Estado do Rio Grande do Sul (Proveg-RS)
Tem como objetivo promover, integrar e articular políticas e ações que induzam à restauração e conservação da vegetação nativa no Estado. O Proveg-RS contribui para a conservação dos ambientes nativos e a recuperação de áreas degradadas, preservando a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos.
- Campos do Sul
Visa garantir a conservação dos campos nativos dos biomas Pampa e Mata Atlântica. Por intermédio da oferta de assistência técnica especializada, o Campos do Sul incentiva proprietários rurais a adotarem boas práticas ambientais e de manejo, assegurando a proteção dos serviços funcionais e ecossistêmicos dos ambientes campestres e sua diversidade biológica.
- Implementação de Planos de Ação Territoriais para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (PATs)
Essa iniciativa, adotada em nível nacional, visa definir estratégias para a conservação de espécies criticamente ameaçadas de extinção que carecem de planejamento. A Sema é executora de dois PATs: o PAT Planalto Sul, que envolve os campos de altitude e a Floresta Ombrófila Mista no bioma Mata Atlântica; e o PAT da Campanha Sul e Serra do Sudeste, abrangendo os Campos da Campanha e a Serra e Encosta de Sudeste, no bioma Pampa.
No âmbito do bioma Pampa, a Sema coordena o Plano de Ação Territorial (PAT) – Bagé, que busca melhorar o estado de conservação das espécies focais e seus habitats, promovendo práticas sustentáveis.
- Projeto GEF – Terrestre
Desenvolvido pelo governo federal em parceria com a Sema, esse projeto envolve comunidades locais e proprietários nas áreas ao redor das Unidades de Conservação (UCs). Ele atua por meio de estratégias que visam qualificação, regularização e ações nas unidades existentes, trabalhando na restauração da vegetação nativa e na proteção de espécies ameaçadas.
Sobre o MapBiomas
O MapBiomas é uma iniciativa colaborativa criada em 2015 que reúne diversas instituições para mapear anualmente o uso da terra no Brasil e monitorar mensalmente a água e o fogo desde 1985. Utilizando tecnologias como o Google Earth Engine, o projeto busca tornar acessíveis informações sobre o território, além de apoiar a conservação ambiental e o combate às mudanças climáticas.
Meio Ambiente
BRDE alcança R$ 4,7 bilhões em financiamentos em energia limpa na última década

Ao longo dos últimos dez anos, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) soma R$ 4,7 bilhões em financiamentos para projetos de geração e transmissão de energia com fontes renováveis e para ganhos de eficiência no consumo.
“Trata-se de um volume de recursos que é representativo, pois são investimentos com enorme impacto em favor do meio ambiente, o que reforça o nosso compromisso com o tema da transição energética sustentável”, apontou o diretor de Planejamento do BRDE, Leonardo Busatto, durante a Fiema Brasil 2025, em Bento Gonçalves.
Como painelista convidado do espaço Arena de Inovação, Busatto elencou as diferentes modalidades de atuação do banco para a geração de energia limpa e renovável. Segundo o diretor, as parcerias multilaterais que o BRDE vem incrementando nos últimos anos é um fator que reforça a presença do banco neste segmento. “Não se encontra dinheiro disponível no mundo que não esteja alinhado aos compromissos da preservação ambiental”, frisou.
Ao longo do ano passado, o BRDE financiou um total de 220 projetos de geração de energia limpa na região Sul, incluindo diferentes modalidades, desde a biomassa, biocombustíveis, eólica e hídrica. Os financiamentos somaram R$ 365 milhões em 2024 no Sul do país. O diretor apresentou, ainda, principais projetos financiados pelo banco na última década, considerando também os impactos em termos volume de energia produzida e a respectiva redução na emissão do gás carbônico.
O painel contou, ainda, com a participação do CEO da Phama Energias Renováveis, Luiz Paulo Hauth, que apresentou o projeto de produção de fertilizantes descarbonizados e uma fábrica de ração animal a partir do hidrogênio verde.
A iniciativa já está em implementação da primeira unidade em Passo Fundo e prevê mais duas fábricas nos municípios de Tio Hugo e Condor. O debate foi moderado pelo diretor do Departamento de Energia da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA/RS), Rodrigo Huguenin.
Já na sua 10ª edição, a Fiema Brasil prosseguirá até esta quinta-feira (22/5), no Parque de Exposições de Bento Gonçalves. Além de patrocinador oficial, o BRDE tem estande próprio na feira, que é promovida pela Fundação Proamb.
Meio Ambiente
Acontece nesta terça-feira, 13, reunião do comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí

Acontece nesta terça-feira, 13, reunião do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí no Instituto Federal de Canoas, com objetivo de tornar os municípios participantes mais resilientes às mudanças climáticas, além de debater sobre as consequências da enchente de 2024.
Sérgio Cardoso, Presidente do Comitê explica o funcionamento do grupo:
“Composta por nove municípios, inclusive Canoas, segundo comitê mais antigo do Brasil, realizamos reuniões mensais, com rodízio entre as cidades participantes, tratando sobre as políticas públicas, inclusive verbas do fundo de Reconstrução e das verbas que os municípios criarem, bem como projetos de revitalização, em parceria com o Governo Federal e do Estado do RS, e também dentro desse processo todo a discussão do decreto que regulamenta o uso de água superficial e subterrânea no estado, que será apresentado pelo Departamento Estadual de Recursos Hídricos e Saneamento.”
Já o secretário de Meio Ambiente, Guilherme Haygert conta que o objetivo da reunião é
“união de esforços de várias cidades, justamente para tornar todas as cidades da bacia mais resilientes às mudanças climáticas, sempre houve mudança climática, mas a grande questão agora é a velocidade que está acontecendo e, Canoas, que está sediando a reunião, é emblemática, justamente porque foi uma das cidades mais afetadas, senão a mais afetada pelas enchentes de 2024, então essa reunião une esforços, não só de cientistas, como de governos e sociedade, a importância desse debate é trazer ideias e propiciar o debate com soluções.”
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