Saúde
Vacina contra meningite para adolescentes de 11 a 14 anos disponível no SUS

Um dos tipos mais grave de meningite e sua forma mais aguda, a meningococcemia, podem ser prevenidas com uma vacina disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para adolescentes de 11 a 14 anos.
Chamada de Meningocócica ACWY, ela é feita em dose única e protege contra quatro tipos da bactéria que causa a doença. Em determinados casos, essa infecção pode chegar a uma letalidade de 70%.
Segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde, já foram registrados neste ano 22 casos e três mortes pela doença no Rio Grande do Sul (dados parciais já notificados até o dia 27 de agosto). Em 2023, foram 47 casos e oito óbitos.
A vacina meningocócica ACWY (Conjugada) foi originalmente implantada pelo Ministério da Saúde no calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) para adolescentes em 2020, na época para jovens de 11 e 12 anos. Em 2022, a faixa etária foi ampliada até os 14 anos.
A faixa etária de maior risco de adoecimento para a doença meningocócica é a de crianças menores de cinco anos de idade, especialmente menores de um ano. No entanto, os adolescentes e adultos jovens são os principais responsáveis pela circulação da doença.
Eles são a faixa etária com maior número de casos assintomáticos, ou seja, são portadores da bactéria sem apresentar sintomas e que podem transmitir a outras pessoas, já que o meningococo pode persistir na nasofaringe por semanas ou até que a pessoa faça tratamento com o antibiótico indicado por um profissional de saúde.
Cobertura no RS
Os dados da vacinação com a meningocócica ACWY apontam no Rio Grande do Sul uma cobertura abaixo do preconizado, que seria de 80%. No ano passado, o índice ficou em 61,1%. Neste ano, com dados parciais ainda sujeitos a alterações, a cobertura está neste momento em 55,8%.
Doença meningocócica
A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode ser causada por microrganismos, como vírus, bactérias, fungos e parasitas. De um modo geral, a meningite bacteriana é a mais grave e dentre elas.
Nos casos em que é causada pela bactéria Neisseria meningitidis (meningococo), leva o nome de doença meningocócica, que pode levar a uma inflamação da meninge (meningite meningocócica) e/ou a uma meningococcemia, quando atinge a corrente sanguínea gerando uma infecção generalizada.
Cinco tipos (sorogrupos) de meningococo causam a maioria dos casos de doenças meningocócicas: A, B, C, W e Y. O sorogrupo mais frequente no Brasil é o C, razão pela qual a vacina foi incluída em 2010 no calendário infantil do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Desde então o número de casos de todos os tipos de meningite caiu quase três vezes no país, e o de casos do tipo C caiu quase quatro vezes. O sorogrupo B é hoje o mais predominante entre crianças.
Em todas as faixas etárias é o segundo, atrás do C e à frente do W e do Y. O tipo A não acontece mais no Brasil.
Transmissão e sintomas
O meningococo é transmitido por meio de secreções respiratórias e da saliva, durante contato próximo ou demorado com o portador, especialmente entre pessoas que vivem na mesma casa.
Essa bactéria não é tão contagiosa como o vírus da gripe, por exemplo, e não há transmissão por contato casual ou breve, ou simplesmente por respirar o ar onde uma pessoa com a doença tenha estado.
Já os ambientes com aglomeração de pessoas oferecem maior risco de transmissão e contribuem para desencadear surtos.
A evolução da doença meningocócica é rápida, com o surgimento abrupto de sintomas como febre alta e repentina, intensa dor de cabeça, rigidez do pescoço, vômitos e, em alguns casos, sensibilidade à luz (fotofobia) e confusão mental.
A disseminação do meningococo pelos vasos sanguíneos pode produzir manchas vermelhas na pele (petéquias, equimoses) e até necroses que podem levar à amputação do membro acometido.
O risco de morte pela doença é alto: 10% a 20%, podendo chegar a 70%, se a infecção for generalizada (meningococcemia). Entre os sobreviventes, cerca de 10% a 20% ficam com sequelas como surdez, cegueira, problemas neurológicos, membros amputados.
O tratamento é feito com antibióticos e outras medidas de preservação do equilíbrio do organismo, em Unidade de Terapia Intensiva isolada.
Prevenção
A melhor forma de se prevenir contra a meningite é mantendo a caderneta de vacina em dia. Além da vacina meningocócica ACWY, há outras que também protegem contra diversos tipos de meningites.
Sendo uma doença grave e contagiosa, a meningite é capaz de provocar sequelas e até mesmo a morte. A vacinação é a forma mais eficaz de evitar infecção. Sete vacinas são recomendadas e estão disponíveis por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
– BCG: protege contra as formas graves da tuberculose, inclusive a meningite tuberculosa. Esquema vacinal: dose única (ao nascer);
– Penta: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como meningite e contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B. Esquema vacinal: 1ª dose aos 2 meses de idade; 2ª dose aos 4 meses de idade e 3ª dose aos 6 meses de idade;
– Pneumocócica 10-valente (Conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite. Esquema vacinal: 1ª dose aos 2 meses de idade; 2ª dose aos 4 meses de idade e reforço aos 12 meses de idade;
– Meningocócica C (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C. Esquema vacinal: 1ª dose aos 3 meses de idade; 2ª dose aos 5 meses de idade e reforço aos 12 meses de idade;
– Meningocócica ACWY (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelos sorogrupos A, C, W e Y. Esquema vacinal: uma dose em adolescentes de 11 e 14 de idade, a depender a situação vacinal.
Vacinas contra meningite para grupos especiais:
– Pneumocócica 23-valente (povos indígenas): uma dose na população indígena a partir de cinco anos de idade sem comprovação vacinal com as vacinas pneumocócicas conjugadas.
Administrar a segunda dose, respeitando o intervalo mínimo de cinco anos após a primeira dose.
– Pneumocócica 23-valente (pessoas de 60 anos e mais em condições especiais): uma dose a partir de 60 anos de idade para idosos não vacinados que vivem acamados e/ou institucionalizados (como casas geriátricas, hospitais, unidades de acolhimento/asilos e casas de repouso).
Administrar a segunda dose, respeitando o intervalo mínimo de cinco anos após a primeira dose.
– Pneumocócica 13-valente (Conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite.
Essa vacina é disponibilizada nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs) para os seguintes grupos especiais: indivíduos ≥ 5 anos de idade, incluindo adultos nas condições de HIV/Aids, paciente oncológico, transplantados de órgãos sólidos e transplantados de células-tronco hematopoiéticas (medula óssea).
Saúde
Prefeitura de Canoas firma contrato com FMSC e lança telemedicina em escolas

A Prefeitura de Canoas anunciou duas importantes iniciativas na área da saúde pública no município. Na quarta-feira, 10, foi firmado um novo contrato com a Fundação Municipal de Saúde de Canoas (FMSC), assegurando a continuidade dos serviços médicos na Atenção Primária. No dia seguinte, quinta-feira, 11, foi lançado o serviço de telemedicina em escolas da rede municipal, integrando saúde e educação.
O novo contrato com a FMSC tem validade de cinco anos, podendo ser prorrogado por igual período. Cerca de 80 médicos vinculados à fundação seguirão atuando nas unidades de saúde da cidade. A assinatura do acordo aconteceu na sede da Prefeitura e contou com a presença de representantes da administração municipal, da FMSC, do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e de outros sindicatos da área da saúde.
Para o diretor do Simers, Alexandre Silveira, a formalização do contrato representa um avanço nas negociações e oferece estabilidade ao atendimento prestado à população. Ele destacou o papel do diálogo entre o sindicato, a Prefeitura e a fundação como fundamental para o desfecho positivo.
Já na quinta-feira, 11, o Executivo municipal lançou o serviço de telemedicina nas escolas, com cerimônia realizada na EMEF João Paulo I, no bairro Harmonia. A iniciativa começa em 10 escolas da rede municipal, oferecendo atendimento médico e de enfermagem diretamente no ambiente escolar para estudantes que apresentarem sintomas leves, como febre, gripe, dor de garganta ou pequenas lesões.
A proposta visa agilizar o cuidado com a saúde dos alunos, reduzir a evasão escolar por questões médicas e proporcionar maior tranquilidade às famílias, ao evitar deslocamentos desnecessários às unidades de saúde.
Saúde
Setembro Amarelo: Sistema FIERGS promove ações de cuidado com a saúde mental e valorização da vida

Apoio do Centro de Valorização da Vida
Saúde
Semana Farroupilha: tradição do churrasco exige atenção à saúde

A Semana Farroupilha é, sem dúvidas, a celebração cultural mais importante do Rio Grande do Sul. Marcada por festas tradicionalistas, acampamentos farroupilhas, desfiles, bailes e, principalmente, pelo churrasco acompanhado do tradicional “trago”, a data é um momento de orgulho e confraternização.
No entanto, é fundamental ter atenção à moderação no consumo de carnes e bebidas alcoólicas, para aproveitar com responsabilidade e prevenir problemas de saúde a longo prazo. Celebrar a tradição gaúcha com equilíbrio é a melhor forma de honrar a cultura sem comprometer o bem-estar.
Em anos anteriores, em eventos como o “Acampamento Farroupilha”, foram assados aproximadamente 57,5 mil quilos de carne durante o primeiro fim de semana das festividades, de acordo com a Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre.
“Priorizar carnes mais magras e beber mais água são alguns cuidados que ajudam a evitar exageros”, informa a Nutricionista do Hospital Humaniza da Hapvida, Camila Aguiar. “Comer devagar e respeitar a saciedade também é importante, para controlar a quantidade e aproveitar melhor a refeição”.
Riscos ao consumo de carne exagerado e seu preparo
Entender os principais riscos para a saúde associados ao consumo excessivo de carnes vermelhas e embutidos, comuns nas comemorações farroupilhas, é essencial. O consumo sem equilíbrio está atrelado ao colesterol, à pressão arterial e ao risco de problemas cardiovasculares.
“Esses alimentos contêm muita gordura saturada, sal, e conservantes como nitrito e nitrato, que em excesso estão relacionados ao maior risco de câncer, de estômago e intestino. Por isso, é importante a moderação”, salienta a nutricionista.
De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), o consumo semanal de carne vermelha (carne de boi, suína e carne de ovelha), não deve ultrapassar 500g (já cozida). Essa quantidade equivale a aproximadamente um bife pequeno por dia, do tamanho da palma da mão da pessoa.
E atentar-se ao preparo, é fundamental para evitar que a carne fique queimada e com aquela crosta preta, pois se formam substâncias que não fazem bem para a saúde e que podem aumentar o risco de câncer. Por isso, a dica é deixar a carne bem assada, mas sem exagerar no “tostado”.
Riscos da bebida alcoólica sem moderação
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), não existe uma quantidade segura de álcool. “Um consumo considerado leve a moderado de álcool semanal equivale a menos de 350ml de cerveja por semana, 1,5L de vinho e menos de 45 ml de bebidas destiladas”, informa Camila.
O álcool pode causar desidratação, sonolência e até mal-estar no dia seguinte. Já no longo prazo, o consumo excessivo aumenta o risco de doenças no fígado, problemas no coração, pressão alta e até alguns tipos de câncer. O álcool também prejudica o controle do peso, por conter muitas calorias.
Cuidados redobrados para quem tem doenças crônicas
Para pessoas que têm doenças crônicas a atenção precisa ser redobrada nesta época. Segundo a Nutricionista da Hapvida Camila Aguiar, aqui vão algumas dicas:
Hipertensos: Evitar embutidos, carnes muito salgadas, pois o excesso de sódio pode aumentar rapidamente a pressão arterial. Preferir os cortes mais magros e com temperos naturais. Cuidado com molhos prontos e farofas muito salgadas.
Diabetes: Dar preferência a acompanhamentos como carboidratos integrais (arroz integral, batata-doce), controlar a quantidade de pão e sobremesas que elevam a glicose sanguínea. Preferir bebidas sem álcool.
Colesterol alto: Consumir o mínimo de carnes gordurosas como cordeiro, picanha, costela e dar preferência a cortes de carnes com menos gordura. Evitar frituras.
No caso do álcool, a recomendação mais segura é limitar ao máximo o consumo ou até mesmo evitá-lo.
Sobre a Hapvida
Com cerca de 80 anos de experiência, a Hapvida é hoje a maior empresa de saúde integrada da América Latina. A companhia, que possui mais de 73 mil colaboradores, atende quase 16 milhões de beneficiários de saúde e odontologia espalhados pelas cinco regiões do Brasil.
Todo o aparato foi construído a partir de uma visão voltada ao cuidado de ponta a ponta, a partir de 86 hospitais, 80 prontos atendimentos, 365 clínicas médicas e 301 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial, além de unidades especificamente voltadas ao cuidado preventivo e crônico. Dessa combinação de negócios, apoiada em qualidade médica e inovação, resulta uma empresa com os melhores recursos humanos e tecnológicos para os seus clientes.
- Cultura2 dias atrás
31ª Semana Farroupilha inicia programação no Parque Eduardo Gomes a partir desta sexta; confira programação
- Justiça5 dias atrás
2ª Turma do STF forma maioria a favor de Airton Souza em recurso contra condenação de improbidade administrativa
- Eventos4 dias atrás
Semana Farroupilha terá programação especial no Parque Eduardo Gomes
- Serviços1 semana atrás
Corsan moderniza tratamento de água para maior segurança no trabalho e benefício ambiental
- Oportunidade5 dias atrás
Inscrições para concurso do BRDE com salário inicial de R$ 10,1 mil para nível superior terminam quinta-feira, 11
- Habitação2 dias atrás
Caixa divulga lista de cem canoenses contemplados no programa Compra Assistida
- Oportunidade1 semana atrás
Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul abre inscrições para Processo Seletivo
- Tecnologia1 semana atrás
Canoas participa do Fórum de Cidades Digitais e Inteligentes da Região Metropolitana