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08/12/2024
 

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FORTES CHUVAS: Defesa Civil de Canoas resgata famílias da Praia do Paquetá

Redação

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Foto: Pamella Mendes

A Defesa Civil de Canoas, em parceria com o Corpo de Bombeiros e a Marinha do Brasil, realizou a remoção de famílias da região da Praia do Paquetá na tarde desta segunda-feira, 25.

Foto: Pamella Mendes

Foto: Pamella Mendes

Com a elevação do nível da água do Rio do Sinos, o grupo ingressou no local com embarcações para convencer os moradores a deixarem suas residências e irem aos abrigos disponibilizados pela Prefeitura. A maioria das famílias, porém, demonstrou resistência em sair. 

Foto: Pamella Mendes

Foto: Pamella Mendes

O trabalho teve o suporte de duas assistentes sociais da Administração Municipal. Em virtude do risco de acidentes com a rede elétrica, o fornecimento de energia elétrica foi interrompido na tarde desta segunda-feira. Em torno de 90 famílias residem na Praia do Paquetá.  

A Assistência Social faz o encaminhamento dos moradores ao ginásio da EMEF Thiago Würth (Av. Rio Grande Do Sul, 4240), no bairro Mathias Velho.

Em caso de necessidade, a estrutura da EMEF Paulo VI (Av. Irineu Carvalho Braga, 2781), no bairro Fátima, também será aberto à noite para pessoas desabrigadas ou desalojadas. 

A previsão de chuva e o temor do nível do rio subir mais fez Maria de Fátima da Silva aceitar a ajuda. Durante a tarde, ela deixou a casa junto com o marido e as três filhas, além do cachorro da família e um pássaro de estimação.

“Faz doze anos que moro aqui no Paquetá e a água nunca subiu tanto. Sair à noite é mais perigoso e arriscado”, disse. 

Desde o início das chuvas, as famílias do Paquetá optaram por ficar nas construções adaptadas para a rotina ribeirinha. Entretanto, a elevação observada e as previsões de mais chuva motivaram moradores a irem para casas de famílias.

Foto: Pamella Mendes

Foto: Pamella Mendes

Maria de Fátima e seus familiares foram encaminhados pela Assistência Social ao ginásio da EMEF Thiago Würth, no Mathias Velho, um dos pontos disponibilizados pela Prefeitura.

Em caso de necessidade, a estrutura da EMEF Paulo VI, no bairro Fátima, também será aberta à noite para receber pessoas desabrigadas ou desalojadas. 

Até às 18h, além da família de cinco pessoas, um idoso também foi conduzido para o ginásio. Os agentes da Defesa Civil atenderam ainda quatro senhoras que se deslocaram para a casa de familiares. Cinco casas foram encontradas vazias durante as rondas.   

Alagamentos  

Foto: Pamella Mendes

Foto: Pamella Mendes

Alguns pontos da cidade ainda apresentam alagamento ou risco de inundação no começo desta semana. No bairro Mato Grande, a rua Antônio Wobeto foi bloqueada para o trânsito de veículos devido à presença de água na pista.

Os volumes são provenientes do banhado Barreirão. A Prefeitura disponibilizou transporte coletivo aos estudantes e trabalhadores para trafegarem com destino às escolas e paradas de ônibus da região.  O serviço inicia às 4h45 e segue até às 23h30.   

De acordo com o Escritório de Resiliência Climática de Canoas (Eclima), a previsão do tempo indica chuva forte ao longo desta terça-feira, 26.

As precipitações serão ocasionadas devido à formação de um ciclone extratropical no oceano.

Abrigos 

– Ginásio da EMEF Thiago Würth (Av. Rio Grande Do Sul, 4240, Mathias Velho) 

– EMEF Paulo VI (Av. Irineu Carvalho Braga, 2781, Fátima)

 

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“Nunca trabalhei na vida, eu faço o que me dá prazer”; morre Jesus Pfeil aos 85 anos

Redação

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“Nunca trabalhei na vida, eu faço o que me dá prazer”; morre Jesus Pfeil aos 85 anos

Morreu no domingo, 24, o cineasta, historiador e escritor, e figura ilustre de Canoas, Antonio Jesus Pfeil. O prefeito de Canoas, Jairo Jorge, decretou três dias de luto oficial. O velório acontece nesta segunda-feira, até 17 horas, no Crematório de Cemitério São Vicente, em Canoas.

Antonio Jesus Pfeil nasceu em 7 de outubro de 1939, na área de Canoas que posteriormente foi emancipada e se tornou Nova Santa Rita. Cineasta, historiador e pesquisador do cinema gaúcho, estudou no Colégio La Salle e passou pelo serviço militar. Em 1960, atuou como ator no Teatro Brasileiro de Comédias, que estava com uma peça em cartaz no Theatro São Pedro. Na ocasião, subiu ao palco ao lado de Nathália Timberg e Leonardo Villar.

Seu primeiro curta-metragem, Cinema Gaúcho dos Anos 20, participou da mostra do Festival de Cinema Brasileiro de Gramado e, em 1974, recebeu um prêmio especial no mesmo festival. Além da carreira como cineasta, Jesus também conquistou espaço como pesquisador, autor de artigos e, paralelamente, atua como participante de conferências e de comissões julgadoras em festivais e outros eventos ligados à História do Cinema Gaúcho e Brasileiro.

Resgate

Como escritor e historiador, Jesus tem profunda contribuição para o resgate histórico da cidade. Ele é autor da coleção Canoas: Anatomia de Uma Cidade, e organizador do livro Origens de Canoas, que conta com artigos de Edgar Braga da Fontoura, primeiro prefeito do município. Estas são apenas algumas dentre muitas obras de Jesus no cinema e na literatura.

No ano 2000, Jesus recebeu uma justa homenagem pela sua contribuição para a cultura na cidade.  A biblioteca da Escola Municipal Ícaro foi inaugurada e, desde então, se chama Biblioteca Antonio Jesus Pfeil.

Prazeres

Ao ser indagado pelo O Timoneiro, em 2018, sobre como enxerga a importância de seu trabalho para o meio cultural e para Canoas, Jesus, sempre bem-humorado, brinca: “Trabalho? Que trabalho? Eu nunca trabalhei na vida, eu só tenho prazeres, só faço o que me dá prazer”.

“As pessoas me perguntam ‘Jesus, qual é a novidade hoje?’, e eu respondo: ‘Olha, de manhã eu abri os olhos e estava vivo, não morri dormindo. Vamos ver o que acontece hoje’. Eu sempre digo, e disse no filme Jesus – O Verdadeiro, é que meu futuro foi ontem e não tem como saber o que vai acontecer hoje. Sobre o que eu já vivi, eu posso falar. Meu primeiro Kikito em gramado eu ganhei em 1974 e foi o primeiro Kikito gaúcho do festival. Eu gosto de trabalhar com História porque filme de ficção todo mundo faz e faz igual hoje em dia, só muda o nome dos personagens e o título, é sempre o mesmo roteiro. Um filme que eu fiz e gosto de destacar é o Porto Alegre, Adeus…! É uma carta que eu escrevi ao Glauber Rocha. E o Glauber Rocha tinha aquela frase que dizia que tinha que ter uma câmera na mão e uma ideia na cabeça. Pensando bem, hoje em dia as pessoas, muitas vezes, têm a câmera na mão, mas não têm a ideia na cabeça, por isso fazem tanta coisa igual”.

 

 

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Prefeitura de Canoas alerta empreendedores da cidade contra tentativa de golpe

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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