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17/10/2024
 

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NOVO HAMBURGO: Justiça proíbe a veiculação de pesquisas de empresa porto-alegrense

Redação

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A Justiça Eleitoral proibiu a veiculação de cinco pesquisas eleitorais registradas pela empresa Foca Comunicação e suspendeu todos os trabalhos da empresa relacionados com o pleito de 2020 em Novo Hamburgo, no Vale do Rio dos Sinos. As decisões ocorreram em virtude de irregularidades observadas no processo de elaboração dos questionários aplicados junto aos eleitores.

Entre 16 de outubro e 03 de novembro, ações foram ajuizadas em Porto Alegre (processos 0600980-17.2020.6.21.0158 e 0600986-24.2020.6.21.0158), São Leopoldo (processo 0600376-86.2020.6.21.0051) e Novo Hamburgo (processos 0600398-72.2020.6.21.0172 e 0600619-55.2020.6.21.0172). Em todos os casos, a Justiça Eleitoral decidiu, em caráter liminar e de urgência, proibir que o material se tornasse público.

Em Porto Alegre, a pesquisa chegou a ser publicada por veículos de comunicação, que receberam ordem para que o material fosse retirado do ar. A juíza responsável pela 158ª Zona Eleitoral, Gladis Canelles Piccini, justifica a liminar de suspensão da divulgação pelo fato de que a pesquisa não é esclarecedora, uma vez que não informa ao eleitorado que os percentuais “NÃO SEI” e “BRANCOS/NULOS” são resultados referentes aos questionamentos formulados na aplicação do cenário de 2º turno.

A magistrada afirmou que o resultado da pesquisa registrada pela Foca Comunicação não é coerente com o questionamento feito aos entrevistados. Ela destaca, ainda, que há possibilidade de prejuízo aos eleitores, “que têm o direito de serem adequadamente informados a respeito dos resultados das pesquisas de voto”.

Em São Leopoldo e Novo Hamburgo, consta pergunta sobre a importância de o prefeito de um município estar “alinhado” com o governo federal. Na pesquisa realizada em Porto Alegre, isso não ocorre. Em nenhum questionário aplicado há pergunta relacionada a alinhamento com o governo estadual.

A discrepância do material produzido pela Foca Comunicação causou estranheza à juíza Luciana Beledeli, responsável pela 51ª Zona Eleitoral (São Leopoldo). Em seu despacho, a magistrada afirma que há “indícios de falta de tecnicidade da pesquisa e levanta dúvidas sobre a imparcialidade da mesma, já que é fato notório que candidatos se utilizam da imagem e proximidade com o Presidente da República para angariar votos”.

O “Questionário Novo Hamburgo Zucco 2”

A pesquisa da Foca Comunicação analisando a disputa pela prefeitura de Novo Hamburgo levanta ainda mais suspeitas. Registrada em 25 de outubro, sua publicação no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chamou a atenção pela precariedade do material, que não possuía as cartelas costumeiramente utilizadas pelos pesquisadores.

Outro fato curioso foi o nome do documento anexado no site do TSE: “Questionário Novo Hamburgo Zucco 2”. Rodrigo Lorenzoni Zucco, conhecido como “delegado Zucco”, é o candidato a prefeito do partido Republicanos no município do Vale dos Sinos. Em 26 de outubro, a empresa retirou do site do TSE o documento original, o substituindo por um arquivo denominado “Questionário NH”. Foi anexado, então, um documento contendo as cartelas empregadas no questionamento aos eleitores.

Assim como em Porto Alegre e São Leopoldo, em 29 de outubro o juiz Ricardo Carneiro Duarte, responsável pela 172ª Zona Eleitoral (Novo Hamburgo), determinou que a primeira pesquisa realizada para a cidade não fosse tornada pública, impedindo a sua publicação em veículos de comunicação de qualquer natureza ou sites de redes sociais. Em novo despacho, no dia 03 de novembro, Duarte determinou que não seja divulgado um segundo levantamento realizado pela Foca Comunicação e suspendeu todas as pesquisas registradas pela empresa que tenham relação ao pleito de Novo Hamburgo, fixando multa diária para o caso de descumprimento da presente medida.

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Distribuição de roupas em Canoas: Veja os dias e os locais durante a semana

Redação

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Distribuição de roupas em Canoas: Veja os dias e os locais durante a semana

A Defesa Civil de Canoas iniciou uma série de ações volantes no último sábado, 27. Na Praça Cônego Lotário Steffens, no bairro Rio Branco, foram doados 5 mil itens para 319 pessoas. A distribuição de roupas e calçados para pessoas em situação de vulnerabilidade ou atingidas pela enchente de maio ocorre das 9h às 17h.

Atividades da semana

Na segunda-feira, 29, a primeira atividade da semana ocorreu na Praça Dona Mocinha, no bairro Niterói. Os locais das próximas edições serão anunciados posteriormente.

Próximos locais de distribuição

  • Segunda-feira, 29: Praça Dona Mocinha, Niterói (Av. Júlio de Castilhos, 300)
  • Terça-feira, 30: Avenida das Antenas, Fátima
  • Quarta-feira, 31: Conab, Mato Grande (Rua Santo Antônio, 465)
  • Quinta-feira, 1º: Praça do Loteamento Porto Belo, Harmonia
  • Sexta-feira, 2: Praça Pio X, Mathias Velho (Av. Rio Grande do Sul, 351)
  • Sábado, 3: Praça da Brigada, Guajuviras (Av. Dezessete de Abril, 42)
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Atualização do cronograma de coleta de lixo orgânico em Canoas

Redação

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Atualização do cronograma de coleta de lixo orgânico em Canoas

A coleta de lixo orgânico em Canoas voltou ao normal após as alterações causadas pela enchente de maio. O serviço ocorre regularmente em todos os bairros, seguindo o cronograma estabelecido pela Secretaria de Serviços Urbanos.

Diurno

Segunda, Quarta e Sexta-feira:

– Rio Branco / Elo Perdido
– Central Park / Morart
– Santo Operário / Vila Cerne
– Porto Belo / Natal / Mato Grande
– Mathias Velho / Santo Operário
– Mathias Velho

Terça-feira, Quinta e Sábado:

– Niterói / João de Barro
– Olaria / Jardim Atlântico / Estância Velha
– Estância Velha / Sete de Outubro / Nova Estância
– São João / Planalto / Boqueirão / Olaria
– Guajuviras / Contel
– Ozanan / Guajuviras
– Guajuviras / Residencial dos Jardins

Noturno

Segunda, Quarta e Sexta-feira:

– Centro / Marechal Rondon
– Nossa Senhora das Graças
– Harmonia / Mathias
– Mathias / São Luis
– São José / Parque Universitário / Ulbra
– Fátima
– Cinco Colônias / Vila Cerne

Terça-feira, Quinta e Sábado:

– Centro / Marechal Rondon
– Nossa Senhora das Graças
– Ideal / Cidade Nova / N S Graças
– Niterói / Vila Fernandes
– Niterói
– Bela Vista / Moinhos
– Igara
– Rio Branco / Elo Perdido
– Central Park / Morart
– Santo Operário / Vila Cerne
– Porto Belo / Natal / Mato Grande
– Mathias Velho / Santo Operário
– Mathias Velho

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Canoas 85 anos

LADO OESTE: Como as características do terreno definem a relação de Canoas com as águas

Redação

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Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

Muitos canoenses se relacionam com o território da cidade como uma área dividida. Há a Canoas a Leste dos trilhos da Trensurb e da BR-116, e há a Canoas do lado Oeste.

Essa última chegou nos noticiários ao redor do mundo com as enchentes de maio de 2024, por ter sido uma das regiões mais atingidas da Região Metropolitana. A água chegou a marcas históricas por conta do volume de chuvas e das falhas no sistema de diques, nos bairros Fátima, Rio Branco e Mathias Velho.

Mas essa dualidade entre os polos da cidade é, de fato, um processo histórico. “Essa lateralidade vem desde os processos de formação urbana da cidade, no século 19”, afirma o historiador Airan Milititsky Aguiar, chefe da unidade de Museu e Arquivo do Arquivo Histórico Municipal de Canoas.

Há, pelo menos, registro de quatro grandes enchentes na história da Região Metropolitana e na capital, Porto Alegre. Além de 2024, há outras em 1967 e em 1941.

A primeira, entretanto, ocorreu antes mesmo do estabelecimento da estrada de ferro que daria origem a Canoas, em 1874. Um ano antes, em 1873, registros históricos apontam que a construção da malha ferroviária foram atrasadas por uma grande cheia dos rios do Sinos, Gravataí e do lago Guaíba.

Formação católica

Segundo Airan, as estruturas que possiblitaram a consolidação do município que começou como um povoado em torno da linha férrea se originaram todas do lado Leste. A Paróquia São Luís Gonzaga cuja matriz hoje está junto à Praça da Bandeira, no Centro, inicialmente foi construída na Av. Santos Ferreira.

Inaugurada em 21 de julho de 1898 com construção em estilo barroco, a igreja precede a chega dos irmãos lassalistas, em 1908, e das freiras do que viria a ser o Colégio Maria Auxiliadora, em 1944. Sua mudança de endereço está ligada a disputas pelo terreno da igreja e suas adjacências.

Com a demolilção do antigo prédio, as pedras fundamentais que simbolizam a sede religiosa foram movidas para a atual base, já do lado Oeste de Canoas, na Rua Cônego José Leão Hartmann. A nova igreja, feita em estilo gótico, começou a ser feita em 1926, com a primeira missa celebrada em 1931.

A rua leva o nome do padre, natural do município de Harmonia, que comandou a paróquia de 1941 até 1975, e ainda auxiliou párocos subsequentes até 1986, dois anos antes de seu falecimento. Ele foi sepultado no antigo Cemitério Católico de Canoas, em cerimônia celebrada por mais de vinte padres e presença de grande público.

A Igreja São Luiz Gonzaga fica numa das regiões altas do Lado Oeste

Terreno difícil

A vulnerabilidade da parte mais baixa da cidade em relação aos rios, em especial no lado Oeste, passou a ficar mais evidente depois da emancipação, ocorrida em 1939.

Entretanto, há registros de que já se sabia do potencial para que as cheias ocorressem ali há mais de 100 anos. “Em estudos recentes do invetário, ficou claro que há mapas que delimitam a área de enchente da região ainda no século 19”, explica Airan. Essas marcas, segundo ele, são semelhantes às regiões que foram atingidas do lado Oeste no mês de maio.

Há, também nos arquivos municipais, registros de como a área desses bairros, antes ocupados por plantações de arroz, eram problemáticas para o estabelecimento de construções. Devido à dinâmica hídrica, o solo acumulava inclusive material orgânico.

Por isso que, ao longo dos anos, grandes edifícios não foram construídos na parte Oeste. “Temos relatos do prefeito Hugo Simões Lagranha, ainda em primeiro mandato, falando sobre como esses acúmulos às vezes produziam fogo, porque realmente esses depósitos podem sofrer combustão espontânea”, contorna Airan.

Plano Diretor

O desenvolvimento de projetos urbanos de habitação em áreas como o Harmonia e Mathias Velho começou entre as décadas de 1950 e 1960.

O históriador do Arquivo Público Municipal aponta que, naquela época, a cidade ainda não dispunha de um Plano Diretor, o que permitiu que as construtoras pudessem fazer o que fosse possível na região sem restrições. “Na ausência do regramento, isso podia acontecer”, diz Airan.

Os contratos originais com as construtoras para a construção de casa no Mathias, foram assinados por Walter Peracchi Barcelos, governador do Rio Grande do Sul entre 1966 e 1971, no começo da ditadura militar. Esses contratos apontavam que tudo deveria ser feito conforme o Plano Diretor de Canoas. Entretanto, o documento não existia nessa época.

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