Comunidade
Empresa que assumirá HU, HPSC e UPAs sob suspeita
Funcionários contestam a escolha da gestora e o novo formato de contratações
Com o fim do contrato entre a Prefeitura e o grupo Mãe de Deus, o Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) e o Hospital Universitário (HU), assim como duas UPAs da cidade, terão sua administração transferida para outro ente privado. Embora a vencedora da licitação tenha sido a Crus Vermelha, ela foi desclassificada, e o segundo colocado, o grupo Gamp, foi escolhido para assumir as instituições. No entanto, tanto a escolha quanto a forma gestão que será adotada são contestadas antes mesmo do começo da operação.
Médicos especialistas do HPSC afirmam que foram informados de que terão que pedir demissão e abrir mão da multa rescisória para que sejam recontratados como pessoa jurídica na gestão da Gamp. Segundo a fonte, que preferiu não se identificar, os profissionais foram avisados em conversas preliminares que não serão recontratados se não concordarem com estas exigências do novo grupo gestor.
Entramos em contato com a Prefeitura para questionar sobre o que levou à desclassificação da vencedora original, a Cruz Vermelha, na licitação e também para recebermos a informação precisa a respeito da data em que o Gamp assumirá a operação das quatro instituições canoenses. Perguntamos também à administração municipal se os médicos terão, de fato, a contratação como pessoa jurídica como única opção.
A atual administração da Prefeitura, como tem feito nas últimas semanas com diversos temas, não respondeu os questionamentos de forma direta, e enviou a seguinte nota: “A Secretaria Municipal de Saúde informa que todo o processo de licitação está disponível no portal da transparência da Prefeitura, aonde constam as atas de julgamento, com as respectivas decisões da comissão de licitação. Estamos no período de transição, e conforme prevê no edital e no Termo de Fomento, assinado com a entidade vencedora, todos os contratos serão sucedidos”.
Procuramos também a assessoria de imprensa de Luiz Carlos Busato (PTB). A equipe, como tem feito durante todo o período de transição, informou que o prefeito eleito preferiu não opinar a respeito de ações do governo Jairo Jorge (PT).
Incerteza
Desde setembro a situação nos corredores do Pronto Socorro é de pressão e pânico para os funcionários. Na época, um funcionário que preferiu não se identificar, por medo de represálias, confirmou que existia um sentimento de incerteza dentro do HPSC, uma vez que a licitação obriga o novo responsável pelo hospital a se responsabilizar por contratar todos os funcionários do quadro atual, mas não garante que eles serão mantidos depois do período de experiência de três meses.
A respeito do impacto da incerteza da manutenção dos empregos, o funcionário disse:”Para quem precisa do emprego como única fonte de sustento, principalmente nessa época de crise, está sendo bem complicado. O que eu acho mais estranho nisso tudo é que mesmo com o Mãe de Deus estando para sair do HPSC, eles continuam contratando gente. Imagina o quanto é complicado a pessoa ser contratada com o risco de ser demitida em três meses?”.
Gestão polêmica
Vale lembrar que a gestão do Pronto Socorro gerou grande debate na cidade em 2010, quando a Prefeitura anunciou a criação de uma Fundação Municipal de Saúde para administrar o hospital em caráter definitivo. Na época, o Grupo Mãe de Deus foi anunciado como uma solução provisória, até que a fundação estivesse estruturada para assumir a casa de saúde. Passados seis anos, a fundação segue administrando apenas postos de saúde e sem cumprir seu propósito original, enquanto uma nova licitação define quem irá cuidar do HPSC pelos próximos cinco anos.
Em entrevista exclusiva a OT, publicada neste ano, o presidente da Fundação, Mauro Guedes, afirmou que precisaria de pouco tempo para se preparar para assumir o HPSC, podendo ser ainda mais rápido se houvesse intervenção da Justiça: “Em termos de transferência de gestão, é a basicamente o tempo de se realizar concursos públicos, um trâmite que levar cerca de seis meses. No caso de haver uma determinação da Justiça, isso pode ser realizado através de processo simplificado emergencial, o que leva cerca de três meses. Obviamente o ideal sempre é fazer da forma tradicional, via concurso”.
Comunidade
Programa de benefício de R$ 2 mil a famílias afetadas pelas chuvas de junho retoma cadastramento

O cadastramento para o programa Volta por Cima já está aberto em Canoas. A medida é voltada a famílias atingidas pelas chuvas e enchentes ocorridas entre 14 e 20 de junho de 2025 e segue até o dia 5 de setembro, nos CRAS Harmonia, Mathias Velho e Rio Branco, conforme o endereço de residência.
O benefício, no valor de R$ 2 mil em parcela única, é destinado a famílias em situação de vulnerabilidade social que atendam aos requisitos estabelecidos pelo Decreto Estadual 58.235/2025. O objetivo é garantir apoio financeiro emergencial às pessoas que não foram identificadas automaticamente pelo mapeamento do governo estadual.
Podem solicitar o benefício as famílias que:
- Tenham sido desabrigadas ou desalojadas em razão das chuvas intensas e enchentes de junho de 2025;
- Não tenham sido identificadas automaticamente pelo mapeamento do governo estadual;
- Residam em município com decreto de situação de emergência ou calamidade pública homologado pelo Estado;
- Estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) como pobres ou extremamente pobres, com atualização nos últimos 12 meses.
Segundo o secretário de Assistência Social, Márcio Freitas, o cadastramento representa uma oportunidade de reparação para as famílias que ainda não tinham sido contempladas,
“O programa busca assegurar que todas as pessoas em situação de maior vulnerabilidade, impactadas pelas chuvas de junho, recebam o benefício e possam enfrentar este momento com mais dignidade”, destacou.
Comunidade
Governo do Estado paga mais de R$ 1,3 milhão do Programa Volta por Cima a famílias atingidas pelas chuvas de junho

O governo do Rio Grande do Sul realizou, nesta quarta-feira, 20, o pagamento de R$ 1,3 milhão em benefícios do Programa Volta por Cima para famílias afetadas pelas chuvas e enchentes registradas entre 14 e 20 de junho de 2025. Os valores foram creditados no Cartão Cidadão de 686 famílias de nove municípios, concluindo o sexto lote da iniciativa.
Com esse repasse, o programa já soma mais de R$ 5,3 milhões destinados a famílias em situação de vulnerabilidade. Cada núcleo familiar desalojado ou desabrigado recebeu R$ 2 mil, conforme critérios definidos em decreto estadual, que incluem comprovação de residência em áreas atingidas, cadastro atualizado no CadÚnico e reconhecimento da situação de emergência ou calamidade no município.
O benefício é gerido pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), com apoio da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), da Secretaria da Fazenda (Sefaz) e do Banrisul. Inicialmente, o governo havia destinado R$ 4 milhões ao programa, ampliados com um novo aporte de R$ 1,3 milhão.
As famílias contempladas foram identificadas por meio de mapeamento das áreas afetadas, realizado com imagens de satélite e cruzamento de dados oficiais, em parceria com prefeituras. Em casos excepcionais, municípios poderão cadastrar beneficiários não incluídos automaticamente.
O pagamento é feito pelo Cartão Cidadão. Quem já possui o documento pode acessar o recurso imediatamente. Para os novos beneficiários, o cartão estará disponível para retirada em agências do Banrisul a partir de 4 de setembro, com prazo até 30 de novembro. Valores não resgatados até essa data retornarão aos cofres públicos.
Todas as informações sobre os repasses estão disponíveis no Portal da Transparência do Estado. Denúncias podem ser encaminhadas pela Central do Cidadão.
Nesta etapa, foram contemplados moradores de Eldorado do Sul, Esteio, Mata, Nova Santa Rita, Restinga Sêca, Rio Pardo, São Vicente do Sul e Sapucaia do Sul e Triunfo.
Comunidade
XVI Conferência Municipal da Assistência Social reúne comunidade e entidades em Canoas

Na quinta-feira, 14, a Associação Pestalozzi de Canoas foi palco da XVI Conferência Municipal da Assistência Social, que teve como tema “20 anos do SUAS: Construção, Proteção Social e Resistência”. O evento reuniu usuários, trabalhadores, entidades e gestores da política de assistência social, promovendo debates e a troca de experiências.
O objetivo, conforme a gestão municipal, foi fortalecer as ações de assistência social no município, com espaço para discussão sobre políticas públicas municipais, estaduais e nacionais. Para Edina Aparecida Alegro, presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, “estamos aqui num momento muito importante de fala para tratar de políticas ligadas à assistência social em todas as esferas”.
Participante do encontro, Paola Estalamartes, integrante da Associação das Senhoras das Campanhas dos Bebês, destacou a relevância do apoio recebido: “Somos gratos pelo apoio da Prefeitura e de instituições parceiras. Nosso foco é trabalhar o fortalecimento do vínculo familiar”.
Representando a gestão municipal, o secretário de Assistência Social, Márcio Freitas, reforçou o compromisso com a área: “Estamos participando deste grande evento com o comprometimento de manter e ampliar as políticas públicas de assistência social, voltadas especialmente para a população que mais precisa”.
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