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07/09/2024
 

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GREVE DOS BANCÁRIOS: Longa pauta de reivindicações e recorde de agências fechadas

OAB ingressou com ação na Justiça do Trabalho para garantir funcionamento mínimo de 30%

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A greve dos bancários já atingiu marcas históricas. Até a quinta-feira, 22, completou 17 dias em greve com 13.398 agências fechadas. Os bancários intensificaram a greve em todo o país em resposta ao que chamam de “silêncio intransigente dos banqueiros”. No seu entendimento, eles se negam a retomar as negociações e apresentar outras propostas.  Na quarta-feira, 21, na área de abrangência do SindBancários, 297 agências ficaram fechadas, totalizando 982 em todo o Rio Grande do Sul.

A agenda do sindicato tem atividades até a segunda-feira. Na sexta-feira, 23, haverá panfleteação de carta aberta à população às 8h30min e, ao meio-dia, um almoço coletivo dos bancários, na Casa dos Bancários (General Câmara, 424, Centro Histórico de Porto Alegre). Na Segunda, dia 26, às 8h30min, saída dos Piquetes Móveis de fortalecimento da Greve da Casa dos Bancários. As 11 horas realizarão um ato de repúdio à Ordem dos Advogados do Brasil, subseção gaúcha e, às 14 horas, uma assembleia de organização da greve na Casa dos Bancários.

Para o diretor do SindiBancários, Célio Santos, a adesão em Canoas é boa. “Canoas, Esteio, Nova Santa Rita e Sapucaia do Sul, que é a nossa região, são 56 agências fechadas, considerando bancos públicos e privados e mais duas atendendo parcialmente. Ao todo são 58 agências na região”, relata. Para ele, o aviso antecipado da greve ajudou a não causar prejuízos à população. “Até o início da greve foi amplamente divulgado em jornais, rádios e a população correu para os bancos. Foi bastante movimento e hoje, durante a greve, não houveram problemas exagerados de confusão com os clientes. Os caixas eletrônicos também estão funcionando”, conta.

 

OAB critica

A OAB/RS ajuizou ação na Justiça do Trabalho pedindo que os bancos mantenham o atendimento mínimo de 30% “às partes e advogados, nos Foros de todo o Estado, durante o movimento grevista”. A ação foi distribuída na sexta-feira, 16, por sorteio, ao juiz Guilherme da Rocha Zambrano, nome que a Ordem pediu que se nomeasse impedido já que possui uma ação judicial contra a Ordem gaúcha.

O presidente, Ricardo Breier, enfatizou que a advocacia e a cidadania estão sofrendo prejuízos pela demora da apreciação. “Importantes perdas estão sendo impostas aos cidadãos por causa da demora da prestação jurisdicional neste assunto, ainda mais em razão de que o magistrado deveria se declarar de plano impedido, por estar litingando judicialmente contra a OAB/RS”, disse.

 

Bancários repudiam

Em uma extensa nota de repúdio a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) disse que “recebeu com indignação a notícia de que seccionais estaduais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) estariam impetrando ações com pedido de liminar corporativista na Justiça do Trabalho, tendo como réus Sindicatos de Bancários”. Segundo a nota, “as ações pretendem decisões liminares para garantir a advogados o direito de adentrarem nas agências bancárias para receberem o pagamento de alvarás judiciais”.

A confederação reafirmou seu respeito pela Ordem e pela sua história, “mesmo nos momentos em que divergimos de suas posições” e disse que aceitaria as determinações legais, “mas não passivamente. Estamos buscando os recursos legais cabíveis diante da casuística postura corporativista travestida de nobre preocupação social. Por culpa dos banqueiros a greve continua. Nossa greve é justa, nossas reivindicações são justas e os bancos podem atendê-las”, concluiu a nota.

 

Principais reivindicações dos bancários

Reajuste salarial: reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real;

PLR: Três salários mais R$8.317,90;

Piso: R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último);

Vale alimentação: No valor de R$ 880,00 ao mês;

Vale refeição: No valor de R$ 880,00 ao mês;

13ª cesta e auxílio-creche/babá: No valor de R$ 880,00 ao mês;

Melhores condições de trabalho: Com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários;

Emprego: Fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas;

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): Para todos os bancários;

Auxílio-educação: Pagamento para graduação e pós;

Prevenção contra assaltos e sequestros: Permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

Igualdade de oportunidades: Fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Prefeitura disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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