Conecte-se conosco

header-top



 




 

19/04/2024
 

Comunidade

Sindilojas aperta o cerco contra o comércio ilegal no centro

Avatar

Publicado

em

Vendedores ambulantes estão cada vez em maior número no centro. Foto: Bruno Lara/OT.

Vendedores ambulantes estão cada vez em maior número no centro. Foto: Bruno Lara/OT.

 

Por Bruno Lara e

Émerson Vasconcelos

 

Na última quarta-feira, 15, no almoço de confraternização da reunião ordinária de diretoria do Sindilojas Canoas, a principal pauta foi a proliferação do comércio ilegal na cidade. O presidente em exercício da entidade, Itamar Tadeu Barboza da Silva e vários dos demais participantes questionaram veementemente o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE), Francisco Valmor Marques de Ávila, sobre os vendedores ambulantes que se instalam cada vez mais no Centro da cidade. Tadeu argumentou que eles se instalam de forma irregular e comercializam produtos piratas, concorrendo de forma desleal com o comércio legalizado.

Pirataria

E não são apenas os ambulantes que se classificam como uma preocupação para o Sindilojas. Estabelecimentos com loja física em ponto físico também vem trabalhando com produtos piratas, que muitas vezes oferecem riscos à saúde do consumidor, como no caso de óculos falsificados. O presidente licenciado do Sindicato, Denério Neumann Denerio, que também participou do almoço, lembrou que há cerca de três anos a pirataria chegou a cair neste mercado, mas por pouco tempo: “O Brasil deu uma ensaiada de sairmos para ter qualidade. Começou a se olhar a qualidade. Depois foi caindo e hoje estamos no extremo. O consumidor, lá na ponta, é a grande vítima e ele não sabe o que está acontecendo, não tem ideia de que está comprando uma lente sem qualidade”.

Segundo ele, “das cerca de 65 óticas funcionando em Canoas, um grande grupo não está legalizado. Sem diploma, sem qualidade nenhuma, e está funcionando. Aquelas que estão mais organizadas são as que são fiscalizadas”, criticou.

Mercado dominado

Roberto Vargas, representante do Sindióticas na reunião, disse que a pirataria já constitui mais da metade do mercado do setor. “A ilegalidade assume, no nosso mercado, uma posição assustadora e um prejuízo igualmente assustador. Existem, na verdade, grandes estruturas criminosas por trás dessas vendas ambulantes. O comércio de ótica hoje, ilegal, representa 60% do comércio de ótica”, apontou.

Vargas ainda voltou a pontuar a respeito dos ambulantes, opinando que muitas vezes eles alegam, para não serem impedidos de vender nas ruas, que são de origem indígena. “A venda por indígenas não se pode combater, pois está protegida em legislação federal, mas o produto não está. O que se pode questionar não é a ocupação do espaço, mas o produto em si comercializado, não pode ser pirataria”, disse.

Problema de polícia?

Representando a SMDE, Ávila afirmou que os fiscais de sua secretaria só podem recolher mercadorias, mas que o trabalho de reprimir estas vendas informais seria da polícia. “Os índios tem um certo privilégio, mas eu penso diferente. Eles não podem ter um tratamento desigual. A ex-secretária Simone leite negociou com os índios para colocar suas bancas em cinco espaços no município para vender artesanato e existe um decreto feito pelo prefeito Jairo Jorge, que proíbe a instalação de novos ambulantes no centro da cidade. Meu compromisso é, junto com o pessoal da Funai, reestabelecer os cinco locais e que vendam apenas artesanato”, se compromete.

Segundo o secretário, em 2014, a Prefeitura apreendeu 2.779 mercadorias. Neste ano, porém, apenas nos últimos dois meses foram apreendias 2.035 mercadorias ilegais. Questionado sobre a discrepância nos números de apreensões entre o ano passado e este, Francisco apontou que se dá em função do quadro de funcionários. “Agregou-se fiscais. Eramos quatro no Desenvolvimento Econômico. Com o último concurso recebemos mais três fiscais. Isso permitiu que, além dos trabalhos burocráticos, mas pessoas pudessem ir para a rua e fazer essa ação”, resumiu.

Continuar a ler
Clique em Comentário

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Comunidade

GUAJUVIRAS 37 ANOS: Moradores lembram da luta pela moradia no surgimento do segundo maior bairro de Canoas

Redação

Publicado

em

Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

Nesta quarta-feira, 17, um dos maiores bairros de Canoas comemora 37 anos de existência. Em 17 de abril de 1987, começava a ocupação do que viria a se tornar o Guajuviras. Com 42.749 habitantes, é o segundo em termos de população na cidade. Mas para quem mora lá, vem em primeiro lugar.

Trajetória

A história do bairro é também uma história de lutas. Originalmente, o espaço do Guajuviras era chamado de Conjunto Habitacional Ildo Meneghetti. No local, construído pela Companhia de Habitação do Estado do Rio Grande do Sul (Cohab) haviam 5.974 unidades habitacionais, muitas delas abandonadas, e que foram ocupadas para formar o que inicialmente foi considerado uma invasão. A obra, que deveria ter 6.400 unidades, nunca foi finalizada pelo órgão estadual e, por isso, não havia sido entregue aos inscritos no programa de habitação popular. A Cohab chegou a tentar repassar as obras à Prefeitura de Canoas em 1984, sem sucesso.

Isso ocorria por conta da conjuntura econômica do país no período. Em 1987, o Brasil estava no período da hiperinflação, com mais de 250% ao ano após o fim do Plano Cruzado. Havia desabastecimento, e o preço dos alugueis se tornava demais para que muitos pudessem pagar.

Foto: Marcelo Grisa/OT

Espera e invasão

Herminio Farinha Vargas chegou no primeiro dia. Aquele 17 de abril era um domingo de Páscoa, e Farinha recebeu o aviso de que muitos estavam indo para lá. Ele e sua esposa, Otacília, foram até o local. “A gente nunca quis o direito de ganhar uma casa, mas o direito de pagar o preço justo por uma. Muitos, como nós, estávamos inscritos na Cohab”, diz.

Otacília explica que a situação se arrastava há anos. “Já tinha um tempo que o pessoal dizia que seria o ideal invadir. Eu passei um dia todo no sol, grávida, em frente à Praça do Avião, para me inscrever na Cohab, em 1982. Cinco anos depois e nada. Pior: algumas moradias já começavam a ser invadias por gente até de municípios vizinhos, que não estavam inscritas”, lamenta.

Maria Aparecida Flores estava no Guajuviras desde os primeiros dias da ocupação. Chegou com dois filhos. A filha mais velha e o marido não quiseram vir de Arambaré, onde morava. A nova vida começava com desafios extras. “O terreno onde hoje fica a igreja de Nossa Senhora Aparecida estava com uma cerca. Eu e mais umas 20 mulheres derrubamos. Precisávamos também de um espaço para a comunidade. Fizemos oficinas, forno coletivo para fazer pão, e conversávamos sobre as nossas vidas e nossos direitos”, recorda.

Ela lembra que, naquele momento de transição democrática do Brasil, ainda haviam resquícios da repressão dos anos da ditadura militar, que terminou oficialmente em 1985. “Antes de vir a Brigada Militar, mandaram o Exército para cercar o bairro. Ninguém entrava, ninguém saía. Fiquei dez dias sem comer por conta disso. Quando a ajuda chegou, eu tentei me alimentar e vomitei”, relata.

Foto: Marcelo Grisa/OT

Organização

Cida, como é conhecida no bairro, também fez parte da Comissão dos Setenta, o grupo que atuava nas negociações junto à Cohab. Ela aponta que a organização entre os moradores foi fundamental para garantir o direito à moradia. “Nós nunca fizemos nada debaixo dos panos. Tínhamos os líderes de cada quadra, que precisavam saber tudo que discutíamos em conjunto. Depois cada um precisava ir na sua quadra, chamar todo mundo e repassar”, explica.

Farinha, que também integrou o grupo, diz que o esforço precisava ser constante, com reuniões diárias. “Era difícil. Não tínhamos água, luz, nada. E a maioria de nós trabalhava. O encontro começava às 20 horas e terminava entre uma e duas da manhã. Mas valeu a pena”, observa.

Continuar a ler

Comunidade

Moradores dos bairros Niterói e Nossa Senhora das Graças podem agendar castração de cães e gatos na quarta-feira, 27

Redação

Publicado

em

Moradores dos bairros Niterói e Nossa Senhora das Graças podem agendar castração de cães e gatos na quarta-feira, 27

As inscrições para agendamento da castração de cães e gatos desta semana será na região Sudeste de Canoas. Na quarta-feira, 27, os interessados podem buscar o serviço na Subprefeitura, localizada na rua Marechal Rondon, 100, no bairro Niterói.

Na quinta-feira, 28, no mesmo bairro, o agendamento acontecerá na Praça da Juventude João de Barro. As iniciativas são gratuitas e ocorrem das 9 horas às 12 horas. No total, serão disponibilizadas 40 fichas para cada local.

A ação é promovida pela Secretaria de Bem-Estar Animal.

O que precisa levar

Os tutores interessados em solicitar o serviço devem comparecer no local, com documento de identidade, comprovante de residência e CPF. É preciso também ter renda familiar per capita de até três salários mínimos e estar inscrito no CadÚnico.

Apenas os moradores da região da Subprefeitura, que abrange os bairros Nossa Senhora das Graças e Niterói, podem encaminhar o atendimento. Não é necessário levar o animal para fazer a inscrição.

 

Continuar a ler

Comunidade

Quatro cães são resgatados em situação de abandono em Canoas

Redação

Publicado

em

Quatro cães são resgatados em situação de abandono em Canoas - Foto: Renan Caumo

A Secretaria de Bem-Estar Animal (SMBEA) fez na terça-feira, 19, o resgate de quatro cachorros no bairro São José. Os cães, três fêmeas e um macho, estavam em situação de abandono em uma casa.

Na denúncia, é relatado que os maus-tratos aconteciam desde o ano passado. As equipes de fiscalização da SMBEA, a Guarda Municipal e a Polícia Civil estiveram presentes na ação.

Resgate de cães no bairro São José - Foto: Renan Caumo

Resgate de cães no bairro São José – Foto: Renan Caumo

Após o resgate, a equipe realizou um boletim de ocorrência na delegacia e os cães foram encaminhados para a Secretaria, onde devem passar por exames e tratamento adequado, de acordo com a diretora de Saúde Animal e médica veterinária da SMBEA, Katia Gueiral Lima.

“Eles receberão todo o suporte nutricional adequado, as medicações e vacinação, porque não sabemos como estavam antes”, completou. Essa já é a segunda vez que esses animais são resgatados pela secretaria.

O titular da pasta, Paulo Facio, reforçou que as equipes da SMBEA estão fazendo as fiscalizações e farão os resgates sempre que necessário.

“É impressionante o estado dos animais que estavam ali. Por isso, ressaltamos que a Prefeitura de Canoas está nas ruas fiscalizando. A SMBEA está checando as denúncias de maus-tratos. E nós vamos retirar, sim, os animais, caso seja preciso. Nós vamos combater os maus-tratos a animais em Canoas”, disse.

Abandono é crime; denuncie!

O abandono de animais é crime, de acordo com a lei 9.605/98. Em 2020, com a aprovação da lei 14.064 houve um aumento na pena para maus-tratos, prevendo de dois a cinco anos, multa e proibição de guarda.

Continuar a ler
publicidade

Destaques

Copyright © 2023 Jornal Timoneiro. Developed By Develcomm