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17/09/2025
 

Comunidade

Dois bairros sofrem com postes menores e mau atendimento

AES Sul troca postes e deixa clientes insatisfeitos com quedas de energia constantes

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Fios atordoam os bairros de Canoas. Foto: Marcelo Grisa

Fios atordoam os bairros de Canoas. Foto: Marcelo Grisa

Por Marcelo Grisa

Os moradores dos bairros Cinco Colônias e Harmonia, principalmente aqueles que moram nas imediações da avenida República, têm passado por diversas dificuldades no fornecimento de eletricidade e internet. Há cerca de 18 meses, cada troca de postes antigos acompanha um sentimento de apreensão por parte dos habitantes.

Ouça trecho do programa OT Notícias sobre o assunto:


Para Luiz Odir Araújo, de 67 anos, morador da Cinco Colônias, o problema começa na abordagem dos funcionários da AES Sul que fazem a colocação dos postes. “O poste caiu, por alguma intempérie, e vieram colocar um novo. Eu achei que o poste que eles estavam colocando era menor do que aquele que funcionava ali até aquele momento. Fui questionar os funcionários sobre isso e do motivo de não não colocarem um poste de concreto. Eles simplesmente me disseram que o serviço era deles e que eu não podia pedir a altura do poste porque eu não conhecia o trabalho. Para não gerar uma confusão maior, deixei por assim mesmo”, relatou.
O militar da reserva também explicou que na rua das Araras, na qual os postes variam de altura em diversos pontos, foram incontáveis as ocasiões nas quais ficaram sem luz durante seis, 12 ou até 18 horas. Ele e outros moradores não sabem a quem recorrer para resolver a situação. Segundo a Secretaria de Comunicação da Prefeitura, as questões relativas à altura e colocação de postes são de inteira responsabilidade da AES Sul, empresa concessionária do serviço no município.
Há relatos de transições sobre a via que caem cada vez que um caminhão de grande porte passa – o que não deveria ocorrer no local. Somente na rua das Araras, isso aconteceu pelo menos cinco vezes durante os últimos 18 meses. Após caso de grande repercussão na mídia estadual, a transição foi erguida; o efeito não eliminou, mas ao menos minimizou o problema.

Não é difícil ver os fios caídos em praticamente todas as ruas da cidade. Foto: Marcelo Grisa

Não é difícil ver os fios caídos em praticamente todas as ruas da cidade. Foto: Marcelo Grisa

Na via paralela, a rua das Araucárias, acontecem problemas similares: postes tortos, linhas de telefone passando na altura das garagens e das paradas de ônibus, e muitos restos de fios partidos atrapalhando o passeio público. Em um dos becos, o aposentado Adalberto Marinho, 67 anos precisou amarrar o fio de telefone na árvore em frente à sua casa. Só assim foi possível que ele e seus familiares, assim como um vizinho, voltassem a guardar seus carros nas respectivas garagens.
Mais adiante, no cruzamento das ruas Carlos Gomes e Saldanha da Gama, no Harmonia, um novo descaso à vista de todos: apesar da esquina já ter um novo poste, de concreto armado, outros dois, de madeira, continuam com a maioria das linhas de transmissão de energia e de telefonia. Ambos estão visivelmente inclinados para a área de um estúdio de música, que fica no curto espaço entre esta entrada e o ponto onde se encontram a Saldanha da Gama e a rua Coronel Camisão.
“A gente precisa ficar sempre reclamando pra AES Sul ou para as operadoras de telefone”, explica o tatuador José Luiz Kayser Vargas, de 53 anos. “Há pouco mais de uma semana, teve um vento mais forte, coisa de só dois minutos, e ficamos sem luz por quatro horas. Meu filho está cuidando da filha recém-nascida. Meu estúdio depende da luz elétrica. Como que não são aplicadas metas e multas para a concessionária?”, criticou.
Procurada, a AES Sul não informou à reportagem de O Timoneiro sobre seus padrões de colocação de postes até o fechamento desta matéria.
Enquanto isso, na Câmara Municipal, há pelo menos dois Projetos de Lei Municipal recentes sobre a questão. O de número 12/2016, do vereador Ivo Lech (PMDB), quer instituir a proibição de instalação de novos postes de madeira pela AES Sul. Já o de número 19/2016, do vereador Julio Barbosa (PP), institui novas condutas no Código de Posturas, detalhando como deve ser feita a troca de postes na cidade. Esta segunda proposição também proíbe a utilização de madeira, além de eliminar o uso de escoras e talas para manter postes em pé pela concessionária, bem como esmiúça como ela deve se portar diante de outras empresas que fazem uso da estrutura – como as operadoras de telefonia.

 

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Programa de benefício de R$ 2 mil a famílias afetadas pelas chuvas de junho retoma cadastramento

Redação

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Programa de benefício de R$ 2 mil a famílias afetadas pelas chuvas de junho retoma cadastramento

O cadastramento para o programa Volta por Cima já está aberto em Canoas. A medida é voltada a famílias atingidas pelas chuvas e enchentes ocorridas entre 14 e 20 de junho de 2025 e segue até o dia 5 de setembro, nos CRAS Harmonia, Mathias Velho e Rio Branco, conforme o endereço de residência.

O benefício, no valor de R$ 2 mil em parcela única, é destinado a famílias em situação de vulnerabilidade social que atendam aos requisitos estabelecidos pelo Decreto Estadual 58.235/2025. O objetivo é garantir apoio financeiro emergencial às pessoas que não foram identificadas automaticamente pelo mapeamento do governo estadual.

Podem solicitar o benefício as famílias que:

  • Tenham sido desabrigadas ou desalojadas em razão das chuvas intensas e enchentes de junho de 2025;
  • Não tenham sido identificadas automaticamente pelo mapeamento do governo estadual;
  • Residam em município com decreto de situação de emergência ou calamidade pública homologado pelo Estado;
  • Estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) como pobres ou extremamente pobres, com atualização nos últimos 12 meses.

Segundo o secretário de Assistência Social, Márcio Freitas, o cadastramento representa uma oportunidade de reparação para as famílias que ainda não tinham sido contempladas,

“O programa busca assegurar que todas as pessoas em situação de maior vulnerabilidade, impactadas pelas chuvas de junho, recebam o benefício e possam enfrentar este momento com mais dignidade”, destacou.

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Comunidade

Governo do Estado paga mais de R$ 1,3 milhão do Programa Volta por Cima a famílias atingidas pelas chuvas de junho

Redação

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Programa de benefício de R$ 2 mil a famílias afetadas pelas chuvas de junho retoma cadastramento

O governo do Rio Grande do Sul realizou, nesta quarta-feira, 20, o pagamento de R$ 1,3 milhão em benefícios do Programa Volta por Cima para famílias afetadas pelas chuvas e enchentes registradas entre 14 e 20 de junho de 2025. Os valores foram creditados no Cartão Cidadão de 686 famílias de nove municípios, concluindo o sexto lote da iniciativa.

Com esse repasse, o programa já soma mais de R$ 5,3 milhões destinados a famílias em situação de vulnerabilidade. Cada núcleo familiar desalojado ou desabrigado recebeu R$ 2 mil, conforme critérios definidos em decreto estadual, que incluem comprovação de residência em áreas atingidas, cadastro atualizado no CadÚnico e reconhecimento da situação de emergência ou calamidade no município.

O benefício é gerido pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), com apoio da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), da Secretaria da Fazenda (Sefaz) e do Banrisul. Inicialmente, o governo havia destinado R$ 4 milhões ao programa, ampliados com um novo aporte de R$ 1,3 milhão.

As famílias contempladas foram identificadas por meio de mapeamento das áreas afetadas, realizado com imagens de satélite e cruzamento de dados oficiais, em parceria com prefeituras. Em casos excepcionais, municípios poderão cadastrar beneficiários não incluídos automaticamente.

O pagamento é feito pelo Cartão Cidadão. Quem já possui o documento pode acessar o recurso imediatamente. Para os novos beneficiários, o cartão estará disponível para retirada em agências do Banrisul a partir de 4 de setembro, com prazo até 30 de novembro. Valores não resgatados até essa data retornarão aos cofres públicos.

Todas as informações sobre os repasses estão disponíveis no Portal da Transparência do Estado. Denúncias podem ser encaminhadas pela Central do Cidadão.

Nesta etapa, foram contemplados moradores de Eldorado do Sul, Esteio, Mata, Nova Santa Rita, Restinga Sêca, Rio Pardo, São Vicente do Sul e Sapucaia do Sul e Triunfo.

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XVI Conferência Municipal da Assistência Social reúne comunidade e entidades em Canoas

Redação

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XVI Conferência Municipal da Assistência Social reúne comunidade e entidades em Canoas

Na quinta-feira, 14, a Associação Pestalozzi de Canoas foi palco da XVI Conferência Municipal da Assistência Social, que teve como tema “20 anos do SUAS: Construção, Proteção Social e Resistência”. O evento reuniu usuários, trabalhadores, entidades e gestores da política de assistência social, promovendo debates e a troca de experiências.

O objetivo, conforme a gestão municipal, foi fortalecer as ações de assistência social no município, com espaço para discussão sobre políticas públicas municipais, estaduais e nacionais. Para Edina Aparecida Alegro, presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, “estamos aqui num momento muito importante de fala para tratar de políticas ligadas à assistência social em todas as esferas”.

Participante do encontro, Paola Estalamartes, integrante da Associação das Senhoras das Campanhas dos Bebês, destacou a relevância do apoio recebido: “Somos gratos pelo apoio da Prefeitura e de instituições parceiras. Nosso foco é trabalhar o fortalecimento do vínculo familiar”.

Representando a gestão municipal, o secretário de Assistência Social, Márcio Freitas, reforçou o compromisso com a área: “Estamos participando deste grande evento com o comprometimento de manter e ampliar as políticas públicas de assistência social, voltadas especialmente para a população que mais precisa”.

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