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22/11/2024
 

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Canoas faz 76º aniversário em meio à crise histórica

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Texto e fotos por Bruno Lara

Busto Fioravante Milanez. Foto: Bruno Lara/OT

Busto Fioravante Milanez. Foto: Bruno Lara

Emancipado em 27 de junho de 1939 pelo Decreto Estadual de número 7839, o município foi instalado em 15 de janeiro de 1940, data homenageada na principal rua do centro da cidade. No período, Edgar Braga da Fontoura se concretizou como primeiro Prefeito, responsável pela população de 40.128 habitantes.
Pertencente a região metropolitana de Porto Alegre é sede de grandes empreendimentos nacionais e internacionais, principalmente no que se refere aos ramos de gás, metal-mecânico e elétrico. Passando 1945 recebemos em nossas terras a Base Militar da quinta zona aérea (V COMAR) e a refinaria Alberto Pasqualini (REFAP).
Canoas também é o primeiro colégio eleitoral do Estado com 210.646 eleitores e a quarta mais populosa com 338.531 habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2013.
Atualmente apresenta potencial econômico de consumo de R$ 6,1 bilhões, o quinto no Estado, oriundo, basicamente, da indústria, do comércio, de serviços e de matéria prima, conquistando o segundo lugar no Produto Interno Bruto do Rio Grande do Sul.

Praça do Avião. Foto: Bruno Lara/OT

Praça do Avião. Foto: Bruno Lara

Suas próprias origens
Banhada pelo rio dos sinos e quatro arroios: Araçá, Brigadeira, das Garças e Sapucaia, Canoas era originalmente habitada por índios tapes até a chegada de Francisco Pinto Bandeira em 1725. Em 1733 Pinto Bandeira criava a Fazenda Guajuviras, onde hoje se encontra o bairro Estância Velha. Rafael Pinto Badeira, seu filho, herdou as terras e sua mulher, a Brigadeira Josefa Eufália de Azevedo, ficou de posse da fazenda que teve suas terras repartidas e vendidas.

Crescimento rápido

Igreja Matriz São Luiz Gonzaga. Foto: Bruno Lara/OT

Igreja Matriz São Luiz Gonzaga. Foto: Bruno Lara/OT

O ano de 1871 divide a história em antes de depois da estrada de ferro que ligaria São Leopoldo a Porto Alegre. Três anos depois, a primeira estação era inaugurada onde hoje está Canoas, mesmo que ainda pertencente aos municípios de Gravataí e São Sebastião do Caí. Em 1908 ganhou o status de Capela Curada em função da Igreja Matriz São Luiz Gonzaga no mesmo período da chegada dos irmãos Lassalistas e sua escola agrícola.
Somente trinta anos depois se concretizou a chegada do Comando Aéreo Regional e o processo de emancipação liderado por Victor Hugo Ludwig, entregue ao interventor federal do estado, general Flores da Cunha. O processo caminhou muito mais rápido após a influência militar e política aumentar. Então, no ano de 1937, a área foi elevada a vila e um ano depois reconhecida como cidade. Os anos setenta marcaram um crescimento agressivo no que se refere a economia e a população (ver matéria da página 10).
Somente em 2015, o município planeja o gasto de R$ 12 milhões com publicidade, o que já foi matéria em O Timoneiro de edições passadas. Nesta edição, percorremos alguns pontos críticos que não aparecem na publicidade institucional veiculadas nas grandes mídias do país. Embora o governo alegue um crescimento em cultura e a preservação de patrimônios públicos, a realidade é outra.

Cultura (im)preservada

Monumento Origens. Símbolo de Canoas. Foto: Bruno Lara/OT

Monumento Origens. Símbolo de Canoas. Foto: Bruno Lara/OT

Embora a conquista seja bonita a atual realidade é de perda da história. O brasão da cidade foi elaborado por João Palma da Silva em 1963 e apresenta uma canoa em sua parte superior. O símbolo da cidade, no entanto, cada vez mais tem sido o F-8 inglês doado pela Aeronáutica, fixado as margens da BR-116 em 1968. As Canoas, confeccionas em Timbaúva, que dão origem ao povoado de Capão das Canoas, no entanto, vive dias de esquecimento e abandono.
A Fundação Cultural, situada na Antiga Estação Férrea, é conhecida por quase todos os munícipes do lado de fora, mas poucos a conhecem por dentro. Sua fachada exibe pichações que podemos, em amplo sentido, caracterizar como uma cicatriz no rosto da cidade, exposto de forma contemporânea.

Antiga Estação Férrea de Canoas. Foto: Bruno Lara/OT

Antiga Estação Férrea de Canoas. Foto: Bruno Lara/OT

O busto em homenagem a Fioravante Milanez (Foto no início da matéria) ostenta manchas brancas, também alvo de pichação. Ao seu lado, o Monumento Origens, considerado símbolo oficial, está sujo e sem nenhum cuidado. Ambos foram feitos pelo artista plástico e militar da Base Aérea aposentado, Vinício Cassiano.
Quem passa pela Avenida Vitor Barreto, hoje transitável apenas no sentido Porto Alegre-Esteio e observa ao alto a placa de sinalização na cor marrom com o indicativo de Casa Wittrock se surpreende ao virar na Rua Domingos Martins e vê-la escondida entre contêineres de lixo. Os muros descascados revelam a paisagem que se espera quem a visitar. Além de estar para alugar, com grama alta e com lixo cirúrgico no busto do Major Ernesto Wittrock, a Casa adota lixo atrás de sua cerca de madeira aparentemente reformada há pouco.
A Casa dos Rosa (foto abaixo), arquitetura mártir da história canoense, erguida em 1874, é considerada a mais antiga da cidade. Com área de 12.872,40 m², situada em frente a Antiga Estação Férrea, é tombado como patrimônio público histórico municipal. Na terça-feira, 10 de setembro 2013, em evento na Casa, com a presença da Superintendente de Patrimônio da União da Região Sul, de secretários, coordenadores e diretores municipais, o prefeito reeleito Jairo Jorge (PT) concedeu a estrutura ao governo federal com o intuito de usá-la como memorial em homenagem a Alberto Pasqualini, nome da estação de refino da Petrobras que aqui se hospeda.

Casa dos Rosa. Foto: Bruno Lara/OT

Casa dos Rosa. Foto: Bruno Lara/OT

Porém, nem tudo é terra arrasada. Sob a responsabilidade da Corsan as Taças escondidas na rua 15 de janeiro, no centro da cidade, proporcionam um espetáculo aos que contam com o privilégio de parar embaixo da perfeita simetria no encontro das quatro grandes estruturas que abastecem boa parte do município. Nem todos sabem, também, mas na Avenida do Nazário, um castelo dá charme em frente a construção do loteamento São João, mostrando a dualidade entre o medieval e o contemporâneo.

Instituições sem cuidados

Pórtico do Território de Paz, Guajuviras

Pórtico do Território de Paz, Guajuviras

O letreiro do bairro Guajuviras, doado pela multinacional Wal-Mart, que marca o início do Território de Paz, está depredado, sujo, quebrado e não representa mais a conquista histórica dos moradores da invasão que a duras penas conquistaram seu espaço. Espaço esse que hoje pulsa como o coração da cidade, muito mais que o centro em alguns dias e horários.
Os hospitais estão sufocados. O Nossa Senhora das Graças (HNSG) demite as centenas e recebe denúncias semanalmente. O letreiro do Hospital de Pronto Socorro (HPSC), inaugurado em 2005 que leva o nome do deputado Nelson Marchezan – desde setembro de 2010 administrado pelo grupo Mãe de Deus – presta um desserviço de informação por estar corroído.

Progresso comprometido

Parada no "Elo Perdido". Foto: Bruno Lara

Parada no “Elo Perdido”. Foto: Bruno Lara

Os trilhos sempre foram sinônimo de progresso. No trecho onde cruza a Rua República, próximo a Rua Califórnia, no Central Park, encontra apenas um aglomerado de lixo. Basta ir um pouco mais além na mesma rua, pouco abaixo da Avenida Guilherme Schell e adentrar no chamado Elo Perdido. Ou “lá no valão” como alguns moradores precisam se basear. Para desgosto dos moradores é a área mais próxima da recém inaugurada BR-448 e da Arena do Grêmio.

O desenvolvimento parece ainda não ter olhado para lá. Quem transita pela Avenida Irineu Carvalho Braga pensa estar em outra cidade que não aquela das propagandas do horário nobre. As paradas laranja que já consideramos obsoletas e ultrapassadas, ainda nem chegaram. O mato continua alto. Uma corrente de água que abastece o rio Jacuí passa por lá sujo, poluído, nada preservado.

Taças da Corsan. Foto: Bruno Lara/OT

O encontro das Taças da Corsan. Foto: Bruno Lara/OT

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Papai Noel dos Correios: Rio Grande do Sul tem mais de 10 mil cartinhas aguardando adoção  

Redação

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Papai Noel dos Correios Rio Grande do Sul tem mais de 10 mil cartinhas aguardando adoção  

O Papai Noel dos Correios precisa de ajuda da comunidade gaúcha para realizar os desejos de Natal de milhares de crianças em situação de vulnerabilidade social que ainda aguardam padrinhos e madrinhas para adotarem seus pedidos.

A Campanha começou no Rio Grande do Sul no último dia 8, disponibilizando cerca de 15 mil cartinhas para adoção. Mais de 10 mil seguem disponíveis.

É fácil adotar uma cartinha e ajudar o Papai Noel dos Correios a tirar sonhos do papel até o dia 6 de dezembro.

Em Porto Alegre, a adoção dos pedidos pode ser feita pelo blognoel.correios.com.br ou de forma presencial, em cinco agências participantes:

  • Agência Moinhos de Vento (rua Coronel Bordini, 555)
  • Agência Ipanema (avenida Eduardo Prado, 2165)
  • Agência São João (rua Vinte e Cinco de Julho, 46)
  • Agência Vila Jardim (avenida Protásio Alves, 5718)
  • Agência Correios Empresa (avenida Sertório, 4222)

Já em Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Pelotas, Santa Cruz do Sul, Santa Maria e Santo Ângelo a adoção das cartinhas pode ser feita pelo blognoel.correios.com.br ou de forma presencial, na agência central de cada município.

Nas demais cidades que realizam a campanha, a adoção das cartas é feita exclusivamente de forma presencial na agência central de cada município.

Número de municípios participantes no RS

Este ano, 41 municípios participam da campanha no Rio Grande do Sul: Alegrete, Alvorada, Bagé, Bento Gonçalves, Cachoeirinha, Camaquã, Canela, Canoas, Carazinho, Caxias do Sul, Cruz Alta, Erechim, Farroupilha, Gramado, Guaíba, Guaporé, Feliz, Ijuí, Não-Me-Toque, Nova Prata, Novo Hamburgo, Osório, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Rio Grande, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santa Rosa, Santiago, Santo Ângelo, Santo Antônio da Patrulha, São Borja, São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Tramandaí, Uruguaiana, Vacaria, Viamão, Taquara e Teutônia.

Recebimento das cartinhas 

No Rio Grande do Sul, essa etapa já foi concluída e as cartas foram inseridas no site por escolas e instituições selecionadas pelas secretarias de educação municipal e estadual que atendem crianças em situação de vulnerabilidade social.

Além disso, neste ano, em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cartas de menores assistidos pelas Coordenadorias da Infância e da Juventude dos Tribunais de Justiça das capitais também serão disponibilizadas para adoção em Porto Alegre.

A ideia é promover um Natal mais feliz às crianças e adolescentes acolhidas nessas unidades jurisdicionais.

Entrega dos presentes

Os padrinhos devem levar os presentes nas agências centrais das cidades que participam da campanha no RS. Apenas na capital, existem 5 pontos de entrega nas mesmas agências em que as cartas foram adotadas.

Madrinhas e padrinhos devem entregar o presente em uma embalagem reforçada com o código da carta escrito no pacote de forma visível e legível, para que os Correios possam identificar o destinatário correto. A entrega pode ser feita até o dia 6 de dezembro.

Carreata de Luz no RS 

Em comemoração aos 35 anos da campanha, os Correios também irão promover uma Carreata de Luz que vai percorrer todas as capitais brasileiras e passará por Porto Alegre de 3 a 6 de dezembro.

Campanha acontece em todo o Brasil

Toda a sociedade pode participar dessa imensa corrente de solidariedade, que há 35 anos une empresa, empregados, padrinhos e madrinhas para atender, dentro do possível, aos pedidos de presentes daqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade social.

As datas, locais e horários de atendimento dos pontos de adoção e entrega de presentes variam em cada estado. O lançamento nacional da campanha aconteceu no dia 1º de novembro, em São Paulo.

Em 2023, pela primeira vez, a campanha atendeu 100% dos pedidos das crianças em todo o país.

Foram 270 mil cartinhas adotadas ― cerca de 210 mil foram adotadas por pessoas físicas e 60 mil contempladas por meio de doações realizadas por mais de 200 parceiros como empresas e órgãos públicos em todo Brasil.

Todas as informações oficiais sobre a campanha estão disponíveis no endereço blognoel.correios.com.br.    

 

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Comunidade

Propostas de Canoas avançam na assembleia regional da Consulta Popular 2024/2025

Redação

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Propostas de Canoas avançam na assembleia regional da Consulta Popular 20242025

Das quatro propostas definidas por Canoas para a encaminhar à assembleia regional da Consulta Popular 2024/2025 – Reconstrução RS, realizada no dia 8, na Universidade Feevale, em Novo Hamburgo, avançaram para a cédula o projeto de inteligência artificial para inclusão e sustentabilidade na Educação e qualificação do Centro de Convivência do Idoso.

A cédula do Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) do Vale do Rio dos Sinos (Consinos) será composta por:

Desenvolvimento Social: qualificar/equipar espaços para pessoas idosas e/ou pessoas em estado de vulnerabilidade social bem como centros de referência e assistência social, contemplando aquisição de insumos, equipamentos, veículos, cozinhas e/ou padarias comunitárias.

Meio Ambiente: campanha de castração em massa para animais abandonados e projetos de controle populacional ético.

Desenvolvimento Rural: aquisição de equipamentos e implementos para fomento à Patrulha Agrícola municipal, e agricultura familiar e/ou agroindústria.

Esporte e Lazer: melhoria e implementação de infraestrutura de parques, praças e espaços públicos no município, e/ou estruturação de áreas de esporte, e/ou lazer, com atividades desportivas para crianças e adolescentes.

Inovação, Ciência e Tecnologia: ampliação e consolidação de parques tecnológicos e de inovação e desenvolvimento da economia da indústria criativa e projetos de inclusão de inteligência artificial.

Desenvolvimento Econômico: criação de um polo de desenvolvimento de parcerias público-privadas regional.

Para a Consulta Popular deste ano, o governo do Estado destinou R$ 55 milhões e, além desse valor para os Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes), será disponibilizado R$ 5 milhões para os nove Coredes com maior votação no ranking, proporcionalmente ao eleitorado da região, sendo R$ 1 milhão para o Corede que ficar em primeiro lugar e R$ 500 mil do segundo ao nono lugar, totalizando o equivalente a R$ 60 milhões.

O Consinos terá R$ 2.042.857,14 para serem aplicados em projetos de desenvolvimento regional eleitos pela comunidade, em votação que será 100% digital.

O Consinos é formado por 14 municípios do Vale do Sinos: Araricá, Campo Bom, Canoas, Dois Irmãos, Estância Velha, Esteio, Ivoti, Nova Hartz, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Portão, São Leopoldo, Sapiranga e Sapucaia do Sul.

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Cerca de 20 famílias do Quilombo Chácara das Rosas terão acesso a programa do Incra

Redação

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Cerca de 20 famílias do Quilombo Chácara das Rosas terão acesso a programa do Incra

A Coordenadoria Municipal de Igualdade Racial, Povos Originários e Imigrantes e o Escritório de Projetos (EPRO) da Prefeitura de Canoas auxiliaram as 20 famílias que vivem no Quilombo Chácara das Rosas, no bairro Marechal Rondon, a terem acesso às políticas públicas do Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

O município apresentou ao órgão federal a documentação necessária para o quilombo se enquadrar nos critérios da iniciativa.

Essa medida foi necessária para que as famílias tivessem acesso a créditos e ações de infraestrutura, como de saneamento, entre outras concedidas pelo Incra aos beneficiários.

Conforme portaria publicada no Diário Oficial da União, a comunidade quilombola que já tem o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) concluído de seus territórios foi incluída no PNRA. A ação decorre do impacto dos eventos climáticos de maio no Rio Grande do Sul, como forma de agilizar o acesso dessas famílias às ações.

Segundo a coordenadora da Igualdade Racial, Povos Originários e Imigrantes, Ednea Paim, a Prefeitura teve um papel fundamental na implementação de políticas públicas que garantam a inclusão, o desenvolvimento e o respeito aos direitos das comunidades quilombolas.

“Essas ações são orientadas para promover a igualdade, atender às necessidades básicas e valorizar o patrimônio cultural desses grupos. Essas ações também contribuem para a construção de uma sociedade mais justa, equitativa e respeitosa com a história e os direitos dos quilombolas”, salienta.

Ednea acrescenta que a luta por recursos para os quilombos não é apenas uma questão econômica, mas também de dignidade, respeito e reparação histórica.

“A alocação de recursos adequados contribui para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva, onde os direitos dos quilombolas são respeitados e suas contribuições culturais valorizadas”, completa.

“A disponibilização de recursos para comunidades quilombolas é essencial para garantir a sobrevivência, o desenvolvimento e a preservação cultural desses grupos que, historicamente, enfrentaram exclusão, discriminação e justiça social que respeita e valoriza a história os direitos dos quilombolas e sua voz”, complementa.

Requisitos

Cada unidade familiar terá seus dados conferidos: elas devem cumprir os requisitos necessários à condição de beneficiários da reforma agrária para serem homologadas.

Entre as vedações, estão a ocupação de cargo, emprego ou função pública remunerada; ser proprietário, quotista ou acionista de empresa em atividade; ter renda de atividade não agrícola superior a três salários mínimos mensais ou a um salário mínimo por membro da família; entre outras.

A inserção dos dados e a conferência é feita por meio da Plataforma de Governança Territorial (PGT) do Incra. “Tem uma força-tarefa nacional que vai incluir as informações de cadastro das famílias constantes no RTID de cada comunidade na plataforma.

A partir de 11 de novembro, vamos começar um mutirão de atualização dessas informações em campo”, informa o chefe da Divisão de Territórios Quilombolas do Incra/RS, Sebastião Henrique Santos Lima. A ação vai iniciar pelos municípios de Mostardas, Palmares do Sul e Capivari do Sul. Em Canoas, a data ainda será confirmada.

O RTID é um conjunto de peças técnicas elaboradas pelo Incra a fim de identificar e delimitar os territórios das comunidades quilombolas no processo de regularização fundiária. São estudos sócio-histórico-antropológicos, levantamentos fundiários, cadastros de famílias, entre outros.

A publicação do documento é uma etapa fundamental do processo, que encerra com a titulação definitiva da área em nome da associação quilombola.

O quilombo

O Chácara das Rosas foi o primeiro quilombo urbano que teve seu território totalmente titulado, em 20 de novembro de 2009. A comunidade fica em frente ao Parque Getúlio Vargas (Capão do Corvo), a 100 metros do ParkShopping Canoas, em um terreno 3.619 metros quadrados, entre a Avenida Sezefredo Azambuja Vieira e Rua Duque de Caxias.

 

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