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07/09/2024
 

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Aprovado Plano Municipal de Educação sem ideologia de gêneros

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Na segunda semana do mês de junho, na terça-feira, 09, o Prefeito municipal, ao lado dos secretários de Educação, Eliezer Pacheco, Desenvolvimento Econômico, Mário Cardoso, e de Relações Institucionais, Jorge Branco, entregou o Plano Municipal de Educação (PME) à Câmara. Junto ao presidente do Legislativo Paulo Ritter (PT), receberam o Plano os legisladores Cezar Mossini (PMDB), José Carlos Patrício (PSD), Ivo Fiorotti (PT), Paulinho de Odé (PT) e Dário da Silveira (PDT).
Na sessão de quinta-feira, 18, na Câmara Municipal de Canoas, o PL 20/20115 foi aprovado, após ser inserido na ordem do dia em regime de urgência a pedido do líder do governo na Câmara, Ivo Fiorotti. O documento apresenta 20 metas para a Educação nos próximos dez anos e um conjunto de estratégias para alcançá-las.

Entrega do Plano Municipal de Educação (PME). Foto: Divulgação Câmara dos Vereadores

Entrega do Plano Municipal de Educação (PME). Foto: Divulgação Câmara dos Vereadores

Diretrizes do projeto
São diretrizes do projeto: A erradicação do analfabetismo; universalização do atendimento escolar; superação das desigualdades educacionais; melhoria da qualidade da educação; formação para o trabalho e para a cidadania; promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do país; estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade; valorização dos (as) profissionais da educação; promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, diversidade e sustentabilidade socioambiental.
A cada dois anos o PME deve passar pela avaliação de um fórum, composto por autoridades dos poderes Executivo e Legislativo municipal, além de educadores e representantes da sociedade civil. Ao vereador, cabe aprovar as medidas legais para a correção de deficiências e distorções.

Gêneros de fora
O projeto foi aprovado com uma emenda, apresentada pelos vereadores Alexandre Gonçalves (PR), Aloisio Bamberg (PPL), Dario da Silveira (PDT) e José Carlos Patricio (PSD), que suprime a palavra gênero do texto. Antes da sessão ter início, os vereadores estiveram reunidos com o secretário municipal de Educação, Eliezer Pacheco, para esclarecer dúvidas. Eliezer participou de Grande Expediente para apresentação das metas definidas no documento. “O plano não contempla apenas a rede municipal, mas toda a cidade”, salientou.
O Vereador Airton Souza (PP), foi à tribuna da Câmara na última terça-feira, 23, para parabenizar e agradecer a todos os vereadores que apresentaram emenda e votaram a favor da retirada da questão de “ideologia de gênero” no Plano Municipal de Educação. Segundo o parlamentar, o Estado não deve ter o poder de obrigar os professores a ensinarem essa ideologia em todas as salas de aulas, para crianças em idade escolar, pois além de tratar-se de uma ideologia, ela não reflete a posição da sociedade sobre o tema. Ainda segundo ele, “os pais, homem e mulher, que devem conduzir a formação moral dos seus filhos”.

A palavra gênero
No espaço destinado aos Projetos Sociais, refere-se as medidas implantadas nos bairros guajuviras e mathias velho como “dedicados à prevenção à violência de gêneros, através do Mulheres da Paz, à juventude , através da Casa das Juventudes, e à mediação de conflitos, através do Núcleo de Justiça Comunitária”.
A meta que causa discussão é a de número oito. “Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No campo dedicado as estratégias para alcançar a meta, aparece pela primeira vez a palavra gênero. “8.8 Assegurar, sob coordenação da SME, política de formação continuada aos segmentos escolares, ampliando os espaços para reflexão nas escolas, que envolvam as famílias, os estudantes e os profissionais da educação, docentes e não docentes, nas discussões sobre questões de direitos humanos, etnia, gênero e sexualidade”.
Em outra estratégia, o PL 20/2015, de autoria da Prefeitura de Canoas, visava estimular a elaboração de propostas curriculares que incluam temas ligados aos direitos humanos. “8.9. Estimular, a elaboração de propostas curriculares que incluam como temas transversais as questões de direitos humanos, gênero e sexualidade, relações étnico-raciais, de modo a efetivar as discussões sobre formas de superar as discriminações e os preconceitos”, diz o texto.
A última vez que a palavra aparece no projeto trata da ampliação do acervo para mais amplo estudo sobre gênero e sexualidade e dá outras providências. “8.10. Ampliar, em regime de colaboração entre as redes de ensino, as bibliotecas escolares com acervo composto por documentos, textos, livros, revistas e recursos audiovisuais, mídias digitais, que tenham como referência os estudos sobre direitos humanos, etnias, comunidades quilombolas e indígenas, gênero e sexualidade.”

A defesa do Executivo
Em defesa do projeto, uma mensagem assinada pelo prefeito, Jairo Jorge (PT), salientou que a aprovação do PME “significa um grande avanço, por se tratar de um plano de Estado e não somente um plano de governo. A sua aprovação pelo poder legislativo, confere poder de ultrapassar diferentes gestões”. No escrito, de número 27 neste ano, criticou a descontinuidade que o ensino sofre a cada troca de gestão.

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Prefeitura disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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