Conecte-se conosco

header-top



 




 

18/04/2024
 

Comunidade

Primeira Greve dos Municipários de Nova Santa Rita pede 8,34% de reajuste

Prefeita afirmou já gastar 52% da folha com os servidores e que não é possível chegar a margem desejada

Avatar

Publicado

em

_DSC0946O sindicato dos servidores municipais de Nova Santa Rita (SSENASAR) faz uma manifestação em frente à Prefeitura desde as 8 horas da manhã de hoje. Os Municipários, cerca de 600 funcionários concursados em todo município, reivindicam um reajuste salarial de 8,34%, negado pelo governo municipal. Uma contraproposta de 3,54% foi apresentada na Câmara dos Vereadores, mas com a rejeição do sindicato não foi adiante, recebendo este a proposta de 0% dias após a negativa.

Valni Ribeiro, 21 anos de Prefeitura, servidora da parte administrativa vê a atitude da prefeita com tristeza. Segundo ela, a maioria dos servidores votou nela. Acreditavam no partido dos trabalhadores. “Com certeza ninguém gostaria de estar aqui. Somos todos comprometidos tanto com a comunidade quanto com a administração. Gostaríamos de estar trabalhando no nosso setor e ajudando o município a crescer”.

_DSC0964

Na sexta-feira, 26, o sindicato lotou a casa legislativa do município e, fazendo uso da tribuna, a presidente Ana Claudia Pedreira Fraga informou que os servidores municipais estão em estado de greve e que não aceitarão a revisão proposta pelo Executivo Municipal. No legislativo apenas quatro vereadores apoiam a ação do Executivo.

Virginia Proença, 36 anos, servidora da secretaria de saúde de Nova Santa Rita há 11 anos, afirmou que os servidores estão em um processo de desgasta há anos. “Chegou num ponto que ninguém mais tolera mais nada. Essa negativa do aumento, na verdade, foi o fim, foi o estopim, a gota d’água para o funcionários que está descontente e não é de hoje, mas há muito tempo”.

Sindicato quer respeito e valorização

Presidente do Sindicato dos Municipários de Nova Santa Rita

Presidente do Sindicato dos Municipários de Nova Santa Rita

Ana Claudia Pedreira Fraga, 45 anos, professora do município há 25 anos, presidente do sindicato dos servidores, informou que a paralisação serve para chamar a atenção da Prefeita. “Esta paralisação serve para chamar a atenção da Prefeita, porque ela está retalhando o servidor público não dando o reajuste. Nós estamos reivindicando nosso reajuste que é o índice da inflação. Ela mandou um projeto para Câmara de 3,54%, retirou porque fizemos um protesto na Câmara e sexta nos ofereceu 0%. O servidor está indignado em busca de respeito, de valorização e o descaso que foi deixar passar nossa database. Nossa database é maio, hoje já é primeiro de junho” explica.
“A adesão é 80%. Está aqui hoje um número de 30%. Pessoal está no seu setor de trabalho, mas indignado e parceiro. Eu nunca imaginava que isto fosse acontecer em uma administração do PT. Partido dos Trabalhadores. É um caso perdido. Eles estão perdidos. Mas a gente tem a esperança que eles se encontrem, achem a solução e venham trazer para nós a nossa resposta. A maioria dos vereadores está apoiando o reajuste. Só quatro vereadores não estão apoiando, que são da bancada do PT e do Pros (Partido Republicano da Ordem Social)”, conclui.

Professora Nova Santa Rita

Professora Nova Santa Rita

A professora Viviane Brandão, 32 anos, servidora há pouco mais de um ano na cidade, classifica como complicada a situação. “Como educadora, como professora, a gente espera no mínimo que ela se coloque no nosso lugar e que entenda a nossa posição como servidor municipal, pois ela sabe da importância que o servidor tem”, conclui informando que ainda não abriu concurso público para a classe.

O que diz o Governo Municipal
O procurador geral do município, Rene de Oliveira Gomes, informou que a manifestação foi informada e consentida pela Prefeitura, em exemplo do diálogo da mesma para com o sindicato, inclusive com oportunidade de assinatura do ponto.
Em entrevista à equipe presente na manifestação a prefeita do município, Margarete Ferretti (PT), afirmou que a maioria dos servidores não aderiram a greve. “A educação está sendo atendida, Agricultura não parou ninguém, a Fazenda parou seis pessoas, na saúde estamos atendendo nos postos de saúde. O levantamento que eu tenho até agora, levantado pelos secretários, é de que 85% da categoria está trabalhando. Todos estão sendo atendidos”, confirma.
Segundo ela, o município gasta mais da metade do faturamento com os servidores. “Nós estamos gastando, com servidores públicos, em torno de 52,17% da folha. Investimos mais de 25% em educação. Em torno de 19% na saúde. Nós pagamos duas licenças prêmio desde que assumimos. No ano passado nós demos aumento pelo GPM, em torno de 8%, em torno de 3% acima da inflação. No ano passado tínhamos melhorado muito a nossa receita em virtude de cobrança tributária dos que estavam devedores para o município.
Sobre o pedido dos manifestantes, 8,34%, afirmou que a margem é impossível. “Essa margem, neste momento, não é possível nós chegarmos a tanto. Nós estamos gastando 52,17% com a folha de pagamento e nós temos que respeitar a lei de responsabilidade fiscal e o limite prudencial é 51%”, confirma informando que o valor pago aos munícipes excede o que determina a Lei.

Panelaço na Prefeitura de Nova Santa Rita

Panelaço na Prefeitura de Nova Santa Rita

Continuar a ler
Clique em Comentário

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Comunidade

GUAJUVIRAS 37 ANOS: Moradores lembram da luta pela moradia no surgimento do segundo maior bairro de Canoas

Redação

Publicado

em

Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

Nesta quarta-feira, 17, um dos maiores bairros de Canoas comemora 37 anos de existência. Em 17 de abril de 1987, começava a ocupação do que viria a se tornar o Guajuviras. Com 42.749 habitantes, é o segundo em termos de população na cidade. Mas para quem mora lá, vem em primeiro lugar.

Trajetória

A história do bairro é também uma história de lutas. Originalmente, o espaço do Guajuviras era chamado de Conjunto Habitacional Ildo Meneghetti. No local, construído pela Companhia de Habitação do Estado do Rio Grande do Sul (Cohab) haviam 5.974 unidades habitacionais, muitas delas abandonadas, e que foram ocupadas para formar o que inicialmente foi considerado uma invasão. A obra, que deveria ter 6.400 unidades, nunca foi finalizada pelo órgão estadual e, por isso, não havia sido entregue aos inscritos no programa de habitação popular. A Cohab chegou a tentar repassar as obras à Prefeitura de Canoas em 1984, sem sucesso.

Isso ocorria por conta da conjuntura econômica do país no período. Em 1987, o Brasil estava no período da hiperinflação, com mais de 250% ao ano após o fim do Plano Cruzado. Havia desabastecimento, e o preço dos alugueis se tornava demais para que muitos pudessem pagar.

Foto: Marcelo Grisa/OT

Espera e invasão

Herminio Farinha Vargas chegou no primeiro dia. Aquele 17 de abril era um domingo de Páscoa, e Farinha recebeu o aviso de que muitos estavam indo para lá. Ele e sua esposa, Otacília, foram até o local. “A gente nunca quis o direito de ganhar uma casa, mas o direito de pagar o preço justo por uma. Muitos, como nós, estávamos inscritos na Cohab”, diz.

Otacília explica que a situação se arrastava há anos. “Já tinha um tempo que o pessoal dizia que seria o ideal invadir. Eu passei um dia todo no sol, grávida, em frente à Praça do Avião, para me inscrever na Cohab, em 1982. Cinco anos depois e nada. Pior: algumas moradias já começavam a ser invadias por gente até de municípios vizinhos, que não estavam inscritas”, lamenta.

Maria Aparecida Flores estava no Guajuviras desde os primeiros dias da ocupação. Chegou com dois filhos. A filha mais velha e o marido não quiseram vir de Arambaré, onde morava. A nova vida começava com desafios extras. “O terreno onde hoje fica a igreja de Nossa Senhora Aparecida estava com uma cerca. Eu e mais umas 20 mulheres derrubamos. Precisávamos também de um espaço para a comunidade. Fizemos oficinas, forno coletivo para fazer pão, e conversávamos sobre as nossas vidas e nossos direitos”, recorda.

Ela lembra que, naquele momento de transição democrática do Brasil, ainda haviam resquícios da repressão dos anos da ditadura militar, que terminou oficialmente em 1985. “Antes de vir a Brigada Militar, mandaram o Exército para cercar o bairro. Ninguém entrava, ninguém saía. Fiquei dez dias sem comer por conta disso. Quando a ajuda chegou, eu tentei me alimentar e vomitei”, relata.

Foto: Marcelo Grisa/OT

Organização

Cida, como é conhecida no bairro, também fez parte da Comissão dos Setenta, o grupo que atuava nas negociações junto à Cohab. Ela aponta que a organização entre os moradores foi fundamental para garantir o direito à moradia. “Nós nunca fizemos nada debaixo dos panos. Tínhamos os líderes de cada quadra, que precisavam saber tudo que discutíamos em conjunto. Depois cada um precisava ir na sua quadra, chamar todo mundo e repassar”, explica.

Farinha, que também integrou o grupo, diz que o esforço precisava ser constante, com reuniões diárias. “Era difícil. Não tínhamos água, luz, nada. E a maioria de nós trabalhava. O encontro começava às 20 horas e terminava entre uma e duas da manhã. Mas valeu a pena”, observa.

Continuar a ler

Comunidade

Moradores dos bairros Niterói e Nossa Senhora das Graças podem agendar castração de cães e gatos na quarta-feira, 27

Redação

Publicado

em

Moradores dos bairros Niterói e Nossa Senhora das Graças podem agendar castração de cães e gatos na quarta-feira, 27

As inscrições para agendamento da castração de cães e gatos desta semana será na região Sudeste de Canoas. Na quarta-feira, 27, os interessados podem buscar o serviço na Subprefeitura, localizada na rua Marechal Rondon, 100, no bairro Niterói.

Na quinta-feira, 28, no mesmo bairro, o agendamento acontecerá na Praça da Juventude João de Barro. As iniciativas são gratuitas e ocorrem das 9 horas às 12 horas. No total, serão disponibilizadas 40 fichas para cada local.

A ação é promovida pela Secretaria de Bem-Estar Animal.

O que precisa levar

Os tutores interessados em solicitar o serviço devem comparecer no local, com documento de identidade, comprovante de residência e CPF. É preciso também ter renda familiar per capita de até três salários mínimos e estar inscrito no CadÚnico.

Apenas os moradores da região da Subprefeitura, que abrange os bairros Nossa Senhora das Graças e Niterói, podem encaminhar o atendimento. Não é necessário levar o animal para fazer a inscrição.

 

Continuar a ler

Comunidade

Quatro cães são resgatados em situação de abandono em Canoas

Redação

Publicado

em

Quatro cães são resgatados em situação de abandono em Canoas - Foto: Renan Caumo

A Secretaria de Bem-Estar Animal (SMBEA) fez na terça-feira, 19, o resgate de quatro cachorros no bairro São José. Os cães, três fêmeas e um macho, estavam em situação de abandono em uma casa.

Na denúncia, é relatado que os maus-tratos aconteciam desde o ano passado. As equipes de fiscalização da SMBEA, a Guarda Municipal e a Polícia Civil estiveram presentes na ação.

Resgate de cães no bairro São José - Foto: Renan Caumo

Resgate de cães no bairro São José – Foto: Renan Caumo

Após o resgate, a equipe realizou um boletim de ocorrência na delegacia e os cães foram encaminhados para a Secretaria, onde devem passar por exames e tratamento adequado, de acordo com a diretora de Saúde Animal e médica veterinária da SMBEA, Katia Gueiral Lima.

“Eles receberão todo o suporte nutricional adequado, as medicações e vacinação, porque não sabemos como estavam antes”, completou. Essa já é a segunda vez que esses animais são resgatados pela secretaria.

O titular da pasta, Paulo Facio, reforçou que as equipes da SMBEA estão fazendo as fiscalizações e farão os resgates sempre que necessário.

“É impressionante o estado dos animais que estavam ali. Por isso, ressaltamos que a Prefeitura de Canoas está nas ruas fiscalizando. A SMBEA está checando as denúncias de maus-tratos. E nós vamos retirar, sim, os animais, caso seja preciso. Nós vamos combater os maus-tratos a animais em Canoas”, disse.

Abandono é crime; denuncie!

O abandono de animais é crime, de acordo com a lei 9.605/98. Em 2020, com a aprovação da lei 14.064 houve um aumento na pena para maus-tratos, prevendo de dois a cinco anos, multa e proibição de guarda.

Continuar a ler
publicidade

Destaques

Copyright © 2023 Jornal Timoneiro. Developed By Develcomm