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Os vilões do inverno estão chegando: entenda as doenças comuns do inverno
As doenças de pele são cada vez mais comuns no inverno. O clima seco e as mudanças bruscas de temperatura contribuem para algumas doenças típicas da época. Por conta disso, as doenças de pele e as respiratórias, que atingem o nariz, a garganta, os ouvidos e os pulmões são mais comuns no clima frio. Para contribuir, o jornal O Timoneiro procurou o dermatologista especialista titulado pela sociedade brasileira de dermatologia, Dr. José Carlos Riccardi Guimarães, para esclarecer como isto funciona.
O médico de 62 anos de idade exerce a dermatologia há 35. Trabalha com frequência na prevenção do câncer de pele, diagnóstico das lesões malignas da pele, notadamente o tumor mais matador, o melanoma. Felizmente é o menos frequente e mais agressivo que pode surgir novo ou a partir de uma pinta de nascimento.
A pele é o espelho da alma
Dr. Riccardi acredita que nenhuma pessoa é sadia internamente se apresenta uma pele feia.“Hoje, cada vez mais se configura e se reafirma que a pele é o espelho da alma, ou seja, não existirá um indivíduo sadio fisicamente com uma pele feia e vice-versa, um indivíduo com uma pele quebrada que esteja sadia internamente. A pele é uma máxima centenária. É o espelho da alma”, salienta. Guimarães trabalha com todos os anexos do corpo, inclusive pelos e cabelos.
Função do clima
Segundo ele, no inverno existem doenças causadas pelo frio e doenças causadas pela fuga do frio. “Muita alergia em função das lãs, dos sintéticos que induzem os indivíduos alérgicos ou hiper-reativos de pele, então tem dermatites que muito frequentemente desencadeiam e pioram no inverno”, ressalta Dr. Riccardi.
As doenças ao frio pelo próprio frio acontecem com pessoas que têm uma reatividade muito grande ao frio. “As donas de casa que têm contato com a água gelada geralmente têm esse problema. É uma doença de origem vascular. Aquelas doenças que causam vasoconstrição ou vasodilatação, esse estica e afrouxa pode desencadear uma série de problemas”, conclui Guimarães.
Para se prevenir
Evitar o superaquecimento, se agasalhar necessariamente, fazer uma higiene conveniente desde o cabelo lavado diariamente com produtos neutros, evitar o banho demorado, evitar sabonetes abrasivos, evitar passar muito frio nas extremidades, evitar superaquecimento, ingestão de bebidas alcoólicas na intenção de aquecer. Essas são as dicas do dermatologista. “A gente já vive com tantos riscos, então aquilo que a gente puder fazer no sentido de minimizar os riscos do século XXI, que são tantos e tanta coisa desde assalto a mão armada até atropelamento. Se proteger e não imaginar que os Ultraviolatas A e B não agridam a pele como se imagina. “Tem gente que pensa, equivocadamente, até médicos, que os raios ultravioletas só queimam, só destroem a pele no verão, mas não no inverno, também”, termina.
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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com
A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.
As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.
O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.
Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.
Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.
Primeiras memórias
Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.
Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.
A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.
A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.
Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”
Socorrista e resgatado
Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.
Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.
“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.
Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.
Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.
“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.
Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.
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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal
Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.
A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.
Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.
Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.
No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:
– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato
*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.
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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos
Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.
De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850 mil pessoas.
Risco de inundação extrema
O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.
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