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28/06/2025
 

Comunidade

Higiene e alojamentos precários marcam o tratamento de animais

Grupo de voluntários denuncia as condições estruturais da coordenadoria

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Por Bruno Lara

 

Vendido para a opinião pública como uma saída inovadora para cães, gatos e cavalos, sobretudo, o Centro de Bem-Estar Animal (CBEA) vive dias nem tão diferentes aos do antigo e tão criticado canil municipal. Voluntários revelaram com exclusividade para O Timoneiro que a situação interna nada condiz com a bela fachada na avenida Boqueirão. Um dossiê foi elaborado por eles com críticas e sugestões que não foram atendidas.

Gestão

Baias para os cavalos sem cobertura, expondo os animais ao tempo, embora sejam estruturas novas é um dos problemas que ele considera desleixo. “Hoje não gostam de nós, por sermos os olhos da comunidade. Muita gente, dali para frente, tem uma visão de que o CBEA funciona e a gente sabe que não”, opinião.

Alojamentos

A pior parte está nos alojamentos. Em fotos recentes tiradas pelos voluntários, os alojamentos aparecem sucateados. Além de enferrujados, em sua grande maioria, alguns estão sem as rodas naturais da estrutura e, por isso, suspensos com tijolos ou pedras. Muitas delas com buracos e pelos de animais que se arrastam para sair dos pequenos espaços. Em outras, reparos são feitos com arames e fios na tentativa de fechar os pequenos espaços.

“Como temos acesso livre aos finais de semana, começamos a perceber os absurdos. No fim de semana, eles têm uma pessoa, que é funcionário, que fica responsável pela limpeza e alimentação de 130 cães”, relata o voluntário.

Limpeza

A higiene é o ponto mais crítico. Além de encontrar baratas e roedores na comida dos animais, o grupo relata ser um ambiente sujo, embora trate animais em recuperação. Com pias e paredes sujas, as fotos mostram também ração e fezes nos ralos, que ficam em uma sala fechada com os pets, além de banheiros amontoados de papel higiênico e com a privada inutilizável. Tudo isso é ainda pior aos finais de semana e feriados, o que contribui no entupimento dos canos.

Morros de papelão acumulados em salas após o uso dos animais, segundo eles, também não são incomuns. A tudo isso se somam os panos arrecadados por doação que são descartados em função de a máquina de levar – que suporta apenas 5kg – não estar em funcionamento há pelo menos um mês.

Iluminação

A iluminação é, em alguns pontos, pendurada do teto com fios à mostra. Segundo o grupo, não há iluminação nos alojamentos e, tampouco, manutenção na rede elétrica, expondo os animais que ali se recuperam e aqueles que auxiliam no tratamento. Vídeos enviados à redação mostram os voluntários trabalhando no escuro. “Tu te sente um inútil. Quer ajudar, dar uma qualidade de vida melhor ao animal, e não tem estrutura para trabalhar”, desabafou.

Saúde

A medicação, quando presente no local, fica amarrada com cordas em alguns dos alojamentos e a demora nos exames e cirurgias não é um privilégio dos humanos, pois no CBEA também ocorre. Uma das cadelas, disse o grupo, está há mais de quatro meses na gaiola esperando um exame renal. Eles contam, ainda, que o reboque que busca animais de grande porte, como cavalos, é do veterinário e não do Centro.

Segundo ele, a situação já foi pior. “Ainda hoje a gente aprendeu a filtrar. Antigamente era bem pior, víamos animais mortos. Agora temos um relacionamento com a administração”, afirmou.
Consultada, a Prefeitura não respondeu até o final do fechamento desta edição.

 

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Comunidade

Moradores que decidiram permanecer na Praia do Paquetá recebem auxílio da Defesa Civil

Redação

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Moradores que decidiram permanecer na Praia do Paquetá recebem auxílio da Defesa Civil

De acordo com a gestão municipal, desde a quinta-feira, 19, quando as águas começaram a subir na Praia do Paquetá, a comunidade local começou a receber suporte da Prefeitura de Canoas, com coordenação da Defesa Civil e contando com a ação integrada entre diversas secretarias.

Entre as ações voltadas a quem optou por permanecer no local, ocorreram entregas de cestas básicas e suporte com acolhimento a famílias atingidas, além de resgate de pets encontrados na região. Na localidade vivem 120 famílias, das quais 100 optaram por permanecer nas suas casas.

Para o secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos, a estratégia prioritária é antecipar o suporte humanitário, mitigando o impacto sobre a vida das pessoas. Além da entrega de ranchos completos, a Defesa Civil atuou no alerta sobre riscos e na oferta de transporte para quem necessitasse buscar segurança por decorrência da cheia.

Já o secretário da Assistência Social, Márcio Freitas, trabalhou na entrega de alimentos e comandou o serviço de abrigos públicos para desalojados. A secretária de Bem-estar Animal, Paula Lopes, liderou o resgate de bichinhos de estimação para castração e encaminhamento a tutores. As atividades prosseguirão ao longo do final de semana.

“A nossa comunidade vive da pesca e do turismo. Com o tempo adverso, não tem como pescar, nem tem pessoas para comprar nosso pescado. Esse alimento garante segurança para estes dias difíceis”, pontuou o presidente da Associação de Moradores e Pescadores da Praia de Paquetá, Paulo Denilto.

Moradora de Paquetá, Elisabete Saroba agradeceu o donativo que irá manter a família formada por sete pessoas, cujos adultos trabalham na pesca e na construção, pelas próximas semanas. A Defesa Civil mantém plantão na entrada do bairro para orientar e transportar pessoas para acolhimento. As demais áreas da cidade não apresentam mais zonas de alagamento.

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Comunidade

Abrigo em Canoas acolhe 129 pessoas atingidas pelas fortes chuvas da madrugada

Redação

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Abrigo em Canoas acolhe 129 pessoas atingidas pelas fortes chuvas da madrugada

Na tarde desta quarta-feira, 18, a cidade de Canoas segue monitorando os impactos das fortes chuvas registradas na noite anterior. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Assistência Social, 129 pessoas seguem acolhidas no Ginásio São Luís, no bairro São Luís.

O abrigo emergencial foi estruturado para garantir acolhimento seguro e digno à população afetada. Além disso, 35 pessoas que estavam abrigadas já puderam retornar com segurança para suas residências no bairro Mathias Velho, uma das regiões mais atingidas.

A Prefeitura reforça que permanece mobilizada, por meio de suas equipes técnicas e voluntários, para oferecer suporte imediato às famílias em situação de vulnerabilidade durante este período de instabilidade climática. A estrutura no Ginásio São Luís conta com alimentação, espaço para higiene, roupas, colchões, atendimento ambulatorial e também acolhimento de animais de estimação.

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Comunidade

Canoas lança Campanha do Agasalho 2025 com o tema “O seu roupeiro não sente frio”

Redação

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Canoas lança Campanha do Agasalho 2025 com o tema “O seu roupeiro não sente frio

Com o tema “O seu roupeiro não sente frio – desapegue do que você não usa mais e aqueça quem precisa”, a Campanha do Agasalho 2025 de Canoas foi lançada oficialmente na manhã de sábado, 14, durante a 3ª edição do evento Prefeitura na Tua Casa, na Praça Dona Mocinha, no bairro Niterói.

A iniciativa busca mobilizar a comunidade para a doação de roupas e cobertores, com foco no acolhimento das pessoas em situação de vulnerabilidade social e em situação de rua. Diante da antecipação das ondas de frio, antes mesmo do início oficial do inverno, a campanha ganha ainda mais relevância neste momento.

Neste ano, a ação contará com telebusca de doações, facilitando a entrega dos itens pela população, além de uma parceria com uma lavanderia industrial de Cachoeirinha, que garantirá a higienização das peças arrecadadas.

Coordenada pela Secretaria Municipal da Defesa Civil e Resiliência Climática, a campanha envolve a parceria das secretarias de Assistência Social, Segurança Pública, Desenvolvimento Econômico e Inovação e Cidadania, Mulher e Inclusão, integrando esforços para ampliar o alcance das ações.

O secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos, ressaltou o papel fundamental da população na construção de uma cidade mais solidária:

“Essa campanha é um esforço coletivo que depende do engajamento de toda a sociedade. Cada doação representa uma barreira contra o frio para quem não tem proteção. Nosso trabalho é garantir que esses itens cheguem com dignidade a quem mais precisa, e para isso, contamos com o espírito solidário dos canoenses.”

Durante o lançamento, o prefeito em exercício Rodrigo Busato destacou a importância da união da sociedade em torno da causa.

“A Campanha do Agasalho é mais do que uma ação de inverno, é um gesto de cuidado com quem mais precisa. Cada peça doada representa acolhimento e respeito. Nosso compromisso de governo é garantir que nenhum canoense enfrente o frio sem o mínimo necessário para se proteger”, afirmou Rodrigo Busato.

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