Comunidade
Retirada de busto reacende conflitos
Escultura de Pestalozzi foi retirada de lugar tradicional
Marcelo Grisa
@marcelogrisa
O Instituto Pestalozzi Canoas completa 90 anos em 2016. Uma das primeiras instituições da rede de ensino especial no país, que hoje conta com 221 escolas que seguem a pedagogia das bases de Johann Heinrich Pestalozzi, está hoje sem a sua maior homenagem ao educador em sua entrada: o busto do suíço, que inspirou Thiago Würth a criar a escola, em 1926. A obra, de Lauro Corona, que estava em frente ao local há vários anos, está agora guardada dentro da instituição.
Beatriz Würth, neta do criador da Pestalozzi Canoas, afirmou que haveria a intenção da atual direção, apontada pela Federação Nacional das Associações Pestalozzi (FENAPESTALOZZI), de instalar a escultura em um futuro museu no local. Entretanto, há discordâncias não somente a respeito da retirada do busto, mas sobre os rumos da instituição entre mães e interventores.
Onde está Pestalozzi?
O busto de Pestalozzi para a escola pioneira na rede está dentro das dependências do mesmo casarão que a abriga. Em uma sala do segundo andar, tanto o original, em bronze, quanto a réplica de gesso estão armazenados, sem cobertura, e acompanhados de livros de chamadas, peças didáticas, brinquedos construídos por antigos alunos, troféus e outros itens históricos. É onde será implementado o Museu Pestalozzi – ainda em 2016, de acordo com as coordenadoras da entidade.
Sob intervenção da FENAPESTALOZZI, a entidade está sob tutela de Edna Alegro, que, de Brasília, falou sobre a situação. “Retiramos a escultura para dar o destino mais adequado a ela”, explica. Segundo a representante, uma comissão de profissionais voluntários de áreas relacionadas à Arquitetura estão verificando se a melhor forma de preservar a obra é mantendo-a ao ar livre, em algum novo local próximo da entrada, ou realocá-la no Museu Pestalozzi.
Para adaptar o local em relação ao Estatuto da Pessoa com Deficiência também seria necessário dar passagem livre no local. “Fizemos uma consulta interna, e tínhamos deficientes visuais que vinham aqui e não entendiam até hoje porque precisava dar a volta neste local”, afirma a atual coordenadora adjunta, Ester Pacheco.
Dá para acreditar?
Entretanto, muitos têm motivos para desconfiar das intenções da direção. Há questionamentos de mães e ex-funcionários sobre a viabilidade do Museu, já que a intervenção federal não manteve nem mesmo uma sala para que as mães permanecessem nas dependências da escola – iniciativa encerrada no último dia 23 de junho. “A gente até ajudava com algumas crianças que têm situações mais graves de deficiência intelectual”, conta a dona de casa Mara Alves, mãe de uma aluna da instituição. “Hoje a gente simplesmente não pode entrar dentro da escola. É um absurdo!”
Aparentemente, a questão se deve principalmente a uma diferença de metodologia. De acordo com a coordenadora adjunta, Ester Pacheco, após a intervenção, o intuito é fazer com que o objetivo seja a autonomia e a auto-estima dos alunos. “A gente quer estimular eles a fazerem tudo sozinhos: com as sessões de interação, com horta, jardinagem…”, explica. De acordo com Edna, a sala de convivência para as mães foi descontinuada devido ao comportamento delas, que interferia neste ponto do método agora utilizado em Canoas.
Uma segunda mãe, que não quis se identificar, afirma que a questão foi motivada por um desentendimento entre a direção da Pestalozzi e algumas mães isoladas. “A gente acaba pagando por uma ou duas”, afirmou.
Dificuldades financeiras
A Pestalozzi Canoas passa por intervenção da Federação justamente por ter passar por graves dificuldades financeiras – incluindo ameaça de fechamento. Com uma dívida tributária de aproximadamente R$ 3 milhões, a instituição foi recentemente incluída no Programa de Recuperação das Instituições com Serviços em Saúde (PROSUS), do Ministério da Saúde. Assim, as pendências da escola receberam moratória, com previsão de descontos baseados no gasto com depósitos de INSS dos funcionários.
Comunidade
Programa de benefício de R$ 2 mil a famílias afetadas pelas chuvas de junho retoma cadastramento

O cadastramento para o programa Volta por Cima já está aberto em Canoas. A medida é voltada a famílias atingidas pelas chuvas e enchentes ocorridas entre 14 e 20 de junho de 2025 e segue até o dia 5 de setembro, nos CRAS Harmonia, Mathias Velho e Rio Branco, conforme o endereço de residência.
O benefício, no valor de R$ 2 mil em parcela única, é destinado a famílias em situação de vulnerabilidade social que atendam aos requisitos estabelecidos pelo Decreto Estadual 58.235/2025. O objetivo é garantir apoio financeiro emergencial às pessoas que não foram identificadas automaticamente pelo mapeamento do governo estadual.
Podem solicitar o benefício as famílias que:
- Tenham sido desabrigadas ou desalojadas em razão das chuvas intensas e enchentes de junho de 2025;
- Não tenham sido identificadas automaticamente pelo mapeamento do governo estadual;
- Residam em município com decreto de situação de emergência ou calamidade pública homologado pelo Estado;
- Estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) como pobres ou extremamente pobres, com atualização nos últimos 12 meses.
Segundo o secretário de Assistência Social, Márcio Freitas, o cadastramento representa uma oportunidade de reparação para as famílias que ainda não tinham sido contempladas,
“O programa busca assegurar que todas as pessoas em situação de maior vulnerabilidade, impactadas pelas chuvas de junho, recebam o benefício e possam enfrentar este momento com mais dignidade”, destacou.
Comunidade
Governo do Estado paga mais de R$ 1,3 milhão do Programa Volta por Cima a famílias atingidas pelas chuvas de junho

O governo do Rio Grande do Sul realizou, nesta quarta-feira, 20, o pagamento de R$ 1,3 milhão em benefícios do Programa Volta por Cima para famílias afetadas pelas chuvas e enchentes registradas entre 14 e 20 de junho de 2025. Os valores foram creditados no Cartão Cidadão de 686 famílias de nove municípios, concluindo o sexto lote da iniciativa.
Com esse repasse, o programa já soma mais de R$ 5,3 milhões destinados a famílias em situação de vulnerabilidade. Cada núcleo familiar desalojado ou desabrigado recebeu R$ 2 mil, conforme critérios definidos em decreto estadual, que incluem comprovação de residência em áreas atingidas, cadastro atualizado no CadÚnico e reconhecimento da situação de emergência ou calamidade no município.
O benefício é gerido pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), com apoio da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), da Secretaria da Fazenda (Sefaz) e do Banrisul. Inicialmente, o governo havia destinado R$ 4 milhões ao programa, ampliados com um novo aporte de R$ 1,3 milhão.
As famílias contempladas foram identificadas por meio de mapeamento das áreas afetadas, realizado com imagens de satélite e cruzamento de dados oficiais, em parceria com prefeituras. Em casos excepcionais, municípios poderão cadastrar beneficiários não incluídos automaticamente.
O pagamento é feito pelo Cartão Cidadão. Quem já possui o documento pode acessar o recurso imediatamente. Para os novos beneficiários, o cartão estará disponível para retirada em agências do Banrisul a partir de 4 de setembro, com prazo até 30 de novembro. Valores não resgatados até essa data retornarão aos cofres públicos.
Todas as informações sobre os repasses estão disponíveis no Portal da Transparência do Estado. Denúncias podem ser encaminhadas pela Central do Cidadão.
Nesta etapa, foram contemplados moradores de Eldorado do Sul, Esteio, Mata, Nova Santa Rita, Restinga Sêca, Rio Pardo, São Vicente do Sul e Sapucaia do Sul e Triunfo.
Comunidade
XVI Conferência Municipal da Assistência Social reúne comunidade e entidades em Canoas

Na quinta-feira, 14, a Associação Pestalozzi de Canoas foi palco da XVI Conferência Municipal da Assistência Social, que teve como tema “20 anos do SUAS: Construção, Proteção Social e Resistência”. O evento reuniu usuários, trabalhadores, entidades e gestores da política de assistência social, promovendo debates e a troca de experiências.
O objetivo, conforme a gestão municipal, foi fortalecer as ações de assistência social no município, com espaço para discussão sobre políticas públicas municipais, estaduais e nacionais. Para Edina Aparecida Alegro, presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, “estamos aqui num momento muito importante de fala para tratar de políticas ligadas à assistência social em todas as esferas”.
Participante do encontro, Paola Estalamartes, integrante da Associação das Senhoras das Campanhas dos Bebês, destacou a relevância do apoio recebido: “Somos gratos pelo apoio da Prefeitura e de instituições parceiras. Nosso foco é trabalhar o fortalecimento do vínculo familiar”.
Representando a gestão municipal, o secretário de Assistência Social, Márcio Freitas, reforçou o compromisso com a área: “Estamos participando deste grande evento com o comprometimento de manter e ampliar as políticas públicas de assistência social, voltadas especialmente para a população que mais precisa”.
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