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25/12/2025
 

Comunidade

Retirada de busto reacende conflitos

Escultura de Pestalozzi foi retirada de lugar tradicional

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Busto de Pestalozzi foi retirado da entrada da instituição. Foto: Marcelo Grisa/especial-OT

Busto de Pestalozzi foi retirado da entrada da instituição. Foto: Marcelo Grisa/especial-OT

Marcelo Grisa
@marcelogrisa

O Instituto Pestalozzi Canoas completa 90 anos em 2016. Uma das primeiras instituições da rede de ensino especial no país, que hoje conta com 221 escolas que seguem a pedagogia das bases de Johann Heinrich Pestalozzi, está hoje sem a sua maior homenagem ao educador em sua entrada: o busto do suíço, que inspirou Thiago Würth a criar a escola, em 1926. A obra, de Lauro Corona, que estava em frente ao local há vários anos, está agora guardada dentro da instituição.
Beatriz Würth, neta do criador da Pestalozzi Canoas, afirmou que haveria a intenção da atual direção, apontada pela Federação Nacional das Associações Pestalozzi (FENAPESTALOZZI), de instalar a escultura em um futuro museu no local. Entretanto, há discordâncias não somente a respeito da retirada do busto, mas sobre os rumos da instituição entre mães e interventores.

Onde está Pestalozzi?
O busto de Pestalozzi para a escola pioneira na rede está dentro das dependências do mesmo casarão que a abriga. Em uma sala do segundo andar, tanto o original, em bronze, quanto a réplica de gesso estão armazenados, sem cobertura, e acompanhados de livros de chamadas, peças didáticas, brinquedos construídos por antigos alunos, troféus e outros itens históricos. É onde será implementado o Museu Pestalozzi – ainda em 2016, de acordo com as coordenadoras da entidade.
Sob intervenção da FENAPESTALOZZI, a entidade está sob tutela de Edna Alegro, que, de Brasília, falou sobre a situação. “Retiramos a escultura para dar o destino mais adequado a ela”, explica. Segundo a representante, uma comissão de profissionais voluntários de áreas relacionadas à Arquitetura estão verificando se a melhor forma de preservar a obra é mantendo-a ao ar livre, em algum novo local próximo da entrada, ou realocá-la no Museu Pestalozzi.
Para adaptar o local em relação ao Estatuto da Pessoa com Deficiência também seria necessário dar passagem livre no local. “Fizemos uma consulta interna, e tínhamos deficientes visuais que vinham aqui e não entendiam até hoje porque precisava dar a volta neste local”, afirma a atual coordenadora adjunta, Ester Pacheco.

Dá para acreditar?
Entretanto, muitos têm motivos para desconfiar das intenções da direção. Há questionamentos de mães e ex-funcionários sobre a viabilidade do Museu, já que a intervenção federal não manteve nem mesmo uma sala para que as mães permanecessem nas dependências da escola – iniciativa encerrada no último dia 23 de junho. “A gente até ajudava com algumas crianças que têm situações mais graves de deficiência intelectual”, conta a dona de casa Mara Alves, mãe de uma aluna da instituição. “Hoje a gente simplesmente não pode entrar dentro da escola. É um absurdo!”
Aparentemente, a questão se deve principalmente a uma diferença de metodologia. De acordo com a coordenadora adjunta, Ester Pacheco, após a intervenção, o intuito é fazer com que o objetivo seja a autonomia e a auto-estima dos alunos. “A gente quer estimular eles a fazerem tudo sozinhos: com as sessões de interação, com horta, jardinagem…”, explica. De acordo com Edna, a sala de convivência para as mães foi descontinuada devido ao comportamento delas, que interferia neste ponto do método agora utilizado em Canoas.
Uma segunda mãe, que não quis se identificar, afirma que a questão foi motivada por um desentendimento entre a direção da Pestalozzi e algumas mães isoladas. “A gente acaba pagando por uma ou duas”, afirmou.

Dificuldades financeiras
A Pestalozzi Canoas passa por intervenção da Federação justamente por ter passar por graves dificuldades financeiras – incluindo ameaça de fechamento. Com uma dívida tributária de aproximadamente R$ 3 milhões, a instituição foi recentemente incluída no Programa de Recuperação das Instituições com Serviços em Saúde (PROSUS), do Ministério da Saúde. Assim, as pendências da escola receberam moratória, com previsão de descontos baseados no gasto com depósitos de INSS dos funcionários.

Antes o busto ficava na porta da instituição. Foto: Bruno Lara/arquivo-OT

Antes o busto ficava na porta da instituição. Foto: Bruno Lara/arquivo-OT

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Restaurante Popular serve ceia de Natal para 400 pessoas em situação de vulnerabilidade, em Canoas

Redação

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Prefeitura de Canoas, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, realiza nesta quarta-feira, 24 uma ceia de Natal destinada a cerca de 400 pessoas em situação de vulnerabilidade social. A ação ocorre em parceria com a Central Única das Favelas (CUFA).

O atendimento será realizado no Restaurante Popular, localizado na Avenida Boqueirão, nº 2781, no bairro Estância Velha. A partir das 11h30, o espaço estará aberto ao público, com a ceia sendo servida das 12h às 13h30.

A refeição será oferecida em formato de buffet, com os alimentos preparados no próprio local conforme a demanda, garantindo reposição contínua durante todo o período de atendimento. O cardápio inclui arroz branco, arroz à grega, feijão, frango assado, massa, aipim com farofa e saladas mistas.

Todo o custo do almoço será assumido pela CUFA, enquanto a produção das refeições contará com o trabalho conjunto das equipes da Central Única das Favelas e da Secretaria Municipal de Assistência Social. Além do consumo no local, os participantes também poderão levar as refeições para casa.

A iniciativa integra as ações de fim de ano do município e tem como objetivo garantir um Natal mais digno e solidário às pessoas que mais precisam.

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Comunidade

Novo Restaurante Popular começa a funcionar no bairro Mathias Velho, em Canoas

Redação

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Foto: Vinícius Medeiros/ PMC

Canoas passou a contar, a partir de segunda-feira, 22, com um novo Restaurante Popular voltado ao atendimento de pessoas em situação de vulnerabilidade social inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). A nova unidade está localizada na Avenida Rio Grande do Sul, nº 3.462, no bairro Mathias Velho, e tem capacidade para servir 200 refeições gratuitas por dia.

O espaço funcionará de segunda-feira a sábado, das 11h30 às 13h30. O atendimento ocorre por ordem de chegada. No local, os usuários realizam a atualização do cadastro, recebem uma ficha e, em seguida, são encaminhados para o almoço. A partir da próxima semana, o restaurante poderá acomodar até 120 pessoas almoçando simultaneamente.

Esta é a segunda unidade do serviço implantada no município. Canoas já conta com um Restaurante Popular em funcionamento na Avenida Boqueirão, nº 2.781, no bairro Estância Velha, que também serve cerca de 200 almoços diários, no mesmo horário.

A cerimônia de inauguração contou com a presença do prefeito Airton Souza, do vice-prefeito Rodrigo Busato, da deputada estadual Eliana Bayer, além de secretários municipais, vereadores e moradores da comunidade.

Durante o evento, o prefeito destacou a importância do serviço.

“A fome não pode esperar. Um restaurante popular é mais do que uma política pública de alimentação; é um compromisso com a dignidade humana, garantindo acesso diário a uma refeição saudável e de qualidade para quem mais precisa”, afirmou.

O vice-prefeito Rodrigo Busato ressaltou que a ampliação do serviço já estava prevista no plano de governo.

“Estamos ampliando um serviço essencial. Este projeto fazia parte do nosso plano e aguardávamos com expectativa pela inauguração”, declarou.

Segundo o secretário municipal de Assistência Social, Marcio Freitas, foram investidos R$ 100 mil na reforma do espaço, com recursos vinculados da pasta, em parceria com o Conselho Municipal do Idoso e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Além disso, uma emenda parlamentar da deputada estadual Eliana Bayer possibilitou a contratação de cozinheiras e auxiliares de cozinha.

A contratação da mão de obra tem a parceria da Cufa, que será a responsável, também, por executar e entregar as marmitas.

“Mais que proporcionar refeição de qualidade, vamos garantir dignidade e acolhimento às pessoas que mais precisam”, comenta Freitas.

Conforme ele, a gestão do espaço será compartilhada entre as secretarias de Assistência Social e de Desenvolvimento Econômico e Inovação.

Moradora do bairro Mathias Velho, a dona de casa Rodnéia da Silva, 46 anos, elogiou a iniciativa.

“É um excelente projeto. Vou poder buscar a comida para mim e para minha mãe, que é cadeirante, sem precisar trazê-la até aqui. Uma refeição de qualidade e gratuita faz muita diferença no nosso dia a dia”, afirmou.

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Comunidade

Canoas destina R$ 2 milhões para construção do novo CRAS do Guajuviras

Redação

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Foto: Júlia Krauspenhar/PMC

O município de Canoas anunciou a destinação de R$ 2 milhões para a construção do novo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do bairro Guajuviras. O investimento tem como objetivo ampliar e qualificar o atendimento social prestado à população, com foco em crianças, adolescentes, idosos e famílias em situação de vulnerabilidade.

Dos recursos previstos, R$ 750 mil são provenientes do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, outros R$ 750 mil do Fundo Municipal da Pessoa Idosa e R$ 500 mil correspondem a financiamento do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. A nova estrutura permitirá ampliar a capacidade de atendimento e facilitar o acesso da comunidade aos serviços socioassistenciais.

O prefeito Airton Souza destacou que a obra representa cuidado direto com quem mais precisa.

“A construção do novo CRAS do Guajuviras é um passo muito importante para cuidar das pessoas que mais precisam. Estamos falando de um investimento que fortalece a rede de proteção social, amplia o atendimento às famílias, às crianças, aos adolescentes e aos idosos e garante mais dignidade para quem vive no bairro”, afirmou.

O secretário estadual de Desenvolvimento Social, Beto Fantinel, ressaltou o papel do CRAS como porta de entrada das políticas sociais e a importância da parceria entre Estado e município.

“Canoas dá hoje um pontapé inicial para a construção do CRAS do Guajuviras. O CRAS é um equipamento de acolhimento, é a porta de entrada da política de desenvolvimento social. Esse investimento impacta diretamente no cuidado, na proteção e no acolhimento da comunidade”, afirmou.

Já o secretário municipal de Assistência Social, Marcio Freitas, disse que a construção do CRAS é uma demanda antiga da comunidade e que a nova estrutura vai qualificar o atendimento no bairro.

“Essa é uma solicitação de muitos anos. Com a construção do prédio próprio, teremos mais qualidade no atendimento e um tratamento digno para as pessoas em situação de vulnerabilidade social”, explicou.

O presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, Lucinei Hanaver, destacou o papel dos conselhos na construção das políticas públicas.

“Os conselhos caminham de mãos dadas com a administração pública. Ter equipamentos adequados é fundamental para atender de forma digna idosos, crianças e famílias em vulnerabilidade. O CRAS do Guajuviras será um espaço que fará diferença real na vida das pessoas”, afirmou.

A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Giorgia dos Santos, reforçou a importância da atuação integrada entre município, conselhos e Estado.

“O COMDICA é parceiro nessa iniciativa porque pensamos na crescente demanda das crianças, adolescentes e suas famílias. Precisamos atuar como rede, enquanto município, para garantir uma vida melhor às crianças e adolescentes canoenses”, destacou.

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