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19/08/2025
 

Comunidade

Ladrões roubam professora dentro de sala de aula no Guajuviras

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Escola Carlos Drummont de Andrade é vítima de frequentes roubos. Foto: Bruno Lara/OT.

Escola Carlos Drummont de Andrade é vítima de frequentes roubos. Foto: Bruno Lara/OT.

 

Por Bruno Lara

 

O dia começou como outro qualquer na quarta-feira, 14, para Caroline Andréa Raimundo, professora da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Carlos Drummond De Andrade e que atua há 14 anos no Município. Porém, um roubo quebrou a sua rotina.

“A sala 2 estava fechada, porta e janela. Estávamos em uma atividade da Semana Farroupilha, em outra sala, todos deixaram material lá. Quando voltei estava sem carteira e sem dinheiro. Eles entraram pela janela. Não levaram material dos alunos”, relata a professora que viu sua sala de aula arrombada e seus pertences roubados. “Esperava isso na rua, jamais dentro de uma escola”, desabafa. “A gente não tem apoio de nada e nem de ninguém”, critica.

A direção da escola entrou em contato com a Guarda Municipal, responsável por cuidar do patrimônio público, que ainda este ano recebeu poder de polícia e agora circula com arma de fogo. “Quando percebi a situação, a Guarda foi acionada e encontrei dois adolescentes estranhos no pátio da escola que, ao serem abordados, pularam o muro”, relata a vice-diretora Ana Lúcia Catelan. Segundo ela, os suspeitos frequentam a frente da escola nos horários de entrada e saída das turmas. “Quando abordados, disseram que queriam apenas comer merenda. Os convidei para ir até o refeitório e eles então saíram correndo”, complementa.

Os Guardas chegaram a localizar os suspeitos, mas voltaram desolados para a sala onde a reportagem de OT conversava com as envolvidas e afirmaram que seu superior os orientou a não revistar ninguém. “A gente tentou muito, me desculpem, mas não deu”, relatou um dos guardas.

 

Problema reincidente

A volta do feriado de 7 de Setembro não foi muito diferente. Segundo a vice, o refeitório e outras estruturas estavam arrombados. “Toda semana a gente é visitada por eles, que levam as lâmpadas e arrombam armários dos professores. Pessoas de fora pulam o muro e fazem o afrontamento com a direção. Até com ameaças”, relata ela. “Vou chamar o meu irmão para fazer uns barulhos aí na frente”, foi uma das ameaças que recebeu.

Em seu entendimento, o problema começou após a retirada dos guardas das escolas desde o início deste ano letivo. “Desde que a gente ficou sem portaria, a gente vem sofrendo pequenos delitos. Todas as salas têm nove lâmpadas. De lá para cá, de 2015, levaram tudo. Isso não acontecia com os guardas”, aponta.

Uma mãe da comunidade presente na escola na hora do ocorrido diz que pediu ajuda na Secretaria Municipal de Educação (SME) e recebeu uma negativa como resposta à reposição de guardas. “Tenho medo de deixar minha filha na escola. Ela é a segunda geração na escola e a única com problemas. Propus de trazer ela na entrada, buscar no intervalo e trazê-la de novo para a aula. Buscaria na saída”, diz a mãe que busca soluções para driblar a violência.

 

Fogueira em sala de aula

Para a funcionária Raquel Romano, que está na escola há um ano e oito meses, esta não é a primeiro e nem a pior das situações.  “Desde que a Prefeitura tirou os guardas, quem dá o respaldo na segurança somos nós da limpeza”, conta ela que, em junho, recebeu orientação para saírem dos portões que não são mais cuidados por ninguém.

“Fui várias vezes ameaçada. Pulam o muro e querem ficar misturados com os alunos. Várias vezes bati de porta em porta avisando que tinham meliantes no pátio para não mandarem as meninas para o banheiro. Eles quebram portas, janelas, invadem as salas no final de semana e feriados. No ano passado, colocaram fogo em cadernos em uma sala de aula e fizeram uma fogueira. O parquet está queimado até hoje”, conta. O problema, em sua opinião, se resolveria se os guardas voltassem para as escolas. “Precisamos que coloque guardas de volta as escolas”, conclui.

 

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XVI Conferência Municipal da Assistência Social reúne comunidade e entidades em Canoas

Redação

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XVI Conferência Municipal da Assistência Social reúne comunidade e entidades em Canoas

Na quinta-feira, 14, a Associação Pestalozzi de Canoas foi palco da XVI Conferência Municipal da Assistência Social, que teve como tema “20 anos do SUAS: Construção, Proteção Social e Resistência”. O evento reuniu usuários, trabalhadores, entidades e gestores da política de assistência social, promovendo debates e a troca de experiências.

O objetivo, conforme a gestão municipal, foi fortalecer as ações de assistência social no município, com espaço para discussão sobre políticas públicas municipais, estaduais e nacionais. Para Edina Aparecida Alegro, presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, “estamos aqui num momento muito importante de fala para tratar de políticas ligadas à assistência social em todas as esferas”.

Participante do encontro, Paola Estalamartes, integrante da Associação das Senhoras das Campanhas dos Bebês, destacou a relevância do apoio recebido: “Somos gratos pelo apoio da Prefeitura e de instituições parceiras. Nosso foco é trabalhar o fortalecimento do vínculo familiar”.

Representando a gestão municipal, o secretário de Assistência Social, Márcio Freitas, reforçou o compromisso com a área: “Estamos participando deste grande evento com o comprometimento de manter e ampliar as políticas públicas de assistência social, voltadas especialmente para a população que mais precisa”.

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Canoas retoma acordo para regulamentar comércio indígena no Centro

Redação

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Canoas retoma acordo para regulamentar comércio indígena no Centro

O comércio indígena no Centro de Canoas passará por mudanças nos próximos meses. Representantes de quatro aldeias, do Ministério Público Federal (MPF), da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação (SMDEI) definiram a retomada do acordo firmado em 2019, que estabelece 12 pontos fixos para a comercialização de produtos.

O pacto original foi firmado após o Município relatar ao MPF a expansão das bancas indígenas, a venda de produtos industrializados e problemas de circulação de pedestres e veículos, especialmente na Rua Quinze de Janeiro. Na época, ficou determinado que, fora dos pontos autorizados, valeria a legislação municipal que proíbe o comércio transitório na área central.

Em vistoria realizada em julho deste ano, a SMDEI identificou 29 bancas ativas no Centro, número superior ao acordado. O levantamento motivou pedidos de providências de entidades empresariais e levou à retomada das negociações.

Com o novo entendimento, será mantido o limite de 12 bancas, que receberão placas e crachás de identificação para facilitar a fiscalização. Três boxes da Praça da Bíblia serão disponibilizados para depósito de materiais.

Segundo a SMDEI, a medida busca equilibrar a preservação do direito de comercialização dos povos indígenas com a organização do espaço público e o cumprimento da legislação municipal.

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Campanha do Agasalho 2025 de Canoas recebeu 28.340 peças e distribuiu 15.774

Redação

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Campanha do Agasalho 2025 de Canoas recebeu 28.340 peças e distribuiu 15.774

A Campanha do Agasalho deste ano em Canoas atingiu os quantitativos de 28.340 peças recebidas e 15.774 itens distribuídos. Nesta quarta-feira, 6, a ação ocorreu com parceria entre agentes da Defesa Civil do município e voluntários para estender solidariedade aos moradores do bairro Rio Branco.

Em uma busca cuidadosa, pilha após pilha, sem desdobrar nem desarrumar os itens separados sobre uma grande mesa, propiciou que a dona de casa Tânia de Jesus, 46 anos, encontrasse roupas para proteger seus quatro filhos, de 13, 11, 8 e dois anos de idade.

Conforme o secretário de Defesa Civil e Resiliência Climática de Canoas, Vanderlei Marcos, a ação é estratégica para fazer com que os bens doados pela comunidade cheguem efetivamente para quem precisa. “A parceria com lideranças e pessoas que são referências nas localidades é fundamental para ampliar o acesso daqueles que precisam dos agasalhos”, descreve o gestor.

Ao lado da parceira de voluntariado Celi Oliveira, Vera confirma que o elo se fortalece e a corrente de solidariedade estende sua proteção.

“Fazemos isso há dez anos. Abro minha casa para receber quem precisa da ajuda. Cada pessoa que sai daqui com uma roupinha para sua família faz valer o trabalho da gente”, define Vera.

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