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27/06/2025
 

Comunidade

Funcionário reclama de perseguição e mal uso de recursos do Procon

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Procon Canoas. Foto: Bruno Lara/OT.

Procon Canoas. Foto: Bruno Lara/OT.

Para o funcionário concursado do Procon de Canoas, Marney de Souza, a situação na diretoria, que é ligada à Secretaria Municipal de Segurança Pública e Cidadania (SMSPC), é de perseguição e mal uso dos recursos. Em seu entendimento, ao utilizar a verba das multas para outras atividades dentro da secretaria, descumpre a legislação federal.

Contrário ao ato, Marney ingressou com uma ação popular em maio deste ano, na Vara Cível do Foro da Comarca de Canoas/RS, cobrando diversos pontos que considera irregular na atual administração.

Criado em 2002, o Procon passou até 2009 sem aplicar multas, apenas atuando na conciliação de conflitos. Porém, com a nova gestão ingressando no município e com um novo diretor indicado, Marney conta que foi convidado pelo atual secretário – que também comandava a pasta na época – Alberto Koptike para estruturar o departamento jurídico da mesma, com autonomia para criar projetos e regulamentos necessários. Assim surgiu o Fundo Municipal de Proteção e Defasa do Consumidor (FMPDC).

Utilização do dinheiro

O questionamento é que a Prefeitura celebrou em março deste ano contratos com a Fundação La Salle para a administração de outras estruturas nos bairros Mathias Velho e Guajuviras. Um no valor de R$ 1.055.430,55 e outro de R$ 1.047.171,63. “Tendo ambos negócios jurídicos o mesmo objeto, qual seja: A execução do projeto denominado ‘Casa da Juventude’”, diz Marney na ação em que pede a nulidade dos contratos “pela ilegalidade do objeto”. Ele acredita se tratar também de uma terceirização da atividade-fim .

A real finalidade dos contratos, segundo ele, “é possibilitar o ingresso de profissionais em cargos no poder público burlando o disposto no artigo 37 da CR/88, ou seja, sem necessidade de aprovação em concurso público, sem necessidade de indicação a cargo em comissão ou função de confiança e sem necessidade de preenchimento dos requisitos legais para realização de contrato temporário”, argumenta. Os contratos com a Fundação têm como fonte específica de recurso específico as multas do Procon. “Nunca nenhuma receita proveniente das multas aplicadas pelo órgão foram revertidas em benefício do PROCON ou ao mercado de consumo municipal”, reclama.

Desvio de finalidade

Isso é um problema, segundo ele, pois a diretoria corre o risco de passar a ser um órgão arrecadatório. “Passará a ser o objetivo do Procon a arrecadação de renda para pagamento de despesas mensais, ou seja, a multa deixará de ser um meio utilizado pelo órgão para melhorias do mercado de consumo para tornar-se a finalidade do Procon, acarretando em notável subversão dos valores da administração pública”, pontua. Em sua avaliação as empresas serão prejudicadas. “Não raro ocorrerá de empresas serem penalizadas sem o mínimo de amparo legal ou qualquer cometimento de infração de consumo”, opina.

O alerta, segundo ele, é em função dos mais de 300 mil consumidores que a cidade possui atualmente. “Cerca de três shoppings e está na iminência de recepção de um mega shopping padrão “A”, com mais de 300 lojas, com previsão de inauguração no ano de 2017, que certamente aumentará sobremaneira a demanda do órgão municipal encarregado de zelar pela aplicação dos direitos do consumidor”, critica sugerindo, na ação, R$ 2.102.602,18 como valor da causa.

Legislação

A lei municipal 5.782, de 2009, regulamentava o funcionamento das atribuições de desenvolvimento da política municipal do consumidor especificava as práticas. Porém, uma alteração feita na legislação em 2013 mudando a redação de “especificamente” para “exemplificativamente”, o que, segundo o autor, entra em conflito com o texto da legislação federal ao adicionar ao texto a frase “de ampliação do acesso à justiça e exercício da cidadania”.

Segundo a lei 5.389/2009, em seu capitulo IV, artigo 12, institui o Fundo deixando claro que o mesmo serve para “ampliação do acesso à justiça e exercício da cidadania”. Em um parágrafo único, enfatiza: “os recursos financeiros vinculados ao FMPDC será administrados pela SMSPC, a quem compete praticar todos os atos necessários à sua gestão, inclusive abrir e movimentar contas bancárias, tudo em conformidade com as diretrizes de programas em execução no âmbito do SMDC e com o plano de aplicação dos recursos”.

O Decreto Federal em questão é o de nº 2.181/97 que, em seu art. 30º, estabelece que: “As multas arrecadadas serão destinadas ao financiamento de projetos relacionados com os objetivos da Política Nacional de Relações de Consumo, com a defesa dos direitos básicos do consumidor e com a modernização administrativa dos órgãos públicos de defesa do consumidor, após aprovação pelo respectivo Conselho Gestor, em cada unidade federativa”.

Perseguição

Ele conta que, após comprar a briga para não destinar os recursos para a pasta, tentando mantê-lo apenas no que tange ao direito do consumidor, ele relata que foi lesado. “Rebaixado ao setor de atendimento ao público, exercendo suas atividades juntamente com estagiários, sendo alvo de grande perseguição funcional, cuja diretora Viviane Maciel Schaff fora designada com a função de perseguir o autor, chegando ao ponto de designar um estagiário de nível médio para supervisionar as funções do autor, visando a reduzi-lo ao ridículo, com total proibição de acesso a processos administrativos e quaisquer documentos relacionados com o Codecon (que até então ficavam de posse do Procon)”, relata.

Indo além, ele afirma que “atualmente as reuniões do Codecon são secretas, sendo proibido ao diretor do Procon divulgar aos servidores do referido órgão não são bem vindos nas reuniões, cujos representantes do Sistema Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor são todos de cargos comissionados, ou seja, todos com interesses políticos e não institucionais”.

O que diz a Prefeitura

“Todas as ações do Procon e a gestão do Fundo do Conselho são acompanhadas pelo Ministério Público e não existe nenhuma irregularidade apontada. A empresa para a construção da nova sede já está contratada e a sede deverá estar pronta até o final do ano, quando existe a previsão da devida melhoria e ampliação das condições de atendimento.

“Qualquer denúncia sobre suposta perseguição pode ser feita nós órgãos competentes internamente (Controladoria Geral do Município), formados por servidores públicos, que têm condições de avaliar e julgar administrativamente os fatos.”

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Moradores que decidiram permanecer na Praia do Paquetá recebem auxílio da Defesa Civil

Redação

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Moradores que decidiram permanecer na Praia do Paquetá recebem auxílio da Defesa Civil

De acordo com a gestão municipal, desde a quinta-feira, 19, quando as águas começaram a subir na Praia do Paquetá, a comunidade local começou a receber suporte da Prefeitura de Canoas, com coordenação da Defesa Civil e contando com a ação integrada entre diversas secretarias.

Entre as ações voltadas a quem optou por permanecer no local, ocorreram entregas de cestas básicas e suporte com acolhimento a famílias atingidas, além de resgate de pets encontrados na região. Na localidade vivem 120 famílias, das quais 100 optaram por permanecer nas suas casas.

Para o secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos, a estratégia prioritária é antecipar o suporte humanitário, mitigando o impacto sobre a vida das pessoas. Além da entrega de ranchos completos, a Defesa Civil atuou no alerta sobre riscos e na oferta de transporte para quem necessitasse buscar segurança por decorrência da cheia.

Já o secretário da Assistência Social, Márcio Freitas, trabalhou na entrega de alimentos e comandou o serviço de abrigos públicos para desalojados. A secretária de Bem-estar Animal, Paula Lopes, liderou o resgate de bichinhos de estimação para castração e encaminhamento a tutores. As atividades prosseguirão ao longo do final de semana.

“A nossa comunidade vive da pesca e do turismo. Com o tempo adverso, não tem como pescar, nem tem pessoas para comprar nosso pescado. Esse alimento garante segurança para estes dias difíceis”, pontuou o presidente da Associação de Moradores e Pescadores da Praia de Paquetá, Paulo Denilto.

Moradora de Paquetá, Elisabete Saroba agradeceu o donativo que irá manter a família formada por sete pessoas, cujos adultos trabalham na pesca e na construção, pelas próximas semanas. A Defesa Civil mantém plantão na entrada do bairro para orientar e transportar pessoas para acolhimento. As demais áreas da cidade não apresentam mais zonas de alagamento.

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Abrigo em Canoas acolhe 129 pessoas atingidas pelas fortes chuvas da madrugada

Redação

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Abrigo em Canoas acolhe 129 pessoas atingidas pelas fortes chuvas da madrugada

Na tarde desta quarta-feira, 18, a cidade de Canoas segue monitorando os impactos das fortes chuvas registradas na noite anterior. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Assistência Social, 129 pessoas seguem acolhidas no Ginásio São Luís, no bairro São Luís.

O abrigo emergencial foi estruturado para garantir acolhimento seguro e digno à população afetada. Além disso, 35 pessoas que estavam abrigadas já puderam retornar com segurança para suas residências no bairro Mathias Velho, uma das regiões mais atingidas.

A Prefeitura reforça que permanece mobilizada, por meio de suas equipes técnicas e voluntários, para oferecer suporte imediato às famílias em situação de vulnerabilidade durante este período de instabilidade climática. A estrutura no Ginásio São Luís conta com alimentação, espaço para higiene, roupas, colchões, atendimento ambulatorial e também acolhimento de animais de estimação.

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Canoas lança Campanha do Agasalho 2025 com o tema “O seu roupeiro não sente frio”

Redação

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Canoas lança Campanha do Agasalho 2025 com o tema “O seu roupeiro não sente frio

Com o tema “O seu roupeiro não sente frio – desapegue do que você não usa mais e aqueça quem precisa”, a Campanha do Agasalho 2025 de Canoas foi lançada oficialmente na manhã de sábado, 14, durante a 3ª edição do evento Prefeitura na Tua Casa, na Praça Dona Mocinha, no bairro Niterói.

A iniciativa busca mobilizar a comunidade para a doação de roupas e cobertores, com foco no acolhimento das pessoas em situação de vulnerabilidade social e em situação de rua. Diante da antecipação das ondas de frio, antes mesmo do início oficial do inverno, a campanha ganha ainda mais relevância neste momento.

Neste ano, a ação contará com telebusca de doações, facilitando a entrega dos itens pela população, além de uma parceria com uma lavanderia industrial de Cachoeirinha, que garantirá a higienização das peças arrecadadas.

Coordenada pela Secretaria Municipal da Defesa Civil e Resiliência Climática, a campanha envolve a parceria das secretarias de Assistência Social, Segurança Pública, Desenvolvimento Econômico e Inovação e Cidadania, Mulher e Inclusão, integrando esforços para ampliar o alcance das ações.

O secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos, ressaltou o papel fundamental da população na construção de uma cidade mais solidária:

“Essa campanha é um esforço coletivo que depende do engajamento de toda a sociedade. Cada doação representa uma barreira contra o frio para quem não tem proteção. Nosso trabalho é garantir que esses itens cheguem com dignidade a quem mais precisa, e para isso, contamos com o espírito solidário dos canoenses.”

Durante o lançamento, o prefeito em exercício Rodrigo Busato destacou a importância da união da sociedade em torno da causa.

“A Campanha do Agasalho é mais do que uma ação de inverno, é um gesto de cuidado com quem mais precisa. Cada peça doada representa acolhimento e respeito. Nosso compromisso de governo é garantir que nenhum canoense enfrente o frio sem o mínimo necessário para se proteger”, afirmou Rodrigo Busato.

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