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26/12/2024
 

Comunidade

Sete décadas de amor

Anastácia e Teodoro Ivankio formam um dos casais mais longevos da cidade

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Anastácia, de 90 anos, e Teodoro, de 95, renovam os votos ao completar 70 anos de casados. Foto: Caroline Monteblanco-divulgação/OT.

Anastácia, de 90 anos, e Teodoro, de 95, renovam os votos ao completar 70 anos de casados. Foto: Caroline Monteblanco-divulgação/OT.

 

Por Marcelo Grisa
@Marcelogrisa

 

Boas histórias duram mais. A cidade de Canoas, apesar de seus percalços, completou recentemente 77 anos de existência. O Timoneiro, por sua vez, completa, neste mês que se inicia, seus 50 anos de vida. Além de tudo isso, um casal que deixou sua marca na vida da comunidade do bairro Harmonia completou, no último dia 16 de junho, outro grande aniversário: Anastácia, de 90 anos, e Teodoro Ivankio, de 95, completaram 70 anos de casados – a chamada boda de vinho.

Os dois descendentes de ucranianos começaram sua história distantes do Rio Grande do Sul. Nascidos na Colônia Marcelinos, na localidade de São José dos Pinhais (PR), conheceram-se em 1944. Estavam no casamento de um parente de Anastácia. Teodoro lembrou-se de como o recatamento era naqueles tempos. “A gente sentou longe um do outro, e se olhava. Quando um abaixava os olhos, o outro levantava”, recordou.

Entretanto, duraria quase dois anos até que os dois se casassem, já em 1946. Estávamos na Segunda Guerra Mundial, e Teodoro, que foi militar, ficou cerca de dez meses na Itália como parte da 2ª Companhia da Força Expedicionária Brasileira, entre 44 e 45.
Em 1947, nasce a primeira filha do casal, Anita. Em 49, o filho Valdomiro, já falecido.

Nesse meio tempo, a família já estava em Curitiba: Teodoro trouxe outros três irmãos para a capital paranaense, e eles montaram um negócio de pisos mosaico. Quando os irmãos se desentenderam, o terceiro filho, Dorico, de 1954, era ainda um bebê. “Decidi sair de lá. Vim para o Rio Grande porque lá era terra do chimarrão e do churrasco, duas coisas que gostava muito”, admitiu. Em Canoas também nasceram seus dois filhos mais novos: Renato, em 1957; e José Rodnei, em 68.

Em 1955, portanto, a família chegou à residência que Anastácia e seu esposo dividem até hoje. Ela já deveria ter sido desocupada pelo proprietário, que ainda demorou uma semana para esvaziar o imóvel. Nesse meio tempo, as cinco pessoas precisaram morar em apenas um quarto de hotel. Precisando lidar com três crianças pequenas, apenas 15 dias depois de uma cirurgia de apendicite e uma viagem de dois dias do Paraná até Canoas, Anastácia chorou pela dor e pela espera. “O Teodoro precisou cuidar da casa no primeiro mês porque eu precisei de repouso.

Depois disso, os Ivankio construíram sua vida em comunidade no bairro Harmonia. São principalmente lembrados pelas contribuições à paróquia Sagrado Coração de Jesus, criada pelo Pe. Armindo Cattelan, então auxiliar do Cônego José Leão Hartmann. Anastácia era parte do grupo de festeiros quando da inauguração da pedra fundamental da primeira capela, e Teodoro, com sua experiência em instalação elétrica na Vila Militar e outras atividades, ajudou a construir o salão paroquial da Sagrado. Por isso, o casal é sempre lembrado pelos sacerdotes que passam pela igreja, hoje localizada na Rua Marechal Mallet.

Anastácia lembra que tanto tempo é possível porque nunca houve brigas entre os dois. “Não deu tempo de aprender isso!” riu. Teodoro, por sua vez, orgulha-se do esforço que fez para que os cinco filhos e a esposa tivessem tudo que precisassem. “Criei meus filhos. Minha esposa pode sempre cuidar deles, não precisou trabalhar. Dei um carro para cada um. Nunca precisei pegar dinheiro deles. Vou deixá-los bem”, sentencia.

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Restaurante Popular de Canoas serve marmita especial de Natal

Redação

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Restaurante Popular de Canoas serve marmita especial de Natal
Canoenses em situação de vulnerabilidade social tiveram um almoço diferenciado nesta segunda-feira, 23, em comemoração ao Natal. Foram servidas 240 marmitas com um cardápio especial para as famílias que procuraram o Restaurante Popular, que estará fechado nesta terça e quarta-feira (24 e 25).
O atendimento será retomado na quinta-feira, 26, das 11h30 às 13h, na unidade que fica na Avenida Boqueirão, 2781, bairro Estância Velha. Além do almoço, foram distribuídos chocotones.
Segundo o secretário municipal de Assistência Social, Saulo Gil, o Restaurante Popular serve mais de 200 marmitas, de segunda a sexta-feira, gratuitamente, desde que está em vigor o decreto de calamidade pública. A partir do ano que vem, deverá voltar a ser cobrado o valor de R$ 1 por refeição. Para a Prefeitura, o custo é de R$ 15,20 por prato.

“É um investimento destinado a famílias em vulnerabilidade social e situação de rua. Durante a enchente, o Restaurante Popular chegou a funcionar até as 18h, entregando mais de 55 mil refeições, uma vez que os moradores do lado Oeste de Canoas tiveram de migrar para a região Leste”, relembra.
O investimento mensal para fornecer a alimentação é de R$ 70 mil. Saulo e as secretárias adjuntas Maria Vargas e Rosângela da Silva visitaram o restaurante para desejar um Feliz Natal aos frequentadores.

O cardápio de Natal incluiu arroz colorido com cenoura e bacon, sobrecoxa de frango à milanesa, macarrão ao molho alho e óleo, feijão, batata inglesa corada, repolho com uva passa, pêssego e suco. Normalmente é servida água. A dona de casa Cristina Pereira, 42 anos, levou os três filhos para almoçarem no Restaurante Popular.

“Daqui, eles vão direto para a escola. Essa ajuda que a Prefeitura dá com a alimentação é muito importante”, conta a moradora do bairro Mathias Velho.

Segundo a nutricionista da SMAS, Anelise Ribeiro, para ter acesso ao Restaurante Popular, é preciso ter Cadastro Único e apresentar documento de identidade.

“Quem chegar sem esses requisitos, entretanto, não vai ficar com fome. Será servido e orientado a fazer seu cadastro nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS)”, explica.

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Praça Max Oderich tem obras de revitalização iniciadas em Canoas

Redação

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Praça Max Oderich tem obras de revitalização iniciadas em Canoas

Na terça-feira, 17, o prefeito Jairo Jorge assinou a ordem de início do serviço de revitalização da Praça Max Oderich, localizada no bairro Mato Grande. A obra será realizada em parceria com o Ministério da Cidadania e contará com um investimento total de R$ 395.800,00.

A revitalização da praça prevê uma série de melhorias, incluindo a construção de uma nova quadra poliesportiva, a revitalização dos calçamentos e das calçadas, pista de caminhada com acessibilidade, e melhorias na academia ao ar livre e no playground.

Segundo a administração municipal, as intervenções integram o plano da Prefeitura de Canoas para promover a qualidade de vida dos cidadãos e incentivar a prática de atividades físicas ao ar livre. A previsão de conclusão é abril de 2025.

Durante o ato de assinatura, o prefeito Jairo Jorge ressaltou a importância da obra para a região.

“É um compromisso que havíamos firmado com a comunidade. Vamos entregar a quadra, os calçamentos e permitir um uso mais adequado desse espaço. A praça será revitalizada em duas etapas, e já estamos colocando em prática essa promessa”, afirmou.

O secretário adjunto de Esporte e Lazer, Dimi Tresoldi, destacou que a obra atende a uma demanda antiga dos moradores, especialmente após os estragos causados pelas enchentes.

“Essa praça foi inaugurada em 2014, mas sofreu muito ao longo dos anos. Agora, com a nova pista de caminhada ao redor do quarteirão e a quadra poliesportiva, o espaço vai ganhar uma nova vida”, concluiu.

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Com o tema “Unidos pela Reconstrução”, 12ª Parada Livre de Canoas coloriu o Parque Eduardo Gomes

Redação

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Com o tema Unidos pela Reconstrução, 12ª Parada Livre de Canoas coloriu o Parque Eduardo Gomes

A 12ª Parada Livre de Canoas, realizada no domingo, 15, no Parque Eduardo Gomes, reuniu centenas de pessoas em uma celebração de diversidade, luta e união. O evento, organizado pelo Conselho Municipal LGBT com apoio da Prefeitura de Canoas, teve como tema “Unidos pela Reconstrução”.

O secretário especial da Coordenadoria da Diversidade, Israel Valladas, destacou a importância do evento, especialmente em um momento de superação após as enchentes que atingiram a cidade.

“A tragédia nos ensinou a necessidade de união. Diferenças não importam: somos todos humanos, querendo ser felizes e celebrar a vida. A Parada Livre simboliza resistência e inclusão”, afirmou.

Segundo Fábulo Rosa, movimentos sociais se mobilizaram para garantir que a Parada acontecesse, com o apoio de uma vaquinha virtual para custear a estrutura do evento, reforçando o simbolismo da ocasião. “Unidos na reconstrução, enfrentamos a chuva e o tempo ruim para mostrar que a resistência é nossa força. A Parada é história e luta”, enfatizou.

Entre os participantes, o casal de Porto Alegre, Robert Oliveira e Angelo Niz, destacou a importância do evento. “Não é só festa, é também luta e direitos. É o momento de mostrar que estamos aqui e queremos nossos direitos garantidos”, disse Robert.

 

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