Comunidade
Sindilojas aperta o cerco contra o comércio ilegal no centro
Por Bruno Lara e
Émerson Vasconcelos
Na última quarta-feira, 15, no almoço de confraternização da reunião ordinária de diretoria do Sindilojas Canoas, a principal pauta foi a proliferação do comércio ilegal na cidade. O presidente em exercício da entidade, Itamar Tadeu Barboza da Silva e vários dos demais participantes questionaram veementemente o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE), Francisco Valmor Marques de Ávila, sobre os vendedores ambulantes que se instalam cada vez mais no Centro da cidade. Tadeu argumentou que eles se instalam de forma irregular e comercializam produtos piratas, concorrendo de forma desleal com o comércio legalizado.
Pirataria
E não são apenas os ambulantes que se classificam como uma preocupação para o Sindilojas. Estabelecimentos com loja física em ponto físico também vem trabalhando com produtos piratas, que muitas vezes oferecem riscos à saúde do consumidor, como no caso de óculos falsificados. O presidente licenciado do Sindicato, Denério Neumann Denerio, que também participou do almoço, lembrou que há cerca de três anos a pirataria chegou a cair neste mercado, mas por pouco tempo: “O Brasil deu uma ensaiada de sairmos para ter qualidade. Começou a se olhar a qualidade. Depois foi caindo e hoje estamos no extremo. O consumidor, lá na ponta, é a grande vítima e ele não sabe o que está acontecendo, não tem ideia de que está comprando uma lente sem qualidade”.
Segundo ele, “das cerca de 65 óticas funcionando em Canoas, um grande grupo não está legalizado. Sem diploma, sem qualidade nenhuma, e está funcionando. Aquelas que estão mais organizadas são as que são fiscalizadas”, criticou.
Mercado dominado
Roberto Vargas, representante do Sindióticas na reunião, disse que a pirataria já constitui mais da metade do mercado do setor. “A ilegalidade assume, no nosso mercado, uma posição assustadora e um prejuízo igualmente assustador. Existem, na verdade, grandes estruturas criminosas por trás dessas vendas ambulantes. O comércio de ótica hoje, ilegal, representa 60% do comércio de ótica”, apontou.
Vargas ainda voltou a pontuar a respeito dos ambulantes, opinando que muitas vezes eles alegam, para não serem impedidos de vender nas ruas, que são de origem indígena. “A venda por indígenas não se pode combater, pois está protegida em legislação federal, mas o produto não está. O que se pode questionar não é a ocupação do espaço, mas o produto em si comercializado, não pode ser pirataria”, disse.
Problema de polícia?
Representando a SMDE, Ávila afirmou que os fiscais de sua secretaria só podem recolher mercadorias, mas que o trabalho de reprimir estas vendas informais seria da polícia. “Os índios tem um certo privilégio, mas eu penso diferente. Eles não podem ter um tratamento desigual. A ex-secretária Simone leite negociou com os índios para colocar suas bancas em cinco espaços no município para vender artesanato e existe um decreto feito pelo prefeito Jairo Jorge, que proíbe a instalação de novos ambulantes no centro da cidade. Meu compromisso é, junto com o pessoal da Funai, reestabelecer os cinco locais e que vendam apenas artesanato”, se compromete.
Segundo o secretário, em 2014, a Prefeitura apreendeu 2.779 mercadorias. Neste ano, porém, apenas nos últimos dois meses foram apreendias 2.035 mercadorias ilegais. Questionado sobre a discrepância nos números de apreensões entre o ano passado e este, Francisco apontou que se dá em função do quadro de funcionários. “Agregou-se fiscais. Eramos quatro no Desenvolvimento Econômico. Com o último concurso recebemos mais três fiscais. Isso permitiu que, além dos trabalhos burocráticos, mas pessoas pudessem ir para a rua e fazer essa ação”, resumiu.
Comunidade
Moradores que decidiram permanecer na Praia do Paquetá recebem auxílio da Defesa Civil

De acordo com a gestão municipal, desde a quinta-feira, 19, quando as águas começaram a subir na Praia do Paquetá, a comunidade local começou a receber suporte da Prefeitura de Canoas, com coordenação da Defesa Civil e contando com a ação integrada entre diversas secretarias.
Entre as ações voltadas a quem optou por permanecer no local, ocorreram entregas de cestas básicas e suporte com acolhimento a famílias atingidas, além de resgate de pets encontrados na região. Na localidade vivem 120 famílias, das quais 100 optaram por permanecer nas suas casas.
Para o secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos, a estratégia prioritária é antecipar o suporte humanitário, mitigando o impacto sobre a vida das pessoas. Além da entrega de ranchos completos, a Defesa Civil atuou no alerta sobre riscos e na oferta de transporte para quem necessitasse buscar segurança por decorrência da cheia.
Já o secretário da Assistência Social, Márcio Freitas, trabalhou na entrega de alimentos e comandou o serviço de abrigos públicos para desalojados. A secretária de Bem-estar Animal, Paula Lopes, liderou o resgate de bichinhos de estimação para castração e encaminhamento a tutores. As atividades prosseguirão ao longo do final de semana.
“A nossa comunidade vive da pesca e do turismo. Com o tempo adverso, não tem como pescar, nem tem pessoas para comprar nosso pescado. Esse alimento garante segurança para estes dias difíceis”, pontuou o presidente da Associação de Moradores e Pescadores da Praia de Paquetá, Paulo Denilto.
Moradora de Paquetá, Elisabete Saroba agradeceu o donativo que irá manter a família formada por sete pessoas, cujos adultos trabalham na pesca e na construção, pelas próximas semanas. A Defesa Civil mantém plantão na entrada do bairro para orientar e transportar pessoas para acolhimento. As demais áreas da cidade não apresentam mais zonas de alagamento.
Comunidade
Abrigo em Canoas acolhe 129 pessoas atingidas pelas fortes chuvas da madrugada

Na tarde desta quarta-feira, 18, a cidade de Canoas segue monitorando os impactos das fortes chuvas registradas na noite anterior. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Assistência Social, 129 pessoas seguem acolhidas no Ginásio São Luís, no bairro São Luís.
O abrigo emergencial foi estruturado para garantir acolhimento seguro e digno à população afetada. Além disso, 35 pessoas que estavam abrigadas já puderam retornar com segurança para suas residências no bairro Mathias Velho, uma das regiões mais atingidas.
A Prefeitura reforça que permanece mobilizada, por meio de suas equipes técnicas e voluntários, para oferecer suporte imediato às famílias em situação de vulnerabilidade durante este período de instabilidade climática. A estrutura no Ginásio São Luís conta com alimentação, espaço para higiene, roupas, colchões, atendimento ambulatorial e também acolhimento de animais de estimação.
Comunidade
Canoas lança Campanha do Agasalho 2025 com o tema “O seu roupeiro não sente frio”

Com o tema “O seu roupeiro não sente frio – desapegue do que você não usa mais e aqueça quem precisa”, a Campanha do Agasalho 2025 de Canoas foi lançada oficialmente na manhã de sábado, 14, durante a 3ª edição do evento Prefeitura na Tua Casa, na Praça Dona Mocinha, no bairro Niterói.
A iniciativa busca mobilizar a comunidade para a doação de roupas e cobertores, com foco no acolhimento das pessoas em situação de vulnerabilidade social e em situação de rua. Diante da antecipação das ondas de frio, antes mesmo do início oficial do inverno, a campanha ganha ainda mais relevância neste momento.
Neste ano, a ação contará com telebusca de doações, facilitando a entrega dos itens pela população, além de uma parceria com uma lavanderia industrial de Cachoeirinha, que garantirá a higienização das peças arrecadadas.
Coordenada pela Secretaria Municipal da Defesa Civil e Resiliência Climática, a campanha envolve a parceria das secretarias de Assistência Social, Segurança Pública, Desenvolvimento Econômico e Inovação e Cidadania, Mulher e Inclusão, integrando esforços para ampliar o alcance das ações.
O secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos, ressaltou o papel fundamental da população na construção de uma cidade mais solidária:
“Essa campanha é um esforço coletivo que depende do engajamento de toda a sociedade. Cada doação representa uma barreira contra o frio para quem não tem proteção. Nosso trabalho é garantir que esses itens cheguem com dignidade a quem mais precisa, e para isso, contamos com o espírito solidário dos canoenses.”
Durante o lançamento, o prefeito em exercício Rodrigo Busato destacou a importância da união da sociedade em torno da causa.
“A Campanha do Agasalho é mais do que uma ação de inverno, é um gesto de cuidado com quem mais precisa. Cada peça doada representa acolhimento e respeito. Nosso compromisso de governo é garantir que nenhum canoense enfrente o frio sem o mínimo necessário para se proteger”, afirmou Rodrigo Busato.
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