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“Não faltará um médico especialista”, garante pré-candidato Felipe Martini
Concorrente do PSDB é o primeiro entrevistado da série que ouvirá todos na disputa ao poder Executivo no município
Na terça-feira, 19, teve início a série de entrevistas com pré-candidatos ao Executivo Municipal de Canoas. O primeiro convidado foi o advogado de 37 anos, morador do Centro, Felipe Mahfuz Martini, do PSDB. Na conversa, conduzida pelo jornalista Vanderlei Dutra no programa OT Entrevista, o Martini voltou a criticar a atual vice-prefeita e também pré-candidata, Beth Colombo (PRB), e a prometer soluções, sobretudo na área da saúde.
Ressaltando por diversas vezes que vem de uma família composta por médicos o advogado se comprometeu afirmando que “não faltará um médico especialista para o atendimento ao cidadão” na cidade. E foi adiante. “Quem necessita de saúde não pode esperar. Quem necessita do médico especialista não pode esperar. E isso será um compromisso meu assumido e as mídias sociais estão aí para registrar. Canoas terá o maior serviço médico do Brasil”, garante.
Política municipal
“É uma situação que beira o escárnio. Hoje nós temos uma pré-candidata que estava filiada há 44 anos, trocou para o Partido Republicano (PRB), que votou em Brasília contra a presidente Dilma, que é do PT. E, aqui em Canoas, se faz aliança com o PT. E isso acho que o cidadão não aguenta mais”, alfinetou.
Questionado sobre a representação do partido, fez criticas duras aos antigos membros da sigla. “Essa foi uma das condições que eu empuz quando vim para o PSDB de Canoas. Fazer uma limpeza geral no partido. Porque não tenho condições e, se isso não acontece na minha vida privada, não vai acontecer na pública: Ladrão não anda do meu lado, ficha suja não anda do meu lado”, afirmou visivelmente criticando o ex-prefeito e atual vereador Marcos Ronchetti, que saiu da sigla e foi para o PDT, aliando-se a gestão de Jairo Jorge.
Principais problemas
Com discurso voltado à economia, Martini falou sobre corrupção e colocou como proposta o enxugamento da máquina pública. “Hoje nós temos 500 CC’s e 5 mil funcionários. Ou seja, 10% dos servidores hoje são cargos em comissão”, pontuou. “O que se percebe, em um momento de pré-eleição, é o governo inchando cada vez mais a máquina pública. Por que? Comprando apoio político daqueles que ainda estão em dúvida”, pontuou.
Falou também em “Choque de Governança”. Segundo ele, é necessário se fazer um “pente-fino” em todos os contratos da Prefeitura. “Só aí a gente já consegue fazer uma correção de rumo bem interessante”, analisa.
Para ele, Canoas consegue ultrapassar o governo federal em número de Ministérios. “Nós temos hoje em Canoas, em tese, 40 secretarias com outra roupagem. Nós temos 20 secretarias, quatro autarquias e fundações, cinco subprefeituras e 11 coordenadorias. Nada mais, nada menos, que 40 secretarias. Todos eles com pouca diferença de salário, ou seja, todos eles têm o mesmo status de secretário do município, com sua assessoria, com toda a questão que envolve cada departamento. Então, para mim, isso beira o escárnio com o dinheiro público, a vergonha”, refuta.
Aquecer a economia
Questionado pela audiência, afirmou que a economia é um ponto que “vem de cima para baixo” e se resolve com a “troca do governo federal”. Porém, acredita que há uma solução municipal. “Hoje não existem mais programas em Canoas que fomentem o trabalho da nossa gente. Um exemplo clássico é a confecção dos nossos materiais escolares. A gente percebe que eles são fabricados no Paraguai, ou seja, outro país. Por que não produzir esses uniformes dentro do Município de Canoas?”, levanta a discussão.
Funcionalismo
Para o advogado, o funcionalismo é peça importante por transpassar os governos eleitos. “Hoje existe um atraso de três anos da licênca prêmio dos servidores. São questões muito importantes. Para mim, o servidor deve ser constantemente valorizado. É ele quem toca a máquina pública. As gestões, os cargos eletivos, os cargos em comissão passam e o servidor fica. Uma valorização não só na questão econômica, mas como ser humano, como servidor, trabalhador, é fundamental”, aponta, deixando claro que em um possível governo haverá exonerações de Cargos em Confiança. “A máquina pública está obesa”, disse.
Saúde pública
“O que o PSDB deixou de positivo na sua última e desastrosa gestão foi o HPSC”, comentou criticando o próprio partido, mas não deixou também de chegar a gestão de Jairo Jorge. “Hoje o que se percebe é o sucateamento do HPSC, o fechamento de leitos no Hospital Universitário e o pouco investimento em saúde”, salientou.
Questionado sobre se daria continuidade ao modelo de gestão compartilhada que ocorre hoje no município, apontou que o “Choque de Governança” é o caminho. “Para bom entendedor, basta meia palavra. Uma simples interpretação dos contratos que foram hoje celebrados, eu não tenho a menor dúvida que o rompimento será inexorável. Porque além de não estarem prestando um bom serviço para o cidadão, cobram valores exorbitantes dos cofres públicos”, aponta.
Respondendo a perguntas da audiência que acompanhava ao vivo o programa, reafirmou que será um compromisso. “A cidadania transpassa, acima de tudo, pela saúde”, pontuou.
Recuperação de jovens
Ao relembrar sua trajetória como gestor do Canoas Futebol Clube, pontuou que o esporte é o norte para a recuperação dos jovens. “Sou um entusiasta da atividade esportiva. Acho que o esporte é saúde, é educação e inserção social daqueles mais vulneráveis. Aqueles que mais me conhecem sabem da atenção que eu daria para a atividade esportiva dentro do município”, destaca o candidato lembrando de sua tragetória na primeira divisão do campeonato gaúcho de futebol, onde esteve à frente do clube canoense.
Transporte público
“Por que não repartir a cidade e trazer para dento do município a livre concorrência? É uma lei de mercado. Onde há concorrência, há melhora do serviço público. Mas por que isso não ocorre? Por vontade política”, opina sobre a empresa de ônibus que presta o serviço de transporte urbano coletivo. “Hoje se percebe o cidadão sendo transportado com o mínimo de dignidade, em pé, sem ar condicionado na sua totalidade, um péssimo serviço público prestado na área da mobilidade urbana. E eu não tenho a menor dúvida que em um eventual governo meu, o monopólio vai acabar”, promete.
Sobre o aeomóvel, criticou a atual gestão petista. “Este governo se notabilizou por projetos, por publicidade enganosa e pela limpeza das praças. Ficou conhecido como o governo jardineiro e marqueteiro”, disse se referindo a Jairo. “Não é prioridade”, conclui sobre o transporte sobre trilhos.
Segurança pública
“Se vereador fosse, eu me ensurgiria contra a instalação de um Complexo Prisional aqui em Canoas”, afirma o candidato. “Eu quero o presídio longe da minha cidade, longe da minha gente. Propriedades que estão no entorno ao presídio tiveram uma desvalorização imobiliária em torno de 30, 40%. Então isso já trouxe prejuízo para a nossa gente, sem falar que isso será um novo Carandirú em Canoas”, apinou apontando a falta de servidores para atuar no Complexo.
Educação Pública
Levantando diversos pontos críticos, sobretudo na estrutura das escolas de ensino fundamental, comentou sobre os contratos com as associações que cuidam das escolas infantis. “Com este pente fino, tenho certeza que estaremos rompendo contratos que vem atravessando o serviço que deve ser prestado pelo poder público”, afirmou apontando o rompimento com as associações que hoje são responsáveis por diversas Escolas Municipais de Ensino Infatil (EMEIs) na cidade.
Destaques
Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com
A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.
As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.
O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.
Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.
Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.
Primeiras memórias
Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.
Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.
A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.
A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.
Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”
Socorrista e resgatado
Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.
Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.
“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.
Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.
Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.
“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.
Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.
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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal
Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.
A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.
Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.
Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.
No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:
– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato
*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.
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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos
Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.
De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850 mil pessoas.
Risco de inundação extrema
O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.
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