Opinião
Fabiano Vencato: “Imposições geram exposições”

Fabiano Vencato – Agenda Tradicionalista
IMPOSIÇÕES GERAM EXPOSIÇÕES
Com realização prevista para março a 32ª edição da Festa Campeira do Rio Grande do Sul (FECARS) corre mais uma vez o risco de ser cancelada, em reunião no Domingo (23.01) o atual Conselho Diretor do MTG juntamente com a comissão da festa, tomaram a decisão de neste primeiro momento transferir o evento para os dias 29 e 30 de abril e 1º de maio. A notícia divulgada em áudio em grupo de WhatsApp, pelo Vice-Presidente de Esportes Campeiros do MTG, Sr Claudemir Bresolin antes da reunião com os Coordenadores Regionais, repercutiu em redes sociais, caindo como uma bomba, diversos questionamentos começaram a ser feitos, o que se tem informação, foi que por solicitação da Prefeitura de Pelotas, aqui cabe uma observação, que não desistiu de sua realização e se mantem firme desde 2019 desejando ser a grande anfitriã do evento, solicitou transferência pelos motivos dos altos números de infectados pelo COVID-19 e suas variantes, uma decisão por parte da prefeitura muito responsável. Assim em reunião com os Coordenadores Regionais realizada Segunda-feira (24.01), sem a participação do Presidente do MTG que estava internado para um procedimento cirúrgico, não se descartou a possibilidade do cancelamento da Festa no ano de 2022, visto que os eventos estaduais começam a se acumular, após exaustivo debate, uma nova reunião ficou agendada para o próximo Domingo (30.01). A FECARS tem por objetivo promover o intercâmbio através de suas lides campeiras, integrando os participantes das diversas Regiões Tradicionalistas do Rio Grande do Sul, de forma que não se apague o rastro dos hábitos e costumes típicos gaúchos rio-grandenses, sua última realização foi em 2019 na cidade de Xangri-lá – 23ª RT. Outro assunto que está gerando polêmica, foi a decisão do tema anual escolhido pela atual Diretoria do MTG, para relembrarmos, o MTG realiza anualmente o Congresso Tradicionalista, onde tradicionalistas de todo o estado de reúnem e discutem os caminhos para o ano vigente, neste mesmo Congresso é apresentado e votado o tema anual do MTG, ou seria, ocorre que na mesma reunião do dia 23 de janeiro de 2022 (Domingo) sem que fosse divulgado prazos ou qualquer outra informação o Conselho Diretor da instituição deliberou o referido tema a ser trabalhado em 2022, “Centenário de Lilian Argentina – O universo do folclore”. Infelizmente a atual administração do MTG, segue com sua linha de trabalho impondo os processos de cima para baixo sem escutar os tradicionalistas em geral, não se pode negar a importância da folclorista Lilian Argentina, grande pesquisadora do antigo e extinto Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore sendo também a primeira mulher conselheira do MTG, porém também não se pode dizer que o MTG realizou essa ação de forma especial, por não termos realizado o Congresso Tradicionalista no início do ano, visto que poderia esta matéria ter sido discutida de forma democrática no 69º Congresso Tradicionalista Gaúcho realizado em agosto de 2021 na cidade de Frederico Westphalen – 28ª RT, parece que os dirigentes preocuparam-se muito em alterações de regulamentos visando um processo eleitoral que se aproxima, deixando de lado decisões importantes que poderiam ser debatidas na ocasião. A atual administração ainda não aprendeu com seus erros, e permanece tomando decisões sem escutar suas bases, processo básico para qualquer um que se diz democrático e defensor de suas entidades. Muitas vezes as “imposições” geram exposições desnecessárias, mas parece que este processo ainda não foi assimilado, em um ano que desde seu início apresenta-se trazendo esperanças de que possamos em breve ter nossas vidas normalizadas, onde as entidades tradicionalistas passam ainda por grandes dificuldades para colocarem as casas em ordem, cortando custos, trabalhando com redução de receita, porém cumprindo com suas obrigações, não ter a sensibilidade de trazer suas bases para perto é verdadeiramente uma falta de estimulo a todos, cabe aqui uma pequena porem significante observação, estamos apenas em janeiro.
Opinião
“Sapatão com orgulho: nossa existência não pede licença” (por: Isabela Luzardo – Miss diversidade de Canoas 2025)

por Isabela Luzardo*
Desde cedo, a sociedade tentou me enquadrar em um molde que nunca me serviu: brincar de boneca, não jogar futebol, usar vestido, maquiagem e roupas apertadas. Quebrei cada uma dessas imposições ainda na infância. E deixo a pergunta: por que seguimos insistindo que certas práticas, comportamentos ou desejos pertencem a um “gênero exclusivo”? A resposta é simples: não pertencem.
A construção da minha identidade passou por etapas de compreensão, dúvida e coragem. Entender a diferença entre ser lésbica ou bissexual, assumir a palavra “sapatão” com orgulho, e principalmente, mostrar que amar livremente é um direito inegociável. Não é apenas sobre minha vida — é sobre tantas outras mulheres que ainda enfrentam medo, violência e silêncio para existir.
Hoje, eu vivo meu amor com transparência. Sou noiva da Taciana, estamos de casamento marcado, temos casa, emprego, uma gata e, ao lado da minha companheira, formo uma família. Essa normalidade, para muitos banal, é para nós uma conquista política. Porque quando mulheres que amam mulheres afirmam sua existência, elas desafiam séculos de invisibilização.
Neste Dia do Orgulho Lésbico, lembrar do Levante do Ferro’s Bar é lembrar que nossa liberdade foi arrancada com luta. Em plena ditadura, mulheres lésbicas se recusaram a aceitar a exclusão e o apagamento. Elas nos abriram caminho. Se hoje podemos falar em orgulho, é porque ontem houve resistência.
Ser sapatão é muito mais do que uma identidade. É enfrentar o machismo e a lesbofobia. É se recusar a ser apagada. É afirmar que amar mulheres não é desvio, mas potência.
Por isso, neste 19 de agosto, afirmo com toda força: orgulhem-se, mulheres que amam mulheres. Nossa existência é política, nosso amor é resistência.
*Miss diversidade de Canoas 2025
Opinião
Artigo: “CORAGEM” (por Carlos Marun – advogado e ex-Ministro de Estado)

CORAGEM
“A maior de todas
as virtudes é a
Coragem, até
porque sem ela
nenhuma das
outras pode ser
praticada”
Maya Angelou
Poetisa
Alexandre de Moraes é uma figura singular. Penso até que errou ao determinar a prisão, mesmo que domiciliar, de Jair Bolsonaro. Não vi descumprimento claro pelo ex-presidente das medidas restritivas determinadas por ele próprio na decisão anterior que impôs ao Capitão o uso de tornozeleira eletrônica. Penso ainda que as penas que estão sendo aplicadas aos vandalos golpistas do 08/01/2023 são demasiadamente elevadas, especialmente quando comparadas àquelas aplicadas aos autores de outras crimes, aparentemente mais graves. Porém, isto não desfaz o imenso trabalho relalizado pelo STF em defesa da nossa Democracia, trabalho este que teve como como líder o próprio Ministro.
Todos na vida erramos e acertamos. Os inimigos querem nos medir por nossos erros. Os amigos por nossos acertos. Eu já prefiro medir as pessoas pelo saldo médio. E sem nenhuma dúvida, o saldo médio da atuação de Alexandre de Moraes é altamente positivo.
Uma das características que mais admiro em um ser humano é a coragem. E isto inegavelmente Alexandre possui de sobra.
Enfrentou internamente um movimento político dos mais raivosos da nossa existência enquanto nação que é o Bolsonarismo Fanático. Esteve, hoje se sabe, na lista de alvos da operação “Punhal verde-amarelo” tramada dentro do Palácio do Planalto por auxiliares próximos do ex-presidente. Esteve até sob a mira dos fuzis dos militantes desta seita política que haviam sido escolhidos para por em prática a operação. E nada disto o fez recuar.
Agora, enfrenta sem vacilações o mais poderoso e nefasto ser que existe sobre a terra que é Trump, que ataca nosso país sob aplausos dos entreguistas, que insistem em manter os dentes arreganhados diante desta ameaça a nossa soberania e deste bombardeio a nossa economia.
Há mais de 200 anos conquistamos, não sem luta, a nossa Independência. Hoje assistimos brasileiros apoiarem e até desejarem o retorno do Brasil à condição de colônia. Não existem outros termos. E nem meio termo. Aplaudir ou desejar que ordens de Trump sejam aceitas pelo nosso Judiciário é desejar que o Brasil volte a ser colônia, agora americana no lugar de portuguesa.
E esta conspiração interna sobre a nossa Soberania é feita às claras, sem pudores ou subterfúgios. Há alguns dias discuti isto em um grupo de zap e ouvi de um empresário que nos transformarmos em um protetorado americano não seria um “mau negocio”. Não é fácil lutar contra adversários externos apoiados por americanófilos internos.
A coragem é a primeira qualidade que deve possuir um Advogado. Escrevi este artigo no “Dia do Advogado” e por isto este 11 de Agosto é dia também de homenagearmos Alexandre de Moraes.
Concluo rogando, como nos ensinou o colega Advogado João de Almeida Neto na bela canção “Vozes Rurais”, Que não falte coragem a estes Homens, contra o tempo e aguentando o repuxo, e que diante de estranhas tendências preservem as nossas Independência e Soberania!
CARLOS MARUN – Advogado e ex-Ministro de Estado
Opinião
‘Punição exemplar para dar um basta à violência contra as mulheres’ (por Patrícia Alba – deputada estadual)

Patrícia Alba*
Se a punição severa é a única maneira de frear os crimes contra as mulheres, quando se trata de uma autoridade, como o primeiro mandatário de uma grande cidade como Viamão, a sociedade saúda e aplaude a decisão da Justiça. O prefeito Rafael Bortoletti foi condenado pelo Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de Viamão a mais de nove anos de prisão, por divulgar áudios íntimos trocados com uma mulher e por tentar silenciar testemunhas que poderiam depor contra ele na Polícia Civil.
Em qualquer sociedade, quem ocupa um cargo público deve prezar pelo respeito, integridade física, moral e intelectual dos seus cidadãos. Agora, cabe ao Legislativo municipal a reparação diante do povo de sua cidade. Votos legitimam uma eleição, mas é a conduta e comportamento do eleito que consagra sua permanência no cargo. É imperioso que os vereadores investiguem e até abram um processo para cassar o mandato. Não podem aceitar essa condenação como um evento banal ou de menor importância. Aliás, em qualquer país ou sociedade civilizada, os ocupantes de cargos dessa representatividade já teriam renunciado, imediatamente.
É inaceitável o ato vil cometido contra a vítima que, seis anos depois, ainda é obrigada a se recolher em uma vida de vergonha. Vejam o absurdo: a vítima foi condenada à humilhação, e o agressor segue livre, no comando do sétimo município mais populoso do Rio Grande do Sul.
Vamos acompanhar esse caso de perto, para que a Justiça seja efetivamente cumprida, dando exemplo para os agressores em potencial e evitando outros casos. Sabemos que há muito trabalho e ações a serem feitas para reduzir a violência contra a mulher – seja física ou moral.
Viamão, uma cidade pujante, com um povo ordeiro e trabalhador, uma comunidade em que praticamente a metade da população é de mulheres, tem a oportunidade de mostrar para o Brasil que não aceita nem banaliza a violência, seja contra quem for e de onde venha, principalmente contra as mulheres.
*Deputada estadual (MDB-RS) e presidente da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia
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