Comunidade
Grupo coleta assinaturas para redução do salário de vereadores
Para o presidente do Legislativo, veredor Paulo Ritter, houve reduções significativas desde a última legislatura
Bruno Lara
O Grupo Fala Canoas, conhecido através da rede social Facebook, lançou uma iniciativa a exemplo do que ocorre no interior do estado: baixar o salário dos vereadores do município. A proposta é de reduzir em 20% o subsídio dos 21 legisladores e de todos os assessores a eles ligados a partir do primeiro dia de 2017.
Segundo o texto da proposta, o índice de ajuste salarial anual “deve ser igual ao ajuste aplicado aos professores com graduação da rede municipal de ensino com carga horária de 20 (vinte) horas semanais efetivas”, diz o texto.
Outra mudança que chama atenção é a redução do salário do presidente da Casa. Hoje, o presidente tem salário diferenciado. “O subsídio mensal do Presidente da Câmara será rigorosamente igual ao dos outros vereadores, sendo vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória que diferencie dos demais”, impõe.
A alteração do mesmo fica vedada a não ser por vontade da população, segundo o item IV do artigo primeiro. “Fica assim determinado que o Presidente da Câmara dos Vereadores somente poderá levar toda e qualquer nova proposta de aumento de quaisquer dos itens que compreendem o subsídio mensal dos membros desta casa, mediante a consulta e aprovação prévia do referido projeto por parte da população da cidade”. Essa consulta popular, conforme o texto estabelece, deve ser realizada mediante plebiscito, organizado pela Câmara e contemplará a população de Canoas, em dia, hora e local amplamente divulgado pelos principais veículos de comunicação do município.
Reduzir custos
A empresária Andrea Azevedo, 43 anos, estudante de ciências políticas, é quem aparece no vídeo da petição pública na internet que está circulando desde o domingo, 15. Em entrevista para O Timoneiro, afirmou que as ideias estão sendo lançadas em todo o Rio Grande do Sul e que o acompanhamento se dá pelas redes sociais.
A expectativa, segundo ela, é para mobilizar a sociedade, mas também para reduzir custos. “Criamos essa petição baseado em uma questão de crise. Precisamos economizar. Ela é extensiva aos assessores, não é só aos vereadores. As petições do interior normalmente estão se apegando mais no salário do vereador. Nós pensamos em uma economia no contesto geral”, salientou.
Para Andrea, a maior dificuldade é no título de eleitor. “Essa talvez seja a maior dificuldade. Nós precisamos do título eleitoral porque precisamos provar que as pessoas são eleitores da cidade de Canoas, com o número e a zona. Isso é importante para que não tenhamos problemas no futuro e invalidar as assinaturas”, salienta ela dando ênfase a mobilização política do município como uma das principais causas do movimento.
Estrutura da Câmara
Segundo o portal de transparência da Câmara, em janeiro deste ano por ser o dado mais atualizado do site, os 21 vereadores de Canoas recebem mensalmente um salário de R$ 11.942,52. O presidente em exercício tem o subsídio diferenciado de R$ 17.913,78.
A proposta canoense, no entanto, se estende também aos assessores. Conforme aponta o órgão, são 126 servidores comissionados e 27 servidores do quadro. Os salários variam de R$ 6.200,29 até R$ 9.185,86. O Chefe de Gabinete, um para cada vereador, recebe R$ 7.348,19 mensalmente. Tudo isso além dos 55 estagiários que recebem de R$ 614,28 a R$ 900,24 ao mês. Em uma comparação direta, a Capital, Porto Alegre, com seus 36 vereadores, tem como salário bruto para os parlamentares R$ 11.882,26 mensais. Salário inferior aos de Canoas.
Presidente diz que já há economia
Para o presidente do poder Legislativo em exercício, Paulo Ritter (PT), a Câmara caminha neste sentido. Em entrevista, ele lembra que houve uma reforma na estrutura da Casa que visou reduzir o salário dos assessores, classificando-os em função do grau de escolaridade dos mesmos. “Nós tínhamos cinco assessores que ganhavam isso (R$ 7.348,19). Então nós reduzimos esses salários. Economizamos R$ 400 mil reais no ano de 2015 com essa reforma”, salienta.
Ritter elucida que o salário do vereador municipal deve ser de 60% do salário do deputado estadual e proporcional a população que a cidade possui. “Na legislatura passada, no ano passado, nós definimos que o salário dos vereadores poderia ser 15 mil”, lembra. Mas o petista argumenta que os salários foram equiparados aos dos secretários do poder Executivo. “A legislatura passada também cortou as sessões extras que eram remuneradas. Normalmente, em janeiro e dezembro, havia sessões extra-ordinárias. Nós tiramos isso da lei. Havia na legislatura passada ajuda de custo nos meses de março e dezembro de cada ano. Ajuda de custo nós cortamos também”, recorda afirmando que os legisladores não recebem mais nenhum recurso além do subsídio e o 13º salário, diferente dos vereadores de Porto Alegre que, embora tenham um subsídio menor, recebem ajuda de custo e pelas sessões extraordinárias.
O presidente da Câmara afirmou que “é um direito do cidadão” manifestar e que há dois mecanismos para isso. “A iniciativa popular (manual) e nós criamos ano passado a iniciativa (digital)”, salienta. Mas ele acredita, em comparação com as cidades vizinhas, que o salário é justo. “Minha opinião política é que o salário dos vereadores é compatível com a realidade da cidade”, justifica lembrando o número de habitantes do município (quase 400 mil) e o orçamento de mais e R$ 1,6 bilhão para 2016.
Comunidade
Moradores que decidiram permanecer na Praia do Paquetá recebem auxílio da Defesa Civil

De acordo com a gestão municipal, desde a quinta-feira, 19, quando as águas começaram a subir na Praia do Paquetá, a comunidade local começou a receber suporte da Prefeitura de Canoas, com coordenação da Defesa Civil e contando com a ação integrada entre diversas secretarias.
Entre as ações voltadas a quem optou por permanecer no local, ocorreram entregas de cestas básicas e suporte com acolhimento a famílias atingidas, além de resgate de pets encontrados na região. Na localidade vivem 120 famílias, das quais 100 optaram por permanecer nas suas casas.
Para o secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos, a estratégia prioritária é antecipar o suporte humanitário, mitigando o impacto sobre a vida das pessoas. Além da entrega de ranchos completos, a Defesa Civil atuou no alerta sobre riscos e na oferta de transporte para quem necessitasse buscar segurança por decorrência da cheia.
Já o secretário da Assistência Social, Márcio Freitas, trabalhou na entrega de alimentos e comandou o serviço de abrigos públicos para desalojados. A secretária de Bem-estar Animal, Paula Lopes, liderou o resgate de bichinhos de estimação para castração e encaminhamento a tutores. As atividades prosseguirão ao longo do final de semana.
“A nossa comunidade vive da pesca e do turismo. Com o tempo adverso, não tem como pescar, nem tem pessoas para comprar nosso pescado. Esse alimento garante segurança para estes dias difíceis”, pontuou o presidente da Associação de Moradores e Pescadores da Praia de Paquetá, Paulo Denilto.
Moradora de Paquetá, Elisabete Saroba agradeceu o donativo que irá manter a família formada por sete pessoas, cujos adultos trabalham na pesca e na construção, pelas próximas semanas. A Defesa Civil mantém plantão na entrada do bairro para orientar e transportar pessoas para acolhimento. As demais áreas da cidade não apresentam mais zonas de alagamento.
Comunidade
Abrigo em Canoas acolhe 129 pessoas atingidas pelas fortes chuvas da madrugada

Na tarde desta quarta-feira, 18, a cidade de Canoas segue monitorando os impactos das fortes chuvas registradas na noite anterior. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Assistência Social, 129 pessoas seguem acolhidas no Ginásio São Luís, no bairro São Luís.
O abrigo emergencial foi estruturado para garantir acolhimento seguro e digno à população afetada. Além disso, 35 pessoas que estavam abrigadas já puderam retornar com segurança para suas residências no bairro Mathias Velho, uma das regiões mais atingidas.
A Prefeitura reforça que permanece mobilizada, por meio de suas equipes técnicas e voluntários, para oferecer suporte imediato às famílias em situação de vulnerabilidade durante este período de instabilidade climática. A estrutura no Ginásio São Luís conta com alimentação, espaço para higiene, roupas, colchões, atendimento ambulatorial e também acolhimento de animais de estimação.
Comunidade
Canoas lança Campanha do Agasalho 2025 com o tema “O seu roupeiro não sente frio”

Com o tema “O seu roupeiro não sente frio – desapegue do que você não usa mais e aqueça quem precisa”, a Campanha do Agasalho 2025 de Canoas foi lançada oficialmente na manhã de sábado, 14, durante a 3ª edição do evento Prefeitura na Tua Casa, na Praça Dona Mocinha, no bairro Niterói.
A iniciativa busca mobilizar a comunidade para a doação de roupas e cobertores, com foco no acolhimento das pessoas em situação de vulnerabilidade social e em situação de rua. Diante da antecipação das ondas de frio, antes mesmo do início oficial do inverno, a campanha ganha ainda mais relevância neste momento.
Neste ano, a ação contará com telebusca de doações, facilitando a entrega dos itens pela população, além de uma parceria com uma lavanderia industrial de Cachoeirinha, que garantirá a higienização das peças arrecadadas.
Coordenada pela Secretaria Municipal da Defesa Civil e Resiliência Climática, a campanha envolve a parceria das secretarias de Assistência Social, Segurança Pública, Desenvolvimento Econômico e Inovação e Cidadania, Mulher e Inclusão, integrando esforços para ampliar o alcance das ações.
O secretário da Defesa Civil e Resiliência Climática, Vanderlei Marcos, ressaltou o papel fundamental da população na construção de uma cidade mais solidária:
“Essa campanha é um esforço coletivo que depende do engajamento de toda a sociedade. Cada doação representa uma barreira contra o frio para quem não tem proteção. Nosso trabalho é garantir que esses itens cheguem com dignidade a quem mais precisa, e para isso, contamos com o espírito solidário dos canoenses.”
Durante o lançamento, o prefeito em exercício Rodrigo Busato destacou a importância da união da sociedade em torno da causa.
“A Campanha do Agasalho é mais do que uma ação de inverno, é um gesto de cuidado com quem mais precisa. Cada peça doada representa acolhimento e respeito. Nosso compromisso de governo é garantir que nenhum canoense enfrente o frio sem o mínimo necessário para se proteger”, afirmou Rodrigo Busato.
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