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Deputado Federal Busato defende que segurança pública é a maior prioridade
Parlamentar que esteve presente no município na quinta-feira, 25, afirmou que a segurança é mais essencial que pastas como a saúde e a educação.
Na sexta-feira, 25, juntamento com demais autoridades municipais, estaduais e federais, proposto pela Famurs, esteve presento no município o deputado federal Luiz Carlos Busato (PTB), com o intuito de rediscutir o repasse dos impostos para os municípios. Na oportunidade, concedeu entrevista exclusiva ao repórter Bruno Lara.
Proposta da Famurs
O deputado federal entende que mais dinheiro dos tributos deveria voltar para os municípios e se colocou à disposição para trabalhar na causa.
“Eu vim aqui como deputado federal para dar apoio a esta reivindicação que os prefeitos tem e que é justa. O fatiamento desse bolo dos tributos, que saem aqui do estado, tem que retornar um pouco mais para os municípios, pois é exatamente dentro dos municípios que acontecem as coisas. São os prefeitos que recebem as reivindicações. São os prefeitos que recebem o primeiro embate quando falta saúde, quando falta segurança, quando falta educação. Então eu acho que é justa a reivindicação deles. Vim aqui hoje para me colocar à disposição para trabalhar nessa PEC (Projeto de Emenda à Constituição) lá no Congresso Nacional tentando fazer com que se reverta um pouco mais de recursos para atender essa justa reivindicação deles”
Segurança Pública como prioridade
Segundo Luiz Carlos Busato, a segurança é mais importante que qualquer outra pasta, mesmo que saúde e educação.
“Olha, eu acho que de todas as reivindicações, as necessidades que nós temos, saúde, educação, segurança, quando falta educação, a gente até pode postergar um mês a mais, dois meses a mais, todo mundo tem como contemporizar isso. A saúde, até certo ponto, também. Dependendo do caso, dá para a gente deixar, às vezes, de fazer uma consulta hoje para fazer amanhã. Agora, segurança é uma coisa que não tem como a gente sobreviver sem. E eu, quando soube desse quadro, que faltavam viaturas para os policiais, viaturas para os brigadianos trabalharem, fiquei muito preocupado. Duas viaturas para um município do tamanho de Canoas não é nada”.
Vídeo trouxe resultado
Busato acredita o vídeo ajudou a resolver o problema das viaturas da Brigada Militar (BM) no município.
“Mas eu percebi, também, que depois desse vídeo que nós postamos nas redes e eu tinha já ido falar com o secretário da casa civil, o (Márcio) Biolchi, tinha falado com várias pessoas e não recebemos resposta, a alternativa foi postar esse vídeo. E depois desse vídeo, casualmente, ontem à noite, eu passei aqui na Inconfidência e já vi um carro fazendo o policiamento ostensivo, já vi que deu uma melhorada no assunto. Então tu vê que tem como resolver as coisas mesmo sem recursos”.
Solução sem recursos
O deputado sugeriu que comerciantes doariam, de bom grado, pára-brisas para as viaturas da BM.
“Eu vi, por exemplo, uma Duster que foi baleada da Brigada Militar, quebrou o para-brisas traseiro, e eu sei que isso depende de recursos, mas, às vezes, não. Às vezes a brigada, passando aqui pelo comércio, recebe ajuda de arrumar um pára-brisas desses. Eu tenho certeza. Se a brigada fosse em qualquer uma dessas lojas que vende pára-brisas aqui na BR-116, eles teriam, de bom grado, doado um pára-brisas. Então, acho que o que estava faltando era uma conscientização e um grito de alerta nisso. Eu acho que esse vídeo propiciou isso e já deu algum resultado. Certamente não aquilo que nós queremos, mas é com essas ações propositivas, da comunidade toda, que nós vamos achar essas soluções”.
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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com
A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.
As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.
O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.
Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.
Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.
Primeiras memórias
Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.
Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.
A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.
A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.
Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”
Socorrista e resgatado
Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.
Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.
“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.
Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.
Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.
“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.
Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.
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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal
Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.
A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.
Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.
Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.
No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:
– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato
*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.
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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos
Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.
De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850 mil pessoas.
Risco de inundação extrema
O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.
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