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26/11/2025
 

Saúde

1ª vacina de dose única contra dengue é aprovada pela Anvisa no Brasil

Redação

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em

Foto: Butantan/Divulgação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) finalizou a avaliação técnica da Butantan-DV, primeira vacina de dose única contra a dengue no mundo, e iniciou os trâmites administrativos para conceder o registro definitivo.

Nesta quarta-feira, 26, em São Paulo, a agência assina o Termo de Compromisso com o Instituto Butantan — etapa obrigatória que estabelece responsabilidades do fabricante e antecede a publicação oficial do registro.

Segundo informou a Anvisa, a assinatura funciona como o último procedimento antes da formalização. Fontes consultadas pela reportagem afirmam que o imunizante atendeu a todos os parâmetros de segurança, eficácia e qualidade exigidos. Assim, embora o ato administrativo ainda não tenha sido publicado, a aprovação técnica já está concluída, o que permitiu ao governo iniciar preparativos para futura incorporação ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Ainda não há previsão para a inclusão da vacina no calendário nacional.

 

Produção já iniciada e 1 milhão de doses prontas

Mesmo antes da aprovação regulatória, o Instituto Butantan iniciou a fabricação do imunizante e já dispõe de mais de 1 milhão de doses para entrega ao PNI.

Para o pediatra e infectologista Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), os dados apresentados justificam a expectativa de rápida incorporação.

“A vacina demonstrou eficácia elevada, em torno de 75% contra a doença e acima de 90% para formas graves e hospitalizações”, diz.

Kfouri destaca que a produção nacional é um diferencial estratégico.

“Além da eficácia, temos o benefício de ser uma vacina produzida no país. Isso facilita o acesso e a escala de distribuição”, diz.

Com o objetivo de aumentar a oferta, o Butantan firmou parceria internacional com a empresa chinesa WuXi, que deverá viabilizar a entrega de cerca de 30 milhões de doses no segundo semestre de 2026.

 

Resultados dos estudos clínicos

A decisão da Anvisa se baseou em 5 anos de acompanhamento dos participantes do ensaio clínico de fase 3. Entre voluntários de 12 a 59 anos, os resultados foram:

Eficácia geral: 74,7%

Proteção contra dengue grave ou com sinais de alarme: 91,6%

Proteção contra hospitalizações: 100%

Mais de 16 mil voluntários de 14 estados participaram da pesquisa, realizada entre 2016 e 2024. A vacina, composta pelos quatro sorotipos do vírus, demonstrou segurança tanto para pessoas que já tiveram dengue quanto para aquelas sem infecções prévias.

Segundo Kfouri, a duração da proteção é outro ponto de destaque.

“A eficácia foi mantida ao longo de mais de cinco anos de estudo após uma única dose. E o perfil de segurança é bastante satisfatório”, afirma.

As reações mais comuns foram leves a moderadas, como dor e vermelhidão no local da aplicação, dor de cabeça e fadiga. Eventos adversos graves foram raros e todos os voluntários se recuperaram.

 

Primeira vacina de dose única

A Butantan-DV é o primeiro imunizante contra dengue administrado em dose única. Segundo estudo publicado na revista Human Vaccines & Immunotherapeutics, esquemas reduzidos favorecem maior adesão, simplificam campanhas e aceleram a cobertura vacinal, especialmente em cenários de emergência sanitária.

Kfouri lembra que o imunizante já se mostrou comparável à vacina da Takeda, disponível no Brasil.

“Os resultados são muito semelhantes aos da vacina da Takeda. A grande diferença é justamente a possibilidade de aplicar apenas uma dose, o que tem impacto direto na cobertura vacinal”, explica.

Expansão para outras faixas etárias

A Anvisa também autorizou a continuidade de estudos para avaliar a segurança e a eficácia da vacina em pessoas de 60 a 79 anos. A inclusão de crianças de 2 a 11 anos depende de análises adicionais, embora dados clínicos já apontem segurança nesse público.

O Ministério da Saúde ainda vai definir quando a vacinação começará e como será feita a distribuição das doses pelo país.

Saúde

Simers apresenta proposta de federalização do HU de Canoas à Secretaria Estadual de Saúde

Redação

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Simers apresenta proposta de federalização do HU de Canoas à Secretaria Estadual de Saúde

A possibilidade de federalização do Hospital Universitário (HU) de Canoas foi discutida em reunião realizada na terça-feira, 18, entre representantes do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e a Secretaria Estadual de Saúde (SES). O encontro contou com a participação do presidente do Simers, Marcelo Matias, e da secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann.

Durante a reunião, Matias afirmou que a incorporação do HU pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC) poderia contribuir para a reorganização da assistência em saúde no município. Segundo ele, a unidade estaria sendo subutilizada devido à falta de investimentos e de recursos para custeio, o que afeta o atendimento prestado à população de Canoas e de outros municípios que têm o hospital como referência.

O presidente do Simers afirmou ainda que a possível gestão do HU pelo GHC, entidade federal que, de acordo com o sindicato, já demonstrou interesse na administração, permitiria que a Prefeitura de Canoas destinasse mais recursos a outras unidades de saúde do município.

A proposta de federalização do hospital vem sendo apresentada pelo Simers em diferentes esferas institucionais, como o Ministério Público, Câmara dos Deputados, Senado, Assembleia Legislativa e secretarias municipais de Saúde.

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Saúde

UBS Mathias Velho em Canoas recebe equipamentos doados para melhorar estrutura de atendimento

Redação

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Foto: Bruna Ourique/PMC

A Unidade Básica de Saúde (UBS) Mathias Velho recebeu, na tarde de sexta-feira, 14, a doação de 14 aparelhos de ar-condicionado, cortinas blackout, um frigobar e um bebedouro. A entrega, realizada na própria unidade, ocorreu em parceria com a Central Única das Favelas (CUFA), Secretaria de Assistência Social, Conselho Local da UBS e a L’Oréal. Os equipamentos serão utilizados para aprimorar o ambiente de atendimento e as condições de trabalho das equipes.

O prefeito Airton Souza ressaltou o volume de atendimentos realizados na unidade.

“Aqui na UBS Mathias Velho são realizados atendimentos a cerca de 18 mil pessoas. Melhorar a qualidade dos serviços gera satisfação para os canoenses e oferece melhores condições de trabalho para nossos servidores. É um gesto que demonstra cuidado e atenção”, afirmou.

A enfermeira responsável pela UBS, Eliana Andrade, reforçou a relação entre estrutura física e atendimento.

“Nosso dia a dia é dedicado a fazer de cada atendimento um momento melhor para todos, seja por meio de um olhar atento ou de um serviço de qualidade”, disse.

O secretário de Assistência Social, Márcio Freitas, comentou sobre o impacto da iniciativa.

“Nosso trabalho se resume em oferecer serviços de qualidade para a população de Canoas. Avançar na qualificação dos espaços e do atendimento é sempre o melhor caminho”, declarou.

A secretária municipal da Saúde, Ana Regina Boll, também destacou a parceria.

“Estamos muito contentes em receber os 14 ares-condicionados e as cortinas blackout, que vão melhorar o ambiente para todos os usuários. Essa sensibilidade da Assistência Social contribui diretamente para a qualificação dos serviços de saúde”, afirmou.

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Saúde

Audiência pública debate crise no IPE-Saúde e cobra soluções urgentes

Redação

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Foto: Karen Mendes

A crise no atendimento do IPE-Saúde foi tema de uma audiência pública realizada na manhã do dia 13 de novembro, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A atividade foi proposta pelo deputado estadual Halley Lino (PT) e reuniu representantes de diversas entidades do funcionalismo, usuários do plano e parlamentares. Durante o encontro, servidores relataram dificuldades para acessar consultas, exames e procedimentos médicos devido à falta de credenciados, à escassez de especialistas em diversas regiões e aos atrasos nos repasses. Um dos momentos mais comoventes foi o depoimento de um pai que perdeu a filha de 11 meses após não conseguir atendimento adequado. Segundo ele, foram tentativas frustradas com vários pediatras tanto pelo IPE quanto pelo SUS. Participantes também destacaram a instabilidade na gestão do instituto, com cinco presidentes em pouco mais de um ano, como sinal da falta de prioridade dada ao tema. Houve críticas à desigualdade no acesso: enquanto a Região Metropolitana de Porto Alegre conta com mais opções de atendimento, o interior do estado enfrenta sérias limitações, mesmo com contribuições equivalentes dos usuários. Como encaminhamento, será solicitado um encontro com o atual presidente do IPE-Saúde, Paulo Rogério Silva dos Santos, para apresentação de um documento reunindo os relatos, críticas e propostas apresentadas durante a audiência.

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