Economia
4ª edição do iCFin indica redução do pessimismo, mas cautela persiste entre executivos gaúchos

O Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Rio Grande do Sul (IBEF-RS) apresentou os resultados da 4ª edição do Índice de Confiança dos Executivos de Finanças e Negócios (iCFin), em parceria acadêmica com a Unisinos e a UCS.
A pesquisa, realizada no mês de agosto, contou com 145 respostas entre executivos, conselheiros, gestores financeiros e associados do instituto de diversas regiões do estado gaúcho, e revelou que, apesar do cenário seguir desafiador, houve uma leve melhora nas expectativas em comparação à edição do primeiro semestre de 2025.
Baseado em pesquisas sobre indicadores similares investigados em outras regiões do Brasil e em outros países, o iCFin tem como responsáveis técnicos o professor do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Dr. Carlos A. Diehl, e o professor da Escola de Gestão e Negócios da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Dr. João Zani.
“Trabalhamos para que o iCFin se torne uma ferramenta de referência para a comunidade empresarial como um todo, visando apoiar decisões estratégicas voltadas ao crescimento dos negócios no Rio Grande do Sul”, afirma Túlia Brugali, vice-presidente do IBEF-RS. O Dr. Carlos A. Diehl, ressalta que “os índices de confiança têm papel fundamental para interpretar as expectativas e percepções do mercado, e funcionam como um importante indicador macroeconômico”.
O iCFin busca medir o nível de confiança dos executivos de finanças e negócios do Rio Grande do Sul em relação ao desempenho da economia nacional e dos negócios para os próximos 12 meses. O índice varia de -5 a +5 pontos, em que +5 representa o grau máximo de confiança e -5, a ausência total dela.
Além disso, o levantamento apresenta a visão dos gestores sobre aspectos como PIB, inflação, juros, câmbio, investimentos e alternativas de financiamento. O índice geral passou de -0,93 (2025/1) para -0,80 (2025/2), indicando cautela, mas com sinais de redução do pessimismo.
Segundo o estudo, os executivos continuam demonstrando forte preocupação com o ambiente político nacional (-3,24) e com o contexto político internacional (-2,32), este último apresentando piora significativa em relação à edição anterior devido ao aumento das tensões geopolíticas e às medidas unilaterais impostas pelos Estados Unidos. Por outro lado, a confiança na empresa em que atuam (+2,11) e no setor de atuação (+1,43) reforça a resiliência dos líderes gaúchos, que se mostram mais otimistas em relação ao desempenho de seus negócios do que ao cenário macroeconômico geral.
Nos indicadores econômicos, a pesquisa aponta projeções de PIB em 1,9%, inflação média (IPCA) de 4,96% e taxa Selic em torno de 14,07% para os próximos 12 meses. O câmbio segue como variável de maior incerteza, com estimativas estipulando um valor do dólar entre R$ 5,00 e R$ 7,00. De acordo com os entrevistados, a redução das expectativas de inflação e a previsão de crescimento do PIB em 2024 contribuíram para amenizar o pessimismo em relação à economia brasileira.
Quando questionados sobre as principais preocupações de negócios, os executivos destacaram, em ordem decrescente, o ambiente político do Brasil e mundo, estrutura tributária, juros, acesso a recursos financeiros e atração e retenção de talentos. Esses fatores refletem tanto a percepção de instabilidade institucional e fiscal quanto os desafios para financiar investimentos e manter equipes qualificadas em um mercado competitivo. “Elencar preocupações são importantes para compreender como as lideranças empresariais projetam suas decisões estratégicas”, afirma Dr. Zani.
No campo dos investimentos, a tendência se mantém em projetos com viés tecnológico, com destaque para economia digital, pesquisa e desenvolvimento, novas linhas de negócios e fusões e aquisições. Em relação às fontes de financiamento, os executivos indicaram que devem recorrer principalmente a empréstimos bancários (23,1%), recursos próprios em caixa (22,9%), reinvestimento de lucros (16,3%) e aportes de sócios (13,1%), enquanto operações no mercado de capitais seguem pouco relevantes no horizonte imediato.
Para o presidente do IBEF-RS, Eduardo Estima, os resultados reforçam a importância do índice como um instrumento estratégico para a tomada de decisões.
“O iCFin segue apontando um cenário de cautela, mas também de resiliência das iniciativas econômicas. Não é apenas um termômetro da confiança, mas uma bússola, que aponta riscos e oportunidades e orienta os líderes empresariais na condução de seus negócios”.
A 4ª edição consolida o papel do índice, expressa as expectativas dos executivos e antecipa tendências. Ao mapear riscos e perspectivas de investimentos, o estudo contribui para fortalecer o ambiente de negócios do Rio Grande do Sul e apoiar as empresas em suas estratégias de crescimento.
Sobre o IBEF-RS
O Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças é uma instituição nacional criada em 1971, sem fins lucrativos, que reúne os principais executivos de finanças do País. No Rio Grande do Sul foi criado em 1988, tendo como objetivo principal fomentar informações sobre mercado, carreira, tendências, tecnologias e perspectivas, por meio de fóruns, eventos, webinars e premiações.
Conta, ainda, com o IBEF-RS Mulher, além de três comitês: Mercado de Capitais, Tributário e Controladoria, Tesouraria e Risco, além de Confrarias e visitas técnicas às maiores empresas do RS, consolidando o seu posicionamento como maior ecossistema de finanças do Brasil.
Economia
Em outubro, estações da Trensurb receberão feiras da Economia Solidária

Neste mês, estações da Trensurb em Porto Alegre, Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Novo Hamburgo recebem feiras de economia solidária realizadas em parceria com as administrações municipais, proporcionando espaço para a produção local e estimulando o empreendedorismo e a geração de renda para as comunidades atendidas pelo metrô. Nas estações, expositores locais irão comercializar principalmente produtos de artesanato.
Confira a seguir os locais e períodos das feiras, realizadas sempre das 9h às 19h:
– Estação Mercado – 8 a 10/10;
– Estação Niterói – 6 a 8/10;
– Estação Fátima – 6 a 8/10;
– Estação Mathias Velho – 6 a 8/10;
– Estação São Luís – 6 a 8/10;
– Estação Esteio – 30/9 a 4/10;
– Estação Sapucaia – 6 a 8/10 e 19/10;
– Estação São Leopoldo – 6 a 10/10 e 20 a 24/10;
– Estação Fenac – 6 a 11/10;
– Estação Novo Hamburgo – 6 a 11/10.
Economia
Nota Fiscal Gaúcha atinge a marca de 4,2 milhões de participantes

O programa Nota Fiscal Gaúcha (NFG) conta agora com 4,2 milhões de cidadãos cadastrados. A marca foi atingida no domingo, 7, quatro meses depois de terem sido alcançados 4,1 milhões. Em um ano, 303 mil novas pessoas passaram a fazer parte da iniciativa de cidadania fiscal que oferece premiações em dinheiro.
O NFG incentiva a população a solicitar a inclusão do seu CPF em notas fiscais na hora das compras. Dessa forma, os estabelecimentos ficam obrigados a declarar as vendas, e os participantes ajudam a promover a conformidade fiscal e a combater a concorrência desleal entre empresas. A parceria também rende prêmios para os cidadãos cadastrados.
“O programa segue crescendo constantemente porque, cada vez mais, as pessoas vão tomando conhecimento dos benefícios. A cada novidade, mais cidadãos fazem sua inscrição. Acreditamos que essa iniciativa traz ganhos para os dois lados e, por isso, é uma colaboração de sucesso”, afirma o coordenador do NFG, Fernando Rodrigues dos Santos.
Os prêmios
O NFG conta com diferentes modalidades que rendem benefícios para os inscritos. Uma das mais conhecidas é o Receita Certa, o chamado cashback. Por meio dela, há distribuição de valores toda vez que o Estado registra aumento real na arrecadação do ICMS do varejo.
A apuração é trimestral, e todos os cadastrados que incluem CPF nas notas no respectivo período recebem algum recurso. Em agosto, a modalidade anunciou R$ 39,9 milhões para 3,4 milhões de pessoas – o resgate deve ser feito até 29 de outubro.
Outra categoria da qual os cidadãos inscritos participam automaticamente é o sorteio mensal. No final de cada mês, as pessoas que colocaram CPF nas notas concorrem a prêmios de R$ 50 mil (um), R$ 5 mil (dez) e R$ 1 mil (cem). Em dezembro, o valor máximo chega a R$ 100 mil.
Já o Receita da Sorte exige participação ativa. A cada compra com CPF, é preciso que a pessoa acesse o aplicativo do NFG, na aba Receita da Sorte, e selecione a nota fiscal com a qual deseja concorrer.
Tradicionalmente, os valores sorteados são de R$ 50 e de R$ 500, mas, neste mês, o Receita da Sorte está turbinado devido à campanha Ganha-Ganha Farroupilha, iniciativa que busca impulsionar o comércio do Rio Grande do Sul e promover os valores da cultura gaúcha. Entre 6 e 21 de setembro, são oferecidos 315 prêmios extras por dia: cinco de R$ 1 mil, dez de R$ 500 e 300 de R$ 50.
Para os proprietários de veículos, participar do programa também traz a chance de obter desconto no IPVA. Quem acumula 150 notas com CPF ou mais alcança redução de 5%. O desconto é de 3% para quem tem entre 100 e 149 documentos, e de 1% para quem soma de 51 a 99 notas.
Os contribuintes também podem aderir ao mecanismo de solidariedade. Por meio dele, é possível escolher entidades que atuam nas áreas de assistência social, educação, saúde e proteção animal para receber repasses em dinheiro. No total, são R$ 21 milhões encaminhados por ano.
Economia
BRDE alcança R$ 523 milhões em novos negócios na Expointer 2025

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), vinculado ao governo do Estado por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), fechou sua participação na 48ª Expointer alcançando R$ 523 milhões em intenção de novos negócios. Entre contratações e novos pedidos de financiamento, a maior demanda está relacionada às agroindústrias, tanto em projetos para ampliar a capacidade de armazenagem, quanto para a compra de máquinas e equipamentos.
Grãos e inovação
Durante a feira, a instalação de silos e a estrutura de recebimento de grãos movimentaram R$ 240 milhões, o que representa cerca de 46% do total negociado. A demanda específica para aquisição de máquinas e equipamentos respondeu por cerca de R$ 187,5 milhões.
Em outra frente, a feira deste ano registrou R$ 50 milhões em novos negócios voltados para a inovação, em especial para projetos que agregam novos processos de gestão e desenvolvimento de produtos.
Investimentos em projetos estratégicos
Na avaliação do diretor-presidente do BRDE, Ranolfo Vieira Júnior, os valores negociados ficaram dentro das expectativas que o banco trabalhava para a Expointer deste ano. “O cenário é de muitas incertezas e ainda reflete as perdas nas últimas safras por questões climáticas. Mesmo assim, há uma expectativa positiva em torno de projetos estratégicos ao agronegócio gaúcho, com investimentos importantes para os quais o banco já foi demandando”, afirmou Ranolfo.
Conforme o diretor-presidente, a caraterística principal do banco é alavancar investimentos de longo prazo, algo que esteve muito presente durante a Expointer 2025. “Fortalecer a agroindústria é uma maneira de ganhos econômicos para toda a cadeia produtiva”, acrescentou Ranolfo. Neste contexto, o banco liderou durante a semana um debate em torno da importância de o estado avançar com as culturas de inverno, em especial para a produção de biocombustíveis.
“A Expointer é uma vitrine de negócios estratégicos para o Rio Grande do Sul. O resultado de R$ 523 milhões alcançado pelo BRDE demonstra a confiança do setor produtivo e a capacidade do estado em atrair investimentos que fortalecem as agroindústrias, ampliam a inovação e geram desenvolvimento econômico para toda a cadeia do agronegócio”, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo.
Menos linhas emergenciais
O volume de novos negócios neste ano apresentou um recuo de 19% na comparação a 2024. Na edição passada, o banco operou em maior escala nas linhas emergenciais para apoiar empresas e produtores rurais afetados pelas enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul no mês de maio.
Entre esses programas de socorro para auxiliar na reconstrução, o programa “Em Frente RS” disponibilizou R$ 254 milhões para 797 empresas. Esses programas fazem parte do Plano Rio Grande.
Liderado pelo governador Eduardo Leite, o Plano Rio Grande é um programa de Estado criado para proteger a população, reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro.
Retomada
Entre os destaques da programação da semana está a celebração de R$ 15 milhões em novos financiamentos para provedores de internet, incluindo crédito emergencial para empresas gaúchas do setor também afetadas pelas enchentes do ano passado. O ato contou com a presença do governador Eduardo Leite e os recursos, que têm origem no Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST), contemplaram empresas sediadas em Torres, Novo Hamburgo, Pantano Grande e Barra do Ribeiro.
Também com o objetivo de enfrentar os impactos dos eventos climáticos, o BRDE firmou novos financiamentos para a Dália Alimentos, cooperativa com sede em Encantando, e a Cooperativa Tritícola Caçapavana (Cotrisul), de Caçapava do Sul. O total liberado para as duas cooperativas soma R$ 37 milhões.
Produção sustentável
A Expointer 2025 também foi palco para o BRDE renovar seus compromissos com a agenda da sustentabilidade. Através do projeto Alianza Mais, o banco celebrou seis novos contratos que somam R$ 2,6 milhões, contemplando investimentos para melhoria do campo nativo, aquisição de equipamentos e melhorias em propriedades rurais localizadas em seis municípios da região da Campanha e Fronteira Oeste.
“Estamos no ano da COP 30 no Brasil e o mundo estará com olhar para a Amazônia. Porém, a conservação de outros biomas são igualmente fundamentais com as mudanças climáticas cada vez mais frequentes. O Pampa é um bioma esquecido e único, mas estamos demonstrando que é viável produzir mais e preservar toda a biodiversidade”, frisou o diretor de Planejamento do BRDE, Leonardo Busatto.
O projeto é uma parceria do BRDE e a Associação para Conservação das Aves do Brasil (SAVE Brasil/Alianza del Pastizal). O objetivo é oferecer assistência técnica, incentivos e financiamento para iniciativas que aliem maior produtividade para a agropecuária associado à conservação do Bioma Pampa.
Outras ações do BRDE na Expointer
Além das atividades na Casa do BRDE instalada no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, o banco também recebeu seus clientes em um estande no Setor de Máquinas e Implementos Agrícolas.
Já pelo quarto ano consecutivo, o BRDE patrocinou o Agro Inovar RS, mostra voltada para a inovação.
BRDE – Novos negócios na Expointer 2025
- Armazenagem…………………………………..R$ 240.000.000,00 (45,9%)
- Máquinas e equipamentos……………….R$ 187.500.000,00 (35,9%)
- Inovação………………………………………………R$ 50.000.000,00 (9,6%)
- Capital de giro……………………………………..R$ 37.000.000,00 (7,1%)
- Outros……………………………………………………R$ 8.500.000,00 (8,1%)
- Total………………………………………………….R$ 523.000.000,00
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