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26/11/2025
 

Meio Ambiente

Batimetria está em campo para medir profundidade dos rios de grande porte do Estado

Redação

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Batimetria está em campo para medir profundidade dos rios de grande porte do Estado

O trabalho de campo batimétrico para avaliar a profundidade dos grandes rios do Rio Grande do Sul começou na segunda-feira, 7. A primeira ação foi no Rio Taquari, em Triunfo, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O objetivo é identificar pontos críticos de acúmulo de sedimentos e outras alterações no leito, especialmente após eventos extremos, como as enchentes que atingiram o Estado em 2024.

A batimetria traz informação fundamental para melhorar o sistema de alerta de inundação por meio de modelagem hidrodinâmica – simula com maior precisão o comportamento do fluxo de água – e aprimorar o planejamento de gestão de eventos críticos de natureza hidrológica no Rio Grande do Sul.

Os dados obtidos vão subsidiar decisões técnicas sobre futuras intervenções previstas no Programa de Desassoreamento do Rio Grande do Sul (Desassorear RS). A atividade integra o Eixo 2 do programa e conta com investimento de R$ 45,9 milhões voltado aos rios de grande porte.

A ação, coordenada pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), ocorre após ordem de início assinada em 30 de maio e conclusão dos planos de trabalho pelas quatro empresas contratadas. Esse é um passo importante dentro das estratégias do Plano Rio Grande, programa de Estado liderado pelo governador Eduardo Leite para reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro.

Conhecendo as profundezas dos rios

Se as réguas instaladas em diversos pontos estratégicos medem a dinâmica das águas na superfície, a batimetria ajuda a identificar o perfil do relevo submerso dos rios, por meio de sonar e geolocalização. Para fazer a medição é usado o ecobatímetro, instrumento que usa uma antena de receptor GNSS (semelhante ao GPS). Ela demarca pontos geoposicionados que indicam a altura da qual o equipamento está operando, como referencial do dado coletado.

Esse equipamento possui um sonar, que faz uma varredura do rio, conforme explicou o engenheiro Diego Silva, da Profill Engenharia, que está atuando no trecho Taquari-Antas.

“À medida que o barco se desloca, o dispositivo vai emitindo um sinal sonoro que bate no fundo e volta para o equipamento. Pela velocidade desse retorno é que se determina a profundidade. Fazendo diversas coletas na mesma linha, vamos obter o que se chama seção batimétrica, que é a profundidade daquela seção do rio. Com todas as seções realizadas, vamos ter um perfil do leito daquele recurso hídrico”, detalhou o engenheiro.

A batimetria também é feita no trecho seco das margens. O técnico caminha com a antena, demarcando os pontos, ou utiliza drones com mapeamento da área por laser. Isso ajuda a registrar a topografia das margens para auxiliar nas previsões de onde o nível do rio pode subir em níveis críticos.

Levantamento mapeou locais prioritários

Os trabalhos de preparação começaram há um ano, envolvendo etapas de planejamento e contratação. Ao todo, serão vistoriados 2.589 quilômetros de extensão. Os pontos de análise foram definidos por estudos da Sema em parceria com o Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH/UFRGS).

Para medir as seções batimétricas, o barco atravessa o rio no sentido perpendicular, de uma margem à outra. A menor seção, em afluentes, pode ser de 30 metros. A maior linha a ser mapeada, segundo o planejamento da Sema, deve atingir 1.640 metros de uma margem à outra.

As seções são realizadas em trechos distribuídos conforme o potencial de risco. Próximo a áreas urbanas serão realizadas a cada 200 metros, para maior detalhamento. Nas áreas intermediárias, a cada 500 metros. Naquelas que oferecem menor risco, a medição será realizada a cada mil metros.

A primeira medição, realizada no Rio Taquari, próximo ao clube náutico Ygara, em Triunfo, foi feita a um quilômetro da foz com o Rio Jacuí e mediu uma profundidade de 13 metros.

Dados vão ajudar a melhorar os alertas

O analista de infraestrutura do Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento da Sema e doutor em Geociências, Fernando Scotta, explicou que o levantamento batimétrico deve aumentar a qualidade e a velocidade da resposta do Estado para alertas necessários, gerando modelos hidrodinâmicos mais assertivos.

“Essa coleta é um salto para o desenvolvimento do Estado. Vamos ter um levantamento sistemático por todo o território e permitir que os dados estejam disponíveis e uniformizados para o acesso geral. Isso vai dar agilidade para as empresas e universidades que vão rodar os modelos hidrodinâmicos com insumos já prontos. Então, tudo tende a ficar mais rápido para a emissão de alerta das áreas que podem ser impactadas ou não”, afirmou.

Sondagem no Guaíba começa nesta semana

No Guaíba, o trabalho batimétrico começa na quarta-feira. 9. A aplicação da técnica no lago, no entanto, não é uma novidade. Anualmente, as empresas que navegam por ali realizam várias batimetrias anuais, que embasam as dragagens que realizam para manter o nível seguro para as embarcações. Nestes casos, os sedimentos não são retirados do lago, apenas removidos para a manutenção da profundidade e da largura exigidas para hidrovias.

Outros rios envolvidos

Além do Guaíba e do Rio Taquari, os trabalhos de campo batimétrico abrangem outras duas regiões prioritárias: Baixo Jacuí e bloco Metropolitano, que inclui os rios Caí, Sinos e Gravataí. A previsão é que os levantamentos sejam concluídos em até 180 dias. Os primeiros dados, com o trabalho de metade da área a ser analisada, devem ser entregues pelas empresas dentro de dois meses.

Meio Ambiente

CMPC amplia manejo integrado de pragas com uso de controle biológico

Redação

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CMPC amplia manejo integrado de pragas com uso de controle biológico

Com o objetivo de proteger a produção sem comprometer o meio ambiente, a CMPC vem ampliando o uso de práticas inovadoras dentro do manejo integrado de pragas. Uma das principais estratégias é o controle biológico, realizado por meio da aplicação de organismos vivos que atuam como agentes naturais, capazes de manter o equilíbrio nos cultivos e minimizar os danos causados pelas pragas.

Segundo o diretor-geral de Celulose da CMPC no Brasil, Antonio Lacerda, a iniciativa representa um avanço importante. “Estamos investindo em soluções que unem tecnologia, respeito à natureza e produtividade, garantindo a preservação para as futuras gerações”, destaca.

Entre as pragas controladas está principalmente o Thaumastocoris peregrinus (percevejo-bronzeado), inseto que se alimenta da seiva das folhas e compromete o desenvolvimento saudável das árvores. Nesse sentido, as equipes de pesquisa da companhia trabalham no desenvolvimento de um pequeno aliado natural que tem feito toda a diferença no campo: o Cleruchoides noackae, um inseto que parasita os ovos do percevejo, com atuação silenciosa, porém eficaz, e que não causa danos ambientais nos plantios. Desde 2015, a CMPC conta com o apoio desse agente, que age de maneira precisa, impedindo que a praga se reproduza e se espalhe.

Tecnologia e pesquisa

Criado no laboratório do viveiro, localizado na Fazenda Barba Negra, em Barra do Ribeiro (RS), o agente natural é liberado nas áreas monitoradas com o apoio de drones, em cápsulas biodegradáveis. A utilização potencializa o processo, garantindo maior precisão na aplicação, otimização de recursos e eficiência operacional, além de reduzir a dependência de defensivos químicos.

Os resultados do controle biológico têm sido expressivos. Em 2025, mais de 700 hectares deixaram de ser afetados, evitando a redução da produtividade de plantios e eliminando a aplicação de defensivos químicos.

Para o pesquisador Norton Borges Junior, um dos responsáveis pelo estudo em fitossanidade na CMPC, o diferencial da técnica está justamente na antecipação. “Quando começamos a identificar a presença do percevejo nas armadilhas, conseguimos agir rápido com o parasitoide. Isso evita que a praga alcance níveis críticos e garante um controle mais eficaz e duradouro”, explica.

Esse modelo também conecta a CMPC a outras empresas do setor por meio de parcerias e iniciativas com cooperativas para pesquisas. Ao apostar em soluções que respeitam a natureza e aumentam a eficiência no campo, a companhia reafirma seu compromisso com o desenvolvimento responsável.

Sobre a CMPC

A CMPC é uma empresa centenária do setor florestal que atua em três segmentos de negócio: celulose, itens de higiene pessoal (tissue) e embalagens. A companhia é uma representante da bioeconomia e possui suas operações alicerçadas na sustentabilidade e na economia circular. Presente no Brasil desde 2009, a CMPC possui operações em sete estados.

O grupo CMPC conta com mais de 25 mil colaboradores, 54 unidades produtivas distribuídas em nove países da América Latina e cerca de 24 mil clientes atendidos ao redor do mundo. Em 2023, conquistou a 1ª posição do ranking de sustentabilidade corporativa da S&P Global.

Em 2024, foi apontada pela segunda vez consecutiva como a Empresa Florestal Mais Sustentável do Mundo pelo Índice Dow Jones de Sustentabilidade e, com o BioCMPC, de forma inédita no Brasil, a CMPC levantou o Prêmio PMI Awards de Projeto do Ano de Engenharia, Construção e Infraestrutura, o reconhecimento mais importante do setor em nível global.

O CEO do Grupo CMPC, Francisco Ruiz-Tagle, foi eleito pela Council of the Americas o CEO do Ano (2023) em Sustentabilidade. Em 2024, Ruiz-Tagle recebeu o título de CEO do Ano pela Fastmarkets Forest Products PPI Awards, que também elegeu a CMPC como líder mundial em Sustentabilidade. Outras informações estão no site: https://cmpcbrasil.com.br/

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Meio Ambiente

Prefeitura recebe convite para o lançamento da Iniciativa Canoas Resiliente e Sustentável

Redação

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Prefeitura recebe convite para o lançamento da Iniciativa Canoas Resiliente e Sustentável

O prefeito Airton Souza e o vice-prefeito Rodrigo Busato receberam, nesta quarta-feira, 17, no Paço Municipal, a presidente do Fórum das Entidades de Canoas, Maria Isabel Bodini Viegas, a diretora do Instituto Nia Hub, Helena Grundig, e a advogada e ex-vice-prefeita Gisele Uequed.

Na ocasião, foi entregue o convite para o evento de lançamento da Iniciativa Canoas Resiliente e Sustentável, que ocorrerá no dia 30 de outubro, na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CICS).

Idealizado pelo Fórum das Entidades, a iniciativa foi desenvolvida em parceria com o Instituto Nia Hub e tem como meta posicionar Canoas para se tornar a primeira cidade sustentável do Brasil a conquistar o selo internacional LEED (Leadership in Energy and Environmental Design).

A iniciativa também prevê a criação de uma plataforma digital, que será gerida pela sociedade civil e universidades locais, garantindo continuidade e participação permanente da comunidade acadêmica.

O prefeito Airton Souza destacou o compromisso da gestão com a construção de uma cidade mais preparada para o futuro.

“É minha missão trabalhar todos os dias para que Canoas seja uma cidade melhor. O lançamento do Projeto Canoas Resiliente e Sustentável é um passo fundamental nessa caminhada. Vamos fazer de tudo para que esse projeto tenha êxito, porque ele representa qualidade de vida, inovação e responsabilidade com as próximas gerações.”

O vice-prefeito Rodrigo Busato reforçou a importância da perenidade da proposta.
“A grandeza desse projeto está também no fato de que ele será conduzido pelas universidades, o que garante que a iniciativa não dependa de ciclos políticos ou trocas de gestão. Canoas vai colher resultados duradouros, que ficarão como legado para a cidade e para toda a região.”

A presidente do Fórum das Entidades, Maria Isabel Bodini Viegas, ressaltou a necessidade de fortalecer a cidade diante dos desafios climáticos.

“Depois da enchente de 2024, é essencial que Canoas se torne mais resiliente e sustentável. O selo LEED nos dá parâmetros internacionais para que possamos planejar e agir de forma responsável, tornando nossa cidade um exemplo para o país.”

A ex-vice-prefeita e advogada Gisele Uequed destacou o impacto positivo que a certificação pode trazer para o desenvolvimento econômico. “Ao conquistar o selo LEED, Canoas estará preparada para atrair novos investimentos, gerar oportunidades e mostrar ao Brasil e ao mundo que somos uma cidade que aposta no futuro sustentável.”

Já a diretora do Instituto Nia Hub, Helena Grundig, apontou que o município pode se tornar referência nacional na reconstrução urbana. “Canoas tem todas as condições de ser um modelo de cidade sustentável. Com esse projeto, temos a oportunidade de mostrar como é possível enfrentar grandes desafios, como os que vivemos em 2024, e transformar a experiência em referência para outras cidades brasileiras.”

O LEED é o sistema de certificação de edificações, comunidades e cidades sustentáveis mais reconhecido do mundo, fornecendo diretrizes abrangentes para construções e cidades eficientes, saudáveis e econômicas. Globalmente reconhecida, a certificação conta com o apoio de uma ampla rede de organizações e profissionais comprometidos em impulsionar práticas cada vez mais sustentáveis.

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Meio Ambiente

Reunião mensal do Consórcio Público de Saneamento Pró-Sinos é realizada em Canoas

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Reunião mensal do Consórcio Público de Saneamento Pró-Sinos é realizada em Canoas

Na quinta-feira, 21, Canoas foi sede do encontro mensal dos interlocutores do Consórcio Público de Saneamento Pró-Sinos. A reunião, que acontece rotativamente em cada um dos 26 municípios integrantes, teve como objetivo a apresentação de projetos locais e a troca de conhecimentos em torno do saneamento básico e da educação ambiental.

Estiveram presentes a secretária da Educação, Beth Colombo, a secretária-adjunta da Educação, Gisele Bervig, a coordenadora de projetos Luana Vieira, Silvia Coan (Meio Ambiente), Renata Goutier (Mini Zoo) e Fernanda Corrêa Gewehr (Apoema).

O encontro também contou com momentos de aprendizado coletivo, ressaltando a importância da integração entre os municípios. Para encerrar as atividades, os participantes visitaram a cooperativa de reciclados Canoas de Mãos Dadas, conhecendo de perto o trabalho desenvolvido no município.

O Consórcio Público de Saneamento Pró-Sinos é uma associação pública de natureza autárquica, que segue os princípios da administração pública previstos no artigo 37 da Constituição Federal. Formado por servidores de carreira dos entes consorciados e pessoal contratado, o Pró-Sinos atua para fortalecer a capacidade administrativa, técnica e financeira dos serviços públicos de saneamento básico.

Além disso, o consórcio desenvolve estudos técnicos e sociais nas áreas de meio ambiente e saneamento, mantendo um programa permanente de educação ambiental que beneficia todos os municípios consorciados: Araricá, Cachoeirinha, Campo Bom, Canela, Canoas, Capela de Santana, Caraá, Dois Irmãos, Esteio, Gramado, Glorinha, Igrejinha, Ivoti, Nova Hartz, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Parobé, Portão, Riozinho, Rolante, Santo Antônio da Patrulha, São Francisco de Paula, São Leopoldo, Sapiranga, Sapucaia do Sul e Três Coroas.

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