Geral
No Dia da Imprensa, um tributo ao jornalismo local: a cobertura histórica de O Timoneiro na enchente de maio de 2024

Em tempos de tragédia, a informação pode ser tão vital quanto água potável ou abrigo. Neste Dia da Imprensa, celebrado em 1º de junho, relembramos uma das coberturas mais marcantes da imprensa local nos últimos anos: a atuação do jornal O Timoneiro durante a enchente que devastou Canoas e outras regiões do Rio Grande do Sul em maio de 2024.
Fundado em 1966, o jornal comunitário se viu, mais do que nunca, no papel de elo entre população e socorro. A reportagem audiovisual “Maio Sem Fim”, disponível no canal otPlay TV, no Youtube, reuniu comunicadores da equipe que viveram na pele os dias de angústia e ação ininterrupta para manter a população informada – e esperançosa.
“Numa crise todo mundo tem o seu papel, e a comunicação pode salvar vidas”, o editor-chefe do jornal, Vanderlei Dutra. Sem preparo prévio para tamanha catástrofe, a equipe se guiou por um propósito claro: ser um farol em meio à escuridão.
A estrutura da redação, como a de muitos veículos locais, era modesta. Mas o compromisso era gigante. Com celulares nas mãos e empatia no olhar, os comunicadores saíam às ruas alagadas para registrar e informar. “Cedinho com chuva, buscando a informação”, conta o comunicador Mauri Grando. E diante de vídeos falsos e desinformação, O Timoneiro apostou na precisão: informar com data, hora e localização corretas, garantindo que a população recebesse conteúdo confiável.
O Instagram do jornal tornou-se uma central de ajuda. Milhares de mensagens chegavam diariamente – pessoas pedindo socorro, notícias de parentes, orientações. “Era inacreditável, a gente não dava conta”, relatou a jornalista Simone Dutra. Muitas vezes, os próprios telefones da Defesa Civil estavam congestionados, e os comunicadores assumiam, informalmente, a função de apoio emocional. “Tenha fé, vá para tal lugar”, escreviam, tentando acalmar quem estava ilhado.
O drama também era pessoal. Um dos membros da equipe, que trabalhava em Porto Alegre, foi atingido pela enchente. Outro perdeu casa, loja e carros. Mesmo assim, todos seguiram atuando. “Difícil manter a emoção separada da razão”. A cena mais marcante? “Pessoas saindo dos barcos apenas com uma sacolinha, descalças, perguntando: ‘E agora?’”.
A experiência transformou até o perfil dos comunicadores. O colunista de cinema, Dion Cosetin, passou a visitar abrigos e contar histórias de superação. A colunista social Soraia Hütten virou elo entre voluntários e pessoas afetadas, ajudando com resgates, doações e proteção de animais. O jornalismo deixou de ser apenas informativo – tornou-se ferramenta de ação comunitária.
A cobertura, apesar de improvisada, foi marcada pela coragem, credibilidade e compromisso com a população. O legado, dizem os comunicadores, é de reinvenção: novas ideias nasceram, e o papel social da imprensa ficou ainda mais evidente.
Neste Dia da Imprensa, a história de O Timoneiro nos lembra que jornalismo vai além da notícia. É presença, é escuta, é solidariedade. Em 2024, o lema do jornal se concretizou com força: ser leme na rota de uma cidade em reconstrução.
Comunidade
Cestas básicas são distribuídas para idosos em Canoas através do Programa Cidadania Alimentar

A Secretaria Municipal de Assistência Social realizou, na terça-feira, 15, mais uma etapa do Programa Cidadania Alimentar, com a entrega de cestas básicas a idosos em situação de vulnerabilidade social.
A ação aconteceu no Restaurante Popular, localizado na Avenida Boqueirão, nº 2781, e contemplou beneficiários previamente cadastrados nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e idosos com comprovação de renda abaixo dos requisitos de Canoas.
O programa é voltado para idosos cadastrados no CADÚNICO e que recebam até meio salário mínimo per capita, conforme previsto na Lei Municipal 6480/2021.
É concedido apenas um benefício por família. Idosos diabéticos recebem uma cesta especial para auxiliar no tratamento do diabetes exclusivamente para pessoas idosas residentes nos bairros Rio Branco, Harmonia, Mathias Velho e Niterói, que se encontram em situação de insegurança alimentar.
De acordo com a gestão municipal, ao todo, mil idosos estão aptos a receber o benefício, que integra as ações da rede de proteção social do município para garantir segurança alimentar e dignidade a quem mais precisa.
O secretário de Assistência Social, Márcio Freitas, destaca que a iniciativa é resultado de um esforço coletivo: “A entrega das cestas é fruto do trabalho integrado da rede socioassistencial. É um compromisso com a vida, com a dignidade e com o fortalecimento das políticas públicas que atendem às pessoas que mais precisam.”
Comunidade
Aprovado em Canoas projeto de lei que homenageia Guilherme da Silva, motoboy morto no trânsito

Foi aprovado, em sessão marcada por comoção, o projeto de lei que denomina como Rua Guilherme Joaquim da Silva a via anteriormente identificada como Rua 42C, no bairro Guajuviras, em Canoas. A proposta é de autoria do vereador Ezequiel Vargas (PL) e presta homenagem ao jovem motoboy de 19 anos, morto no trânsito no início deste ano.
A votação contou com a presença de familiares, amigos, colegas de profissão e representantes de movimentos pela paz no trânsito. Em silêncio respeitoso, muitos seguravam pequenos patos de borracha, que é um símbolo que passou a representar a mobilização organizada pela mãe de Guilherme desde sua morte, ocorrida em 31 de janeiro, quando ele foi atropelado de forma deliberada por um motorista, na divisa dos bairros Jardim Atlântico e Guajuviras.
“Hoje não se trata apenas de um projeto. Não é mais uma rua que vamos batizar em nossa cidade”, afirmou o vereador Ezequiel, emocionado. “Quem se lembra do acidente sabe o impacto dessa história. E a mãe do Gui… a voz dela é eterna. Por isso optamos por não exibir o vídeo aqui, em respeito a ela.”
Durante a fala, o parlamentar relembrou o momento em que soube do crime, ainda durante uma sessão da Câmara. “Vários colegas se colocaram à disposição, foram até a manifestação em frente à delegacia. Foi ali que me veio à memória quem era o Gui e quem era o Fran. Meus pais são pastores, e a gente já tinha caminhado junto. Essa dor também foi sentida pela minha família.”
O projeto aprovado não apenas oficializa a nova denominação da via pública, mas busca estabelecer um marco simbólico de conscientização. A justificativa do texto legislativo destaca o caráter pedagógico da homenagem: um lembrete permanente sobre os riscos da violência no trânsito e a necessidade de atitudes mais empáticas e responsáveis por parte dos condutores.
A mãe de Guilherme, que preferiu não discursar, foi acolhida por todos os presentes. Ela tem se engajado em ações nas redes sociais e eventos públicos em defesa da paz no trânsito, tendo escolhido o patinho, que Guilherme carregava na moto, como símbolo de sua luta.
“Ela perdeu o filho, está sofrendo e ainda vai sofrer muito, mas conseguiu transformar essa dor em um movimento. E isso precisa ser reconhecido”, completou Ezequiel. “Hoje, o nome do Gui se torna um ponto de memória em nossa cidade. Mas que seja também um ponto de partida: para um trânsito mais humano, para uma cidade mais consciente.”
Meio Ambiente
Seminário na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul debate desassoreamento dos rios

Na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, ocorreu um seminário promovido pela Comissão Externa da Câmara dos Deputados, com o apoio da Frente Parlamentar do Empreendedorismo e Desburocratização, para discutir o desassoreamento dos rios e a dragagem da malha hidroviária, uma das principais demandas do estado.
O evento, organizado pelos deputados Marcel van Hattem e Felipe Camozzato (ambos do NOVO), contou com a participação de representantes dos três níveis de governo, setor privado e entidades civis.
Durante o seminário, foram levantadas críticas sobre a “lentidão nas ações para solucionar os problemas causados pelas enchentes”. O deputado Marcel van Hattem destacou a preocupação da sociedade com a falta de resultados após um ano e meio dos primeiros eventos climáticos.
Felipe Camozzato enfatizou a necessidade urgente de dados concretos, como o zoneamento e a batimetria, para dar andamento às obras de desassoreamento. O vereador Rodrigo D’Avila (Novo), de Canoas, reforçou a cobrança por ações rápidas e integradas entre os entes federados, alertando para o custo humano e econômico das enchentes e ressaltando a urgência de transformar as discussões em resultados concretos.
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