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Unicef alerta para cuidados com crianças e adolescentes em abrigos

Desastres ambientais como as enchentes registradas desde o fim de abril no Rio Grande do Sul podem expor menores de idade a medos e traumas permanentes. Essa situação, se estimulada de forma contínua, provoca o chamado estresse tóxico, que pode gerar danos irreversíveis ao desenvolvimento dos sistemas neuropsicomotores de crianças e adolescentes.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alerta que é preciso adotar medidas para diminuir esses impactos. Isso é ainda mais importante entre crianças, em especial as mais novas, que ainda não têm repertório para lidar com as emoções que episódios como as enchentes do RS podem gerar.
Diante desse cenário, a entidade preparou orientações para apoiar mães, pais e cuidadores no acolhimento e no cuidado de crianças e adolescentes afetados pelas chuvas em municípios gaúchos.
A proposta é que os adultos possam oferecer o suporte necessário para o desenvolvimento saudável e pleno desses menores. Isso se dá por meio do cuidado responsivo, da escuta atenta e do acolhimento na conversa e em brincadeiras.
Como lidar com as crianças em abrigos?
- Quando conversar com a criança, procure manter a calma e respirar. As crianças sentirão o mesmo que veem em você.
- Em caso de evacuação, explique brevemente o que vai acontecer. Se as condições permitirem, deixe que fiquem com um objeto especial, como um brinquedo.
- Pergunte o que a criança sabe sobre o que está acontecendo e ouça com atenção o que ela tem a dizer. É provável que a criança repita muitas vezes o que pensa. Diga que aquelas perguntas e comentários são importantes.
- Se a criança não quiser conversar, não pressione. Se a criança chorar, não peça para parar ou reprimir suas emoções. O choro é considerado uma forma saudável de descarga emocional.
- Explique, de forma real e simples, o que está ocorrendo. Evite mentir ou dizer que aquela situação não vai acontecer de novo.
- Se estiver em abrigos, veja se é possível reservar um espaço em que as crianças possam brincar em segurança.
- Na medida do possível, tente retomar uma rotina e procure proporcionar espaços de brincadeira com outras crianças. Estimule que a criança desenhe, pinte, ouça música e brinque.
- Lembre-se de que você também está sob estresse emocional. Cuide-se para poder dar o apoio necessário às crianças. Compartilhe o que você sente com outras pessoas.
- Crie oportunidades para que todos se sintam parte das soluções, inclusive crianças e adolescentes com deficiência. Encontrar maneiras seguras de contribuir é um caminho valioso de fortalecimento.
- Ajude crianças a identificarem apoios em suas vidas, como amigos ou familiares. Incentive a reflexão sobre como conseguiram lidar com situações de dificuldade do passado, afirmando a habilidade que têm de lidar com a situação atual.
- Sempre forneça informações corretas sobre uma situação de crise. Se não souber responder, proponha descobrirem juntos.
Mapeamento de crianças e adolescentes
A Unicef acompanha de perto a situação que fez com que dezenas de milhares de gaúchos precisassem ir para os abrigos, incluindo muitos menores de idade. O órgão afirma que tem colaborado com os governos para proteger essas populações, especialmente quando desacompanhados ou vulneráveis.
O trabalho inclui o mapeamento de menores abrigados: quantos são, suas idades e necessidades específicas em meio à emergência.
A entidade disponibilizou ainda, nos próprios abrigos, kits recreativos e educativos. A proposta é apoiar a criação de espaços seguros para que as crianças possam brincar e se sentir acolhidas, apesar das adversidades.
Ao longo dos próximos dias, o Unicef deve distribuir também kits de saúde menstrual, de higiene e de cuidados com bebês.
Como ajudar
Para apoiar a resposta do Unicef às chuvas no Rio Grande do Sul, pessoas físicas podem fazer doações de qualquer valor através do PIX para o e-mail pix@unicef.org. Em caso de dúvida, a orientação é ligar para o número 0800 605 2020. Empresas, fundações e filantropos interessados em apoiar a causa podem entrar em contato através do e-mail parcerias@unicef.org.
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Governo Federal vai ampliar a Casa da Reconstrução no Rio Grande do Sul

O Governo Federal decidiu ampliar e manter a Casa da Reconstrução no estado até 31 de dezembro de 2026. O trabalho envolve ações de socorro às famílias atingidas pela histórica enchente de maio de 2024, mobilização de dezenas de órgãos, destinação de recursos para a recuperação, além do apoio a projetos estruturantes de prevenção de novos desastres.
A Casa da Reconstrução pertence à Casa Civil da Presidência da República e acompanha as obras e ações de reconstrução no Rio Grande do Sul que envolvem o Governo Federal. O espaço, localizado em Porto Alegre, vai ganhar um reforço técnico com o objetivo de acelerar as entregas nas áreas de educação, saúde e habitação.
Entregas
O deputado federal Paulo Pimenta, que comandou o Ministério da Reconstrução durante o período das enchentes, afirmou que o Governo Federal vai seguir acompanhando as entregas e continuar trabalhando para que a população gaúcha possa ter a vida plenamente recuperada.
“Assim, vamos entregar mais de dez mil casas no Rio Grande do Sul. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, está garantindo todas as condições para que o Governo Federal siga realizando as entregas necessárias para os moradores gaúchos”, ressaltou.
“Nosso foco está na entrega de obras, em especial as moradias dos gaúchos. O diálogo com as prefeituras é permanente para assegurar as entregas na ponta. Já tivemos diversas fases de conquistas, como foi o caso do Auxílio Reconstrução que ajudou milhares de famílias com o depósito de R$ 5.100 para cada morador atingido”, complementou o atual secretário da Reconstrução do Governo Federal no Rio Grande do Sul, Maneco Hassen, que continuará como titular da pasta.
De acordo com Hassen, na sequência houve um avanço para a entrega das casas do Compra Assistida, que garante o sonho da casa própria para milhares de famílias gaúchas. “E esse trabalho tem que continuar”, ressaltou Maneco Hassen.
Enfrentamento à tragédia
O empenho atual e em todo esse período possibilitou a destinação da maior quantidade de investimentos já realizada pelo Brasil em tão pouco tempo para o enfrentamento à tragédia.
No total, R$ 111,6 bilhões foram destinados ao estado, dos quais R$ 89 bilhões já foram executados – 80% dos recursos previstos – para ações de recuperação da infraestrutura das cidades, estímulo da economia local (empresários, indústria, serviços, trabalhadores autônomos), repasse direto às famílias e aquisição de moradias.
Esse valor é quase o mesmo valor direcionado pelo Novo PAC (R$ 106 bilhões) para a construção de 800 mil novas moradias em todo o país na Faixa 2. Os esforços e investimentos federais levaram o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado a crescer 4,9% em 2024, acima do PIB nacional (3,4%), demonstrando a recuperação da economia gaúcha.
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Famílias do RS afetadas pelas enchentes de 2024 podem solicitar reinstalação gratuita de suas parabólicas digitais até 30 de junho

“A nova parabólica digital garante acesso à TV aberta com mais qualidade e estabilidade. Em um momento de tantas perdas, nossa intenção foi ajudar as famílias a manterem o vínculo com a informação, a cultura e a sensação de normalidade. Nosso compromisso segue firme com o povo gaúcho”, afirma Leandro Guerra, presidente da Siga Antenado.
“No dia da enchente, saí de casa sem nada. Aos poucos estamos recuperando tudo que foi perdido”, conta.
Como fazer a solicitação
Sobre a Siga Antenado
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Governo inicia transferência de abrigados no Centro Humanitário de Acolhimento em Porto Alegre

O governo do Estado iniciou a última etapa de desmobilização do Centro Humanitário de Acolhimento (CHA) do Centro Vida, em Porto Alegre, no domingo, 25.
A Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária (Sehab) esteve com a prefeitura de Porto Alegre e com a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Migrações (OIM) acompanhando a transferência das primeiras famílias para as moradias temporárias, instaladas no bairro Santa Rosa de Lima, zona norte da capital.
As transferências seguem gradativamente durante a próxima semana até a desmobilização total do CHA. Cerca de 116 pessoas ainda estavam no Centro de Acolhimento e, neste primeiro dia, foram transferidas 20 famílias. As mudanças seguirão ao longo da semana. Ao todo, em Porto Alegre, estão instaladas 80 casas temporárias.
Essas soluções habitacionais fazem parte do Plano Rio Grande, um programa de Estado liderado pelo governador Eduardo Leite para reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro.
“O Estado trabalha na reconstrução e na criação de alternativas para dar mais dignidade no morar para as famílias, que perderam suas casas na enchente. A busca de moradia para as pessoas atingidas é o caminho que percorreremos cotidianamente, enfrentando os desafios que batem a nossa porta”, afirmou o secretário da Habitação, Carlos Gomes. “Buscamos transformar o Rio Grande do Sul em um Estado mais forte para o futuro, por meio da consolidação de uma política habitacional capaz de transformar vidas“, completou.
Para as moradias temporárias, a OIM, agência da ONU para as Migrações, acompanha o processo final das obras, junto ao governo do Estado e às prefeituras, assegurando a realocação digna de todas as famílias acolhidas nos CHAs. A organização oferece transporte, vale-alimentação de três meses e suporte financeiro para compra de móveis e utensílios domésticos para todas as pessoas em processo de realocação.
“Ao longo desses dez meses, os Centros Humanitários cumpriram seu papel no acolhimento das pessoas afetadas pelas enchentes. Agora, para as famílias que ainda necessitam, nosso trabalho continua no acompanhamento desse processo de reintegração e retomada do cotidiano”, destacou o coordenador de Operações da OIM no RS, Eugênio Guimarães.
Centros Humanitários de Acolhimento
Os Centros Humanitários de Acolhimento (CHAs), implantados pelo governo do Estado com apoio da Fecomércio e gestão da agência da ONU para Migrações, foram inaugurados em julho de 2024 em Porto Alegre e em Canoas para acolher famílias atingidas pelas enchentes.
Criados como solução emergencial na estratégia de resposta às cheias, os locais se tornaram referência em acolhimento humanitário, oferecendo estrutura digna com cômodos separados, brinquedoteca, lavanderia, espaços de lazer, quatro refeições diárias e atendimento psicossocial, médico e de empregabilidade.
Foram instaladas três unidades – duas em Canoas e uma em Porto Alegre – e, desde sua abertura, acolheram um total de 1.184 pessoas, com pico de aproximadamente 800 abrigados simultaneamente. Em dezembro, o CHA Recomeço, em Canoas, encerrou suas atividades. Até junho de 2025, todos os Centros serão fechados.
Moradias temporárias
A política habitacional de emergência, com amparo na lei 16.138 de 2024, se desdobra, inicialmente, pela disponibilização de casas temporárias, destinadas a municípios que demandam para desativar seus abrigos coletivos. Concomitantemente à instalação das casas temporárias, a Sehab trabalha na seleção de terrenos para a construção de moradias definitivas.
Cada unidade possui 27 metros quadrados e é composta por dormitório, sala e cozinha conjugadas e banheiro, além de possuir mobiliário sob medida e eletrodomésticos da linha branca. A estrutura de aço galvanizado e concreto ganhou elementos que garantem resistência e conforto para os moradores.
Com investimento de R$ 83,3 milhões, o governo do Estado, por meio da Sehab, adquiriu 625 Módulos Habitacionais Transportáveis (MHTs), que são retirados, higienizados após o uso e reaproveitados sempre que houver necessidade de atendimento emergencial de habitação. Após as 80 de Porto Alegre, serão entregues 105 em Eldorado do Sul e 20 em Rio Pardo.
Casas definitivas
Com investimento de R$ 7,1 milhões, o município de Canoas receberá 51 moradias definitivas por meio do programa A Casa é Sua-Calamidade, do governo do Estado. O terreno está sendo preparado pela prefeitura. Após a entrega do local, as casas serão concluídas em 120 dias.
Essas soluções habitacionais fazem parte do Plano Rio Grande, um programa de Estado liderado pelo governador Eduardo Leite para reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro.
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