Geral
Praia de Paquetá: um refúgio para quem fica na cidade
Na confluência entre os rios Sinos e Jacuí, em Canoas, repousa um parque natural bastante procurado durante o verão. Trata-se da Praia do Paquetá, a chamada “prainha”, que fica no bairro Mato Grande. Muito procurado por moradores da Região Metropolitana, o espaço de lazer chega a reunir três mil pessoas nos finais de semana de calor. Opções de passatempo não faltam: o local oferece churrasqueiras, cancha de futebol, trapiche para saltar na água doce e até um parque sincrético, composto por diversos santos religiosos.
Para muitos frequentadores, a Praia de Paquetá é um refúgio ao calor intenso que está fazendo nos últimos dias. A moradora do bairro Fátima, Olga Barbosa, estava visitando a Prainha pela segunda vez, acompanhada de familiares pelotenses que estão de passeio em Canoas, e conversou com nossa equipe. “Aqui tem bastante sombra para nós ficarmos e é mais fresquinho do que em casa, vale a pena. Trouxe eles para conhecer esse cantinho dentro da cidade”, disse.
O pedido dos moradores e frequentadores é para que a Prefeitura coloque mais lixeiras no local, pois nos fins de semana, com a lotação da praia, os frequentadores acabam deixando a Prainha suja por não encontrarem lugar para colocar os seus lixos. Outra reclamação é a falta de banheiros químicos, diversos bares que ficam localizados na orla da praia cobram pelo uso dos sanitários. Segundo a Prefeitura, ainda neste mês irá colocá-los no local.
A Prefeitura de Canoas realiza a manutenção na prainha a cada 45 dias fora da temporada e mensalmente durante o verão. Durante esta semana foram realizadas pinturas, roçadas, podas e limpeza da beira do rio.
O acesso a Praia de Paquetá pode ser de carro pelo bairro Mato Grande, ou Rodovia 448, e com o ônibus da linha Sogal 5205 PAQUETÁ/MATO GRANDE.
Geral
Casas de bombas recebem geradores para funcionamento 24h em Canoas
As estruturas de todas as oito casas de bombas de Canoas estão recebendo geradores de energia elétrica fixos. O objetivo da medida é evitar falta de água em caso de falta de luz.
O trabalho de instalação começou no sábado, 13, e deve ir até a próxima sexta-feira, 19.
A Casa de Bombas 7, no bairro Mathias Velho, foi a primeira a receber os geradores. São dois equipamentos que ficarão à disposição caso haja queda no fornecimento de energia elétrica.
Na segunda-feira, 15, foi a vez da Casa de Bombas 6, no mesmo bairro.
O secretário municipal de Obras, Guido Bamberg, ressalta a importância desse recurso material. “Os geradores, que são de 500 ou 750KVA cada, possibilitam que as bombas operem, em média, com mais de 60% de capacidade operacional em caso de queda total de energia elétrica, sendo nossa segurança para operação em caso de temporal”, explica.
Comunidade
GUAJUVIRAS 37 ANOS: Moradores lembram da luta pela moradia no surgimento do segundo maior bairro de Canoas
Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com
Nesta quarta-feira, 17, um dos maiores bairros de Canoas comemora 37 anos de existência. Em 17 de abril de 1987, começava a ocupação do que viria a se tornar o Guajuviras. Com 42.749 habitantes, é o segundo em termos de população na cidade. Mas para quem mora lá, vem em primeiro lugar.
Trajetória
A história do bairro é também uma história de lutas. Originalmente, o espaço do Guajuviras era chamado de Conjunto Habitacional Ildo Meneghetti. No local, construído pela Companhia de Habitação do Estado do Rio Grande do Sul (Cohab) haviam 5.974 unidades habitacionais, muitas delas abandonadas, e que foram ocupadas para formar o que inicialmente foi considerado uma invasão. A obra, que deveria ter 6.400 unidades, nunca foi finalizada pelo órgão estadual e, por isso, não havia sido entregue aos inscritos no programa de habitação popular. A Cohab chegou a tentar repassar as obras à Prefeitura de Canoas em 1984, sem sucesso.
Isso ocorria por conta da conjuntura econômica do país no período. Em 1987, o Brasil estava no período da hiperinflação, com mais de 250% ao ano após o fim do Plano Cruzado. Havia desabastecimento, e o preço dos alugueis se tornava demais para que muitos pudessem pagar.
Espera e invasão
Herminio Farinha Vargas chegou no primeiro dia. Aquele 17 de abril era um domingo de Páscoa, e Farinha recebeu o aviso de que muitos estavam indo para lá. Ele e sua esposa, Otacília, foram até o local. “A gente nunca quis o direito de ganhar uma casa, mas o direito de pagar o preço justo por uma. Muitos, como nós, estávamos inscritos na Cohab”, diz.
Otacília explica que a situação se arrastava há anos. “Já tinha um tempo que o pessoal dizia que seria o ideal invadir. Eu passei um dia todo no sol, grávida, em frente à Praça do Avião, para me inscrever na Cohab, em 1982. Cinco anos depois e nada. Pior: algumas moradias já começavam a ser invadias por gente até de municípios vizinhos, que não estavam inscritas”, lamenta.
Maria Aparecida Flores estava no Guajuviras desde os primeiros dias da ocupação. Chegou com dois filhos. A filha mais velha e o marido não quiseram vir de Arambaré, onde morava. A nova vida começava com desafios extras. “O terreno onde hoje fica a igreja de Nossa Senhora Aparecida estava com uma cerca. Eu e mais umas 20 mulheres derrubamos. Precisávamos também de um espaço para a comunidade. Fizemos oficinas, forno coletivo para fazer pão, e conversávamos sobre as nossas vidas e nossos direitos”, recorda.
Ela lembra que, naquele momento de transição democrática do Brasil, ainda haviam resquícios da repressão dos anos da ditadura militar, que terminou oficialmente em 1985. “Antes de vir a Brigada Militar, mandaram o Exército para cercar o bairro. Ninguém entrava, ninguém saía. Fiquei dez dias sem comer por conta disso. Quando a ajuda chegou, eu tentei me alimentar e vomitei”, relata.
Organização
Cida, como é conhecida no bairro, também fez parte da Comissão dos Setenta, o grupo que atuava nas negociações junto à Cohab. Ela aponta que a organização entre os moradores foi fundamental para garantir o direito à moradia. “Nós nunca fizemos nada debaixo dos panos. Tínhamos os líderes de cada quadra, que precisavam saber tudo que discutíamos em conjunto. Depois cada um precisava ir na sua quadra, chamar todo mundo e repassar”, explica.
Farinha, que também integrou o grupo, diz que o esforço precisava ser constante, com reuniões diárias. “Era difícil. Não tínhamos água, luz, nada. E a maioria de nós trabalhava. O encontro começava às 20 horas e terminava entre uma e duas da manhã. Mas valeu a pena”, observa.
Policial
Após denúncia de moradores, cachorros que sofriam maus-tratos são resgatados em Canoas
A Secretaria Municipal de Bem-Estar Animal (SMBEA) realizou o resgate de dois cães, um macho e uma fêmea, que estavam em situação de abandono em um apartamento no bairro Olaria.
A denúncia foi realizada por moradores, que contataram a Polícia Civil e a SMBEA, que estiveram presentes na ação, na última sexta-feira, 12.
De acordo com a secretária adjunta da SMBEA, Telma Moraes, os animais estavam trancados, com fome e em uma situação totalmente precária.
“Nós resgatamos os dois animais que viviam em situação de maus tratos, sozinhos em um apartamento, sem alimentação e de forma insalubre. Agora, eles estão aqui na Secretaria Municipal de Bem-Estar Animal, onde receberão atendimento veterinário e ficarão albergados até se recuperarem”, salientou.
Olavo e Olivia
Os pets, que foram batizados com o nome de Olavo e Olivia, serão vacinados, castrados e após estarem aptos, serão disponibilizados para adoção responsável nas feiras de adoção realizadas pela SMBEA.
“Esperamos que eles tenham a chance de ter uma família amorosa e que proporcione uma nova história de vida para eles”, acrescentou Telma.
A Prefeitura de Canoas reforça que maus-tratos aos animais é crime, conforme a Lei Federal nº 9.605/98. Em 2020, com a aprovação da Lei Federal nº 14.064, ocorreu o aumento das penas cominadas ao crime de maus-tratos aos animais quando se tratar de cão ou gato.
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