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20/04/2024
 

Saúde

Intervenção na Saúde completa primeiro mês de desafios

Redação

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O sistema de Saúde de Canoas passa por uma intervenção administrativa após uma decisão judicial emitida em dezembro de 2018. O fato ocorreu após o escândalo, amplamente divulgado pelo jornal Timoneiro, envolvendo o Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp). No comando dos hospitais Universitário e de Pronto Socorro, de duas Upas e de quatro Caps, Francisco de Paula Figueiredo concedeu entrevista ao jornal Timoneiro. Na ocasião, ele explicou o andamento da intervenção e o planejamento para conter a grave crise pela qual passa a Saúde da cidade.

Início

Segundo Francisco, o maior desafio no começo de seu trabalho, no dia 12 de dezembro, foi acertar a folha de pagamento. “Conseguimos resolver a questão de salários e décimo terceiro. Isso tomou toda nossa atenção no início. Passamos muitas dificuldades para cumprir essas questões”, afirma. Ele comenta que também foi difícil negociar com os credores, administrando um orçamento já limitado. “Nós estamos cumprindo um cronograma que foi prometido. Passamos os momentos mais tensos, mas conseguimos estabelecer uma relação de confiança com funcionários e sindicatos”, diz o interventor.

Contrato

Diante de críticas sobre como a atual gestão manteve o contrato com o Gamp mesmo após problemas, Francisco defende que a administração recebeu um contrato já em andamento. Além disso, ele lembra que em 2017 a administração municipal havia notificado o Gamp sobre problemas na prestação de serviço. “Naquele momento alguma coisa melhorou, mas na sua essência, nós não queríamos isso [a manutenção do contrato com o Gamp], mas tínhamos que administrar, tanto que levamos até onde foi possível”, relata. Ele ainda pondera que, administrativamente, os caminhos de rompimentos são mais difíceis: “Olhando todo o conjunto é difícil alguém que venha e assuma a prestação de serviço. Tínhamos que pensar nisso”.

Ajuda

Na segunda-feira, 7 de janeiro, a Prefeitura anunciou o lançamento do programa “Todos pela Saúde”, com uma consultoria e apoio dos hospitais Sírio-Libanês, Moinhos de Vento e do Grupo Hospitalar Conceição. “Essas instituições estão fazendo um rastreamento da situação e vão nos auxiliar a criar as ferramentas para uma nova licitação. Temos que aguardar esse trabalho todo para termos uma definição clara. Queremos eliminar qualquer margem de erro para o futuro”, explica Francisco. Através do Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), os Hospitais Sírio-Libanês e Moinhos de Vento, irão realizar consultorias em pontos-chave na gestão dos contratos executados até pouco tempo atrás pelo Gamp. Sem custos ao município, o trabalho será coordenado pelo médico gaúcho Paulo Malabarba, consultor sênior do Sírio-Libanês, e contará com uma equipe de cinco profissionais, de diversas áreas.

Prazo

Segundo o interventor, a ideia é realizar todos os processos administrativos até o final do prazo de 180 dias: “Até o final dela, se tudo ocorrer sem incidentes, é possível que uma nova gestora assuma. Assim teremos um novo prestador de serviço, com qualidade e excelência na área da saúde”.

Ainda há problemas

“Desde que chegamos, já verificamos a falta de medicamentos e insumos. Já fizemos compras e conversamos com fornecedores, muita coisa está ajustada e sanada. Mas ainda há muita coisa por fazer. Temos esperança de que em março já tenhamos uma normalidade de atendimento”, avalia Francisco.

Mais dinheiro

A Prefeitura de Canoas decidiu cancelar o Carnaval 2019 e outros quatro eventos da cidade para garantir mais recursos para a saúde. Também foram suspensos a Parada Livre e as semanas da Música, da Capoeira e do Hip Hop. Com isso, a Prefeitura afirma que irá economizar mais de R$ 1 milhão. Esse recurso vai contribuir para a reforma da UPA Caçapava e para as obras do novo prédio da UBS Santa Isabel.

Perfil

Francisco de Paula Figueiredo é advogado formado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS), especialista em Direito Público e servidor público concursado de Canoas há 29 anos. Foi professor na Ulbra Canoas e São Jerônimo de 1995 a 2013. Exerceu o cargo de procurador-geral do município em dois períodos: de 1998 até 2000 e na gestão do prefeito Luiz Carlos Busato, de janeiro de 2017 a fevereiro de 2018. Atuou como procurador adjunto de Canoas de 2009 a 2010. Foi também procurador-geral do município de Triunfo, em 2011, e técnico jurídico nas Delegações de Prefeituras Municipais (DPM). Foi assessor jurídico da autarquia Canoas XXI. Atualmente, é presidente do Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores Municipais de Canoas (Canoasprev).

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Saúde

Simers pede investigação sobre troca de comando do Hospital Universitário

Redação

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O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) enviou um ofício ao Ministério Público estadual a respeito da nova empresa que deve ficar responsável pela operação e execução dos serviços no Hospital Universitário (HU) de Canoas. A carta, entregue pela entidade ao órgão nesta semana, demonstra inquietação sobre os rumos da casa de saúde.

“Estamos preocupados com a falta de informações sobre o processo. Por isso, encaminhamos ofício ao Ministério Público estadual, por meio da Promotoria de Justiça de Canoas, uma vez que já foram identificadas irregularidades em outros estados em que a empresa tanto prestou como onde ainda presta serviços”, explica o vice-presidente do Simers, Fernando Uberti.

No documento, o sindicato solicita ao MP que verifique a contratualização entre a prefeitura e a Associação Saúde em Movimento (ASM), cuja proposta foi a vencedora do edital publicado pelo município no ano passado. “O Simers acredita que é fundamental uma apuração com todo o rigor, para evitar os riscos aos usuários do Sistema Único de Saúde. Isso porque, até o momento, não foi apresentada qualquer indicação de manutenção do quantitativo mínimo de insumos e de pessoal, incluindo o número de médicos, para continuidade ao serviço que é gerido pela própria prefeitura desde maio de 2022”, afirma Uberti.

Com sede na Bahia, a AMS tem em seu histórico uma decisão do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) que, em maio de 2021, aprovou o bloqueio do pagamento da Secretaria de Saúde para a empresa, após identificar inconformidades na execução do contrato para a gestão do Hospital de Campanha da Polícia Militar do DF (PMDF). Já em 2023, um novo bloqueio de contas aconteceu no Tocantins, motivado pelo atraso no pagamento dos profissionais que atuam nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) de cinco hospitais estaduais.

Histórico

Situação semelhante ocorreu no começo do ano no próprio HU. Mesmo com a gestão feita pela prefeitura, o hospital teve as contas bloqueadas por conta de decisão judicial contra a Fundação Educacional Alto Médio São Francisco (Funam), devido a uma ação trabalhista no Espírito Santo. A empresa, que fazia a gestão da casa de saúde canoense antes da intervenção do governo municipal, ainda tinha seu CNPJ vinculado à instituição. A situação durou quase um mês, entre 19 de fevereiro e 14 de março.

Em nota, a Prefeitura de Canoas informou que encaminhou o caso à Procuradoria-Geral do Município. O órgão deverá verificar o histórico da empresa antes que a licitação seja sancionada pelo prefeito Jairo Jorge. O Executivo municipal deve se manifestar novamente apenas após a emissão de parecer sobre o assunto por parte da procuradoria.

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Saúde

Gravataí terá evento voltado à promoção da saúde do trabalhador na semana que vem

Redação

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O Centro Regional em Saúde do Trabalhador (Cerest) Vale de Gravataí e Bons Ventos promove, na próxima semana, um evento alusivo ao Abril Verde, mês de conscientização sobre a prevenção de acidentes em ambientes de trabalho. Nos na quarta e quinta-feira, 24 e 25, o evento traz palestras voltadas à promoção da saúde do trabalhador.

A jornada ocorre na Câmara Municipal de Vereadores (Av. José Loureiro da Silva, nº 2.597 – Centro), e conta com a presença de autoridades e representantes de diversos municípios do Rio Grande do Sul, com foco na articulação conjunta e na troca de saberes sobre a prevenção de acidentes e doenças ligadas ao trabalho. Aberto ao público, o evento está com inscrições disponíveis em formulário online.

Cerest

Inaugurado em abril do ano passado e localizado na Rua Pref. Victor Hugo Ludwig, nº 235 – Centro, o Cerest Vale de Gravataí e Bons Ventos é o serviço especializado do município responsável por realizar assistência à saúde do trabalhador, planejamento de ações de prevenção e avaliação dos agravos relacionados ao trabalho. A equipe de Gravataí conta com médicos do trabalho, equipe de enfermagem, psicólogo, fonoaudiólogo e fisioterapeuta.

Atualmente, o serviço é referência para 16 municípios: Alvorada, Cachoeirinha, Gravataí, Glorinha, Viamão, Osório, Santo Antônio da Patrulha, Balneário Pinhal, Capivari do Sul, Caraá, Cidreira, Imbé, Mostardas, Palmares do Sul, Tavares e Tramandaí. Com a qualificação do Cerest Vale de Gravataí e Bons Ventos, os municípios passaram a ser contemplados pelo serviço, com trabalho realizado por meio de matriciamento. Demais informações podem ser conferidas pelos telefones (51) 3600-7604 e 3600-7746.

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Estado

Estado discute o cuidado a gestantes com secretários de Porto Alegre, Gravataí e Canoas

Redação

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O cuidado às gestantes da Região Metropolitana foi tema de reunião na quinta-feira, 18, entre a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, os secretários municipais de Saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter, de Canoas, Mauro Sparta, e de Gravataí, Régis Fonseca, e o presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems), Cacildo Goulart Delabary.

Um dos pontos discutidos foi a ampliação dos ambulatórios para gestantes de alto risco em Alvorada e Cachoeirinha. Além disso, falou-se sobre a possibilidade de abertura de um ambulatório em Gravataí. Arita ressaltou que, desde a posse da nova gestão, o Hospital de Alvorada já retomou a realização de partos, contando com uma UTI neonatal e servindo de referência para as gestantes de Viamão.

Também foi avaliada a possibilidade de realizar uma reunião com representantes das maternidades de Porto Alegre para uma avaliação dos casos em que o parto pode ser realizado no município de origem da gestante ou referenciado para outro hospital da Região Metropolitana.

“Vamos fazer um trabalho forte com os gestores municipais, fortalecendo a importância do pré-natal para fixar a gestante na sua unidade básica durante o período de gestação e orientá-la a fazer o parto no hospital de referência. Com isso, Porto Alegre poderá dar atendimento às gestantes de alto risco e às demais que são da sua referência”, explicou a titular da pasta a nível estadual.

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