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07/09/2024
 

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Secretária de Saúde fala sobre crise no HPS

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O jornal Timoneiro tem noticiado, no decorrer dos últimos anos, a instabilidade na gestão do Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC). Gerido pelo Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp), após contrato firmado pelo governo de Jairo Jorge, em 2016, o hospital atende com frequente superlotação e com crises de gestão. Com esse panorama, e com questionamentos aos valores previstos no contrato de prestação de serviço foi decidido, em comum acordo, que o Gamp não será mais responsável pelo hospital e duas Upas, passando o comando ao município. Em entrevista, a secretária de Saúde, Rosa Maria Groenwald, explicou detalhes sobre a transição de trabalho para a nova forma de gestão do HPS e os motivos para a superlotação do mesmo.

Justificativa

Rosa concorda que o momento é difícil para o HPS, mas justifica que uma série de fatores contribuíram para a crise. “Realmente esse ano é um pouco atípico, por que temos toda uma situação climática que causa esses agravos”, afirma a secretária. Ela também cita os problemas do Graças, que “passa por certas dificuldades”.

A secretária destaca que Canoas atende 56 municípios da região, sobrecarregando o sistema e prejudicando a população da cidade: “Desde que chegamos temos trabalhado em cima disso, para reverter algo que foi criado no governo passado. Quando assumiram legalmente esse compromisso, de atender a região, falaram que não prejudicaria os canoenses, mas isso não ocorreu”.

Rosa explica que tal compromisso foi firmado em 2014, quando Canoas aumentou o número de municípios para atender, e ao mesmo tempo fechou 100 leitos de sua rede. “Além disso, nós encontramos uma estrutura muito precária e deteriorada”, diz Groenwald. Ela compara Canoas com São Leopoldo e Novo Hamburgo, cidades que, segundo ela, têm um fluxo muito menor que aqui e que poderiam desafogar a superlotação da cidade, que atende mais 60% de pessoas de fora.

Negociação

“Estamos nos mobilizando junto ao governo do Estado e com as cidades vizinhas para mudar essa situação”, afirma Rosa. Segundo ela, a diminuição de atendimento na região tem requerido um processo complicado e burocrático, e que depende do governo estadual. Enquanto isso não ocorre, Rosa afirma que, em pouco tempo, serão abertos 100 novos leitos no HU, que liberaria o fluxo de pacientes provenientes do HPS. “Enquanto esse pedido de mudança junto ao Estado não sair, nós vamos ter que trabalhar desta forma”, comenta.

Licitação

Para Rosa, a licitação que o Gamp venceu em 2016 tinha valores subestimados: “Os valores não correspondem ao que é realmente necessário”. Agora, segundo a secretária, diversas equipes estão trabalhando na transição para assumir a gestão do HPS. “Temos comissões avaliando todo o processo. Vamos avaliar as necessidades e organizar a parte financeira”, explica. Questionada sobre a situação dos atuais funcionários da instituição, Rosa afirma que ainda estão sendo feitos levantamentos sobre a situação, mas que não descarta medidas e atitudes para “saber o que será melhor para a população”.

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Prefeitura disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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