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41ª Expointer se encerra no próximo domingo
Monique Leotte Mendes*
A 41ª Expointer se encerra no próximo domingo, 2, no Parque de Exposição Assis Brasil, em Esteio. A maior Feira de Agropecuária da América Latina contabilizou nos cinco primeiros dias de evento um público de 181 mil visitantes. O clima estável, as diversas opções de lazer e a comercialização de animais, artesanatos e produtos da culinária colonial gaúcha são alguns dos atrativos para os visitantes.
Segundo o secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação do RS (Seapi), Odacir Klein, as expectativas são boas para essa edição, independente da previsão do tempo para os próximos dias. “Já contabilizamos um crescimento nas vendas em relação a 2017 em diversos setores. A população urbana presta uma grande contribuição vindo ao Parque Assis Brasil, pois tem condições de saber o que se faz na área do agronegócio e ver como é importante a produção de alimentos”, diz.
Agricultura familiar
Entre as novidades desta edição está a duplicação do Pavilhão da Agricultura Familiar. O espaço com 280 estandes trouxe mais comodidade ao público que circula pelos corredores. Além de produtos coloniais, a feira tem quatro cozinhas fornecendo almoços em uma área de alimentação com capacidade para 400 pessoas.
“O Pavilhão da Agricultura Familiar é um dos nossos espaços preferidos e este ano está mais bonito. É muito gratificante comprar os produtos que gostamos direto de quem produz”, relata a moradora Vera Bellissimo, moradora do bairro Mathias Velho, em Canoas.
Conforme o boletim de vendas divulgado na última quarta-feira, 30, pela Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), a comercialização no espaço cresceu 111% nos primeiros quatro dias de feira em relação a 2017, saltando de R$ 706.259,51 mil para R$ 1.495.075,40. Na comparação somente entre o quarto dia de feira de 2018 e o mesmo período em 2017, o crescimento nas vendas chegou a 198%.
Serviços Expointer
Durante os nove dias de evento acontecem mais de 400 atividades, como cursos, palestras, atrações culturais e ainda exposição de 151 raças de animais. O horário de funcionamento do Parque é das 8h às 20h30 min. Os ingressos para público em geral são de R$ 13,00. Para estudantes com carteirinha oficial e maiores de 60 anos com a apresentação da Carteira de Identidade, o valor é de R$ 6,00. Crianças com até 6 anos têm acesso livre se acompanhadas. A entrada de pedestres acontece pelos portões 2, 3 e 6 do Parque.
Conheça a opinião de algumas pessoas que circularam nesta semana pela 41ª Expointer .
Gregory Nervo e João de Lorena –Venâncio Aires
“Chegamos bem cedo da manhã na Feira. Adoramos levar para os filhos as gulodices, queijos e outras delícias comercializadas no setor da agroindústria familiar. Já visitamos quatro vezes a Expointer e o local que mais nos atrai é o pavilhão da agricultura familiar”.
Vera Bellissimo e a mãe Ramona Darde –bairro Mathias Velho, em Canoas
“Eu sou natural de Uruguaiana e fui criada no meio do campo. Visitar a Expointer me faz matar a saudade da minha cidade natal. Eu e minha mãe, adoramos visitar o parque como um todo, principalmente o o pavilhão da agricultura familiar, os artesanatos, os animais. Sempre compramos alguma coisinha para levar para casa.”
Maico Gonçalves de Moura, Magda Correia dos Santos e as filhas Julia e Luiza –Gravataí
“Nossas filhas são criadas em apartamento e acho importante o contato com os animais e as coisas do campo. Hoje elas andaram de pônei, puderem ver os animais de perto, colocar a mão, sentir como são, e aqui é uma baita oportunidade para essa experiência. Eu também gosto de circular pelo setor das maquinário apenas para admirar mesmo.”
Natalia Alves – Bairro São José, em Canoas
“ Trabalho no setor de locação de espaço na Expointer há dois anos e também ajudo nos dias de feira no setor de informação. Durante o ano é muito tranquilo por aqui,mas durante a feira é uma semana de muito movimento. É muito com trabalhar aqui pois gente acaba conhecendo muita gente e muitas pessoas diferentes”.
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“Nunca trabalhei na vida, eu faço o que me dá prazer”; morre Jesus Pfeil aos 85 anos

Morreu no domingo, 24, o cineasta, historiador e escritor, e figura ilustre de Canoas, Antonio Jesus Pfeil. O prefeito de Canoas, Jairo Jorge, decretou três dias de luto oficial. O velório acontece nesta segunda-feira, até 17 horas, no Crematório de Cemitério São Vicente, em Canoas.
Antonio Jesus Pfeil nasceu em 7 de outubro de 1939, na área de Canoas que posteriormente foi emancipada e se tornou Nova Santa Rita. Cineasta, historiador e pesquisador do cinema gaúcho, estudou no Colégio La Salle e passou pelo serviço militar. Em 1960, atuou como ator no Teatro Brasileiro de Comédias, que estava com uma peça em cartaz no Theatro São Pedro. Na ocasião, subiu ao palco ao lado de Nathália Timberg e Leonardo Villar.
Seu primeiro curta-metragem, Cinema Gaúcho dos Anos 20, participou da mostra do Festival de Cinema Brasileiro de Gramado e, em 1974, recebeu um prêmio especial no mesmo festival. Além da carreira como cineasta, Jesus também conquistou espaço como pesquisador, autor de artigos e, paralelamente, atua como participante de conferências e de comissões julgadoras em festivais e outros eventos ligados à História do Cinema Gaúcho e Brasileiro.
Resgate
Como escritor e historiador, Jesus tem profunda contribuição para o resgate histórico da cidade. Ele é autor da coleção Canoas: Anatomia de Uma Cidade, e organizador do livro Origens de Canoas, que conta com artigos de Edgar Braga da Fontoura, primeiro prefeito do município. Estas são apenas algumas dentre muitas obras de Jesus no cinema e na literatura.
No ano 2000, Jesus recebeu uma justa homenagem pela sua contribuição para a cultura na cidade. A biblioteca da Escola Municipal Ícaro foi inaugurada e, desde então, se chama Biblioteca Antonio Jesus Pfeil.
Prazeres
Ao ser indagado pelo O Timoneiro, em 2018, sobre como enxerga a importância de seu trabalho para o meio cultural e para Canoas, Jesus, sempre bem-humorado, brinca: “Trabalho? Que trabalho? Eu nunca trabalhei na vida, eu só tenho prazeres, só faço o que me dá prazer”.
“As pessoas me perguntam ‘Jesus, qual é a novidade hoje?’, e eu respondo: ‘Olha, de manhã eu abri os olhos e estava vivo, não morri dormindo. Vamos ver o que acontece hoje’. Eu sempre digo, e disse no filme Jesus – O Verdadeiro, é que meu futuro foi ontem e não tem como saber o que vai acontecer hoje. Sobre o que eu já vivi, eu posso falar. Meu primeiro Kikito em gramado eu ganhei em 1974 e foi o primeiro Kikito gaúcho do festival. Eu gosto de trabalhar com História porque filme de ficção todo mundo faz e faz igual hoje em dia, só muda o nome dos personagens e o título, é sempre o mesmo roteiro. Um filme que eu fiz e gosto de destacar é o Porto Alegre, Adeus…! É uma carta que eu escrevi ao Glauber Rocha. E o Glauber Rocha tinha aquela frase que dizia que tinha que ter uma câmera na mão e uma ideia na cabeça. Pensando bem, hoje em dia as pessoas, muitas vezes, têm a câmera na mão, mas não têm a ideia na cabeça, por isso fazem tanta coisa igual”.
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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com
A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.
As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.
O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.
Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.
Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.
Primeiras memórias
Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.
Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos
A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.
A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.
Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”
Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967
Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.
Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.
“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.
Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.
Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.
“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.
Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.
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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.
A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.
Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.
Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.
No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:
– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato
*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.
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