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07/09/2024
 

Destaques

Quem irá gerir o Hospital de Pronto Socorro de Canoas?

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Monique Mendes OT - Pronto socorro 2017 (2)

A situação que já parecia definida durante a semana passada, e que obteve destaque na última edição de O Timoneiro, ganhou tons de impasse graças a um novo posicionamento da Prefeitura de Canoas. Até então, com o anúncio da saída do Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp) da gestão do HPS e de duas UPAs, a administração municipal havia afirmado que o Instituto de Saúde e Educação Vida (Isev), classificado em segundo lugar na licitação realizada em 2016 e alvo de diversas críticas por problemas em outras cidades, assumiria a gestão das unidades. Já agora, a Prefeitura diz que “ainda não há definição sobre a nova gestão”.

Simers

O impasse preocupa as classes sindicais que já apontavam os problemas na gestão do HPS. O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) se posicionou de imediato contra a possibilidade de posse do Instituto de Saúde e Educação Vida (Isev). “Esta outra empresa é muito problemática. Continuamos com uma visão bastante crítica sobre o que está ocorrendo”, afirma a vice-presidente da entidade, Maria Rita de Assis Brasil. A sindicalista destaca que o hospital, sendo de pronto socorro, precisa ter muita agilidade no atendimento, assim como equipamentos e medicamentos em condições para atender a alta demanda do local. Para ela, tais condições podem ser comprometidas diante da atual indefinição. Maria também conta que os médicos realizaram avaliação em assembleia geral, onde se posicionaram de forma temerária com relação ao Isev. “Nos preocupa que isso gere mais problemas ao cidadão. Não existe possibilidade pior do que essa empresa. O caminho mais adequado seria a realização de uma nova licitação”, completa Maria Rita.

Sindisaúde

O Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul (Sindisaúde – RS) também critica o atual momento. “Para nós, a situação é lamentável, mesmo a Prefeitura tendo obrigação legal, não se deve chamar o Isev. Ela tem um histórico negativo em todo lugar que passa”, diz o presidente do sindicato, Arlindo Ritter. Ele defende um novo processo de licitação e afirma que a situação pode se agravar no hospital se o Isev assumir a gestão. Arlindo também critica a atuação da Comissão de Saúde, Educação e Cultura da Câmara de Vereadores de Canoas: “Eles não se manifestam, não se posicionam, já falamos com eles e pedimos uma atitude, mas até agora nada”. A reportagem tentou contato com o presidente da comissão, vereador Alexandre Gonçalves (PPS), mas até o fechamento da edição não obteve resposta.

Prefeitura

Segundo a Prefeitura de Canoas, ainda não há definição sobre a nova gestão do Hospital de Pronto Socorro (HPS) e das UPAs Rio Branco e Caçapava. A Prefeitura afirma o processo está na fase de verificação de habilitação para a prestação do serviço, com análise de documentação.

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro

Redação

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Prestes a completar 85 anos, Canoas olha para o passado para projetar o futuro - Enchente 67
por Marcelo Grisa
marcelogrisa@gmail.com

A cidade de Canoas completa 85 anos de emancipação política no dia 27 de junho, enquanto ainda se recupera da maior tragédia de sua história.

As chuvas que atingiram o RS entre o final de abril e o começo de maio de 2024 entraram para a história em todo o Estado. Em Canoas, entretanto, mais de 60% da área urbana da cidade ficou debaixo d’água.

O Grupo O Timoneiro, no objetivo de discutir os rumos do município e para que a importância desse assunto não seja esquecida, foi atrás de histórias anteriores a que os canoenses vivem hoje.

Fala-se muito nas enchentes de 1941, que definiram políticas para as décadas seguintes em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Entretanto, os mais antigos lembram-se também de 1967, quando muitos dos bairros que alagaram no mês passado.

Falamos com algumas dessas pessoas que já sabem, a 57 anos, o que é passar por uma enchente.

Primeiras memórias

Zenona Muzykant, de 85 anos, havia chegado a Canoas, vinda de Dom Feliciano, a menos de dois anos quando as águas atingiram a cidade.

Então moradora do Mathias Velho, ela se recorda de ficar confusa ao receber informações, já que pouco conhecia Canoas à época. “A gente ficava sabendo das coisas por quem passava na rua”, relata.

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

Na época, Zenoma Muzykant estava em Canoas a apenas dois anos

A água chegou até a metade das janelas da sua casa, na Rua Maceió. “O pessoal levantou tudo, não perdemos muita coisa. Mas muitos parentes meus perderam tudo que tinha em casa”, aponta Zenona.

A sensação que ela tem com a enchente de 2024 é bem diferente. “Parece que muito mais gente foi atingida dessa vez”, diz.

Entretanto, para a moradora do bairro Igara, o mais importante é a manutenção da vida. “O resto se batalha e consegue com garra, vontade e fé.”

Socorrista e resgatado

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert resgatava pessoas de barco na enchente de 1967

Samuel Eilert nasceu no bairro Rio Branco e, como ele mesmo diz, cresceu na beira do Rio Gravataí. Os diques estavam em construção, e a estrutura que foi afetada em 2024 não estava pronta em 1967.

Então com 23 anos, o professor aposentado saiu pelas ruas junto com seu pai, Douglas, fazendo o que muitos canoenses fizeram em 2024: o resgate dos vizinhos e amigos que não tinham como fazê-lo.

“Naquele momento, os lugares seguros eram dois: a Praça da Igreja ou os trilhos do trem. As pessoas acampavam por lá”, relembra.

Com menos informações a respeito dos rios do que hoje em dia, Samuel diz que não era possível prever o que aconteceria em seguida. “Auxiliávamos e esperávamos. Eu conhecia o terreno, mas nunca tinha visto algo assim”, explica.

Em 2024, o professor Samuca, como muitos ex-alunos o chamam, esteve do outro lado da mesma situação. No mês passado, ele foi resgatado em sua casa por um grupo de jovens em um barco.

“Me senti da mesma forma quando eu resgatava, lá em 67. A juventude salva”, afirma.

Samuel acredita que, assim como no passado, os fatos recentes farão com que os rios não se comportem mais da mesma forma. “A gente precisa que o poder público se prepare de outras formas agora”, diz.

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Prefeitura de Canoas disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Redação

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Prefeitura disponibiliza formulário para população se cadastrar no Auxílio Reconstrução do Governo Federal

Todos os canoenses que residem em regiões atingidas pela enchente já podem se cadastrar no formulário disponível pela Prefeitura, para terem acesso ao Auxílio Reconstrução do Governo Federal.

A iniciativa vai garantir R$ 5,1 mil diretamente à população, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal, via PIX. O município cadastrou todos os CEPs das áreas afetadas. O programa não possui nenhum corte ou limitação de renda, nem a necessidade de inscrição no CadÚnico.

Os canoenses devem realizar o cadastro neste link.

Após o cadastro, a pessoa indicada como responsável deve acessar um sistema do Governo Federal, que será aberto na próxima segunda-feira (27/05), para confirmar o pedido. É necessário ter uma conta GovBr. Quem já possui conta na Caixa receberá o dinheiro diretamente nela. Para quem não tem, será aberta automaticamente uma poupança, onde será depositado o benefício.

No momento do cadastro, os canoenses devem preencher as seguintes informações:

– Nome completo e CPF do responsável da família;
– Nome completo e CPF de todos os outros membros da família;
– Endereço completo e CEP.
– Telefone de contato

*Após a inscrição, o morador deve assinar uma autodeclaração se responsabilizando pelas informações prestadas.

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Redação

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DESASTRE NO RS: Total de mortos sobe para 83; 111 estão desaparecidos

Na manhã desta segunda-feira, 6, um boletim divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de mortos em decorrências das chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 83. Ainda estão sendo investigadas outras 4 mortes, e há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

De acordo os dados da Defesa Civil, 141,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (na casa de amigos ou familiares). Ao todo, 345dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 850  mil pessoas.

Risco de inundação extrema

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, está quase 2,30 metros acima da cota de inundação. Em medição realizada às 5h15min desta segunda-feira, 6, o patamar estava em 5,26 metros. O limite para inundação é de 3 metros.

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