Meio Ambiente
Ação recolhe 28 pássaros mantidos em cativeiro irregular
A equipe de fiscalização da secretaria municipal do Meio Ambiente de Canoas (SMMA) apreendeu, na manhã desta terça-feira, 14, 28 pássaros silvestres que estavam mantidos em cativeiro irregular, em uma casa do bairro Harmonia. Os animais foram encontrados em estado precário, sem alimentação adequada, dentro de uma espécie de garagem da residência. O morador foi autuado e deverá pagar multa prevista na Lei Federal 9.605, que pode chegar a R$ 50 mil.
Ameaçada de extinção, a gralha picaça foi uma das aves encontradas pela equipe da SMMA no cativeiro. No local, também foram recolhidos 16 canários-da-terra, seis cardeais, quatro sanhaço-frade e um trinca-ferro. De acordo com Alexandre Witt, técnico da SMMA, os animais habitavam o cativeiro irregular há pelo menos seis meses.
“Nossa recomendação é de nunca manter animais silvestres em casa. É um crime ambiental grave, passível de prisão e inafiançável”, alerta Witt. Segundo o técnico da SMMA, para manter animais deste tipo, somente é possível por meio da aquisição de pássaros já registrados ou pela obtenção de certificado de criador de aves.
Aves serão avaliadas no Zoológico Municipal
Depois de recolhidos, os pássaros foram deslocados para o Zoológico Municipal, no Parque Getúlio Vargas. Lá, as aves passarão por uma análise veterinária e, quando tiverem condições clínicas ideais, serão recolocadas no seu habitat natural.
A ação foi deflagrada após o recebimento de denúncia, na segunda-feira, 13, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Ministério Público (MP), e contou com a colaboração da Guarda Municipal de Canoas.
Meio Ambiente
Seminário na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul debate desassoreamento dos rios

Na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, ocorreu um seminário promovido pela Comissão Externa da Câmara dos Deputados, com o apoio da Frente Parlamentar do Empreendedorismo e Desburocratização, para discutir o desassoreamento dos rios e a dragagem da malha hidroviária, uma das principais demandas do estado.
O evento, organizado pelos deputados Marcel van Hattem e Felipe Camozzato (ambos do NOVO), contou com a participação de representantes dos três níveis de governo, setor privado e entidades civis.
Durante o seminário, foram levantadas críticas sobre a “lentidão nas ações para solucionar os problemas causados pelas enchentes”. O deputado Marcel van Hattem destacou a preocupação da sociedade com a falta de resultados após um ano e meio dos primeiros eventos climáticos.
Felipe Camozzato enfatizou a necessidade urgente de dados concretos, como o zoneamento e a batimetria, para dar andamento às obras de desassoreamento. O vereador Rodrigo D’Avila (Novo), de Canoas, reforçou a cobrança por ações rápidas e integradas entre os entes federados, alertando para o custo humano e econômico das enchentes e ressaltando a urgência de transformar as discussões em resultados concretos.
Meio Ambiente
Batimetria está em campo para medir profundidade dos rios de grande porte do Estado

O trabalho de campo batimétrico para avaliar a profundidade dos grandes rios do Rio Grande do Sul começou na segunda-feira, 7. A primeira ação foi no Rio Taquari, em Triunfo, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O objetivo é identificar pontos críticos de acúmulo de sedimentos e outras alterações no leito, especialmente após eventos extremos, como as enchentes que atingiram o Estado em 2024.
A batimetria traz informação fundamental para melhorar o sistema de alerta de inundação por meio de modelagem hidrodinâmica – simula com maior precisão o comportamento do fluxo de água – e aprimorar o planejamento de gestão de eventos críticos de natureza hidrológica no Rio Grande do Sul.
Os dados obtidos vão subsidiar decisões técnicas sobre futuras intervenções previstas no Programa de Desassoreamento do Rio Grande do Sul (Desassorear RS). A atividade integra o Eixo 2 do programa e conta com investimento de R$ 45,9 milhões voltado aos rios de grande porte.
A ação, coordenada pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), ocorre após ordem de início assinada em 30 de maio e conclusão dos planos de trabalho pelas quatro empresas contratadas. Esse é um passo importante dentro das estratégias do Plano Rio Grande, programa de Estado liderado pelo governador Eduardo Leite para reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro.
Conhecendo as profundezas dos rios
Se as réguas instaladas em diversos pontos estratégicos medem a dinâmica das águas na superfície, a batimetria ajuda a identificar o perfil do relevo submerso dos rios, por meio de sonar e geolocalização. Para fazer a medição é usado o ecobatímetro, instrumento que usa uma antena de receptor GNSS (semelhante ao GPS). Ela demarca pontos geoposicionados que indicam a altura da qual o equipamento está operando, como referencial do dado coletado.
Esse equipamento possui um sonar, que faz uma varredura do rio, conforme explicou o engenheiro Diego Silva, da Profill Engenharia, que está atuando no trecho Taquari-Antas.
“À medida que o barco se desloca, o dispositivo vai emitindo um sinal sonoro que bate no fundo e volta para o equipamento. Pela velocidade desse retorno é que se determina a profundidade. Fazendo diversas coletas na mesma linha, vamos obter o que se chama seção batimétrica, que é a profundidade daquela seção do rio. Com todas as seções realizadas, vamos ter um perfil do leito daquele recurso hídrico”, detalhou o engenheiro.
A batimetria também é feita no trecho seco das margens. O técnico caminha com a antena, demarcando os pontos, ou utiliza drones com mapeamento da área por laser. Isso ajuda a registrar a topografia das margens para auxiliar nas previsões de onde o nível do rio pode subir em níveis críticos.
Levantamento mapeou locais prioritários
Os trabalhos de preparação começaram há um ano, envolvendo etapas de planejamento e contratação. Ao todo, serão vistoriados 2.589 quilômetros de extensão. Os pontos de análise foram definidos por estudos da Sema em parceria com o Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH/UFRGS).
Para medir as seções batimétricas, o barco atravessa o rio no sentido perpendicular, de uma margem à outra. A menor seção, em afluentes, pode ser de 30 metros. A maior linha a ser mapeada, segundo o planejamento da Sema, deve atingir 1.640 metros de uma margem à outra.
As seções são realizadas em trechos distribuídos conforme o potencial de risco. Próximo a áreas urbanas serão realizadas a cada 200 metros, para maior detalhamento. Nas áreas intermediárias, a cada 500 metros. Naquelas que oferecem menor risco, a medição será realizada a cada mil metros.
A primeira medição, realizada no Rio Taquari, próximo ao clube náutico Ygara, em Triunfo, foi feita a um quilômetro da foz com o Rio Jacuí e mediu uma profundidade de 13 metros.
Dados vão ajudar a melhorar os alertas
O analista de infraestrutura do Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento da Sema e doutor em Geociências, Fernando Scotta, explicou que o levantamento batimétrico deve aumentar a qualidade e a velocidade da resposta do Estado para alertas necessários, gerando modelos hidrodinâmicos mais assertivos.
“Essa coleta é um salto para o desenvolvimento do Estado. Vamos ter um levantamento sistemático por todo o território e permitir que os dados estejam disponíveis e uniformizados para o acesso geral. Isso vai dar agilidade para as empresas e universidades que vão rodar os modelos hidrodinâmicos com insumos já prontos. Então, tudo tende a ficar mais rápido para a emissão de alerta das áreas que podem ser impactadas ou não”, afirmou.
Sondagem no Guaíba começa nesta semana
No Guaíba, o trabalho batimétrico começa na quarta-feira. 9. A aplicação da técnica no lago, no entanto, não é uma novidade. Anualmente, as empresas que navegam por ali realizam várias batimetrias anuais, que embasam as dragagens que realizam para manter o nível seguro para as embarcações. Nestes casos, os sedimentos não são retirados do lago, apenas removidos para a manutenção da profundidade e da largura exigidas para hidrovias.
Outros rios envolvidos
Além do Guaíba e do Rio Taquari, os trabalhos de campo batimétrico abrangem outras duas regiões prioritárias: Baixo Jacuí e bloco Metropolitano, que inclui os rios Caí, Sinos e Gravataí. A previsão é que os levantamentos sejam concluídos em até 180 dias. Os primeiros dados, com o trabalho de metade da área a ser analisada, devem ser entregues pelas empresas dentro de dois meses.
Meio Ambiente
Ulbra integra estudo que monitora espécie de abelha invasora

A Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) integra o estudo do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) que verifica se a abelha mamangava europeia invasora (Bombus terrestris) já está em território brasileiro, em áreas de fronteira entre Brasil e Uruguai.
O biólogo e professor da Ulbra Jefferson Nunes Radaeski está em campo, ao lado de outros pesquisadores, avaliando áreas de cidades como Aceguá, Pedras Altas e Santa Vitória do Palmar, indicadas como portas de invasão da espécie exótica que tem potencial de trazer danos para a biodiversidade.
Docente nos cursos de Agronomia, Biomedicina e Biologia da Ulbra, Radaeski destaca que o grupo está avaliando e identificando plantas visitadas pelas abelhas nativas que podem estar ameaçadas com a chegada da abelha exótica Bombus terrestris em território brasileiro.
“Desta forma, saberemos quais plantas são importantes para as mamangavas nativas e será possível elaborações de estratégias para manejo. Essa identificação será realizada por meio de análise de pólen das flores no corpo das abelhas. O estudo deve ter um tempo mínimo de vigência de quatro anos”, ressalta.
Radaeski explica que, em relação às coletas, as abelhas mamangavas nativas serão capturadas durante suas visitas às flores ao longo de um dia, a cada dois meses, durante um ano.
“Teremos a etapa de coleta e análise das amostras, interpretação dos resultados, discussão dos dados obtidos e divulgação das informações.”
O professor lembra a importância do projeto “Status das espécies de mamangavas nativas (Bombus) em áreas suscetíveis à invasão de Bombus terrestris na fronteira Brasil-Uruguai”, pois atua em temáticas emergentes como a preocupação com os polinizadores, a produção de alimentos e a manutenção da biodiversidade.
“Fazer parte de um projeto com instituições e universidades de diferentes regiões do Brasil possibilita a obtenção de resultados bem fundamentados sobre a temática e trocas de experiências com demais pesquisadores envolvidos”, ressalta.
Impactos na produção
De acordo com a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), apesar da espécie de abelha mamangava ser considerada boa polinizadora, como invasora, pode se tornar altamente competitiva, causando impactos negativos na produção de mel, na polinização e até levar à extinção de espécies nativas em determinados locais.
Introduzida no Chile para polinização de culturas, a abelha mamangava europeia invasora chegou à Argentina e poderá se expandir alcançando outros países sul-americanos num futuro próximo, segundo estudo da Universidade de São Paulo (USP), realizado em 2015.
O projeto é coordenado pelo DDPA, órgão ligado à Seapi, e conta com a colaboração dos pesquisadores da USP André Luís Acosta, Antônio Mauro Saraiva, Vera Imperatriz-Fonseca, da Ulbra Jefferson Radaeski, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) Patrícia Nunes-Silva e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) Carlos Yung-Dias.
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